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I – Objetivo

 Verificar o efeito da temperatura na solubilidade do nitrato de potássio em água.


 Determinar a curva de solubilidade.

II – Introdução teórica
Solubilidade é a quantidade máxima que uma substância pode dissolver-se num líquido.
Pode-se expressar em mols por litro, em gramas por litro, ou em porcentagem de
soluto/solvente. Também é possível estender o conceito de solubilidade para solventes
sólidos.

Na solubilidade, o caráter polar ou apolar da substância influi muito, já que, devido a


polaridade das substâncias, estas serão mais ou menos solúveis.

Os compostos com mais de um grupo funcional apresentam grande polaridade, por isso
não são solúveis em éter etílico, por exemplo, que apresenta baixíssima polaridade.
Portanto, para que uma substância seja solúvel em éter etílico deve apresentar pouca
polaridade. Os compostos com menor polaridade são os que apresentam menor
reatividade como, por exemplo, as parafinas, compostos núcleos aromáticos e os
derivados halogenados.

O termo solubilidade é utilizado tanto para designar o fenômeno qualitativo do processo


(dissolução) como para expressar quantitativamente a concentração das soluções. A
solubilidade de uma substância depende da natureza do soluto e do solvente, assim
como da temperatura e da pressão do sistema. É a tendência do sistema em alcançar o
valor máximo de entropia.

O processo de interação entre as moléculas do solvente e as partículas do soluto para


formar agregados é denominado solvatação e, se o solvente for a água, hidratação.

 Determinação da curva de solubilidade

Equilíbrio S/L

O diagrama de equilíbrio de fases é uma representação das relações entre vários estados
de uma dada substância e os efeitos que as variações P,V,T exercem sobre elas.

No equilíbrio S/L, é muito frequente a existência de sistemas do tipo eutético (ver figura
1). Neste diagrama pode observar-se a existência de duas linhas: a liquidus e a solidus.
A linha liquidus é a linha acima da qual todo o sistema se encontra no estado líquido, e
a linha solidus é a linha abaixo da qual só existe sólido.
Fig 1 – Representação esquemática o equilíbrio S/L para um sistema do tipo eutético.

Como o próprio nome indica, neste tipo de diagramas existe o chamado ponto eutético,
onde a fase líquida está em equilíbrio com a fase sólida. A temperatura eutética é a
temperatura mais baixa à qual pode existir líquido.

Para a determinação deste tipo de diagramas é comum utilizar-se as curvas de


arrefecimento, que são curvas de temperatura em função do tempo referentes a uma
determinada composição do sistema em causa.

Solubilidade

A solubilidade é definida como relação entre forças intermoleculares do soluto e do


solvente.

Considerando um sólido em equilíbrio termodinâmico com o líquido, e aplicando a


condição de equilíbrio de fases ao soluto genérico i, tem-se:
(1)
se: (2)

então: (3)

Da equação (2) verifica-se que é utilizado um estado de referência, que não pode ser
determinado ao acaso. Neste sentido, considera-se , ou seja: o líquido puro
subarrefecido, à temperatura da solução, e a uma pressão a especificar.

Esta pressão é extrapolada do diagrama P,T (note-se que esta extrapolação só será
válida se Tsolução for aproximadamente Ttriplo).

Da equação (3) verifica-se ainda que a solubilidade depende não só do coeficiente de


actividade do soluto (i), mas também da fugacidade do sólido puro (fiS).
A equação (2) pode ser ainda rearranjada se supostas algumas simplificações:

1) Admitindo que as pressões de vapor do sólido puro e do líquido subarrefecido são


baixas, podem substitui-se as pressões de vapor pelas fugacidades, sem com isto
cometer-se um grande erro. Neste caso tem-se: e

2) Se a natureza do solvente for semelhante à do soluto, pode-se aceitar que .


Conjugando as duas simplificações, obtém-se:

(4)
que representa a solubilidade “ideal” do componente i.

Se, por outro lado, Tsolução não for próxima de Ttriplo, define-se a solubilidade da seguinte
forma:

(5)

onde: (6)

e onde .
Substituindo (6) em (5), obtém-se a expressão final genérica:

(7)

Esta equação dá-nos uma estimativa razoável da solubilidade de sólidos em líquidos


quando a natureza química do soluto é semelhante à do solvente.

Com a equação (7) duas conclusões sobre solubilidade de sólidos em líquidos podem
ser retiradas:

1) Para um sistema sólido/solvente, a solubilidade diminui com o aumento da


temperatura. A variação é aproximadamente proporcional à entalpia de fusão, e, numa
primeira aproximação, não depende do ponto de fusão;

2) Para um solvente e uma temperatura fixa, se dois sólidos têm entalpias de fusão
semelhantes, o sólido com o ponto de fusão mais baixo tem maior solubilidade; de igual
modo, se dois sólidos têm o mesmo ponto de fusão, aquele com tiver maior entalpia de
fusão terá a maior solubilidade.

A solubilidade do sólido num líquido é então propriedade, não apenas das forças
intermoleculares entre soluto e solvente, mas também do ponto de fusão e entalpia de
fusão do soluto.
III – Materiais e Reagentes

 1 tubo ensaio.
 1 estante para tubos.
 Balança semi-analítica.
 Béquer de 250 mL.
 Termômetro analítico.
 Bico de Bunsen.
 Espátula.
 Nitrato de potássio sólido.
 Proveta e 10 mL.
 Gelo.

IV – Procedimento Experimental

Foi pesado,em balança semi-analítica, as seguintes quantidades de nitrato de potássio,


KNO3: 2,0; 5,0; 8,0; 12,0; 14,0 e 17,0 g.E foi distribuído em seis grupos, cada grupo
realizou o experimento com apenas uma das massas citadas,no nosso caso,utilizamos
17,0 g. de KNO3,e no final a turma toda trabalhou com os resultados obtidos por todos
os grupos.

Inserimos 10 ml de água no tubo de ensaio que estava com KNO3,e esquentamos no


bico de Bunsen,até o sólido se dissolver.

Cessamos o aquecimento,e colocamos o termômetro na solução e deixamos esfriar


agitando continuamente,e medimos a temperatura quando o sal começou a cristalizar-se.

Repetimos a operação,reaquecemos o tubo de ensaio até a solução dos cristais


novamente.

Depois obtermos as temperaturas de cristalização, completamos a tabela na lousa com


os valores,e copiamos a tabela completa com os dados obtidos por toda a turma,para a
construção da curva de solubilidade experimental para o nitrato de potássio.

V – Resultados e Discussão
A resultado da primeira vez que medimos a temperatura foi 77º.
Na segunda operação o resultado foi de 79º.

Tabela completa com o resultado de todos os grupos

KNO3 T1(ºC) T2(ºC) Média


2,0 9º 9º 9º
5,0 30,5º 30,5º 30,5º
8,0 47º 47º 47º
12,0 61º 64º 62,5º
14,0 70º 71º 70,5º
17,0 77º 79º 78º
Gráfico
VI – conclusão

VII –Bibliografia
Foram utilizados alguns sites para pesquisa,com a finalidade para compor a introdução
teórica como:http://www.wikipedia.com
http://www.eq.uc.pt

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