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1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................. 1
5 CONCLUSÃO ................................................................................................................. 23
6 BIBLIOGRAFIA ............................................................................................................. 24
1 INTRODUÇÃO
Foi a partir do século XVII, que o homem começa a desenvolver conceitos para construir um
mecanismo para gerar força de uma maneira automática, diferente de uma tração animal ou
força humana, e através desse mecanismo o pudesse levá-lo a grandes distâncias e certas
velocidades maiores que as de seus próprios passos.
2 OBJECTIVO GERAL
Explicar o princípio de funcionamento dos motores de ciclo Diesel e motores de ciclo
Otto de 2 e 4 tempos.
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3 MOTOR DE COMBUSTÃO INTERNA (MCI)
O motor de combustão interna, também conhecido como motor a explosão, é uma máquina
térmica que tem como função converter energia proveniente da queima de combustíveis em
energia mecânica.
Para que haja uma combustão perfeita, é necessário dosar três elementos fundamentais, é o
chamado triângulo do fogo: o ar, o calor e o combustível.
A combustão ou queima é um processo químico que exige a presença desses três componentes
que, ao se combinarem na proporção adequada dentro do motor, promovem a explosão.
Os de combustão interna, são usados numa quantidade imensa de serviço. Assim, os motores
a gasolina tem como característica principal baixo peso pôr potência, a capacidade de fornecer
acelerações rápidas e trabalhar com altas velocidades.
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Os motores diesel são usados na propulsão de navios, locomotivas, tratores, grandes
caminhões, automóveis, ônibus, lanchas e outros tipos de embarcações; enfim na propulsão de
veículos pesados.
I. Utilização
Estacionários – destinados ao acionamento de máquinas estacionárias, tais como:
geradores elétricos, motobombas ou outras máquinas que operam em rotação constante;
Industriais – destinados ao acionamento de máquinas agrícolas ou de construção civil:
tratores, carregadeiras, guindastes, compressores de ar, máquinas de mineração,
veículos de operação fora de estrada, acionamento de sistemas hidrostáticos e outras
aplicações;
Veiculares – destinados ao acionamento de veículos de transporte em geral, caminhões
e ônibus, incluindo-se aeronaves;
Marítimos – destinados à propulsão de barcos e máquinas de uso naval. Conforme o
tipo de serviço e o regime de trabalho da embarcação, existe uma gama de modelos
com características apropriadas, conforme o uso.
II. Propriedade dos gases da admissão
Ciclo Diesel – admissão de ar;
Ciclo Otto – admissão da mistura ar-combustível.
III. Ignição
Por centelha (nos motores de ciclo Otto);
Por compressão (nos motores a Diesel).
IV. Movimento do pistão
Alternativos (Ciclo Otto e Ciclo Diesel);
Rotativo (Wankel).
V. Fases dos ciclos de trabalho
Dois (2) tempos;
Quatro (4) tempos.
VI. Número de cilindros
Monocilíndricos;
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Policilíndricos.
VII. Disposição dos cilindros
Em linha;
Em V;
Opostos;
Radiais.
3.2.1 CABEÇOTE
Também chamado cabeça ou culatra, é a peça que fecha o cilindro e que, juntamente com a
face superior do êmbolo forma a câmara de combustão. O cabeçote é fixado ao bloco por meio
de parafusos, colocando-se entre os dois uma junta, que é feita de material metálico ou plástico
ou cortiça nas partes mais sujeitas a pressão.
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Figura 3. À esquerda: vista de baixo de cabeçote de pequeno porte. À direita: vista axonométrica do cabeçote de pequeno
porte.
O bloco do motor é moldado e fundido de tal maneira que no seu interior já está o espaço para
alojamento dos pistões denominado de cilindros. O número de cilindros pode variar entre um
e dezoito ou até mais cilindros dependendo do projeto e aplicação.
Os blocos dos motores contêm: os orifícios dos cilindros, canais de circulação de água de
resfriamento e óleo lubrificante, virabrequim, pistão, etc.
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Além de alojar os cilindros, onde se movimentam os pistões, o bloco motor suporta duas outras
peças: o cabeçote do motor na parte superior e o cárter na parte inferior
3.2.3 CÁRTER
É um depósito com a forma aproximada de uma banheira e destinado a armazenar o óleo
lubrificante do motor e protegendo as partes móveis de objetos estranhos. Tem funções
diferentes consoante o tipo de motor em que esteja aplicado. É aparafusado à parte inferior do
bloco, mediante a inserção de uma junta de material macio como cortiça, papelão, etc.
Como foi dito anteriormente, o cárter tem funções diferentes consoante o tipo de motor em que
esteja aplicado, como por exemplo num motor a dois tempos o cárter está selado pois, com a
subida do pistão, tem que se criar um vácuo que leve à entrada de nova quantidade de mistura
ar/combustível. Quando o pistão sobe, a mistura passa da zona do cárter para o cilindro.
Enquanto num motor a quatro tempos o cárter assegura a lubrificação das partes móveis do
motor e protege a cambota e bielas das agressões do exterior.
Existem dois tipos de cárter, o húmido e o seco. A diferença reside no facto de o primeiro ter
uma maior capacidade de armazenamento. É o mais comum nos automóveis de produção em
série, por ser uma solução mais simples, mais barata e eficaz.
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Em um cárter húmido, a bomba de óleo puxa o óleo da parte inferior do cárter através
de um tubo, chamado tubo de captação, e o bombeia sob pressão para as todas peças
móveis do motor. Dos cilindros e dos apoios da cambota cai novamente para o cárter e
volta a ser disperso num ciclo sucessivo.
Em um cárter seco, o óleo é armazenado em um tanque fora do motor e não no cárter
de óleo. Há pelo menos duas bombas de óleo em um cárter seco – uma, chamada bomba
de circulação, puxa o óleo do cárter e o envia para o tanque e a outra, chamada bomba
de pressão, recebe o óleo do tanque e o envia para lubrificar todas peças móveis do
motor. A quantidade mínima possível de óleo permanece no motor.
O pistão tem as seguintes funções: transferir as forças do gás de combustão para a biela; guiar
a biela através do cilindro; suportar as forças laterais; selar a câmara de combustão e dissipar
o calor absorvido pelo pistão na combustão.
Nas ranhuras existentes na cabeça do pistão são alojadas, os chamados anéis de seguimento.
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3.2.5 ANÉIS DE SEGMENTO
Os anéis de segmento são peças utilizadas, entre outros equipamentos, em motores à explosão
ou combustão interna, como é o caso de veículos, motosserras, embarcações e máquinas em
geral. Os anéis de segmento são peças feitas em formato cilíndrico e muito importantes para o
funcionamento correto desses motores. Os materiais utilizados em sua fabricação são aço,
bronze, ferro fundido, entre outros materiais.
Primeiro: esse anel que fica quase na cabeça do pistão tem a função de conter a pressão gerada
pela explosão nos cilindros e evitando a perda de pressão na hora do segundo tempo do motor
chamado de compressão. Assim, ele permite que o pistão possa comprimir a mistura ar-
combustível para a queima e permitir o melhor aproveitamento da energia gerada pela
combustão - o que impede a passagem dos gases para o interior do cárter. A este anel é dado o
nome de anel de compressão.
Segundo: o segundo anel, mais abaixo do primeiro, tem duas funções, uma de ajudar a reter a
compressão como o primeiro e outra de criar uma película de óleo quando o mesmo raspa as
paredes internas do cilindro, suficiente para reduzir o atrito entre o cilindro e os anéis - o
excesso de óleo retorna ao cárter. Também permite a troca térmica entre o calor do pistão e a
parede do cilindro, o que auxilia no controle da temperatura do motor e evita que a alta
temperatura gere uma fusão do pistão. A este anel é dado o nome de anel raspador.
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Terceiro: o último tem a função de raspar o excesso de óleo e descarrega-lo no cárter e criar
uma fina película de lubrificação para que os outros anéis tenham o mínimo de atrito evitando
o desgaste entre anéis e cilindro. A este anel é dado o nome de anel de óleo.
Ela divide-se em três partes: pé, corpo e cabeça. O pé da conectora é a parte onde é instalado o
mancal tipo bucha, destinado a receber o pino do êmbolo; o corpo vem logo em seguida, e a
cabeça é a parte onde fica o mancal bipartido que articula no eixo de manivelas.
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Nos moentes do virabrequim são conectadas as bielas por meio de chumaceiras ou mancais da
respetiva biela, e estas por sua vez conectadas aos seus respectivos pistões por meio de pinos
ou cavilhas. Enquanto que os munhões ficam assentadas no bloco do motor e fixadas por
mancais.
O Volante do Motor também serve para equilibrar os impulsos bruscos dos pistões e origina
uma rotação relativamente suave ao virabrequim e é responsável por absorver vibrações do
motor e manter estável (ou dificultar oscilações) da marcha lenta. Essas vibrações são causadas
pela força da combustão que gera o torque no virabrequim.
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3.2.9 ÁRVORE DE CAMES
Fabricados em aço forjado ou ferro fundido. Pode estar localizado no bloco ou cabeçote do
motor. Numa das suas extremidades apresenta uma engrenagem cujo diâmetro é o dobro da
engrenagem do virabrequim.
Para um motor funcionar, precisa desta importante peça, a árvore de cames, conhecida também
como árvore de comando, veio de excêntricos, veio de ressaltos ou ainda eixo de comando das
válvulas.
A árvore de cames é um veio em forma de cilindro, sobre o qual existem várias partes salientes,
chamadas de cames, excêntricos ou ressaltos, cada um com a função de controlar a abertura e
o fecho de uma válvula. É ainda composta por vários apoios, de forma a assegurar a sua
estabilidade, durante as excessivas rotações a que é submetido na aceleração do motor.
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A quantidade de combustível e oxigénio que circula pelo motor, é determinado pela abertura e
fecho das válvulas. Estas, são forçadas a descer ou a subir, através das saliências existentes no
veio de excêntricos, que empurram os tirantes (balanceiros ou balancins) e que por sua vez
estes empurram as válvulas, provocando assim a abertura das válvulas de admissão e de escape
do motor.
As válvulas voltam a fechar-se através de molas de retorno, que as fazem voltar para a posição
inicial.
O movimento do came do veio de cames é transmitido a uma peça denominada tucho, cuja
função é de ficar em contato direto com os cames e transmitem o movimento do eixo de cames
para as varetas, e esta por sua vez aos balanceiros.
3.2.10 VÁLVULAS
A válvula de um motor de combustão interna é um dispositivo que visa permitir ou bloquear a
entrada ou a saída de gases dos cilindros do motor.
Num motor de combustão interna existem dois tipos de válvulas: as válvulas de admissão que
controlam a entrada de mistura gasosa no cilindro do motor (no motor de ciclo Otto) ou entrada
de apenas ar (no motor de ciclo Diesel), e as válvulas de escape, que permitem a saída dos
gases após a explosão.
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3.3.1 PARA MOTOR DE CICLO DIESEL
O motor de ciclo Diesel é caracterizado por possuir uma combustão por compressão. A ignição
é provocada pela compressão, que faz elevar a temperatura do ar na camara de combustão, de
tal modo que esta atinja o ponto de auto-inflamação do combustível. Na camara de combustão,
o óleo diesel inflama.se em contacto com o ar aquecido por efeito da forte compressão.
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O intenso calor, causado pela alta compressão do ar, inflama imediatamente o
combustível atomizado no cilindro.
Os motores de quatro tempos são assim denominados porque realizam o ciclo em quatro cursos
do pistão. O ciclo do motor é composto por quatro fases: admissão, compressão, expansão e
descarga.
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Figura 13. Admissão de somente ar durante o primeiro curso do motor diesel.
Figura 14. Injeção de combustível pelo bico injetor ao final do segundo curso.
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Figura 15. Deslocamento do pistão pela força de expansão dos gases transformando a energia térmica em mecânica.
Neste tipo de motor, para que haja combustão é necessário ter a existência de uma faísca/
centelha elétrica proveniente de uma vela de ignição. O combustível resulta de uma mistura
com o ar fora da câmara de combustão. Diferentemente do motor a Diesel, os do ciclo Otto de
quatro tempos admitem mistura de ar e combustível.
O motor a explosão faz uso da gasolina ou álcool como combustível, realizando a queima de
uma mistura de vapor de gasolina e ar dentro de um cilindro. Por esta razão, é também
conhecido por motor de combustão interna. Quando a mistura de ar com combustível queima
formam-se gases quentes.
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Primeiro tempo: admissão
Nesse primeiro estágio, o pistão do motor move-se para baixo e puxa a mistura de
combustível e ar atmosférico através da válvula de admissão. Neste tempo a válvula de
escape permanece fechada.
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Quarto tempo: escape
Neste tempo a válvula de admissão permanece fechada. O pistão sobe novamente e a
válvula de escape é aberta, permitindo que os gases formados na combustão sejam
liberados. Quando essa válvula se fecha, a válvula de entrada é aberta e o processo
recomeça.
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Figura 17. Motor elétrico acionando o volante do motor a partir do pinhão.
O acionamento fará com que o volante faça um movimento rotativo que será transmitida à
cambota/ virabrequim, onde encontra-se a biela, que será responsável pela transformação do
movimento rotativo da cambota/ virabrequim e movimento linear do pistão, fazendo com que
o pistão faça o seu curso.
Como noutra extremidade da cambota encontra-se uma transmissão por cadeia, no momento
em que a cambota iniciar o movimento rotativo, o veio de excêntrico também dará início ao
movimento rotativo. Essa transmissão tem a função de sincronizar o movimento rotativo da
cambota ao movimento rotativo do veio de cames.
No veio de excêntricos encontra-se excêntricos que transmitem movimento aos tuchos, que por
sua vez transmitem movimento às hastes ou varetas. Estas hastes acionam os balancins, para
abrir as válvulas de admissão e de escape, cada uma no seu devido tempo. Sendo que as
válvulas voltam para sua posição inicial por meio de molas das respetivas válvulas.
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Figura 18. Esquema de mecanismo de distribuição de gases nos cilindros de um motor. Onde: 1-pistão ou êmbolo; 2- biela
ou conectora; 3- eixo de manivelas ou virabrequim; 4- engrenagem de eixo de manivelas; 5- eixo de comando de válvulas;
6- engrenagem do eixo de comando; 7- tuchos; 8- varetas; 9- eixo de balancins; 10- balancins; 11- válvulas de admissão e
escape
4 EFEITO DO TURBO-ALIMENTADOR
Normalmente denominado por turbina, supercharger, turbo-compressor, sobrealimentador
supercarregador, ou simplesmente turbo, o que mais importa são os seus efeitos sobre o
desempenho do motor.
No caso dos motores Diesel, tem a finalidade de elevar a pressão do ar no coletor de admissão
acima da pressão atmosférica, fazendo com que, no mesmo volume, seja possível depositar
mais massa de ar, e, consequentemente, possibilitar que maior quantidade de combustível seja
injetada, resultando em mais potência para o motor, além de proporcionar maior pressão de
compressão no interior do cilindro, o que produz temperaturas de ignição mais altas e, por
consequência, melhor aproveitamento do combustível com redução das emissões de poluentes.
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Para melhorar os efeitos do turbo-alimentador, adiciona-se ao sistema de admissão de ar, um
processo de arrefecimento do ar admitido, normalmente denominado de aftercooler ou
intercooler, dependendo da posição onde se encontra instalado, com a finalidade de reduzir a
temperatura do ar, contribuindo para aumentar, ainda mais, a massa de ar no interior dos
cilindros.
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Sistema de alimentação de ar;
Sistema de alimentação de combustível;
Sistema de arrefecimento;
Sistema de lubrificação;
Sistema elétrico.
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5 CONCLUSÃO
Como jeito de conclusão, conclui-se que o MCI é tão importante e engenhosa e já sofreu
diversas modificações desde a sua criação, levando a vários tipos existentes atualmente.
Atualmente, os motores a combustão interna são largamente utilizados como por exemplo, no
setor de transportes, desde automóveis até a aeronáutica, essa tecnologia domina o mercado.
Também em diversos setores da indústria, ela se mostra insubstituível apesar de no futuro, é
possível que ela seja substituída por novas tecnologias como motores elétricos.
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6 BIBLIOGRAFIA
https://pt.wikipedia.org/wiki/Cárter
https://www.kbb.com.br/detalhes-noticia/carter-motor-o-que-e/?ID=1356
https://www.ebah.com.br/content/ABAAAAgfsAF/maquinas-propulsao
https://wp.ufpel.edu.br/mlaura/files/.../Apostila-de-Motores-a-Combustão-Interna.pdf
http://www.damec.ct.utfpr.edu.br/motores/downloads/1%20INTRODU%C3%87%C3%83O
%20AOS%20MOTORES.pdf
www.mautone.eng.br/apostilas/motores_combustao_interna/MCI_02D_Componentes....
https://monografias.brasilescola.uol.com.br › Física
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