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ACTIVIDADE LABORATORIAL – FÍSICA 10.º ANO – ALF 1.

CAPACIDADE TÉRMICA MÁSSICA 

O que se pretende 
 Determinar  experimentalmente  a  capacidade  térmica  mássica  de  diferentes 
materiais metálicos, nomeadamente do alumínio, do cobre e do latão (liga metálica 
cobre‐zinco). 

Para tal iremos recorrer a uma resistência de aquecimento que irá fornecer energia 
a um bloco calorimétrico, de massa conhecida, do material em estudo. A partir da 
energia  fornecida  pela  resistência  de  aquecimento  e  da  elevação  da  temperatura 
sofrida pelo bloco calorimétrico, determina‐se então a capacidade térmica mássica 
do material. 

 Comparar  os  resultados  experimentais  obtidos  para  a  capacidade  térmica  mássica 


dos diferentes materiais com os respectivos valores tabelados e avaliar a exactidão 
dos mesmos. 

Verificar significados 
Capacidade térmica mássica: 

A  capacidade  térmica  mássica  de  um  material  é  a  quantidade  de  energia  necessária 
para que a sua unidade de massa aumente 1 °C (ou 1 K) de temperatura. 

A capacidade térmica mássica da água, por exemplo, é 4186 J / (kg °C), tal significa que 
para aumentar 1 °C a temperatura de 1 kg de água líquida é necessário fornecer‐lhe a 
energia de 4186 J. 

Potência dissipada por efeito de Joule na resistência de aquecimento: 

Energia dissipada por efeito de Joule na resistência de aquecimento: 

 

∆  

 

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Energia recebida por um corpo sob a forma de calor: 

∆  

Expressão para o cálculo da capacidade térmica mássica: 

Considerando  que  toda  a  energia  dissipada  por  efeito  de  Joule  na  resistência  de 
aquecimento é transferida para o bloco calorimétrico: 

   

∆   ∆  


   

Para minimizar o erro subjacente a esta aproximação:  

 realizar  ensaio  num  curto  intervalo  de  tempo  e  durante  o  ensaio  colocar  o 
bloco  calorímetrico  sobre  um  isolante  térmico,  por  forma  a  reduzir  a  energia 
transferida por calor do sistema para a sua vizinhança. 

 “molhar” a resistência de aquecimento em glicerina (melhor condutor térmico 
do  que  o  ar),  para  facilitar  o  contacto  térmico  entre  a  resistência  e  o  bloco 
calorimétrico. 

Exatidão: 

A exatidão indica a proximidade entre o valor medido e o valor verdadeiro. 

Quando existe um valor tabelado podemos avaliar se o valor medido é muito ou pouco 
exato determinando o seu erro percentual: 

|valor tabelado valor medido|
erro percentual  % 100 
valor tabelado

Quanto menor for o erro percentual maior exatidão existirá na medida efetuada. 

 
 
 
 

 

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Lista de material e reagentes 
 
Descrição  Quantidade
Fonte de alimentação 0‐12V  1 
Resistência de aquecimento  1 
Voltímetro  1 
Amperímetro  1 
Bloco calorimétrico alumínio  1 
Bloco calorimétrico cobre  1 
Bloco calorimétrico latão  1 
Fios de ligação  5 
Termómetro  1 
Placa de cortiça  1 
Glicerina  1 
Cronómetro  1 
 

Procedimento 
1. Pesar o bloco calorimétrico e registar o valor da sua massa. 
2. Observar a seguinte figura e montar o circuito eléctrico (amperímetro em série 
no  circuito  e  voltímetro  em  paralelo  com  os extremos  da  resistência),  com  o 
bloco calorimétrico de alumínio. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
  Fig. 1 Imagem do circuito eléctrico. 
 
 
3. Molhar  o  termómetro  e  a  resistência  de  aquecimento  em  glicerina  e  colocar  
cada um deles nos respectivos orifícios do bloco calorimétrico. 
4. Medir a temperatura inicial do bloco calorimétrico e registar o seu valor. 
5. Ligar o interruptor da fonte de alimentação e o cronómetro. 
6. Após dois minutos desligar a fonte de alimentação (o ensaio deve ser realizado 
num curto intervalo de tempo porque um aquecimento prolongado leva a um 
aumento da taxa de transferência de energia para a vizinhança do sistema). 
7. Seguir no termómetro o aumento de temperatura que ainda ocorre do bloco 
calorimétrico  após  se  ter  desligado  a  fonte  de  alimentação,  com  muita 

 

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atenção,  e  até  esta  atingir  o  seu  valor  máximo  (aguardar  que  se  atinja  o 
equilíbrio térmico por condução). 
8. Medir  e  registar  o  valor  máximo  da  temperatura  do  bloco  calorimétrico 
(temperatura final). 
9. Aguardar  que  a  resistência  de  aquecimento  arrefeça,  sendo  que  tal  deve 
ocorrer  com  a  resistência  de  aquecimento  dentro  do  orifício  de  um  bloco 
calorimétrico, para que esta não se danifique. 
10. Repetir o procedimento com os blocos de cobre e de latão. 

Resultados 
 
 
Tabela 1 
Registos e resultados relativos à determinação experimental das capacidades térmicas 
mássicas do alumínio do latão e do cobre. 
  m (kg)  U (V)  I (A)  Ti (°C)  Tf (°C)  ∆T (° C) ∆t (s)  c (J/(kg °C))
Alumínio  1,001  10,45  4,45  19,90  25,60  5,70  120  978 
Latão  1,003  10,55  4,50  20,60  34,90  14,30  120  397 
Cobre  0,988  10,46  4,44  21,40  34,99  13,59  120  415 
 
 
 
 
Tabela 2 
Exactidão das medidas das capacidade térmicas mássicas do alumínio, do latão e do cobre. 
  Valor tabelado da  Valor medido da 
capacidade térmica  capacidade térmica  Erro percentual (%) 
mássica (J/(kg °C))  mássica (J/(kg °C)) 
Alumínio  897  978  9,0 
Latão  380  397  4,4 
Cobre  387  415  7,2 

 

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