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Índice:

Objectivos……………………………………………………………………………………………………………………2

Introdução…………………………………………………………………………………………………………………..3

Material……………………………………………………………………………………………………………………....7

Procedimento Experimental…………………………………………………………………………............8

Observações………………………………………………………………………………………………………………10

Cálculos……………………………………………………………………………………………………………………….19

Crítica e Conclusão………………………………………………………………………………………………….22

Bibliografia……………………………………………………………………………………………………………….27

2
Objectivos

 Provar que a força de atrito de um corpo depende da sua massa;

 Saber se é necessária uma força para que um corpo se mova;

 Verificar a 1ªlei de Newton;

 Perceber como Aristóteles, Galileu e Newton entendiam o movimento;

 Conseguir informações sobre posição, velocidade e tempo, ao longo de

um movimento rectilíneo uniformemente acelerado de um corpo,

utilizando o programa “Logger Lite” e um sensor de movimento “Go!

Motion”;

 Adquirir gráficos posição-tempo através do programa “Logger Lite”;

 Obter gráficos posição-tempo e velocidade-tempo no programa

Microsoft Office Excel;

 Determinar a aceleração de um corpo através de um gráfico

velocidade-tempo;

 Calcular a força de atrito ao longo dos movimentos descritos nesta

actividade laboratorial;

 Comparar os resultados obtidos ao longo da actividade laboratorial.

2
Introdução

Neste relatório os resultados obtidos na actividade laboratorial

serão divulgados, bem como os contra-tempos que foram encontrados ao

longo dela.

Como o objectivo geral era calcular a força de atrito de um carrinho e

avaliar se esta está dependente de algum factor em especial, esta

actividade laboratorial foi dividida em três partes, sendo que, na primeira, o

carrinho teria ligado a ele uma massa de cem gramas (através de um fio de

Nylon), na segunda parte, seria uma massa de cinquenta gramas e, na

terceira parte, a massa do carrinho teria um acréscimo de duzentos e

cinquenta gramas.

Legenda:

• A – Roldana;

• B – Carrinho;

• C – Massa;

• D – Corpo para suportar a massa;

• Rn – Reacção normal ao plano;

• Fa – Força de atrito;

• Fg – Força gravítica;

• T – Tensão.
2
Seguindo a tese dos autores do livro “11F, Física e Química A, Física –

Bloco 2” da editora Texto, a força de atrito de um corpo é tanto maior

quanto superior for a sua massa. Como a massa é o factor de inércia, ou

seja, o factor que mede a resistência que um corpo tem para alterar a sua

velocidade, quanto maior for a massa, menor é a possibilidade de o corpo

alterar a sua velocidade, assim nunca terminará o seu movimento, a não ser

que uma força ou um obstáculo o pare.

A força gravítica da massa colocará o carro em movimento, fazendo

com que ele adquira uma velocidade. Neste caso, o movimento será

rectilíneo e acelerado, sendo assim, o corpo terá uma velocidade não nula,

logo, ele terá uma aceleração. Através da aceleração, é possível chegar a

uma força resultante, como afirma a Segunda Lei de Newton. Essa força

relaciona-se com a massa do carro e com a sua aceleração:

A força resultante, neste sistema, é

composta por duas forças: a força de atrito e a tensão:

Após obtida a força resultante, é

necessário chegar à força de atrito através da tensão. A tensão será

calculada através da massa (de cinquenta ou cem gramas), cuja força

gravítica a actuar no seu centro de massa colocará o carro em movimento. A


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resultante de forças dessa massa (corpo pendente) relaciona a sua massa

com a sua aceleração e, ainda a tensão com a força gravítica. Desta vez, a

aceleração e a força gravítica são negativas, devido ao referencial

escolhido:

Como a tensão a actuar no carro e na massa é a

mesma, já se pode calcular a força de atrito, utilizando a massa e a

aceleração do carro:

Para obter a aceleração é necessário

calculá-la através de um gráfico velocidade-tempo, depois de obter o

gráfico posição-tempo no programa “Logger Lite”.

Com o intuito de obter um gráfico posição em função do tempo no

programa “Logger Lite”, um sensor de movimento “Go! Motion” será ligado ao

computador para que este recolha dados sobre o movimento do carro para

realizar o dito gráfico. O computador apresentará um gráfico posição em

função do tempo, bem como os seus dados, o tempo, a posição e ainda a

velocidade do carro. Através desses dados será possível calcular a

aceleração do carro durante o seu deslocamento ao longo da calha metálica,

através do cálculo do declive de um gráfico velocidade em função do tempo,

apenas com os valores de quando a velocidade aumenta, pois, nesse gráfico


2
existirá uma porção que demonstra que a velocidade é constante, e, nessa

porção, a aceleração é nula.

Assim se atinge o objectivo geral de calcular a força de atrito do

carrinho com diferentes massas.

Podemos ainda saber um pouco acerca de como o movimento era

entendido. Segundo o ponto de vista de Aristóteles pode-mos afirmar que

qualquer movimento de um objecto terrestre que não seja de queda

rectilínea para a terra não é natural e necessitaria de uma força externa. O

estudo de Aristóteles permitiu concluir que para colocar um corpo em

movimento é necessário que uma força exterior seja aplicada sobre ele. Diz

também que se a força aplicada fosse retirada, o corpo parava também o

seu movimento. Esta explicação apresenta alguns limites na medida em que

esta não consegue desprezar a resistência do meio.

Galileu seguiu com as investigações iniciadas por Aristóteles,

mostrando que as conclusões retiradas anteriormente não estavam

totalmente certas, admitindo que no movimento rectilíneo uniforme no plano

vertical, há uma força com sentido contrário à do movimento do corpo, ou

seja, uma força de atrito (neste caso, a resistência do ar). Concluiu então

que desprezando esta força o corpo continua o seu movimento rectilíneo

com velocidade constante e durante um período de tempo ilimitado.

Newton, vários anos mais tarde, não só concordou com as conclusões

de Galileu como também as desenvolveu e enunciou as suas três leis

baseadas nas conclusões que retirou. Na sua primeira lei, designada também

por Lei da Inércia, este diz o mesmo que Galileu, ou seja, quando a

resultante de forças a actuar no centro de massa de um corpo é nula, se


2
este estiver em repouso continuará em repouso e se estiver em movimento

continuará em movimento rectilíneo uniforme.

Material

 1 Calha metálica (1,20m -Incerteza de  0,5mm-);

 1 Carrinho (m=250,05g);

 Fio de Nylon (q.b.);

 1 Corpo/Massa (100g)- 1ªParte;

 1 Corpo/Massa (50g)- 2ª/3ªParte;

 1 Corpo/Massa (250g)- 3ªParte;

 1 Roldana;

 1 Sensor de movimento “Go! Motion” (incerteza:  0,00001mm)

 1 Balança Scaltec (incerteza:  0,005 g);

 1 Nível;

 1 Computador.

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Procedimento Experimental

 1°Parte

Fig.1- Montar o
Fig.3- Determinar a
esquema e retirar as
massa do carrinho.
medidas necessárias.
Fig.2- Nesta primeira
experiência, colocar uma
massa de 100g presa ao
Tratar os
carrinho por um fio de nylon.
pontos
registados pelo
sensor a fim de
verificar de
descobrir-mos a
aceleração Fig.4- Colocar o carrinho sobre

experimental e o plano e iniciar a detectação

de verificar-mos dos valores (sensor) ao mesmo

como varia a tempo que se larga o carrinho. O

velocida em sensor encontra-se ligado a um

função do computador.

tempo, tal como


a força de
atrito.

 2°Parte

Para realizar a segunda parte da experiência deve-se proceder da mesma

forma alterando-se apenas a massa que se encontra presa ao carrinho.

Enquanto na primeira experiência a massa era de 100g, para realizar esta

segunda parte a massa deve ser de 50g.


 3°Parte

Para realizar a terceira parte da experiência deve-se proceder da mesma

forma alterando-se apenas a massa do carrinho. Nesta experiência a massa

presa ao carro continua a ser de 50g e deve-se acrescentar uma massa de

250g (figura 5) sobre o carrinho de modo a este ter uma massa total de

500,05g.

Fig.5- Massa (250g)


acrescentada ao carrinho para
alterar a sua massa inicial.
Observações

1ª Parte

Gráfico 1 – Gráfico posição em função do tempo obtido no programa

“Logger Lite”.
Posição (m)

Tempo (s)
1.20

1.00

0.80

0.60
Posição (m)
0.40

0.20

0.00
0.00 5.00 10.00 15.00 20.00 25.00
Tempo (s)
Gráfico 2 – Gráfico posição em função do tempo relativo ao movimento do

carrinho ligado a uma massa de 100g.

1.80
1.60
1.40
1.20
1.00
Velocidade 0.80
(m/s)

0.60
0.40
0.20
0.00
0.90 1.00 1.10 1.20 1.30 1.40 1.50 1.60 1.70 1.80
Tempo (s)

Gráfico 3 – Gráfico velocidade em função do tempo relativo ao movimento

do carrinho ligado a uma massa de 100g.

Gráfico 4 – Gráfico velocidade em função do tempo apenas com os pontos

correspondentes à aceleração, com o declive e R2, relativo ao movimento do

carrinho ligado a uma massa de 100g.


1.60
f(x) = 3.61 x − 2.87
1.40 R² = 0.93

1.20

1.00

0.80
Velocidade (m/s)
0.60

0.40

0.20

0.00
0.90 0.95 1.00 1.05 1.10 1.15 1.20 1.25 1.30

Tempo (s)

Tabela 1 – Tabela de tempo e Tabela 2 – Tabela de tempo e

posições correspondentes aos velocidades correspondentes aos

valores do gráfico 2. valores do gráfico 3.

Tempo Posição Tempo Velocidade


(s) (m) (s) (m/s)
0,960000 0,169115 0,960000 0,427138
1,000000 0,196183 1,000000 0,753842
1,040000 0,234728 1,040000 0,966273
1,080000 0,275675 1,080000 1,114262
1,120000 0,323623 1,120000 1,248522
1,160000 0,376376 1,160000 1,357513
1,200000 0,433018 1,200000 1,439692
1,240000 0,492876 1,240000 1,482276
1,280000 0,553389 1,280000 1,478397
1,320000 0,611034 1,320000 1,471214
1,360000 0,670788 1,360000 1,468485
1,400000 0,728536 1,400000 1,477446
1,440000 0,787995 1,440000 1,502453
1,480000 0,846159 1,480000 1,569097
1,520000 0,920673 1,520000 1,484063
1,560000 0,966305 1,560000 1,361572
1,600000 1,022878 1,600000 1,365269
1,640000 1,079624 1,640000 1,402492
1,680000 1,128419 1,680000 1,606113
Tabela 3 – Tabela de tempo e velocidades correspondentes aos valores do

gráfico 4.

Tempo
0,96000 1,00000 1,04000 1,08000 1,12000 1,16000 1,20000 1,24000
(s)

Velocidade
0,42713 0,75384 0,96627 1,11426 1,24852 1,35751 1,43969 1,48227
(m/s)

2ª Parte

Gráfico 5 – Gráfico posição em função do tempo obtido no programa

“Logger Lite”.
Posição (m)

Tempo (s)
1.40

1.20

1.00

0.80
Posição (m)
0.60

0.40

0.20

0.00
0.00 5.00 10.00 15.00 20.00 25.00 30.00

Tempo (s)

Gráfico 6 – Gráfico posição em função do tempo relativo ao movimento do

carrinho ligado a uma massa de 50g.

1.40

1.20

1.00

0.80
Velocidade (m/s)
0.60

0.40

0.20

0.00
0.00 5.00 10.00 15.00 20.00 25.00 30.00

Tempo (s)

Gráfico 7 – Gráfico velocidade em função do tempo relativo ao movimento

do carrinho ligado a uma massa de 50g.


1.40

1.20
f(x) = 1.72 x − 0.85
1.00 R² = 0.96

0.80
Velocidade (m/s)0.60

0.40

0.20

0.00
0.80 0.85 0.90 0.95 1.00 1.05 1.10 1.15 1.20 1.25

Tempo (s)

Gráfico 8 – Gráfico velocidade em função do tempo apenas com os pontos

correspondentes à aceleração, com o declive e R2, relativo ao movimento do

carrinho ligado a uma massa de 50g.

 Tabela 4 – Tabela de tempo e de posições correspondentes aos

valores do gráfico 6;

 Tabela 5 – Tabela de tempo e velocidades correspondentes aos

valores do gráfico 7;

 Tabela 6 – Tabela de tempo e de velocidades correspondentes aos

valores do gráfico 8.

Tempo Posição 1,08000 0,38686 0 2


(s) (m) 0 0 1,40000 0,74468
0,84000 0,18344 1,12000 0,42752 0 3
0 5 0 9 1,44000 0,78896
0,88000 0,20921 1,16000 0,47077 0 0
0 7 0 0 1,48000 0,83356
0,92000 0,24280 1,20000 0,51775 0 5
0 9 0 7 1,52000 0,87804
0,96000 0,27348 1,24000 0,56912 0 9
0 3 0 9 1,56000 0,92198
1,00000 0,30640 1,28000 0,61333 0 1
0 2 0 7 1,60000 0,96636
1,04000 0,34539 1,32000 0,65587 0 1
0 6 0 0 1,64000 1,00029
1,36000 0,70030 0 8
1,68000 1,04517 1,280000 1,112651 0,960000 0,822423
0 9 1,320000 1,097604 1,000000 0,901168
1,72000 1,08833
1,360000 1,104599 1,040000 0,982098
0 4
1,400000 1,108138 1,080000 1,025399
1,76000 1,13257
0 7 1,440000 1,110618 1,120000 1,065972
1,80000 1,15802 1,480000 1,110940 1,160000 1,129722
0 1 1,520000 1,099696 1,200000 1,188656
Tabela 4 1,560000 1,077240
Tabela 6
1,600000 1,014592
Tempo Velocidade 1,640000 1,015937
(s) (m/s) 1,680000 1,060425
0,840000 0,501333
1,720000 1,010861
0,880000 0,691224
1,760000 0,961388
0,920000 0,781785
1,800000 0,984878
0,960000 0,822423
1,000000 0,901168 Tabela 5
1,040000 0,982098
Tempo Velocidade
1,080000 1,025399 (s) (m/s)
1,120000 1,065972 0,840000 0,501333
1,160000 1,129722 0,880000 0,691224
1,200000 1,188656 0,920000 0,781785
1,240000 1,172426

3ª Parte
Gráfico 9 – Gráfico posição em função do tempo obtido no programa

“Logger Lite”.
Posição (m)

Tempo (s)
1.20

1.00

0.80

0.60
Posição (m)

0.40

0.20

0.00
0.00 5.00 10.00 15.00 20.00 25.00 30.00 35.00 40.00
Tempo (s)

Gráfico 10 – Gráfico posição em função do tempo relativo ao movimento do

carrinho com massa de 500,05g ligado a uma massa de 50g.

0.90

0.80

0.70

0.60

0.50
Velocidade (m/s) 0.40

0.30
0.20

0.10

0.00
0.00 5.00 10.00 15.00 20.00 25.00 30.00 35.00 40.00
Tempo (s)

Gráfico 11 – Gráfico velocidade em função do tempo relativo ao movimento


do carrinho com massa de 500,05g ligado a uma massa de 50g.
0.90

0.80 f(x) = 1.02 x − 0.63


0.70 R² = 0.99

0.60

0.50
Velocidade (m/s) 0.40

0.30

0.20

0.10

0.00
0.90 1.00 1.10 1.20 1.30 1.40 1.50
Tempo (s)

Gráfico 12 – Gráfico velocidade em função do tempo apenas com os pontos

correspondentes à aceleração, com o declive e R2, relativo ao movimento do

carrinho com massa de 500,05g ligado a uma massa de 50g.

Nota: Ao longo desta actividade laboratorial observou-se que as

acelerações do corpo em cada uma das partes da experiência foram

diferentes, bem como as forças de atrito de cada uma das partes desta

actividade.
 Tabela 7 – Tabela de tempo e de posições correspondentes aos

valores do gráfico 10;

 Tabela 8 – Tabela de tempo e velocidades correspondentes aos

valores do gráfico 11;

 Tabela 9 – Tabela de tempo e de velocidades correspondentes aos

valores do gráfico 12.

Tempo Posição 1,120000 0,241966 1,320000 0,364568


(s) (m) 1,160000 0,263610 1,360000 0,393126
1,000000 0,185454 1,200000 0,286982 1,400000 0,425523
1,040000 0,202327 1,240000 0,311392 1,440000 0,456968
1,080000 0,221516 1,280000 0,337271 1,480000 0,493237
1,520000 0,525011 1,360000 0,756619 1,200000 0,596531
1,560000 0,558652 1,400000 0,797448 1,240000 0,629608
1,600000 0,594557 1,440000 0,832753 1,280000 0,665923
1,640000 0,625329 1,480000 0,842503 1,320000 0,704913
1,680000 0,658624 1,520000 0,834242 1,360000 0,756619
1,720000 0,691833 1,560000 0,849893 1,400000 0,797448
1,760000 0,725612 1,600000 0,833006 1,440000 0,832753
1,800000 0,758717 1,640000 0,817185
Tabela 9
1,840000 0,791995 1,680000 0,827615
1,880000 0,825238 1,720000 0,833676
1,920000 0,858499 1,760000 0,834707
1,960000 0,893644 1,800000 0,831623
2,000000 0,926922 1,840000 0,832751
2,040000 0,957711 1,880000 0,836547
2,080000 0,990885 1,920000 0,846826
1,960000 0,841747
Tabela 7 2,000000 0,814293
2,040000 0,809476
Tempo Velocidade
(s) (m/s) 2,080000 0,821669
1,000000 0,350540
Tabela 8
1,040000 0,439041
1,080000 0,492023 Tempo Velocidade
1,120000 0,526909 (s) (m/s)
1,160000 0,562303 1,000000 0,350540
1,200000 0,596531 1,040000 0,439041
1,240000 0,629608 1,080000 0,492023
1,280000 0,665923 1,120000 0,526909
1,320000 0,704913 1,160000 0,562303

Cálculos

 1°Parte

 
 Sendo Fr  m  a , a massa do corpo em suspensão, 0,100 Kg, e a


aceleração experimental ( a ), 3,6081m/s2 e sabendo que estamos perante um

referencial com sentido positivo ascendente:



      
Fr  m  a  Fr  m   a   Fr  0,100   3, 6081  Fr  0,36081N  Fr 0,361N

T  m  g  a
 Sendo , a massa do corpo em suspensão, 0,100Kg, a

aceleração gravítica (g), 9,8m/s2 e a aceleração experimental, 3,6081m/s 2:


    
T  m  g  a   T  0,100  9,8  3, 6081  T  0,100  6,1919  T  0, 61919 N  T 0, 619 N
     
 Sendo Fa  T  Fr , a , 0,61919N,
T Fr  M a , “M” a massa do carrinho,


0,25005kg e a aceleração experimental ( a ) 3,6081m/s2:

     


Fa  T  Fr  Fa  T  Ma  Fa  0, 61919   0, 25005  3, 6081 

 
 Fa  0, 61919  0,90221  Fa  0, 28302 N

 2°Parte
 
 Sendo Fr  m  a , a massa do corpo em suspensão, 0,050 Kg, e a


a
aceleração experimental ( ), 1,7221m/s2 e sabendo que estamos perante

um referencial com sentido positivo ascendente:


      
Fr  m  a  Fr  m   a   Fr  0, 050   1, 7221  Fr  0, 086105  Fr 0, 086 N

T  m  g  a
 Sendo , a massa do corpo em suspensão, 0,050Kg, a

aceleração gravítica (g), 9,8m/s2 e a aceleração experimental, 1,7221m/s 2:


    
T  m  g  a   T  0, 050  9,8  1, 7221  T  0, 050  8, 0779  T  0, 403895  T 0, 40 N
     
 Sendo Fa  T  Fr , a T , 0,403895N, Fr  M a , “M” a massa do

a
carrinho, 0,25005kg e a aceleração experimental ( ) 1,7221m/s2:

     


Fa  T  Fr  Fa  T  Ma  Fa  0, 403895   0, 25005  1, 7221 

 
 Fa  0, 403895  0, 43061  Fa  0, 28302 N
 3°Parte

 
 Sendo Fr  m  a , a massa do corpo em suspensão, 0,050 Kg, e a


aceleração experimental ( a ), 1,0154m/s2 e sabendo que estamos perante

um referencial com sentido positivo ascendente:


      
Fr  m  a  Fr  m   a   Fr  0, 050   1.0154   Fr  0, 05077  Fr 0, 051N

T  m  g  a
 Sendo , a massa do corpo em suspensão, 0,050Kg, a

aceleração gravítica (g), 9,8m/s2 e a aceleração experimental, 1,0154m/s 2:


    
T  m  g  a   T  0, 050  9,8  1, 0154   T  0, 050  8, 7846  T  0, 43923  T 0, 44 N
     
 Sendo Fa  T  Fr , a , 0,43923N,
T Fr  M a , “M” a massa do carrinho,

0,50005kg e a aceleração experimental ( a ) 1,0154m/s2:

     
Fa  T  Fr  Fa  T  Ma  Fa  0, 43923   0, 50005  1, 0154  
  
 Fa  0, 43923  0,50775  Fa  0, 06852077 N  Fa 0, 068521N
Crítica e Conclusão

Nesta actividade experimental conseguimos atingir os objectivos

gerais da experiência. O principal objectivo desta actividade experimental

era responder à questão “Será necessário uma força para que um corpo se

mova?” e para tal realizámos a experiência em três partes, alterando em

cada uma delas a massa do corpo que iria permitir que ao largarmos o

carrinho este se movesse (a fim de verificar-mos se a massa teria influência

sobre o movimento), a massa do carrinho em si (na terceira parte) e

analisando individualmente cada movimento efectuado pelo carrinho,

estudando a sua velocidade em função do tempo, calculando a força de

atrito que actuou no seu centro de massa ao longo do percurso e verificando

qual a aceleração tomada pelo carrinho (variação desta).

Quando o carrinho se encontra parado actuam sobre o centro de

massa deste a força gravítica e a reacção normal ao plano, ou seja, mesmo

antes de o carrinho tomar qualquer velocidade ou efectuar qualquer

movimento, já existem forças a actuar no seu centro de massa. É devido ao

facto de nenhuma das forças ser dominante sobre a outra que o carro não

se move. Diz-se então que a força gravítica e a reacção normal ao plano têm

a mesma direcção, sentidos opostos, a mesma intensidade e o mesmo ponto

de aplicação. Estando o carrinho ligado a uma determinada massa por um fio

de nylon, quando este é largado passa a actuar sobre este a chamada

“tensão”, consequência da força exercida pela massa/corpo pendente e que

permite que o carro se desloque.

A partir do momento em que largamos o carro e que o sensor

detecta os pontos, conseguimos obter dados suficientes para


estudarmos o movimento efectuado pelo corpo e retirar diversas

conclusões. Logo a partir dos dados directamente registados pelo

sensor, obtém-se um gráfico posição em função do tempo no

programa “Logger Lite” bem como os valores de velocidade do

carrinho ao longo do percurso. Após criação de um gráfico velocidade

em função do tempo no programa Microsoft Office Excel,

verificamos que até determinado ponto a velocidade do carro

aumenta até que se mantém constante. Percebemos então que

enquanto a massa/corpo pendente exerce uma força (tensão) sobre o

centro de massa do carro este vai aumentando a sua velocidade (algo

possível de verificar com os dados obtidos pelo sensor). Através da

análise do gráfico deparamo-nos com um momento em que o carro

passa a tomar uma velocidade constante, ou seja, o carro que

anteriormente tinha aceleração (visto que a sua velocidade ia

aumentando), agora já não tem. Possui uma aceleração nula, a partir

de determinado momento. Esse momento é então quando a

massa/corpo suspenso que exercia uma força sobre ele deixa de

estar em movimento e pára quando “embate” no caixote (no caso da

nossa experiência). O facto de a aceleração ser nula não é sinónimo

de velocidade nula, mas sim de uma velocidade constante. Diz-se

então que o carro se desloca num movimento rectilíneo uniforme

(MRU). Com este facto consegui-mos então atingir um dos nossos

objectivos que era constatar a 1ªLei de Newton (Lei da Inércia), que

nos diz que se a força resultante que actua sobre um corpo for nula, o

corpo permanece em repouso se estiver inicialmente em repouso, ou

terá movimento rectilíneo uniforme se estiver em movimento. Esta lei

está então comprovada visto que mesmo depois de a massa ter ficado

em contacto com o caixote, deixando de aplicar uma força (tensão) no


centro de massa do carrinho, este continuou em movimento tomando

uma velocidade constante (logo, aceleração nula) visto que a

resultante de forças a actuar voltou a ser nula. Como a massa é o

factor de inércia, ou seja, o factor que mede a resistência que um

corpo tem para alterar a sua velocidade, quanto maior for a massa,

menor é a possibilidade de o corpo alterar a sua velocidade, assim

nunca terminará o seu movimento, a não ser que uma força ou um

obstáculo o pare.

Conseguimos assim responder a uma das principais questões

que nos levaram a realizar esta actividade experimental. “Será

necessária uma força para que um corpo se mova?”. Percebe-mos

então que mesmo estando parado, um corpo tem sempre forças a

actuar nele (neste caso a força gravítica e a reacção normal ao plano),

mas nenhuma domina sobre a outra, sendo a resultante de forças,

nula. Para alterar então o estado de repouso ou movimento é

necessário ser aplicada uma força cuja intensidade seja superior à

força de atrito (força que se opõe ao movimento relativo dos corpos).

Com as diferentes partes desta experiência em que fomos

alterando massas (do corpo pendente e do carrinho) tínhamos outro

objectivo: perceber se a massa era um factor que influenciava a

força de atrito. Para tal iniciamos a experiência com um carrinho de

massa, 250,05g, e um corpo pendente unido a este (a fim de

conseguirmos o movimento do carro num plano horizontal) de massa,

100g. Após análise do gráfico velocidade em função do tempo relativo

a este primeiro movimento, analisamos o declive (no período em que o

carro aumentava a sua velocidade –sujeito á força do corpo sobre

ele), de modo a obtermos a aceleração do carrinho, que foi de


aproximadamente 3,61m/s2. Conseguimos então chegar à força

resultante que actuou no sistema (através da fórmula apresentada na

introdução deste relatório), que foi de -0,361N, aproximadamente

(obtemos um valor negativo visto que a aceleração tem sentido

negativo segundo o referencial considerado). Posteriormente, depois

de calculada a tensão conseguimos então calcular finalmente a força

de atrito que nos deu um valor de -0,283N (o sinal negativo, neste

caso também indica que o sentido da força é negativo relativamente

ao referencial, o que se torna claro em relação á força de atrito, uma

vez que se trata de uma força de oposição ao movimento).

Na segunda parte desta experiência manteve-se a massa do

carro, alterando-se apenas a massa do corpo/pêndulo para 50g. O

valor da aceleração obtido após estudo do declive de um novo gráfico

velocidade em função relativo ao movimento efectuado nesta etapa

foi de 1,72m/s2. Este valor, comparativamente ao obtido na primeira

parte é menor, algo que se torna lógico a partir do momento em que

se percebe que a força resultante depende da massa do corpo a


 
actuar ( Fr  m  a ). Se era o corpo pendente que permitia que o

carrinho se movesse após este ser largado, quanto menor a massa do

corpo pendente, menor será a força a actuar no centro de massa do

carrinho (valor da força “tensão” também é menor) e,

consequentemente, menor será a velocidade adquirida por este. Se o

aumento de velocidade for menor então a aceleração do carrinho no

movimento também será, o que explica que o valor da aceleração do

carro nesta segunda parte seja inferior ao da primeira, pois a massa

do corpo pendente passou de 100g para 50g. Estando todos os

cálculos intercalares feitos (seguindo a mesma ordem efectuada na


primeira parte), obtém-se uma força de atrito de aproximadamente

-0,0267N.

Na terceira e última parte da experiência alterou-se a massa

do carrinho acrescentando-lhe 250g, obtendo-se no total um carro

com uma massa de 500,05g, e manteve-se a mesma massa pendente

da segunda parte (50g). O valor de aceleração obtido desta vez foi de

1,015m/s2. Os valores da tensão a actuar no centro de massa do carro

foram idênticos aos da segunda parte, 0,40N e 0,44N (2ªparte e

3ªparte respectivamente), algo normal visto que se manteve a massa

do corpo pendente, ou seja, a força aplicada por este seria a mesma.

O valor da força de atrito obtido foi de -0,0685N, aproximadamente.

Se analisarmos melhor os valores da força de atrito obtidos nas

diferentes partes da experiência conseguimos obter resposta a um

dos três mais importantes objectivos traçados para esta actividade,

que era saber se a massa tinha alguma influência sobre a força de

atrito. Comparando, por exemplo, os valores da força de atrito (já

enunciados anteriormente) na segunda e na terceira parte,

relacionando simultaneamente a massa do carrinho correspondente ao

movimento (já enunciada também) verifica-se então que a força de

atrito é influenciada pela massa do corpo em questão. Percebe-mos

também que a força de atrito de um corpo é tanto maior quanto

superior for a sua massa, algo que se comprova pelo facto de a força

de atrito ser superior na terceira parte em relação à segunda e da

massa do carro ter sido aumentada 250g na terceira parte em

relação à segunda. Visto que a força de atrito é uma força que se

opõe ao movimento relativo dos corpos, quanto maior esta for, maior

será a oposição ao movimento, logo o aumento da velocidade ao longo


da trajectória rectilínea no mesmo período de tempo não será tão

grande, pelo que se consegue explicar então o motivo pelo qual a

aceleração na segunda parte é superior ao da terceira parte, tendo

sempre em mente que a aceleração é o cociente entre a variação da

velocidade e o intervalo de tempo considerado.

Em suma, todos os objectivos propostos forma atingidos,

tendo-se realizado a experiência sem percalços. Ao contrário de

outras experiências em que a força de atrito prejudicou os

resultados que pretendíamos obter, desta vez esse não foi um

problema visto que estudar esta grandeza vectorial fazia parte dos

objectivos e, como seria de esperar, os valores da força de atrito

mantiveram-se sempre bastante reduzidos.

Bibliografia

Para realizar este relatório recorri às seguintes fontes de

informação:

 Ventura, Graça/ Fiolhais, Manuel/ Fiolhais, Carlos/ Paiva, João/

Ferreira, António José, “11F- Física e Química A- bloco 2,

11º/12ºano”, 1a Edição, 2011, Texto Editores;

 Rodrigues, Margarida/ Morão Lopes Dias, Fernando, “Física e

Química na Nossa Vida, viver melhor na Terra- Física 9” , 1ª Edição,

2009, Porto Editora;

 http://perceberomundo.blogs.sapo.pt/1169.html.

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