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São Carlos
2011
AGRADECIMENTOS
Meus sinceros agradecimentos à minha família, que me deu apoio, confiança e tranqüilidade
para que eu sempre seguisse em frente.
Agradeço também aos meus amigos, que através da convivência bem humorada me deram
forças, paciência e força de vontade para que este trabalho fosse realizado.
Agradeço também aos docentes do DECiv que contribuíram para a minha formação,
especialmente à Prof. Dra. Sheyla Mara Baptista Serra, que com sua paciência e bom
humor me auxiliou durante toda a graduação e na elaboração deste projeto.
RESUMO
A indústria da construção civil, devido a vários aspectos do setor, ainda possui altos
índices de acidente de trabalho e, muitas vezes, com óbito. Apesar de terem ocorrido
numerosas melhorias nas últimas décadas, a segurança no canteiro de obras ainda deixa a
desejar. Devido a vários empecilhos, tanto originados pelo empregado como pelo
empregador, a evolução deste aspecto na construção civil, na prática, torna-se complexa.
Dentro desse quadro, nota-se a dificuldade na abordagem dos Sistemas de Proteção
Coletiva (SPC’s), pois, ao contrário dos Equipamentos de Proteção Individual (EPI’s), eles
são complexos, de responsabilidade coletiva, e necessitam de processos de montagem e
desmontagem. Neste trabalho, foram feitas visitas à obras para observação e coleta de
dados referentes aos SPC’s nelas utilizados e boas práticas relativas à segurança no
canteiro. Pode-se observar o uso de SPC’s de forma irresponsável, sem projeto de
montagem e com eficácia duvidosa. Muitas vezes, os SPC’s foram instalados com o intuito
de driblar a fiscalização, e não para garantir a segurança dos trabalhadores no canteiro.
The construction industry due to several aspects of its, still has high rates of
accidents at work and many times, it takes the worker to death. Although there have
been numerous improvements in recent decades, the safety at the construction
site continues to lag. Due to various obstacles, both originated by the employee as the
employer, the evolution of this aspect in construction, in practice, it becomes complex. Within
this framework, there is the difficulty in addressing the Collective Protection System
(CPS's) because, unlike the Personal Protective Equipment (PPE), they are complex, need
collective responsibility, and require processes of assembly and disassembly. In this work,
visits were made to construction sites for observation and collection of data for CPS's used in
there and good practice on site safety. It can observe irresponsible using of the CPS's,
without assembly design and dubious effectiveness. Often, the CPS's were installed in order
to evade taxation, and not to ensure the safety of workers at construction site.
1. INTRODUÇÃO .................................................................................................................. 1
1.1 Objetivos .................................................................................................................... 3
1.1.1 Análise de Sistemas de Proteção Coletiva (normas, aspectos de projeto e de
produção). ........................................................................................................................... 3
1.1.2 Identificar boas práticas que torne o uso dos SPC’smais eficaz............................. 4
1.2 Justificativa ............................................................................................................... 4
1.3 Metodologia ............................................................................................................... 5
1.3.1 Caracterização do Objeto de Estudo ....................................................................... 5
1.3.2 Elaboração dos Métodos de Coleta de Dados ........................................................ 5
1.3.3 Pesquisa de Campo ................................................................................................. 6
1.3.4 Análise dos Resultados ........................................................................................... 6
1.3.5 Conclusões .............................................................................................................. 6
1.4 Estrutura do trabalho .............................................................................................. 6
2. CONTEXTO DA SEGURANÇA NA CONSTRUÇÃO CIVIL ........................................ 8
2.1 Segurança nos Canteiros de Obras ....................................................................... 10
2.2 Novas Políticas de Incentivo à Segurança na Construção Civil ......................... 12
2.2.1 Nexo Técnico Epidemiológico Previdenciário – NTEP ....................................... 12
2.2.2 Fator Acidentário de Prevenção – FAP ................................................................ 13
3. ORIENTAÇÕES LEGAIS – NR 18 E RTP’S ................................................................ 14
3.1 Programa de Condições e meio ambiente de trabalho - PCMAT ...................... 14
3.2 escadas, rampas e passarelas ................................................................................. 15
3.2.1 Escadas ................................................................................................................. 15
3.2.1.1 Escadas Portáteis .......................................................................................... 16
3.2.1.1.1 Escada de Uso Individual (de mão) ........................................................ 16
3.2.1.1.2 Escada Dupla (cavalete ou de abrir) ....................................................... 19
3.2.1.1.3 Escada Extensível ................................................................................... 20
3.2.1.1.4 Considerações Gerais para Escadas Portáteis ......................................... 21
3.2.1.2 Escadas Fixas................................................................................................ 22
3.2.1.2.1 Escada Tipo Marinheiro .......................................................................... 22
3.2.1.2.2 Escada de Uso Coletivo .......................................................................... 26
3.2.2 Rampas e Passarelas ............................................................................................. 27
3.3 Medidas de proteção contra quedas em altura .................................................... 28
3.3.1 Dispositivos Protetores de Plano Vertical ............................................................ 30
3.3.1.1 Sistema Guarda-corpo Rodapé (GcR) .......................................................... 30
3.3.1.2 Sistema de Barreira com Rede...................................................................... 32
3.3.1.3 Proteção de Aberturas no Piso ...................................................................... 33
3.3.2 Dispositivos Protetores de Plano Horizontal ........................................................ 34
3.3.3 Dispositivos de Proteção para Limitação de Queda ............................................. 36
3.4 Movimentação e Transporte de Materiais e Pessoas ........................................... 36
3.4.1 Torres de elevadores ............................................................................................. 38
3.4.2 Elevadores de Transporte de Materiais ................................................................ 39
3.4.3 Elevadores de Passageiros .................................................................................... 40
3.4.4 Requisitos Técnicos de Procedimentos ................................................................ 41
3.4.4.1 Localização ................................................................................................... 41
3.4.4.2 Base .............................................................................................................. 41
3.4.4.3 Guinchos ....................................................................................................... 41
3.4.4.3.1 Guinchos por transmissão de engrenagens por correntes ....................... 44
3.4.4.3.2 Guinchos automáticos ............................................................................. 44
3.4.4.4 Torre ............................................................................................................. 44
3.4.4.5 Cabinas ......................................................................................................... 46
3.4.4.5.1 Cabinas Semi-Fechadas .......................................................................... 46
Cabinas Fechadas ......................................................................................................... 47
3.4.4.6 Cabos de aço ................................................................................................. 48
3.4.4.7 Operação e sinalização ................................................................................. 49
3.4.5 Recomendações de manutenção em elevadores de obra ...................................... 50
3.4.6 Recomendações de Segurança ao Operador do Elevador .................................... 51
3.5 Andaimes e Plataformas de Trabalho .................................................................. 51
3.5.1 Andaimes Simplesmente Apoiados ...................................................................... 53
3.5.2 Andaimes Móveis ................................................................................................. 53
3.5.3 Andaimes Suspensos ............................................................................................ 53
3.5.4 Andaimes Suspensos Motorizados ....................................................................... 55
3.6 Sinalização de Segurança ....................................................................................... 56
3.7 Treinamento ............................................................................................................ 56
3.8 Ordem e Limpeza ................................................................................................... 57
4. ESTUDO DE CASO ........................................................................................................ 58
4.1 empresa fabricante e fornecedora de spc scanmetal: Proteção Modulada de
Periferia de Obras Civis ..................................................................................................... 58
4.1.1 Composição .......................................................................................................... 59
4.1.1.1 Telas de Proteção .......................................................................................... 59
4.1.1.1.1 Telas de Proteção Regulável ................................................................... 59
4.1.1.1.2 Telas de Proteção Articuladas em Quina ................................................ 60
4.1.1.2 Suportes (Postes) .......................................................................................... 60
4.1.1.2.1 Suporte Duplo ......................................................................................... 60
4.1.1.2.2 Suporte Duplo Tripé ............................................................................... 61
4.1.1.2.3 Calhas...................................................................................................... 62
4.1.2 Armazenagem ....................................................................................................... 63
4.1.3 Montagem ............................................................................................................. 64
4.1.3.1 Montagem de Proteção Periférica no Encaixe Inferior do Suporte .............. 65
4.1.3.1.1 Fixação dos Suportes .............................................................................. 65
4.1.3.1.2 Colocação das Telas ................................................................................ 67
4.1.3.2 Montagem da Proteção Periférica nos Encaixes Superiores dos Suportes ... 68
4.1.3.3 Transporte dos Suportes da Proteção Periférica ........................................... 69
4.1.4 Análise dos dados coletados ................................................................................. 70
4.2 Obra 1 ...................................................................................................................... 71
4.2.1 Caracterização da obra.......................................................................................... 71
4.2.2 Análise Quanto ao PCMAT.................................................................................. 73
4.2.3 Análise Quanto à segurança das Escadas, Rampas e Passarelas .......................... 73
4.2.4 Análise Quanto às Medidas de Proteção Contra Quedas em Altura .................... 75
4.2.5 ANÁLISE QUANTO À SINALIZAÇÃO, TREINAMENTO, ORDEM E
LIMPEZA ......................................................................................................................... 77
4.2.6 análise quanto à segurança na montagem de torre de transmissão ....................... 79
4.2.6.1 CONSIDERAÇÕES GERAIS ...................................................................... 79
4.2.6.2 PLATAFORMA DE PROTEÇÃO contra QUEDAs ................................... 82
4.2.7 Análise dos dados coletados ................................................................................. 84
4.3 Obra 2 ...................................................................................................................... 85
4.3.1 caracterização da obra .......................................................................................... 85
4.3.2 ANÁLISE QUANTO AO PCMAT...................................................................... 87
4.3.3 análise quanto à segurança das escadas, rampas e passarelas .............................. 87
4.3.4 análise quanto às medidas de proteção contra quedas em altura .......................... 90
4.3.5 análise quanto à segurança na movimentação e transporte de pessoas e materiais
97
4.3.5.1 considerações gerais ..................................................................................... 97
4.3.5.2 elevador de obra para passageiros e materiais .............................................. 98
4.3.6 ANÁLISE QUANTO À SINALIZAÇÃO, TREINAMENTO, ORDEM E
LIMPEZA ....................................................................................................................... 102
4.3.7 análise dos dados coletados ................................................................................ 103
4.4 Obra 3 .................................................................................................................... 103
4.4.1 análise quanto ao pcmat ...................................................................................... 105
4.4.2 análise quanto à segurança de escadas, rampas e passarelas .............................. 105
4.4.3 análise quANTO ÀS MEDIDAS DE PROTEÇÃO CONTRA QUEDAS EM
ALTURA ........................................................................................................................ 107
4.4.4 análise quanto à segurança nos andaimes ........................................................... 107
4.4.5 análise do sistema de proteção de periferia para alvenaria estrutural ................. 110
4.4.6 Análise dos dados coletados ............................................................................... 112
5. CONCLUSÃO ................................................................................................................ 114
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ......................................................................... 116
APÊNDICE A ........................................................................................................................ 118
APÊNDICE B ........................................................................................................................ 119
APÊNDICE C ........................................................................................................................ 121
APÊNDICE D ........................................................................................................................ 123
APÊNDICE E ........................................................................................................................ 127
APÊNDICE F ........................................................................................................................ 128
APÊNDICE G ........................................................................................................................ 130
1
1. INTRODUÇÃO
Através dos tempos o ser humano desenvolveu a capacidade de mudar seu meio
ambiente para facilitar a sua sobrevivência. Primeiramente, apenas desenvolvendo
pequenas mudanças físicas em seu entorno e em elementos para transformá-los em objetos
úteis a seus hábitos. Posteriormente, seriam descobertas formas de se alterar as
propriedades de cada material através de processos físicos ou químicos. E isto foi só o
começo.
Porém estes processos, desde os mais simples aos mais complexos, sempre
ofereceram riscos à saúde e integridade física do indivíduo que os realizam, seja pelo local
onde acontecem, pelas ferramentas necessárias no processo, ou por falta de instrução do
indivíduo. Conhecemos o indivíduo que realiza o processo como trabalhador.
1.1 OBJETIVOS
Este trabalho tem por objetivo selecionar três Sistemas de Proteção Coletiva, ou
SPC’s, e analisá-los detalhadamente em relação a normas e requisitos legais, aspectos de
projeto e aspectos de produção. Também objetiva-se identificar, para os sistemas
selecionados, boas práticas, tanto em canteiro quanto a nível administrativo e de projeto,
que possam tornar o uso destes sistemas mais eficaz. A idéia principal é incentivar a criação
de mais normas e especificações, afim de obter melhorias na padronização, a produção
industrial e a utilização destes sistemas.
Foram selecionadas três obras onde foram encontrados SPC’s que se mostraram
interessantes a uma análise detalhada. Estes sistemas foram analisados em relação à
existência de normas e especificações que garantam sua correta utilização, tanto quanto a
padronização de sua produção e fiscalização; aos projetos de cada sistema, sua clareza e
riqueza em detalhamento e sua adequação às normas vigentes; à produção dos sistemas,
se são feitas de forma improvisada ou de forma industrial, a possibilidade de
reaproveitamento, e o cenário das empresas neste setor.
4
Foram consideradas boas práticas tanto a nível gerencial como no canteiro de obras.
Foi considerada a qualidade dos projetos dos SPC’s, se os mesmos foram seguidos de
forma correta, a organização do canteiro de obras, o comportamento dos operários e a
forma de utilização dos sistemas.
1.2 JUSTIFICATIVA
Atualmente, é de senso comum o fato de que o setor da construção civil lida com um
alto índice de acidentes de trabalho. Além de estes acidentes implicarem em altos custos
(financeiros ou não) para o Estado, setor privado e para o trabalhador, eles também levam a
prejuízos diretos no custo financeiro da obra e no cumprimento dos prazos estipulados
(interdição), podendo até inviabilizar o empreendimento.
Uma vez que os acidentes de trabalho não podem ser evitados apenas com um
controle administrativo, é necessário o uso de equipamentos que protejam o trabalhador.
Para isto, existem os Equipamentos de Proteção Individual (EPI’s) e os Sistemas de
Proteção Coletiva (SPC’s). Este último é o objeto de estudo deste trabalho.
No Brasil, a construção civil deixa a desejar em relação aos SPC’s, pois muitas
vezes, os sistemas são feitos de forma improvisada, no próprio canteiro, o que além de não
garantir sua eficácia, dificulta o reaproveitamento. Outro problema é a falta de sistemas de
certificações com embasamento técnico, o que dificulta a produção de SPC’s de qualidade
por parte das empresas fornecedoras, que já são poucas. Geralmente, a avaliação dos
sistemas é responsabilizada a auditores fiscais que, novamente devido à carência de fontes
técnicas e normativas, realizam um julgamento baseado em critérios próprios. Normalmente,
erros ou falhas presentes em um SPC só são diagnosticados durante sua utilização.
1.3 METODOLOGIA
Foi utilizada máquina fotográfica para obtenção de imagens, para posterior análise e
apresentação.
6
1.3.5 CONCLUSÕES
Foram feitas conclusões particulares para cada objeto de estudo e, finalment, uma
decisão geral para todos os três estudos de caso. Foi feita a comparação da forma de
utilização dos SPC’s nos objetos de estudo com a NR-18 e a documentação existente de
projeto e montagem. Também foram analisados os principais problemas ou deficiências no
uso do SPC e seus motivos.
O capítulo 5 apresenta a conclusão final deste trabalho, alcançada a partir dos dados
coletados e das análises específicas de cada obra.
2. CONTEXTO DA SEGURANÇA NA
CONSTRUÇÃO CIVIL
Nesta mesma pesquisa, constatou-se também que muitos dos acidentes não são
notificados à Previdência Social. Para isso, existe o CAT (Comunicação de Acidente de
Trabalho). Porém, muitos dos trabalhadores são informais, não possuem documentação
suficiente para qualificar o acidente como de trabalho, tampouco o conhecimento de seus
direitos que poderiam assegurá-lo os benefícios garantidos por lei. Muitos deles tomam a
responsabilidade do acidente para si (SILVEIRA ET AL, 2005).
Além dos acidentes, existem também vários fatores inerentes à construção civil
causadores de doenças ocupacionais. Podemos citar como exemplo os elevados níveis de
ruído, a manipulação de materiais e objetos pesados sem o auxílio de máquinas, a
exposição a produtos químicos e substâncias nocivas. Porém, o fato de as consequências
destes fatores ocorrerem, em sua maioria, a médio ou longo prazo, dificulta a apuração dos
dados (EGLE, 2009).
10
Deve-se salientar também que os dados acessíveis, em quase sua totalidade, são
referentes aos acidentes registrados, registros estes que geralmente ocorrem apenas
quando o trabalhador possui um vínculo empregatício com o empregador. Segundo a
Superintendência Regional do Trabalho e Emprego no Estado de São Paulo (SRTE/SP,
2009), os trabalhadores informais atuantes na construção civil correspondem a 70% do total,
ou seja, a cada 10 acidentes, apenas 3 tornam-se estatística.
Não é à toa que a construção civil apresenta índices tão altos em acidentes de
trabalho. Comparado a outros setores, este possui muitas peculiaridades que dificultam um
trabalho seguro, a aplicação das leis vigentes e a fiscalização das mesmas.
4) Altas - Educação.
carências sociais:
- Alcoolismo.
Outra evolução significativa ocorreu em 1995, quando foi criado o CPN (Comitê
Permanente Nacional sobre Condições e Meio Ambiente do Trabalho na Indústria da
Construção), seguido dos CPR’s (idem ao anterior, porém regionais). Juntos, os comitês
formam o grupo tripartite, já previsto pela NR18, composto pelo MTE, pelo sindicato dos
trabalhadores e engenheiros de segurança, assim como algumas outras entidades
representativas da construção civil. O grupo tripartite não só tem contribuído com
significativo progresso na segurança (tanto politicamente e tecnicamente), como também
ajudou a definir o setor como uma das prioridades nas políticas e programas nacionais de
implementação da segurança e saúde no trabalho. Alcançando todos estes benefícios, os
comitês se tornaram referência internacional (Ishikawa, 2009).
Através dele, o médico perito pode presumir que a doença de um trabalhador está
diretamente ligada às condições sob as quais ele exerce sua atividade, caracterizando-a
assim como doença ocupacional. Anteriormente, o trabalhador que deveria provar a relação
entre a doença e o trabalho por ele exercido. Agora, não há necessidade nem ao menos de
investigações no local de trabalho. Para que ocorra a caracterização, basta apenas a
comparação do CNAE (Classificação Nacional de Atividades Econômicas) da empresa com
o CID (Código Internacional da Doença), feita a partir de uma tabela. Se a doença
diagnosticada pelo perito constar na listagem referente às áreas de atuação do empregador,
esta automaticamente será caracterizada como doença de trabalho. Os papéis se
inverteram: agora, à primeira instância, o empregado é beneficiado, e o empregador deve
provar o contrário, caso o trabalhador seja o responsável pela doença (Ministério da
Previdência Social, 2007).
13
Este método foi criado após um longo período de estudos aprofundados, onde o
INSS constatou o aumento do desenvolvimento de determinadas doenças com frequência
muito maior em determinados segmentos econômicos (MBA Consultoria).
Para explicar o FAP, primeiro deve-se citar o SAT - Seguro Acidente de Trabalho.
Segundo o Ministério da Previdência Social (BRASIL, 2009), para custear o SAT, toda
empresa paga tributos mensais ao INSS. O valor de tal tributo é calculado a partir de uma
percentagem aplicada sobre o valor da folha de pagamento da empresa. A percentagem
pode ser de um, dois ou três por cento, variando conforme o nível de risco do segmento
econômico no qual a empresa atua (é cabido salientar que na indústria da construção civil,
na maioria dos empreendimentos, o SAT é de três por cento).
3. ORIENTAÇÕES LEGAIS – NR 18 E
RTP’S
Este capítulo tem por objetivo descrever a documentação supracitada. Serão citados
apenas os itens considerados mais importantes para este estudo de caso, e que venham a
ser necessários para a análise dos dados coletados. Nos itens referentes às RTP’s, só
serão apresentadas informações que não constam na NR 18.
Obs.: Todo texto descrito neste capítulo foi baseado nas seguintes referências:
A madeira utilizada deve estar em bom estado, sem nós ou rachaduras que
comprometam sua resistência, e seca. É proibido o uso de pintura que esconda
imperfeições.
As escadas, rampas e passarelas para pessoas e materiais devem ser de construção
sólida, dotadas de corrimão e rodapé.
Toda passagem entre pisos de níveis com diferença superior a 0,40 m deve ser feita
através de escadas ou rampas.
É obrigatória a instalação de escadas e rampas provisórias para transposição de
níveis como meio de locomoção dos trabalhadores.
3.2.1 ESCADAS
Há três tipos de escada portátil: de uso individual (mão), dupla e extensível. Quando
utilizadas próximas à área de circulação de pessoas ou veículos, deve haver sinalização
para atentá-los contra o impacto com a escada.
A escada dupla ou de abrir deve ter distância entre montantes no ponto mais alto de
0,30 m, aumentando em direção à base na razão de 0,05 m a cada 0,30 m de altura.
Ela também deve ser dotada de dobradiças com afastadores e limitadores que
evitem lesão na mão do trabalhador ao fechar a escada (sistema antibeliscão), como pode
ser visto na figura 9.
Elas devem ser compostas de: montantes, travessas, roldana, guias, duas catracas,
corda para manobra de extensão e sapata antiderrapante de segurança nos montantes. A
figura 10 mostra alguns desses elementos.
A escada deve possuir dispositivo limitador de curso no quarto vão, a contar das
catracas, da forma que garanta a sobreposição de 1,00 m quando estendida.
Os montantes devem ter apoio inferior firme. Deve-se utilizar sistema antiderrapante
ou outro de fixação que garanta a estabilidade da escada.
Os montantes devem ser fixados na parede a cada três metros. Os degraus podem
ser fixados na parede ou no montante.
A distância entre anéis deve estar entre 1,20 m e 1,50 m, e eles não podem estar a
mais de 0,60 m de distância dos degraus, como visto na figura 15 a seguir.
A dimensão da abertura do anel inferior deve ser maior em 0,10 m do que as outras,
para garantir espaço para movimentação inicial ou final do trabalhador.
25
A escada de uso coletivo deve ser instalada caso haja mais de vinte trabalhadores
que necessitem transpor diferença de nível.
Escadas coletivas com desníveis maiores que 2,90 m devem ser dotadas de patamar
intermediário, com largura igual à da escada e comprimento mínimo igual à largura.
O sistema GcR tem como função a proteção contra riscos de queda de pessoas,
materiais e equipamentos.
Ele deve ser constituído de material rígido e resistente, nas áreas de trabalho e
circulação onde haja risco de queda de pessoas, materiais ou objetos. Aconselha-se a
utilização da madeira, ou material com mesma resistência e durabilidade.
Travessão superior (barrote, listão, parapeito): constituído por uma barra, sem
aspereza, que deve servir de proteção como anteparo rígido. Deve ser instalado a
uma altura de 1,20 m (distância entre chão e eixo da peça) e ter resistência de 150
kgf/metro linear em seu centro.
Travessão intermediário: é a barra horizontal situada entre travessão superior e
rodapé. Deve ser instalado a uma altura de 0,70 m (distância entre chão e eixo da
peça). Nos outros aspectos, é igual ao travessão superior.
Rodapé: elemento apoiado sobre piso, com o intuito de evitar a queda de materiais e
objetos. Composto de placa plana e resistente, com altura mínima de 0,20 m, com
mesmas características e resistência dos travessões.
Montante: elemento vertical utilizado para ancorar o GcR ao piso onde há risco de
queda. É onde devem ser fixados os outros três elementos. Deve ter mesmas
características e resistência que os travessões. A distância máxima entre montantes
A figura a seguir mostra os elementos do GcR e suas dimensões corretas.
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A madeira que compõe o GcR não deve ter aparas, nós, rachaduras ou falhas que
comprometam sua resistência ou características. É proibido o uso de peças pintadas com
tinta, que possa dificultar detecção de falhas no material. É indicada a aplicação de duas
demãos de verniz claro, óleo de linhaça quente ou outro semelhante.
O travessão intermediário poderá ser substituído por barrotes verticais, contanto que
a distância máxima entre eles seja de 0,15 m, que eles tenham a resistência e
características já definidas neste item, e que os espaços sejam fechados com a mesma tela
supracitada.
Se composto por elementos metálicos, o GcR poderá ter outros métodos de fixação,
sendo permitido a combinação entre peças metálicas e de madeira, desde que satisfaçam
as características de segurança, resistência e durabilidade já citadas neste item.
Diferente do GcR, este sistema é constituído por dois elementos horizontais (inferior
e superior) fixados rigidamente à estrutura da edificação em suas extremidades. A área
entre estes dois elementos é preenchida com rede de arame galvanizado nº14, com
aberturas entre 20 mm e 40 mm e resistência de 150 kgf/metro linear, ou outro elemento
com resistência e durabilidade equivalente.
A tela deve ter amarração contínua e uniforme aos elementos superior e inferior em
toda a extensão horizontal, sendo fixadas também, nas extremidades, em toda dimensão
vertical.
As aberturas no piso, mesmo que utilizadas para transporte, devem ter proteção
contra queda idêntica ao sistema GcR. No ponto de entrada e saída, deve haver fechamento
tipo cancela ou semelhante.
Caso o uso de cercado fixo impossibilite o transporte, pode ser utilizado o cercado
removível, contanto que devidamente sinalizado.
Os acessos às caixas de elevador também devem ser protegidos com sistema GcR,
painel inteiriço ou metálico (contanto que tenham características de resistência e
durabilidade equivalentes ao do GcR) até que as portas definitivas sejam instaladas.
Todas as aberturas nos pisos não utilizadas para transporte devem ser protegidas
por fechamento provisório fixo (assoalho com encaixe), de maneira que não haja seu
deslizamento (figura 20a e 20b), ou por sistema GcR.
Ela deve resistir no mínimo a 150 kgf quando destinada apenas à passagem de
pessoas. Caso haja circulação de veículos ou cargas com pesos superiores ao de um
trabalhador, a proteção deve ser projetada conforme os esforços aos quais estará sujeita.
Se forem utilizados outros dispositivos, eles devem ter seus projetos previamente
aprovados pela FUNDACENTRO.
Os intervalos dos suportes das plataformas devem ser de no máximo 2,00 m, exceto
quando o projeto de execução autorize espaços maiores.
O estrado das plataformas deve ser contínuo e não apresentar vãos. No caso da
necessidade de passagem de prumadas, os recortes devem ter dimensões mínimas
necessárias.
A desmontagem só deve ser iniciada após a retirada de todo material ou detrito nela
acumulada.
O cabo de tração do elevador deve manter seis voltas enrolado no tambor, qualquer
seja a posição do elevador.
Elevadores de caçamba devem ser utilizados somente para transporte de material a
granel.
É terminantemente proibido o transporte de pessoas em dispositivos que não tenham
sido projetados para este fim.
Os equipamentos de transporte de material devem ser dotados de dispositivos que
evitem descarga acidental.
3.4.4.1 LOCALIZAÇÃO
3.4.4.2 BASE
O carretel e o centro do eixo da roldana livre devem estar alinhados (figura 23). Esta,
por sua vez, deve ser alinhada com a guia dos painéis. Este alinhamento irá garantir maior
vida útil das peças e funcionamento mais seguro e suave.
3.4.4.3 GUINCHOS
Quando o guincho não estiver instalado sob a laje, porém próximo à edificação,
deve-se construir cobertura resistente para proteger o operador contra queda de materiais.
Os guinchos devem ter chave de partida com dispositivo de bloqueio para prevenir a
operação dos mesmos por pessoal não autorizado.
A distância entre eixos do tambor e roldana livre deve estar compreendida entre 2,50
m 3,00 m.
A operação deste tipo de guincho é realizada por operador que permanece sentado
acionando os comandos e deve atender o item 18.14.22.3 da NR 18.
Este guincho deve ser operado por profissional habilitado com função anotada em
carteira de trabalho.
Este guincho deve ser operado por profissional habilitado com função anotada em
carteira de trabalho.
3.4.4.4 TORRE
A montagem só pode ser feita por trabalhadores qualificados e não se deve utilizar
peças que apresentem oxidação, amassamento, empenamento ou deterioração.
3.4.4.5 CABINAS
No caso do transporte de peças com mais de 2,00 m, estas devem ser devidamente
fixadas na estrutura da cabina.
Esta cabina pode ser usada para transportar tanto materiais como pessoas.
Caso seja destinada ao transporte de passageiros, a cabina deve ser do tipo fechada
(figura 31). Ela deve possuir cobertura resistente, proteções laterais do piso ao teto da
cabina e portas frontais pantográficas ou de correr. Outros requisitos já foram citados com
clareza no item anterior referente a elevadores (NR 18.14).
48
Os cabos utilizados nos elevadores devem ser de aço com alma de fibra, flexíveis e
com diâmetro mínimo de 15,8 mm (5/8”).
A resistência mínima à ruptura deve ser de no mínimo 15000 kgf e devem trabalhar
com coeficiente de segurança de no mínimo dez vezes a carga de ruptura.
No ponto de fixação do cabo de aço, devem ser usados três grampos (clips) no
mínima o, com disposição da forma demonstrada a seguir.
Figura 32: Disposição correta dos grampos na fixação dos cabos de aço.
Fonte: Adaptado de RTP 02 – Movimentação e Transporte de Materiais e Pessoas –
Elevadores de Obra (1999).
49
Caso sejam constatados seis fios partidos em um passo, o cabo deverá ser
substituído.
Os cabos de aço com uso em elevadores de obra devem ter inspeção, manuseio,
manutenção e armazenamento conforme a instrução dos fabricantes, para evitar ou detectar
possíveis ocorrências de fadiga, amassamento, ruptura ou formação de gaiola de
passarinho. Se identificada alguma dano ao cabo descrito acima, o mesmo deve ser
imediatamente substituído.
A figura a seguir ilustra os principais defeitos que podem ocorrer em um cabo de aço.
O operador da cabina deve ser qualificado para a função, sendo recomendado que
ele exerça unicamente esta função.
O operador deve sempre posicionar uma das mãos junto ao freio de segurança, para
rápida ativação do mesmo em caso de necessidade.
Desgastes de embreagem.
Desgastes de lona e tambor de freio.
Desgastes de bronzinas.
Desgastes de rolamentos.
Desgastes de roldanas.
Desgastes de cabo de aço.
Sistema elétrico.
Quando a cabina parar acima da base, para serviço de manutenção, deve-se apoia-
la em barrotes, pranchões ou vigas apoiadas sobre os elementos da torre.
É proibido o uso da torre como escada, a não ser pelos profissionais de montagem e
manutenção, e apenas quando necessário.
51
Verificar se o vão interno da torre está livre, sem nada que impeça o livre
deslocamento da cabina.
Antes de utilizar o elevador, testar o sistema de freio e embreagem.
Não acionar o elevador caso note-se vibrações ou barulhos incomuns.
Verificar se o enrolamento do cabo no tambor encontra-se correto.
Garantir a lubrificação das guias da torre.
Verificar se o cabo de aço, em trechos externos à torre, não se encontram em
contato com nenhum outro elemento, para evitar atrito do cabo com estaiamento,
plataformas de proteção ou com a própria laje, por exemplo.
Evitar a ocorrência de frenagens bruscas (solicitação brusca).
Verificar periodicamente o desgaste das bronzinas.
Só é permitido ao operador deixar seu posto de trabalho caso o elevador esteja na
base da torre e o comando de acionamento do mesmo esteja bloqueado.
O operador deve manter seu posto de trabalho limpo e organizado.
Informar-se sobre as recomendações do manual do fabricante.
Redigir relatório de ocorrência durante seu turno, para manter informados seus
superiores sobre possíveis irregularidades no equipamento.
Este item apresentará as informações listadas no item 18.15 da NR 18, que trata de
andaimes e plataformas de trabalho.
O andaime deve possuir placa indicativa, em local visível, com a carga máxima
permitida.
A montagem e manutenção devem ser feitas por profissional qualificado e
supervisionada por profissional legalmente habilitado e quando houver, seguindo-se
o manual e especificações técnicas do fabricante.
Deve-se garantir a estabilidade do andaime suspenso durante toda sua utilização.
O trabalhador locado no andaime deve utilizar cinto tipo paraquedista ligado ao
trava-quedas do andaime, este ligado ao cabo guia fixado em estrutura independente
de qualquer elemento do andaime suspenso.
O sistema de sustentação do andaime suspenso deve ser feita através de estruturas
metálicas com resistência de no mínimo três vezes a carga máxima de trabalho.
A sustentação do andaime suspenso só pode ser apoiada ou fixada em elementos
estrutural da edificação.
No caso do ponto de sustentação estiver locado nas platibandas ou beirais da
edificação, devem ser feitos estudos de verificação estrutural por profissional
legalmente habilitado.
A verificação estrutural citada no item anterior deve permanecer em obra, no local de
instalação.
A fixação da extremidade do dispositivo de sustentação, voltada para o interior da
construção, deve estar especificada em projeto, e ser realizada de acordo com tal
especificação.
É proibida a fixação dos dispositivos de sustentação por sacos de areia, pedras ou
meio similar.
É proibido o uso de cabos de fibras para a sustentação de andaimes suspensos.
Os cabos de suspensão devem trabalhar verticalmente e o estrado horizontalmente.
O dispositivo de suspensão deve ser inspecionado diariamente por usuários e
responsável antes de ser utilizado.
Os usuários e responsável do andaime suspenso devem receber treinamento e
manual informando os procedimentos de verificação diária.
Quanto a cabos de aço em guinchos tipo catraca, deve-se observar: na parada mais
baixa, o cabo de aço deve permanecer com seis ou mais voltas no tambor; passar
livremente na roldana, as quais devem ter seus sulcos sempre em boas condições
de limpeza e conservação.
O andaime deve ser convenientemente fixado à edificação em sua posição de
serviço.
É proibida a instalação de trecho em balanço ao estrado do andaime.
55
Deve haver sinalização para: identificar locais de apoio; indicar saídas; advertir
contra risco de contato ou acionamento de máquinas; advertir contra risco a quedas;
alertar sobre o uso de EPI’s específicos para o serviço, no local do serviço; alertar
quanto a áreas de transporte de material por guinchos, gruas e guindastes; alertar
quanto à circulação de veículos e equipamentos; advertir a ocorrência de locais com
pé-direito inferior a 1,80 m; identificar locais com substâncias nocivas aos
trabalhadores.
É obrigatório o uso de coletes ou tiras reflexivas na região do tórax e costas quando
o trabalhador estiver em vias públicas.
Deve haver sinalização de segurança em vias públicas, dirigidas aos motoristas e
pedestres, que devem estar em conformidade com o que determina os órgãos
competentes.
3.7 TREINAMENTO
4. ESTUDO DE CASO
Neste capítulo serão apresentados todos os dados coletados nos estudos de caso. Serão
comentadas as análises feitas a partir destes dados e, e em seguida as conclusões particulares
de cada estudo de caso.
Vale lembrar que para a coleta e análise dos dados foram feitas visitas às obras objetos
de estudo. Foram feitas fotos digitais durantes as visitas. Também foram preenchidas as
Check-list’s referentes à cada aspecto comentado no capítulo anterior, para cada obra. No
final deste trabalho, consta um modelo de cada uma destas check-list’s (não preenchido).
Todas as peças deste SPC são produzidas em aço carbono com zincagem
eletrolítica. As telas são eletro-soldadas, e para a fabricação dos suportes e quadros, a
solda utilizada é do tipo “MIG”, a qual já teve sua resistência comprovada a partir da
realização de muitos testes.
4.1.1 COMPOSIÇÃO
Toda tela de proteção regulável tem altura de 1,30 m. Existem quatro tamanhos de
telas reguláveis, os quais devem satisfazer qualquer tipo de modulação:
As telas devem ser fixadas verticalmente nos suportes através dos tubos laterais, e
fixadas entre si pelo conjunto trava/pino de correr.
Cada tela possui etiqueta de numeração, os quais constam no projeto, para facilitar o
processo de montagem.
A figura a seguir mostra o esquema da tela, e seu sistema de travamento por pinos.
Trata-se de telas destinadas ao fechamento de cantos e quinas (figura 35). Elas são
travadas nas telas ou suportes anteriores e posteriores.
Os suportes são equivalentes aos montantes de um sistema GcR. São eles que dão
sustentação às telas. Existem dois tipos de suportes.
Figuras 37a e 37b: Suporte duplo com tela fixada em suporte inferior (a) e superior (b).
Fonte: Adaptado de ScanMetal – Manual da Proteção Modulada Periférica para
Alvenaria Estrutural (2011).
Este suporte é utilizado em sacadas. Diferente do duplo, ele possui três pontos de
fixação para as telas, e duas formas de fixação do suporte na estrutura da edificação. Pode-
se observar a utilização do suporte duplo tripé do lado direito das figuras 38a e 38b.
62
4.1.1.2.3 CALHAS
4.1.2 ARMAZENAGEM
As telas devem ser armazenadas em pé, sobre apoio que impeça seu contato com o
solo, com as etiquetas visíveis (figura 41).
64
4.1.3 MONTAGEM
Primeiro, deve-se fixar o suporte. Geralmente, ele é fixado na quinta fiada. Apenas
em algumas situações fixa-se o suporte na sexta fiada. Isto será indicado em projeto.
O suporte deve ser fixado pelo menos um dia após o grauteamento da fiada onde
será fixado o suporte. O furo coincide com o eixo do suporte, ou seja, as distâncias contidas
em projeto serão utilizadas para locação dos furos (figura 43). O furo deve ser feito com
furadeira SDS com broca de 16 mm.
66
Para os suportes tripé (para sacadas), como já dito anteriormente, devem ser fixados
em vigas caso existam. Caso a laje esteja em balanço, tal fato será considerado em projeto
e na produção e a mesma deverá ser fixada na laje, com parafuso de ancoragem na vertical.
Primeiramente, deve-se lembrar que todas as telas devem ser identificadas com
etiquetas, assim é possível a identificação da posição de cada tela a partir do projeto.
Ao se encaixar as telas nos suportes, elas devem estar com a etiqueta para dentro e
com o pino de travamento do lado direito.
Quando ainda no térreo, as telas deverão ser colocadas nos encaixes inferiores dos
suportes. O encaixe não pode ser brusco, deve ser feito de forma sutil, à mão ou com
martelo de borracha.
O próximo passo é travar as telas entre si, através do pino de correr à direita de cada
tela, como mostra a figura a seguir.
Terminada a quinta ou sexta fiada deste andar, a proteção periférica deve ser
reposicionada novamente. Desta vez, será necessária a elevação dos suportes.
Em seguida, o outro trabalhador puxa o suporte para o pavimento onde está, e o fixa
no furo, com o parafuso de ancoragem e a porca. Lembrar de manter certa folga ao apertar-
se a porca, para posterior ajuste de prumo.
70
4.2 OBRA 1
A obra progride num ritmo muito lento, o que torna difícil definir uma fase específica.
É coerente dizer que a obra está no final da fase de vedação, revestimento em argamassa e
montagem da estrutura metálica da cobertura. É interessante chamar atenção para a torre
de rádio de 108 m de altura, correspondendo a um prédio de 36 andares.
Esta obra não possui cronograma planejado. Durante a sua execução, houve vários
períodos com poucos trabalhadores (mínimo de dois), e outros com mais de vinte
trabalhadores. Por isso, a obra já perdura por volta de seis anos de duração. Para este
estudo de caso, foi possível acompanhá-la durante pouco mais de um ano. Neste período,
pode-se observar a execução de alvenaria, reboco, sistemas hidráulicos e sanitários,
fechamento em pele de vidro, montagem da torre e instalação de cobertura de estrutura
metálica e telha termoacústica.
73
A escada não era guardada após utilização. Ela permaneceu por vários dias no local
da foto, sujeita às intempéries.
A escada tipo marinheiro (figura 52a), embora parte integrante do produto final da
edificação, também foi utilizada durante a construção do edifício, portanto é de extrema
importância sua adequação à norma NR 18, item 18.12 – escadas, rampas e passarelas.
Foi possível constatar dificuldade no acesso inferior, devido a não haver alargamento
da gaiola de proteção, e no superior, devido aos montantes da escada limitar-se à altura da
laje à qual a mesma dá acesso (figura 52b).
75
Figuras 52a e 52b: Escada tipo marinheiro. Detalhes: Fatores que dificultam acesso.
Fonte: Éder Horita de Melo (2011).
A escada coletiva utilizada em obra é a escada de incêndio definitiva. Está de acordo
com o dimensionamento da RTP 04.
A fixação dos montantes, por sua vez, foi feita de forma adequada. Porém muitos
pontos de fixação encontram-se danificados, fornecendo pouca ou nenhuma estabilidade ao
sistema, como mostra a figura a seguir.
76
Nos buracos rasos, foi ignorada a necessidade de assoalho ou GcR para proteção
contra queda (figura 55b).
Figura 59: Cabo de aço para conexão de cinto de segurança tipo paraquedista.
Fonte: Éder Horita de Melo (2010).
81
Figuras 60a, 60b e 60c: Andaimes para montagem da torre - travamento dos
montantes e rodízios.
Fonte: Éder Horita de Melo (2011).
Pode-se citar como risco de acidente o cabo e o guincho utilizados para içar os perfis
metálicos. Tanto o cabo quanto o guincho não foram isolados. O operador do guincho,
embora sempre o mesmo trabalhador, não possuía treinamento específico para operá-lo
nem função anotada em carteira de trabalho. O cabo do guincho era frequentemente
inspecionado, e quando necessário houve troca do cabo devido a danos no mesmo. O
guincho não recebia inspeção de profissional habilitado, e recebeu manutenção uma única
vez, quando houve vazamento de óleo.
alguns cones foram derrubados, e trechos entre cones tiveram suas cordas removidas para
facilitar deslocamento dos trabalhadores no pavimento.
Quanto à organização e limpeza da laje sobre a qual a torre foi montada, as mesmas
não se mostraram eficazes (figura 61). Os perfis eram posicionados próximos à posição
onde deveriam ser içados, e as caixas de ferramentas e parafusos eram acumuladas
próximas entre si, porém de forma desordenada. Os perfis auxiliares, quando não utilizados,
eram armazenados de forma aleatória no pavimento, assim como os cones de isolamento.
Podiam-se observar várias peças descartadas no chão, como: arruelas, porcas, material
proveniente de corte ou esmerilhamento de perfis, solda utilizada pela metade, dentre
outros.
Porém, a ação correta a ser tomada posteriormente seria a troca dos elementos
danificados e a fixação de novas placas, o que não foi feito. Foi feita a popular “gambiarra”.
Utilizou-se um pequeno cabo de aço, preso pelo lado de dentro da viga no parafuso de
ancoragem da mão-francesa, e pelo lado de fora na barra superior de sustentação da mão-
francesa. As placas inclinadas das extremidades arrancadas não foram substituídas.
Em resumo, pode-se observar certa preocupação com a segurança, mas o que não
se traduzia em ações. Os SPC‟s utilizados foram montados por trabalhadores sem
treinamento ou instrução para tal. Algumas vezes, o SPC dava apenas a sensação de
segurança, porém ela não existia de fato. Alguns pontos com risco de queda nem ao menos
possuíam SPC. A segurança é deixada em segundo plano, sendo sempre priorizada a
execução rápida dos serviços de construção do edifício. As ações quanto à segurança só
ocorriam quando possível, e se fosse conveniente à execução das atividades de obra.
4.3 OBRA 2
O segundo edifício a ser analisado localiza-se em São Carlos, na Rua São Joaquim,
nº1660. O edifício possui dezesseis pavimentos, mais um subsolo. Serão 90 unidades uni-
familiares com destino à classe média. Cada unidade terá aproximadamente 61 m2. O
apartamento será dotado de dois dormitórios (sendo um suíte), uma sala, uma cozinha, um
banheiro, uma área de serviço e sacada.
86
Vale ressaltar que serão avaliadas outras condições de segurança da obra, que
estejam prescritas na NR 18.
A construção deste edifício segue cronograma bem definido, o que facilitou a sua
análise.
possui vários calços para corrigir o nivelamento do solo. Em resumo, a rampa não apresenta
segurança ou estabilidade confiável, devido à sua montagem improvisada (figuras 68).
Dentre as obras objeto do estudo, esta possui o sistema GcR mais próximo ao
prescrito em norma. Os únicos aspectos inadequados são a largura das tábuas horizontais e
ausência de tela de proteção. A madeira está em bom estado. As alturas apresentam-se
corretas, e o rodapé possui largura eficaz. A distância entre montantes também está correta.
Pode-se identificar nesta obra um sistema diferente do GcR, porém com a mesma
finalidade. O sistema canarinho utiliza parte do conceito da proteção periférica para
alvenaria estrutural: enquanto instalado em determinada laje, ele visa a proteção contra
quedas dos trabalhadores nesta laje e da superior. Porém, não é um sistema eficaz.
Figuras 72a, 72b e 72c: Proteção "canarinho", parte superior (a), inferior (b), e detalhe
de encaixe da barra no suporte.
Fonte: Éder Horita de Melo (2011).
Na figura anterior, é possível visualizar os grandes vãos entre as barras de aço,
assim como considerável distância horizontal entre extremidade da laje e o sistema de
proteção. Também foi notada a ausência de rodapé.
Este sistema também não possui recursos para ser instalado em quinas, pois as
barras devem percorrer um caminho reto entre os suportes, como mostra a figura a seguir.
92
Figura 82: Plataforma secundária presente apenas na sexta laje acima da plataforma
principal.
Fonte: Éder Horita de Melo (2011).
97
tambor, roldana e guia dos painéis são todos alinhados. A figura a seguir mostra a base da
torre do elevador.
A cabina é fechada em toda a sua lateral. Possui teto retrátil e portas pantográficas.
A entrada em todo pavimento é dotada de portão de altura de 1,80 m. A cabina também
possui aviso com informação de lotação e carga máxima, instruções para o operador e
restrição de transporte simultâneo de pessoas e materiais (figura 90). Ainda assim, durante
a visita, ao transportar duas gericas de argamassa, o responsável pelo elevador operou-o de
dentro do mesmo, o que é proibido por norma. A figura a seguir mostra a cabina.
Uma das plataformas secundárias foi retirada antes do previsto por norma, devido à
dificuldade caso fosse desmontada posteriormente (após execução de alvenaria do
pavimento, já que a mesma estava sendo feita de baixo para cima).
4.4 OBRA 3
A terceira obra deste trabalho situa-se na Avenida Gregório Aversa, número 430, no
bairro Jardim São Paulo, na cidade de São Carlos – SP, a obra é destinada às classes C e
D. São cinco blocos, com cinco pavimentos cada um, com quatro apartamentos por
pavimento, totalizando 100 apartamentos. Cada apartamento possui uma sala, uma cozinha,
um banheiro e dois quartos. São aproximadamente 530 m2 por bloco, finalizando um total de
aproximadamente 2650 m2 de área construída, num terreno de 4940,94 m2. O sistema
construtivo empregado é o de alvenaria estrutural.
104
Pode-se observar sistema GcR próximo às escadas do prédio, quando ainda sem
execução da alvenaria. O GcR apresenta travessões superior e intermediário, assim como
rodapés. Porém, apenas a altura do travessão superior está adequada. A espessura dos
travessões encontra-se correta, ao contrário do rodapé, cuja largura é menor do que exigido
em norma. O sistema não foi fechado com tela de proteção, apenas tela de advertência. A
distância entre montantes está adequada à norma, assim como a fixação dos travessões
nos mesmos.
As passagens de sistemas prediais não são protegidas por assoalho. Outros vãos
nas lajes ou pisos, maiores, encontram-se protegidos por assoalho de madeira, em bom
estado, sem frestas ou falhas e com resistência adequada. Porém não possuem elementos
que os mantenham fixos nos vãos.
Ainda assim, não está de acordo com a norma em vários aspectos. Primeiramente,
não foi possível visualizar o nome da empresa na peças do andaime, o qual deveria estar
presente em todos os elementos do andaime e visível.
Figura 97: Sistema GcR em face oposta a de trabalho com rodapé de madeira.
Fonte: Éder Horita de Melo (2011).
Todas as superfícies de trabalho são compostas de madeira, sem nenhum
dispositivo que garanta a fixação das mesmas nos andaimes. As chapas de madeira não
estão em bom estado, apresentam frestas e rachaduras, como mostra a figura a seguir.
109
Figura 99: Superfície de trabalho sem sistema antiderrapante, coberta por restos de
argamassa.
Fonte: Éder Horita de Melo (2011).
Havia contraventamentos, porém os travamentos contra desencaixe acidental não
foram utilizados (figura 100b). A tela de segurança obrigatória em face oposta à de trabalho,
110
obrigatória por norma, não estava presente em toda face externa do andaime (figura 100a).
O apoio se dava por meio de calços de madeira sobre o solo (figura 100c).
Figuras 100a, 100b e 100c: Ausência de tela em parte da face externa, não utilização
de travamento contra desencaixe acidental e apoio do andaime.
Fonte: Éder Horita de Melo (2011).
Atualmente não existe norma técnica que rege o SPC de proteção de periferia
específico do sistema construtivo de alvenaria estrutural. A empresa ScanMetal, além de ter
desenvolvido a Proteção Modulada, elaborou um manual deste SPC. Sendo assim, foi
decidido utilizar tal manual como referência para elaboração de Check List e análise
referente à proteção periférica para alvenaria estrutural.
Embora tenha sido dito que as telas possuem dispositivos de travamento entre si, não havia
tela travada com sua adjacente. O sistema também não possui rodapé ou dispositivo
substituto. A figura a seguir mostra a forma como as telas encontravam-se instaladas.
Figura 103: Proteção de periferia da obra. Detalhe: alguns pontos de apoio de telas.
Fonte: Éder Horita de Melo (2011).
114
113
5. CONCLUSÃO
Foi possível constatar a partir deste trabalho que a questão da segurança no canteiro
de obras já é conhecida por muitos do setor, porém ainda não é aplicada de forma
adequada. Um acidente de obra gera conseqüências negativas para todas as partes e de
várias origens (financeiras, morais, físicas), atrasando a obra e podendo até inviabilizá-la.
Partindo deste contexto, a segurança em um canteiro de obras deve ser prioridade.
Porém, não é o que se pode ver nos casos abordados. Um denominador comum das
obras analisadas é a existência da preocupação com a segurança, porém deixada em
segundo plano, sendo sempre priorizada a execução dos serviços de construção do edifício
propriamente dito.
Os SPC‟s em sua maioria são montados apenas por sua presença, para satisfazer a
fiscalização ou passar a sensação de segurança. É quase inexistente a preocupação com a
qualidade do SPC, visto o mal estado de conservação dos componentes. O mesmo se
aplica a outras instalações de obra abordadas neste trabalho. Não se prioriza a qualidade, e
sim a rapidez de sua instalação (para que a mão-de-obra seja liberada para outros serviços)
e seu preço. Assim, é possível constatar a necessidade de certificados de qualidade para
produção de SPC‟s, o que iria incentivar o crescimento desta indústria, e com produtos de
qualidade e eficácia garantida.
116
115
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
APÊNDICE A
preventivas?
c) projeto de execução de EPC's por etapas da obra?
d) especificação técnica de EPC's e EPI's que serão utilizados?
e) cronograma de implantação das medidas preventivas deste PCMAT?
APÊNDICE B
APÊNDICE C
Lista de Verificação 3: NR 18, item 18.13 e RTP 01 - Medidas de Proteção Contra
Quedas em Altura.
1 - Considerações gerais para escadas Sim Não Não se aplica
1.1 - Existe dispositivo de proteção contra queda de altura em todo local onde há
risco de queda de pessoa ou material?
2 - Sistema Guarda-corpo Rodapé (GcR) Sim Não Não se aplica
2.1 - É constituído de material rígido e resistente?
2.2 - Possui travessão superior a 1,20 m de altura?
2.3 - Possui travessão intermediário a 0,70 m de altura?
2.4 - Possui rodapé de 0,20 m de altura?
2.5 - Os 3 elementos horizontais (travessões e rodapé) têm resistência mínima de
150 kgf no centro entre montantes?
2.6 - Tem distância entre montantes menor ou igual a 1,50 m?
2.7 - É dotado de tela de proteção entre travessões de arame galvanizado nº 14,
ou material de resistência e durabilidade equivalentes?
2.8 - A tela tem aberturas entre 20 mm e 40 mm?
2.9 - A tela tem resistência de 150 kgf/metro linear?
2.10 - É fixada pelo lado de dentro dos montantes?
2.11 - A maderia utilizada esta em bom estado, sem pintura que dificulte a
detecção de imperfeições?
2.12 - Caso em balanço, o GcR é apoiado em mão-francesa?
2.13 - Para travessões de compensado de espessura de 1 cm, a largura mínima
dos mesmos é no mínimo de 0,20 m?
2.14 - Para travessões de compensado de espessura de 2,5 cm, a largura mínima
dos mesmos é no mínimo de 0,15 m?
2.15 - Se compostos por peças metálicas, o GcR satisfaz as características de
segurança, durabilidade e resistência determinadas na RTP 01, tanto nos
elementos quanto nas ligações?
3 - Proteção de aberturas no piso Sim Não Não se aplica
3.1 - As aberturas na laje utilizadas para transporte vertical são dotadas de GcR, e
cancela, painel removível ou similar, na abertura de entarda e saída?
3.2 - O acesso à caixa de elevador é protegido por fechamento vertical de no
mínimo 1,20 m?
4 - Dispositivos protetores de plano horizontal Sim Não Não se aplica
4.1 - As aberturas não utilizadas para transporte são protegidas por GcR ou
assoalho?
4.2 - O assoalho é fixo, com encaixe para não ocorrer deslizamento?
4.3 - O assoalho está em bom estado, sem frestas ou falhas?
4.4- O asosalho tem resistência de no mínimo 150 kgf?
122
APÊNDICE D
Lista de Verificação 4: NR 18, item 18.14 - Movimentação e Transporte de Materiais e
Pessoas e RTP 02 - Movimentação e Transporte de Materiais e Pessoas - Elevadores de
Obra
Não se
1 - Considerações gerais de equipamentos de transporte
Sim Não aplica
1.1 - Os equipamentos de transporte vertical da obra foram dimensionados
por profissional legalmente habilitado?
1.2 - A manutenção é feita por trabalhador qualificado, com supervisão de
profissional legalmente habilitado?
1.3 - Existe trabalhador específico para operação de elevador, com função
anotada em carteira de trabalho?
1.4 - A área de transporte vertical ou horizontal de concreto, argamassa ou
outros materiais é sinalizada e isolada?
1.5 - Se durante a concretagem o operador não consegue visualizar a área a
ser concretada, há comunicação porsinais pré-estabelecidos ou
rádio/telefone?
1.6 - No caso carga e descarga de elementos estruturais de grande porte, a
área é sinalizada e isolada?
1.7 - Elementos com grandes superfícies são içados após devidas precauções
relativas ao vento serem tomadas?
1.8 - Toda manobra de transporte é feita por profissional qualificado, com o
uso de sinais covencionados?
1.9 - São tomados cuidados especiais quando ocorre transporte próximo a
áreas de rede elétrica?
1.10 - Os transportes manuais são feitos respeitando-se a capacidade física do
trabalhador e a NR 17 - Ergonomia?
1.11 - Èlevadores de caçamba só são utilizados para transporte a granel?
Não se
2 - Localização de elevador de obra
Sim Não aplica
2.1 - O elevador é suficientemente afastado de redes elétricas ou protegido
contra tais adequadamente?
2.2 - O elevador foi instalado tão próximo à edificação quanto possível?
2.3 - O terreno sob a base é plano, com resistência suficiente para suportar as
cargas solicitantes e livre de possível alagamento?
Não se
3 - Base de elevador de obra
Sim Não aplica
3.1 - A base é de concreto ou metálica?
3.2 - O eixo do tambor é alinhado com a roldana livre?
3.3 - A roldana livre é alinhada com guia dos painéis?
3.4 - Se de cocnreto, a base está em nível 0,15 m superior ao do solo?
3.5 - A base possui drenos para escoamento de água?
3.6 - A base é dotada de sistema de amortecimento?
4 - Guincho de elevador de obra Sim Não Não se
124
aplica
4.1 - Tem clip pesado para fixação de tração?
4.2 - Há plaqueta que informe carga máxima de tração do guincho?
4.3 - Caso não instalado sobre laje, há cobertura suficientemente resistente
sobre o guincho?
a) Isolado?
4.4 - Caso exista, o abrigo do b) Sinalizado?
operador é: c) Dotado de extintor de PQS?
d) Isento de armazenagem de materiais?
Não se
4.5 - O guincho possui chave com dispositivo de bloqueio? Sim Não aplica
APÊNDICE E
b) Dimensões?
contendo?
APÊNDICE F
Lista de Verificação 7: NR 18, itens 18.16 - Cabos de Aço e Cabos de Fibra Sintética; 18.27 -
Sinalização de Segurança; 18.28 - Treinamento; 18.29 - Ordem e Limpeza
Não se
1 - Sinalização de segurança
Sim Não aplica
a) Identificar locais de apoio?
b) Indicar saídas?
1.1 - Há sinalização para:
1.2 - Em caso de serviço em vias públicas, são utilizados coletes com tiras reflexivas?
1.3 - Em caso de serviços em ou próximos a vias públicas, é utilizada sinalização
dirigida a motoristas e pedestres?
Não se
2 - Treinamento
Sim Não aplica
2.1 - Houve treinamento admissional?
2.2 - Há treinamentos periódicos?
2.3 - O treinamento teve carga horária maior ou igual a 6h?
2.4 - O treinamento foi aplicado em horário de trabalho?
2.5 - O treinamento foi aplicado antes do início das atividades?
APÊNDICE G
2.6 - São instalados no mínimo 6 suportes antes do início da colocação das telas?