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CAPACIDADE TÉRMICA MÁSSICA
O que se pretende
Determinar experimentalmente a capacidade térmica mássica de diferentes
materiais metálicos, nomeadamente do alumínio, do cobre e do latão (liga metálica
cobre‐zinco).
Para tal iremos recorrer a uma resistência de aquecimento que irá fornecer energia
a um bloco calorimétrico, de massa conhecida, do material em estudo. A partir da
energia fornecida pela resistência de aquecimento e da elevação da temperatura
sofrida pelo bloco calorimétrico, determina‐se então a capacidade térmica mássica
do material.
Verificar significados
Capacidade térmica mássica:
A capacidade térmica mássica de um material é a quantidade de energia necessária
para que a sua unidade de massa aumente 1 °C (ou 1 K) de temperatura.
A capacidade térmica mássica da água, por exemplo, é 4186 J / (kg °C), tal significa que
para aumentar 1 °C a temperatura de 1 kg de água líquida é necessário fornecer‐lhe a
energia de 4186 J.
Potência dissipada por efeito de Joule na resistência de aquecimento:
Energia dissipada por efeito de Joule na resistência de aquecimento:
∆
∆
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ACTIVIDADE LABORATORIAL – FÍSICA 10.º ANO – ALF 1.3
Energia recebida por um corpo sob a forma de calor:
∆
Expressão para o cálculo da capacidade térmica mássica:
Considerando que toda a energia dissipada por efeito de Joule na resistência de
aquecimento é transferida para o bloco calorimétrico:
∆ ∆
∆
∆
Para minimizar o erro subjacente a esta aproximação:
realizar ensaio num curto intervalo de tempo e durante o ensaio colocar o
bloco calorímetrico sobre um isolante térmico, por forma a reduzir a energia
transferida por calor do sistema para a sua vizinhança.
“molhar” a resistência de aquecimento em glicerina (melhor condutor térmico
do que o ar), para facilitar o contacto térmico entre a resistência e o bloco
calorimétrico.
Exatidão:
A exatidão indica a proximidade entre o valor medido e o valor verdadeiro.
Quando existe um valor tabelado podemos avaliar se o valor medido é muito ou pouco
exato determinando o seu erro percentual:
|valor tabelado valor medido|
erro percentual % 100
valor tabelado
Quanto menor for o erro percentual maior exatidão existirá na medida efetuada.
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ACTIVIDADE LABORATORIAL – FÍSICA 10.º ANO – ALF 1.3
Lista de material e reagentes
Descrição Quantidade
Fonte de alimentação 0‐12V 1
Resistência de aquecimento 1
Voltímetro 1
Amperímetro 1
Bloco calorimétrico alumínio 1
Bloco calorimétrico cobre 1
Bloco calorimétrico latão 1
Fios de ligação 5
Termómetro 1
Placa de cortiça 1
Glicerina 1
Cronómetro 1
Procedimento
1. Pesar o bloco calorimétrico e registar o valor da sua massa.
2. Observar a seguinte figura e montar o circuito eléctrico (amperímetro em série
no circuito e voltímetro em paralelo com os extremos da resistência), com o
bloco calorimétrico de alumínio.
Fig. 1 Imagem do circuito eléctrico.
3. Molhar o termómetro e a resistência de aquecimento em glicerina e colocar
cada um deles nos respectivos orifícios do bloco calorimétrico.
4. Medir a temperatura inicial do bloco calorimétrico e registar o seu valor.
5. Ligar o interruptor da fonte de alimentação e o cronómetro.
6. Após dois minutos desligar a fonte de alimentação (o ensaio deve ser realizado
num curto intervalo de tempo porque um aquecimento prolongado leva a um
aumento da taxa de transferência de energia para a vizinhança do sistema).
7. Seguir no termómetro o aumento de temperatura que ainda ocorre do bloco
calorimétrico após se ter desligado a fonte de alimentação, com muita
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ACTIVIDADE LABORATORIAL – FÍSICA 10.º ANO – ALF 1.3
atenção, e até esta atingir o seu valor máximo (aguardar que se atinja o
equilíbrio térmico por condução).
8. Medir e registar o valor máximo da temperatura do bloco calorimétrico
(temperatura final).
9. Aguardar que a resistência de aquecimento arrefeça, sendo que tal deve
ocorrer com a resistência de aquecimento dentro do orifício de um bloco
calorimétrico, para que esta não se danifique.
10. Repetir o procedimento com os blocos de cobre e de latão.
Resultados
Tabela 1
Registos e resultados relativos à determinação experimental das capacidades térmicas
mássicas do alumínio do latão e do cobre.
m (kg) U (V) I (A) Ti (°C) Tf (°C) ∆T (° C) ∆t (s) c (J/(kg °C))
Alumínio 1,001 10,45 4,45 19,90 25,60 5,70 120 978
Latão 1,003 10,55 4,50 20,60 34,90 14,30 120 397
Cobre 0,988 10,46 4,44 21,40 34,99 13,59 120 415
Tabela 2
Exactidão das medidas das capacidade térmicas mássicas do alumínio, do latão e do cobre.
Valor tabelado da Valor medido da
capacidade térmica capacidade térmica Erro percentual (%)
mássica (J/(kg °C)) mássica (J/(kg °C))
Alumínio 897 978 9,0
Latão 380 397 4,4
Cobre 387 415 7,2
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