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FACULDADE SANTA RITA - FASAR

CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA CIVIL

PATOLOGIAS EM ESTRUTURAS DE AÇO

VINÍCÍUS LUÍS DA SILVA

Conselheiro Lafaiete – MG

2020
FACULDADE SANTA RITA - FASAR
CURSO DE ENGENHARIA CIVIL

Vinícíus Luís da Silva

Monografia apresentada como


exigência para obtenção do grau
de Bacharelado em Engenharia
Civil da Faculdade Santa Rita –
FASAR

Orientador: Prof. Dr. Fausto


Jardim Júnior
.

Conselheiro Lafaiete – MG

2020
FOLHA DE APROVAÇÃO

VINÍCÍUS LUÍS DA SILVA

PATOLOGIAS EM ESTRUTURAS DE AÇO

Trabalho de Conclusão do Curso apresentado à Banca Examinadora do Curso


de Engenharia Civil, da Faculdade Santa Rita - FaSaR, Conselheiro Lafaiete –
MG, 2020
DATA DE APROVAÇÃO:

BANCA EXAMINADORA

Orientadora:
______________________________________________________
Profa. Dra. Fausto Jardim Júnior

1º Examinador:
___________________________________________________
Prof. Msc.

2º Examinador:
___________________________________________________
Prof. Msc.
DEDICATÓRIA

Dedico este trabalho acadêmico a


todas as pessoas que estiveram
comigo em cada momento de alegria
e dificuldade durante minha
formação, amigos, colegas de turma,
professores, e em especial a minha
família, por sempre acreditar e me
dar todo o apoio possível.
AGRADECIMENTOS

Agradeço a Deus por ter me dado saúde e força para superar


dificuldades.
A minha família, em especial a minha mãe Vilma, e minhas irmãs Sandra
e Simone pelo incentivo е apoio incondicional.
Aos colegas de turma essenciais nessa caminhada, dividindo momentos
de dificuldades e alegrias por vários anos.
Agradeço a todos os professores pela dedicação e por terem me
proporcionado conhecimento que levarei para sempre em minha vida
profissional.
A minha orientador, Profa. Dr. Fausto Jardim Júnior, pela orientação,
suporte, apoio e disposição para esclarecer e ajudar em dúvidas neste trabalho
acadêmico.
Aos funcionários da Instituição que sempre nos trataram com respeito.
RESUMO

Atualmente os projetos em estruturas metálicas vêm conquistando


espaço no campo da engenharia civil, proporcionando a engenheiros e
construtores resultados eficientes e com agilidade no processo de construção.
Ainda em fase de projeto, manifestações patológicas podem ser evitadas para
proteger a estrutura contra eventuais problemas que podem ocorrer durante
sua vida útil. Uma das anomalias mais frequentes em estruturas metálicas é a
corrosão, fenômeno visível e que pode trazer danos á edificação, por isso
depende de um processo severo de controle e prevenção. Promover ações de
recuperação à estrutura é de extrema importância, e apresentar soluções
adequadas para garantir proteção frente ao fenômeno é essencial, pois esses
métodos visam segurança estrutural e diminuição de custos.

Palavras chave: Estruturas metálicas; manifestações patológicas;


recuperação.
1-INTRODUÇÃO

De acordo com Gonçalves (2017) a construção civil se depara em árduo


processo de modificação e desenvolvimento, observa-se que sistemas
construtivos inovadores e práticos vêm aparecendo diariamente, visando
minoração de custo e entrega de projetos, além de um bom desempenho e
elevada qualidade. Diante disso, Martins (2000) destaca-se que o uso das
estruturas de aço , que são utilizadas para os mais variados tipos de
construções e as mesmas oferecem vantagens como rapidez na execução e
pela relação entre resistência e peso próprio possuem , facilidade de vencer
grandes vãos e grandes alturas, permitindo assim obter fundações mais
econômicas (MARTINS, 2000). Além do que, o aço é um elemento que pode
ser totalmente reaproveitado, diminuindo despejos provindos de demolições
sendo crucial para o progresso na construção civil (DOS SANTOS, 2019).

Conforme Livrar- se da perda dos materiais de construção, em


consequência de métodos antigos e projeções inadequadas, diminui despejos
provindos de demolições e é crucial para o progresso nas edificações civil.
Além do que o aço é um elemento que pode ser totalmente reaproveitado
(DOS SANTOS, 2019).
Conforme Maia, Silva e Villela (2018) deve-se dar atenção às
edificações, na etapa de execução e elaboração, que auxiliam na preservação
e melhoram seu desempenho. Além disso, a construção tem que corresponder
ás necessidades dos habitantes, gerando comodidade e qualidade de vida. E
após o fim da obra é preciso acompanhar seu desenvolvimento, para continuar
mantendo a segurança dos ocupantes e estar atento, quanto ao estado de
conservação, utilização, manutenção e vida útil.
Contudo, de acordo com Vitório e Couri (2003), apesar de algumas
construções conterem imensa durabilidade, mesmo quando submetidas á
adversidades, é importante destacar que sua vida útil não é infinita, e por isso
podem sofrer anomalias e danos com o passar do tempo. Vale também
ressaltar que manifestações de patologia patológicas surgem com a agressão
originada pelo ambiente, má utilização e ineficaz dimensionamento.
Devido à precisão de análise de fenômenos patológicos no campo da
construção civil, este trabalho teve como objetivo observar as manifestações
patológicas em um galpão em Carandaí, Minas Gerais, e proporcionar
resultados, e processos para restaurá-lo. Conhecer as razões dos transtornos
melhoram os meios construtivos, e apresentam evolução na qualidade do
produto final e diminuição dos gastos com manutenção.

1.1 Justificativa

Os eventos de patologia das obras não acontecem por acaso, no


geral seu surgimento está ligado a algum equívoco proveniente de pelo menos
uma etapa da elaboração de uma construção. É indispensável conhecer a
manifestação da falha e o avanço da edificação para localizar onde houve o
erro que veio a originar a patologia (DO CARMO, 2003; HELENE, 2003).
Segundo Brisolara (2014) problemas na construção se repetem no
decorrer dos anos sem que sejam elaborados métodos para conter sua
evolução. Erros de baixa proporção realizados diariamente, e que são
considerados irrelevantes, porém geram prejuízos imensos às indústrias e a
toda a sociedade, por isso é preciso um monitoramento.
Todavia, conhecer e identificar as manifestações patológicas e
promover meios e práticas construtivas que visam segurança e bem-estar dos
indivíduos, é de extrema importância. Pesquisas nesse campo auxiliam na
resolução de danos localizados e evita que eles ocorram em novas edificações.
1.2 Objetivos

1.2.1 Objetivo Geral

Desempenhar estudo de caso na Quadra Poliesportiva Municipal da


cidade de Carandaí, por meio de verificação das patologias e recomendar
soluções.

1.2.2 Objetivos Específicos

 Apresentar um levantamento bibliográfico sobre as principais


manifestações patológicas encontradas em elementos de construção
compostos por esse material;
 Apontar os motivos e origens das manifestações de patologia;
 Expor práticas para mitigar as anomalias presentes na edificação em
estudo.
2- REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

2.1- História, Produção e Propriedades do Aço

2.1.1. História do aço

Segundo Pfeil e Pfeil (2014) o ferro fundido foi o primeiro elemento de


siderurgia usado na construção civil uma das propriedades do elemento é a
capacidade de se resistir à ações corrosivas, fator que justifica a existência de
antigas estruturas desse processo construtivo atualmente, a ponte de
Coalbookdale é um exemplo desse material figura 1, sobre o rio Severn,
localizada na Inglaterra. Refere-se a um elemento formado por um arco com
um vão de 30 metros, construído em 1779.

Figura 1 - Ponte Coalbookdale sobre o rio Servern na Inglaterra, 1779.

Fonte: Pfeil e Pfeil (2008).


Segundo Bellei et al. (2008), o material foi ganhando espaço e evoluindo
ao longo dos anos, na década de 20 deu início no Brasil o desenvolvimento de
fábricas de siderurgia após a fundação da Companhia Siderúrgica Belgo
Mineira. Na época houve elevado crescimento de produção do material no
país. Ainda conforme os autores a Companhia Siderúrgica Nacional, foi
implantada no ano de 1945, com o objetivo de produzir diferentes formas do
aço para variadas aplicações. Para fortalecer o mercado surgiram empresas
como: Usiminas, Cosipa, Gerdau Açominas e a CSN que deu origem a FEM-
Fábrica de Estruturas Metálicas, a grande expansão do produto, possibilitou o
surgimento de novas edificações compostas pelo material, além de edifícios de
múltiplos andares como mostra a figura 2 (BELLEI et al, 2008) .

Figura 2 - Edifícios Garagem América, Avenida Central e Escritório central da CSN.

Fonte: BELLEI et al (2008).


2.1.2. Processo de produção

O aço pode ser delimitado, de forma sintética, como uma liga metálica
constituída de ferro com baixas proporções de carbono, que lhe garantem
características particulares, especialmente de ductilidade e resistência,
atributos convenientes na construção civil. Para atingir formatos diversos e
variadas aplicações, a substância sofre modificações na área da metalurgia a
figura 3, apresenta o processo de produção do aço (SILVA, 2012).
Figura 3 - Fluxograma simplificado do processo de produção do aço.

Fonte: SILVA e PANNONI (2010).

Conforme Dias (2002), quatro grandes fases representam o método de


fabricação do aço:

 Preparo das matérias-primas; para atingir o aço é indispensável a


presença do minério de ferro e do carvão mineral. Esses materiais
contêm substâncias prejudiciais para o procedimento e que
necessitam ser retiradas. Esse processo eleva a produtividade do
alto-forno e da aciaria, além de reduzir energia.

 Obtenção do ferro gusa: esse procedimento é realizado pelo alto-


forno, seu objetivo principal, é retirar o oxigênio contido no minério
que desse modo é reduzido a ferro. Logo, a ignição do carvão com o
oxigênio presente no ar, propicia aquecimento para derreter o metal.
O gusa líquido retirado do alto-forno é conduzido através de meios
específicos que conferem sua segurança e estabilidade.

 Produção do aço: a remoção de carbono do gusa através da


infiltração de carbono, o converte em aço líquido, que posteriormente
ao passar pela máquina de lingoteamento contínuo sofre um
resfriamento e é transformado em placas.

 Conformação mecânica: através da compressão em cilindros


metálicos da laminação, as placas são transformadas em chapas ou
perfis.

2.1.3. Propriedades dos aços estruturais

Segundo Dias (2002), é de grande relevância conhecer as


características mecânicas dos aços, visto que elas apontam o seu desempenho
quando submetidos a esforços mecânicos, e especificam a sua eficiência ao
reagir e conduzir os esforços que lhe são impostos, sem que ocorra ruptura ou
sem que haja modificações exageradas.

2.1.3.1. Diagrama tensão deformação


A figura 4 representa o material sofrendo uma aplicação de um
procedimento de tração. É necessário o conhecimento e análise do diagrama
para entender os limites de escoamento (SILVA, 2012).

Figura 4 - Diagrama tensão - deformação de um aço.

Fonte: SILVA (2012).

Conforme Hibbler (2010), diagrama tensão-deformação permite obter


dados do material sem depender da área (A) e do comprimento longitudinal (L).
Existem alguns valores importantes:
•Tensão de proporcionalidade (fp): É a maior tensão normal que pode
ser aplicada à barra sem perder a proporcionalidade entre a tensão e a
deformação.
•Tensão de escoamento (fy): A deformação aumenta sem acréscimo de
tensão.
•Tensão última (fu): É a maior tensão normal que a barra suporta. Esta
tensão é também conhecida como resistência do material.
Contudo, na fase plástica, a deformação segue a lei de Hooke,
descarregando-se a barra ela retorna às suas dimensões iniciais (mesma área
e mesmo comprimento). Todavia, na fase plástica, descarregando-se a barra
surge a deformação permanente (deformação plástica).

2.1.3.2. Elasticidade

Eficiência do elemento em suportar as forças consecutivas de carga e


descarga sobrepostas sobre ele e regressar a sua maneira inicial. Atividade
que ocorre quando a substância esta localizada na fase elástica do diagrama
de tensão – deformação (BELLEI, 1998).

2.1.3.3. Plasticidade

Alteração definitiva causada no objeto quando a tensão iguala ou excede


o limite de escoamento convertendo a estrutura no interior da peça e elevando
a sua dureza, diferente da fase elástica o material se torna incapaz de retomar
ao seu estado primário (SILVA et al, 2012).

2.1.3.4. Dureza

É a medida que estima o quanto um material sólido resiste a


deformações permanentes após sofrer aplicação de uma força (PFEIL; PFEIL
2008).

2.1.3.5. Ductilidade

Capacidade do material de se deformar sem sofrer ruptura. A ductilidade


é de extrema importância nos elementos metálicos, pois possibilita que as
tensões locais elevadas sejam redistribuídas. Antes de sofrerem ruptura, as
barras de aço sofrem grandes alterações, que na prática mostra a existência de
elevadas tensões (SILVA; FRUCHTENGARTEN; 2012)

2.1.3.6. Fragilidade

Os aços podem se fragilizar por conta de inúmeros agentes: baixas


temperaturas ambientes, efeitos térmicos locais, por exemplo; por solda
elétrica, entre outros. É de grande valia conhecer o comportamento das
condições frágeis do aço nas construções metálicas, visto que se rompem
inesperadamente. Diversos acidentes com pontes e navios, por exemplo, foram
causados pela fragilidade do aço, provenientes de mecanismos ineficazes de
solda (PFEIL; PFEIL, 2008).

2.1.3.7. Tenacidade

Conforme Silva; Pannoni (2010) É a eficiência da substância em


absorver energia, é a força total que o elemento absorve antes se romper.
Quanto mais tenaz maior será a quantia de energia necessária para levar o
material à ruptura.

2.1.3.8. Resiliência

Resiliência é a capacidade de absorver energia mecânica em regime


elástico, ou, o que é equivalente, a capacidade de restituir energia
mecânica absorvida. Denomina-se resiliência a quantidade de energia
elástica que pode ser absorvida por unidade de volume do metal tracionado
(PFEIL; PFEIL, 2008).
2.1.3.9. Fadiga

Segundo Pfeil; Pfeil (2008), quando os elementos metálicos sofrem esforços


repetitivos continuamente, o material pode se romper mesmo se as tensões
forem menores do que as obtidas em ensaios elásticos.

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