UNIDADE
PEDAGÓGICA
UP
0006
ÍNDICE
PARTE I - INTRODUÇÃO......................................................................................3
1 OBJECTIVOS ESPECÍFICOS...............................................................................3
2 ACTIVIDADE ENSINO/APRENDIZAGEM...............................................................4
1 CORRENTE ALTERNADA....................................................................................6
1.3 PERIÓDICAS................................................................................................7
1 SISTEMAS TRIFÁSICOS..................................................................................35
CENFI 1
M
2 DIMINUIÇÃO DO FACTOR DE POTÊNCIA...........................................................49
1- QUESTÕES E EXERCÍCIOS.............................................................................54
PARTE IV – RESUMO/BIBLIOGRAFIA...................................................................60
1. RESUMO......................................................................................................60
1. BIBLIOGRAFIA..............................................................................................60
CORRENTE ALTERNADA
UP
0006
PARTE I — INTRODUÇÃO
PARTE I -
INTRODUÇÃO
1 OBJECTIVOS ESPECÍFICOS
sistemas.
Temas a abordar:
Operação:
2 ACTIVIDADE ENSINO/APRENDIZAGEM
Pré-requisitos:
Deverá:
Deverá encontrar:
U
P
0006
FIT 03 COMPENSA{ÃO DO
FACTOR DE POTÊNCIA
CORRENTE ALTERNADA MONOFÁSICA FIT
FIT 01 CORRENTE ALTERNADA MONOFÁSICA 01
1 CORRENTE ALTERNADA
O estudo da energia eléctrica que fizemos nos capítulos anteriores assentou nas
correntes e tensões contínuas, isto é, naquelas que não variam ao longo do tempo,
que mantêm o mesmo sentido (unidireccionais) e o mesmo sentido.
Constantes
Não periódicas
Variáveis Ondulatórias e
Pulsatórias Periódicas Não Sinusoidais
Alternadas puras
Sinusoidais
1.3 PERIÓDICAS
Uma grandeza diz-se periódica, quando se verifica uma repetição da sua configuração
ao longo do tempo. No estudo que iremos efectuar, surgir-nos-ão diversas formas de
ondas periódicas. Representamos dois tipos de ondas periódicas: ondulatórias e
pulsatórias e as alternadas puras.
O valor assumido, em cada instante, por uma corrente ou tensão é chamado valor
instantâneo, que se representa por uma letra minúscula, i, u.
Vulgarmente, estes sinais vão adicionar-se a tensões ou correntes contínuas para que
os elementos activos realizem o objectivo pretendido.
Assim, a tensão representada é a sobreposição da componente contínua U C (note-se
que a grandeza é representada por uma letra minúscula e o índice é maiúsculo).
uC = UC + uC
-FORMA DE ONDA
Fig.6-Geração de
uma f.e.m.
sinusoidal
- CARACTERÍSTICAS DA CORRENTE ALTERNADA SINUSOIDAL
Na figura 7 representa-se uma cuba electrolítica com sulfato de cobre, uma bobina
plana orientada na direcção N-S com uma agulha magnetizada, uma bobina com
uma peça de ferro macio e fios de prata estendidos e paralelos.
Fig.7-Efeitos da
corrente eléctrica
Período T
Exemplo 1:
Amplitude
Na figura 9, teremos:
Ipp = 2 x Imáx.
CENFI 1
M
Fig.9 - Representação da amplitude de uma corrente sinusoidal
Valor médio
Deste modo, existirá uma corrente contínua que no mesmo intervalo de tempo
T, ou seja, um período, produzirá a mesma quantidade de calor que a produzida
pela corrente alterna,
I2 = I2máx
/ 2 → I = I /máx
2 = 0,707 I máx
Por tanto, o valor eficaz de uma corrente alternada é o valor da intensidade que
deveria ter uma corrente contínua para, numa resistência provocar o mesmo
efeito calorífico, no mesmo intervalo de tempo.
Para realçar a importância do valor eficaz, refira-se que são valores eficazes que
os voltímetros e amperímetros nos indicam ao medirem grandezas sinusoidais.
Exemplo 2:
6s
Fig.11-Tensão sinusoidal
Relativamente à tensão sinusoidal representada na Fig. 11, determinar:
Resolução:
2.4 — T = 2,4 s
Exemplo 3 :
Resolução:
3.1 — P = RI2 → I2 = P / R I = P / R = 1 / 8x330x103 = 6,15x10-4 A I
= 0,615 x 10-3 A = 0,615 mA = 615 A ;
sen = PA / OP
i = Imáx sen
2 --- T
--- 1 teremos = 2 / T ou = 2 f expressa em radianos /
segundo.
= 2 . t / T ou ainda = t
Esta fórmula terá, ainda, de ter em conta o ângulo que o vector forma com a
origem da contagem dos ângulos, no instante inicial. A este ângulo chama-se
fase.
Um gerador elementar é constituído por um anel condutor colocado de tal forma que
possa ser movimentado no seio de um campo magnético fixo. Como se verifica, o
campo magnético é criado por um íman permanente. O anel de fio condutor designa-
se por espira ou induzido.
Nas extremidades desta espira estão adaptados dois anéis, constituídos ainda por
material condutor e que se designam por anéis colectores. A ligação ao exterior é
feita por meio de duas peças perfeitamente adaptáveis aos anéis colectores de forma
a estabelecer bom contacto, o que se chamam escovas normalmente construídas em
grafite.
Analisemos o funcionamento de um gerador.
Pelo que a f.e.m.. induzida atinge um valor máximo após se ter deslocado 90º. Note-
se que tanto na parte branca como na preta, surgirão f.e.m. que vão adicionar-se,
pelo que pode concluir-se que a corrente no circuito exterior será tanto mais elevada,
quanto maior for o número de condutores que cortam o campo magnético.
Quando a espira continua a rodar até ocupar a posição inversa à posição de partida,
vai cortando um menor número de linhas de força até o seu plano se dispor
perpendicularmente às referidas linhas, deixando de ser sede de f.e.m. induzida.
Fig.14-Produção de f.e.m. sinusoidal com deslocamento de 90º
U = Z.I
É o caso, por exemplo, das lâmpadas de incandescência, que podem, sem grande
erro, ser consideradas como resistências puras.
Carga óhmica
Ao ser ligada a uma rede de corrente alterna una resistência (p. ex. una lâmpada
de incandescência), a intensidade de corrente que circula tem Ia mesma forma
sinusoidal que a tensão da rede. Quando a tensão passa pelo valor zero, neste
instante não circula corrente (sua intensidade é zero). Quando a tensão alcança
o valor máximo, a intensidade é igualmente máxima. Diz-se então que a tensão
Fig.21-A f.e.m. de
auto-indução da
bobina opõe-se à
corrente.
CENFI 2
M
Quando a corrente, seguindo as variações da função sinusoidal, tende a crescer,
o campo magnético também cresce.
Carga indutiva
Se a uma rede de corrente alterna for ligado um receptor indutivo, vai dar
origem a um desfasamento entre a tensão e a intensidade. Esta última, em
virtude da auto-indução, estará atrasada em relação à tensão.
Este desfasamento, como todo o ângulo, pode ser medido em graus. No caso de
una carga indutiva pura, em que resistência óhmica é nula, o desfasamento será
de 90°.
No caso de carga indutiva pura, a intensidade de corrente ente atrasada 90°
( 1/4 de período) em relação à tensão.
Como a oposição apresentada pela bobina à corrente alternada tem a ver com os
fenómenos de auto-indução. Esta será maior quanto maior seja o coeficiente de
auto-indução L, e mais rápidas sejam as variações da corrente alternada.
X L 2fL
XL = Reactância indutiva em ohms (
) f = Frequência em hertz (Hz)
L = Coeficiente de auto-indução em henris (H)
Tal como indicámos ao princípio deste tema, mede-se a potência de uma bobina
pura, pode-se comprovar que a leitura através de um wattímetro indica uma
potência igual a zero.
Ao contrário do que ocorre numa resistência, numa bobina pura não se produz
nenhum consumo de energia calorífica.
A corrente que percorre a bobina serve unicamente para gerar o campo
magnético.
Na realidade o que ocorre é que, ao crescer a corrente pela bobina, também,
acontece o mesmo ao campo o campo magnético, produzindo-se um consumo de
energia eléctrica. Neste caso a energia flúi do gerador até à bobina e é quando
dizemos que esta está a consumir energia electromagnética. Uma vez alcançada
a corrente máxima e o fluxo máximo, estes tendem a diminuir seguindo a
trajectória sinusoidal, desenrolando-se uma f.e.m. de auto-indução de tal sentido
que gera uma energia eléctrica que, agora, flúi desde a bobina até ao gerador.
Neste caso, a bobina devolve a energia ao gerador. Desta maneira dizemos que
a bobina não consome realmente a energia, mas simplesmente a toma
emprestada durante um quarto de ciclo para gerar o seu campo
electromagnético, para a devolver no quarto de ciclo seguinte.
Dado que o wattímetro mede o valor médio da potência e esta és positiva
durante um quarto de ciclo e negativa no segui1nte. Este não indica nenhuma
potência.
Assim a bobina não consome energia. As constantes cargas e descargas da
mesma originam com que e circule uma determinada corrente nos condutores,
por tanto, também aparece uma potência, a que chamaremos potencia reactiva
(Q)
Circuito RL
Uma bobina real apresenta resistência óhmica devido à sua constituição.
Z R2 X 2 L
Fig.23-Bobina
Assim podemos obter um circuito idêntico ao da figura 24. Neste caso deveremos
considerar o valor da resistência R e o da reactância indutiva XL separados.
Fig.24
No circuito indutivo a corrente atrasada de um ângulo em relação à tensão
-POTÊNCIAS
S=U.I (VA)
P = UR . I = U . I COS (W)
QL = XL . I = U . I SEN (VAr)
-CARGA CAPACITIVA
Xc = Reactância capacitiva em
ohms
XC 1
f = Frequência em hertz C =
2f
C Capacidade do
condensador em farads
Fig.27-Reactância capacitiva
Igual ao que ocorre com a bobina, se for medida com um wattímetro a potência
de um condensador, pode-se comprovar que a potência indicada é igual a zero.
Num condensador não existe consumo de energia activa. Durante o primeiro
quarto de ciclo o condensador é carregado com energia eléctrica em forma
de carga electrostática, pelo que a energia flúi do gerador de C.A. para o
condensador. No quarto de ciclo seguinte o condensador descarrega para o
circuito até ao gerador, devolvendo ao mesmo a energia acumulada.
Também aparece una potência reactiva Qc produzida pela energia que é trocada
entre o condensador e o gerador.
-CIRCUITO R C
Fig.27-Circuito RC
R = Z COS
XC = Z SEN
Z2 = R2 + X2C
UR = U COS
UC = U SEN
2 2
U = UR +
2
U C
S = U . I (VA)
P = U .I . cos (W)
QC = U .I . ses (VAr)
2 2 2
S =P +QC
Fig.28
- CIRCUITO R L C
Fig.29-Circuito RLC
Z2 = R2 + X2
Z2 = R2 + (XL – XC)2
X L 2fL
1
XC
2fC
1
X 2fL
2fC
Fig.30
1.7 POTÊNCIA EM CORRENTE ALTERNADA
p=u.i
-RECEPTORES ÓHMICOS
Fig.31
U = UMáx sen wt
I = IMáx sen wt
+ + - -
+ + - -
+ + + +
1º 2º 3º 4º
0up
u9i123
Qpi0876
Fig.32 – uEvolução
000 conjunta das funções corrente, tensão e potência num circuito
a puramente resistivo.
d
Da análise
r da fig. 32 concluímos ainda que:
a a potência tem frequência dupla da tensão e da intensidade.
n
t
-RECEPTORES INDUTIVOS (INDUTÂNCIA PURA)
e
Fig.33
U = UMáx sen wt
+ + - -
- + + -
- + - +
1º 2º 3º 4º
p
0u91i2 3
u
Qpi 8070 0
0 6
Fig.34-Evolução
u conjunta das funções corrente, tensão e potência num circuito
a puramente indutivo.
d
r
a
n
Vemos, assim, que há uma oscilação contínua de energia, ora da rede em
t
direcção à
e carga, ora desta para aquela.
CENFI 3
M
Essa energia nunca chega a ser transformada e, portanto, a potência média que
lhe está associada é nula. Isto é posto em evidência pela igualdade e simetria
das áreas delimitadas pela função potência, cuja soma algébrica relativa a um
período é nula. Podemos então afirmar que uma indutância pura não consome
energia activa. Porém, essa energia que circula alternadamente entre a rede e a
carga, embora não seja consumida, tem um determinado valor e é designada
por ENERGIA REACTIVA, designando-se igualmente por reactiva a potência que
lhe vem associada.
Como podemos concluir, a bobina começa por fornecer energia à rede. Podemos
também afirmar:
Fig.35
U = UMáx sen wt
I = IMáx sen (wt + 90º)
pu1 2i 3
09
Qu
pi
08 7 6
u 000
+ + - -
a
d
r + - - +
a
n
t + - + -
e
1 2 3 4
º º º º
Pela igualdade e simetria das áreas positivas e negativas delimitadas pela curva
e seguindo um raciocínio idêntico ao já utilizado nos dois pontos anteriores,
podemos tirar as seguintes conclusões:
A potência tem frequência dupla da tensão e da intensidade.
Fig.37
Quando aplicamos uma tensão U nos seus terminais, a corrente I resultante vai,
naturalmente, estar em sendo de desfasamento função dos valores de R e L.
A figura 38 que tipicamente ilustra esta situação, refere-se em particular à
evolução da potência numa bobina onde tensão e corrente estão desfasadas de
um ângulo diferente de 90º (Indutância pura).
Fig.38-Evolução típica da
corrente, tensão e potência num
circuito predominantemente
indutivo - + - +
1º 2º 3º 4º
pi
0u9u1 3
ui0-8+--6
Qp0 0
u
a
d
r
a
t
e
Da análise da função potência vemos que as áreas positivas por ela delimitadas
são superiores às negativas.
P — POTÊNCIA ACTIVA
P = U IL cos W (watt)
Q — POTÊNCIA REACTIVA
Q = U IL sen
VAR (volt-ampere reactivo)
S - POTÊNCIA APARENTE
S = U IL VA (volt-ampere)
CORRENTE ALTERNADA TRIFÁSICA
FIT 02 CORRENTE ALTERNADA TRIFÁSICA FIT
02
1 SISTEMAS TRIFÁSICOS
u
0º 1 0º
2 2
1 1
0º
2
(1) (2)
4uuu
9123
01 2 3
2
0876
0
Fig.1-Representação cartesiana (1) e vectorial (2) de um sistema trifásico de
000
3
tensões. 00Notar que estão desfasadas entre si de 120º, ou seja, 1/3 de período.
2
0
0
1
0
0
-
1
0
2
0
0
-
3
0
0
-
4
0
0
Na fig. 1, podemos ver em representação cartesiana a evolução das tensões
de um sistema trifásico a partir dos respectivos valores instantâneos.
-SEQUÊNCIA DE FASES
vectores, por exemplo U1 , que esta será sucessivamente ocupada pelos vectores
U2eU3.
Ligação em ESTRELA.
Ligação em TRIÂNGULO ou DELTA.
Fig.2-Ligação em estrela de 3 cargas monofásicas utilizando um único condutor
comum central (condutor neutro). Neste condutor não circula corrente, IN = O
poderia mesmo suprimir-se.
t 900
Neste, como em qualquer outro instante, a soma algébrica das correntes é zero:
I(A)
5,36
-
I1
90
180
I2
270
I3
360
Fig.3
- SISTEMAS EQUILIBRADOS
I 0 I1 I 2 I3 0
TENSÃO SIMPLES
L1 1
L2 2
L3 3
U1 U2 U3
N
Num sistema trifásico com neutro temos, portanto, três tensões simples, que
designamos por U1, U2 e U3 . Como sabemos, são iguais em grandeza e
vectorialmente formam uma estrela trifásica de tensões (fig.64).
U
1
12
0º
12
0º
U1
U3 U1
1 2
U3 U2
0
3 2
U2
3
Fig.6-Tensões compostas.
U12 U1 U 2
U 23 U 2 U 3
U 31 U 3 U1
CENFI 4
M
-RELAÇÃO DE GRANDEZA ENTRE AS TENSÕES SIMPLES E COMPOSTA
Sendo U1 = U2 = U3 = US
temos que
UC =3 US
onde Us representa a tensão simples e Uc a tensão composta.
Fig.7-Determinação
vectorial da corrente no
condutor neutro em
sistemas trifásicos
desequilibrados.
I N I1 I 2 I3
Não existe condutor neutro por não haver ponto comum às três fases.
A tensão aplicada a cada uma das cargas é a tensão composta.
As correntes de linha IL, como a própria designação indica, são as correntes que
circulam nos condutores de alimentação e que na figura foram notadas por I 1,I2 e
I3.
Chamam-se correntes de fase If às correntes que circulam nos ramos do
triângulo. São as correntes I12,I23 e I31 da fig. 361. Todas têm o mesmo sentido
de circulação {arbitrado}.
-TRIÂNGULO EQUILIBRADO
IL=3 If
-TRIÂNGULO
Esta relação permite-nos enunciar que a corrente na linha é 3 DESEQUILIBR
ADO
a corrente de fase.
vezes maior que
-FORMULAÇAO MATEMÁTICA
CASO GERAL
- POTÊNCIA ACTIVA P = P1 + P2 + P3
- POTÊNCIA REACTIVA Q = Q1 + Q2 + Q3
- POTÊNCIA APARENTE S= P
2
Q por fase, e as
Cada uma das parcelas indexadas representa uma potência
2
Pf = UF IF cos F
Qf = UF IF sen F
-CARGAS EQUILIBRADAS
Quando as cargas são iguais nas três fases, as expressões para as potências
resultam mais simples. Analisemos, então, as ligações em estrela e em triângulo.
-LIGAÇÃO EM ESTRELA
- POTÊNCIA ACTIVA
P1 = P2 = P3 = US IL cos
P = P1 + P2 + P3 = US IL cos
UC
Como U
S
UC 3
P=3 IL cos
3
e portanto
P =3 UC IL cos
W (Watt)
- POTÊNCIA REACTlVA
- POTÊNCIA APARENTE
S =3 UC IL
VA (Volt-Ampere)
-LIGAÇÃO EM TRIÂNGULO
- POTÊNCIA ACTIVA
P1 = P2 = P3 = UC If cos
IL
P = 3 UC If cos = 3 UC cos
3
e portanto
P =3 UC IL cos
W (watt)
- POTÊNCIA REACTIVA
Q =3 UC IL sen
VAR (volt-ampere reactivo)
- POTÊNCIA APARENTE
S =3 UC IL
VA (volt-ampere)
-EXPRESSÃO GERAL DA POTÊNCIA EM SISTEMAS TRIFÁSICOS
EQUILIBRADOS
P =3 UC I cos Q =3 UC I S =3
sen UC I
COMPENSA{ÃO DO
FIT 03 COMPENSAÇÃO
POTÊNCIA
DOFACTOR
FACTOR DEDE POTÊNCIA FIT
03
Uma dada corrente absorvida será tanto melhor aproveitada quanto maior for a sua
componente activa e mais próximo da unidade, portanto, for o factor de potência. A
parte correspondente à sua componente reactiva circula simplesmente na rede, sem
ser transformada.
A absorção, por parte dos receptores indutivos, de correntes cujo valor é superior ao
necessário para o respectivo funcionamento tem importantes implicações a todos os
níveis do Sistema Eléctrico de Energia, cujos inconvenientes são seguidamente apon-
tados.
-IMPLICAÇÕES TÉCNICAS
Se o utilizador é de baixa tensão mas possui instalações com baixo factor de potência,
então o distribuidor obrigá-lo-á a instalar um contador de energia reactiva, obrigando-
o a suportar os custos da sua própria instalação não corrigida.
Para factores de potência cujo valor é igualou superior a 0,8, o distribuidor não obriga
à instalação de contadores de energia reactiva.
Pelo que ficou dito ressalta a importância da correcção do factor de potência, isto é, a
possibilidade de o tornar o mais próximo possível da unidade.
,
´
O consumo de energia reactiva está ligado a um mau factor de potência (ou cos )
e à instalação.
A noção de factor de potência deve estar associada aos diferentes receptores utilizados
na indústria e no terciário.
Aparel cos tg
ho
Motor assíncrono 0,17 a 5,8 a 0,62
0,85
Lâmpadas incandescentes 1 0
A instalação dum condensador em qualquer rede eléctrica (HT ou BT) justifica-se pela:
Supressão das penalidades por consumo de energia reactiva.
Diminuição da potência aparente subscrita.
Limitação das perdas de energia activa (perdas de joule) nos cabos.
Possibilidade de ter um aumento da potência activa (KW) disponível no
secundário do transformador HT/BT.
Melhoria do nível de tensão no fim da linha.
CENFI 5
M
Os condensadores podem estar em 3 níveis diferentes nas saídas BT (QGE)
CENFI 5
M
-COMPENSAÇÃO GLOBAL
Fig.2-Compensação global
Observações
a corrente reactiva (Ir) está presente na instalação desde o nível 1 até aos
receptores
as perdas por efeito de Joule nos cabos não são diminuídas (kWh)
-COMPENSAÇÃO PARCIAL
Fig.3-Compensação Parcial
suprime as penalidades por consumo excessivo de energia reactiva
optimiza uma parte da instalação, a corrente reactiva não é veiculada entre os
níveis 1 e 2.
alivia o posto de transformação (potência disponível em kW)
permite utilizar um disjuntor mais económico a montante do condensador.
Observações
Fig.4-Compensação local
Observações
RESOLUÇÃO
1- QUESTÕES E EXERCÍCIOS
Calcule:
a) A sua reactância. (318,3 )
b) A sua impedância (se desprezarmos a resistência própria). (318,3 )
c) A intensidade absorvida pelo condensador. (0,72 A)
23ªCalcule a capacidade de um condensador puro (R=0) que absorve 2 A quando
ligado a 230 V (50 Hz). ( 27,7 F)
35ªA uma rede trifásica de 230/400 V-50 Hz está ligado um receptor trifásico
constituído por três bobinas iguais de 30 de reactância e 40 de
resistência ligadas em triângulo. Calcule:
a) A intensidade que passa em cada bobina. (8A)
b) A intensidade na linha que alimenta o receptor. (13,85 A)
c) O factor de potência da carga. (0,8)
d) A capacidade de cada um dos condensadores a ligar em triângulo de modo a
fazer a compensação total do factor de potência (cos =1). ( 22.05 F)
36ª
V. Calcule:
a) A intensidade absorvida pelo motor. ( 23,43 A)
b) A capacidade de cada condensador, ligados em triângulo, de modo que
cos=1. (56,63 F)
PARTE IV — RESUMO/BIBLIOGRAFIA
PARTE IV — RESUMO/BIBLIOGRAFIA
1. RESUMO
1. BIBLIOGRAFIA
CENFI 6
M