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UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MOÇAMBIQUE
Centro de Ensino à Distância
Declaração ............................................................................................................................ I
Dedicatória ......................................................................................................................... II
Agradecimentos ................................................................................................................. III
Lista de abreviaturas .......................................................................................................... IV
Lista de Figuras .................................................................................................................. V
Lista de imagens ................................................................................................................ VI
Lista de Tabelas ................................................................................................................ VII
Lista de Gráficos............................................................................................................. VIII
Resumo ............................................................................................................................. IX
Summary..................................................................................................................................X
1. Introdução.............................................................................................................................1
1.1Problematização.............................................................................................................. 2
1.2Justificativa do tema ....................................................................................................... 3
1.3Objectivos da Pesquisa.................................................................................................... 5
1.4Hipóteses ........................................................................................................................ 5
1.5Localização Geográfica................................................................................................... 6
1.7Historial da aldeia de Mahera .......................................................................................... 7
2.1.Conceitos básicos........................................................................................................... 8
2.2.A exploração dos recursos naturais ................................................................................ 8
2.3.Breve historial, quadro legal e institucional da mineração/garimpo artesanal.................. 9
2.4.Evolução da Mineração Artesanal ................................................................................ 10
2.5.Importância da exploração de recursos mineiros .......................................................... 10
2.6.Vantagens e Desvantagens dos Recursos Mineiros. ...................................................... 11
2.7.Tipos de Mineração ..................................................................................................... 12
2.7.1.Recursos Minerais..................................................................................................... 12
2.8.Mineração .................................................................................................................... 13
2.8.1.Garimpo .................................................................................................................... 13
2.8.1.1.Garimpeiros ........................................................................................................... 14
2.8.2.Mina a céu aberto ...................................................................................................... 14
2.8.3.Minas subterrâneas.................................................................................................... 15
2.9.Mitigação ambiental..................................................................................................... 15
2.10.Exploração ................................................................................................................. 16
2
2.10.1.Impacto Ambiental.................................................................................................. 16
CAPÍTULO III: METODOLOGIAS DE PESQUISAS ..................................................... 17
3.1.Tipo de Pesquisa .......................................................................................................... 17
3.2.Técnica de Colecta de dados ........................................................................................ 18
3.2.1.Entrevista .................................................................................................................. 18
3.2.2.Questionário ............................................................................................................. 18
3.2.3.Universo ................................................................................................................... 18
3.2.4.Amostra .................................................................................................................... 18
5.1.Apresentação de dados do questionário dirigido aos garimpeiros ................................. 20
5.9Resultados e Discussao do Governo .............................................................................. 25
5.9.5Analise dos dados da entrevista submetido a comunidade de
Mahera....................................................................................................................................27
CAPÍTULO VI: CONCLUSÃO, SUGESTÕES, RECOMENDAÇÕES............................. 29
6.Conclusão ....................................................................................................................... 29
6.1.Sugestões/Recomendações ........................................................................................... 30
REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS ............................................................................... 31
Anexo ................................................................................................................................ 37
Imagens:Degradação...............................................................................................................38
Figura:.....................................................................................................................................39
3
I
Declaração
Eu, Ali Francisco, declaro que esta monografia científica, com vista a obtenção do
grau de licenciatura em gestão ambiental é resultado da minha investigação pessoal.
O Autor
Ass.: _________________________________________
(Ali Francisco)
O Supervisor
Ass.: _________________________________________
(Elidio Langa)
4
II
Dedicatória
Dedico este trabalho a minha mãe, esposa, meus tios, colegas do curso de Gestão
Ambiental e todos que directa ou indirectamente ao longo do percurso académico, fizeram
de tudo para o sucesso alcançado.
5
III
Agradecimentos
6
IV
Lista de abreviaturas
MM- medicusmundi
7
V
Lista de Figuras
8
VII
Lista de imagens
9
VIII
Lista de Tabelas
10
IX
Lista de Gráficos
11
X
Resumo
12
XI
Summary
In this work, we have dealt with Strategies for Mitigation of Artisanal Mining: Case of the
village of Mahera, District of Ancuabe, where we left with the following disquiet: What
environmental impacts can be caused during and after the artisanal mining process of the
village of Mahera, Ancuabe District, province of cape delgado? The methods used in the
work are, how much descriptive research approach, regarding the procedures was field
research and the objectives is of the exploratory type. The research involved every
community of Mahera - Ancuabe as a universe and particularly 24 people as a sample.
However, we have seen that there has been an unfair extraction of gems, dominated by
people of foreign nationality who offer large sums of money, motivating the local
population to seek resources without observing the legislation, degrading the environment in
several ways. It is concluded that if in this process the environmental issue has not received
deserved attention.
13
14
CAPÍTULO I: INTRODUÇÃO
1
O estudo é também importante para o âmbito académico visto que, os interessados
podem encontrar uma base para realizar outros estudos. Assim sendo, poder-se-á
desenvolver estudos mais aprofundados sobre o impacto da actividade mineira.
A escolha do período da pesquisa, entre 2015, é que este foi o ano em que Ancuabe
entrou para o mapa das pedras preciosas ao se descobrirem minas de turmalina, Ouro e de
pedras de construção e para alem da Grafite que na outrora foi o potencial produtor, fez com
que a vida da comunidade de Mahera mudasse, 2017 foi o ano em que a exploração de
pedras preciosas atingiu o seu pico, surgem associações e empresas ligadas a área de
mineração e a revitalização da Grafite que durante muito tempo ficou parado, razão que
proporcionou a necessidade do seu estudo.
O procedimento metodológico foi de estudo de campo, quanto aos métodos de
abordagem usou-se os métodos Qualitativa-Quantitativa.
1.1 Problematização
De acordo com a Lei nº 14/2002 (Lei de minas), o garimpo é uma actividade que
causa muitos impactos sobre o meio, uma vez que obedece a processos tecnológicos
rudimentares e aparentemente pouco nocivos ao ambiente local. Entretanto, considerar o
garimpo uma actividade pouco impactante sobre o ambiente parece uma tentativa de
mascarar a verdade, pois esta actividade é uma das que mais contribui negativamente para a
degradação ambiental nas áreas onde ela é praticada.
Desde os anos passados que foi descoberto os minérios no distrito de Ancuabe, na
aldeia de Mahera em particular, tem se verificado que há garimpo ilegal, em muitos casos
são as populações locais e de outros do ponto do país e tem como compradores entre eles
nacionais e estrangeiros.
Com o garimpo ilegal tem se verificado muitos problemas advindo da mesma
actividade visto que a exploração da mesma acontece de uma forma não sequenciada, como
destruição de árvores no local da realização das actividades garimpeiras, que
consequentemente provoca erosão e degrada o solo impedindo assim a produção agrícola,
verifica-se também a desistência das crianças nas escolas para a prática do garimpo como
também elevando o índice de analfabetismo e o aumento do número de garimpeiros ilegais.
Na exploração das pedras preciosas e semi-preciosas, aliado a não observância das
regras de segurança e das condições de trabalho, define a natureza, as contradições e os
impactos desta actividade sobre as condições ambientais dessas aldeias, bem como as
transformações sócias espaciais inerentes a esta actividade.
2
Feito constatado que os garimpeiros realizam os seus trabalhos em minas a céu
aberto, que envolvem a abertura de galerias e em minas de poços. O garimpo das pedras
preciosas e semi-preciosas contribui decisivamente para a degradação do ambiente local, e
acarreta a destruição da vegetação, a erosão dos solos, o assoreamento dos rios, o desvio do
leito dos rios, e contaminação destes. Dentre os problemas ambientais os mais salientes são:
a degradação de grandes áreas de florestas, o desvio do leito dos rios para uso da água na
lavagem e selecção das pedras preciosas, o assoreamento dos rios e poluição da água pela
disposição de sedimentos descartados na mineração consolidando assim o prejuízo da saúde
humana.
O desaparecimento de espécies vegetais e animais cria um desequilíbrio no
ecossistema, causando mortes avultadas destes seres, escasseiam as fontes de água para a
população e animais assim como morte de pessoas devido ao desabamento das taludes ou
poços escavados ao longo do processo de extracção. Podemos dizer que não existe extracção
de pedras sem abertura de trincheiras e consequentemente desastres.
Nesta vertente, constitui o problema do presente estudo o seguinte:
Que impactos ambientais podem ser ocasionados durante e depois do processo do
garimpo artesanal do povoado de Mahera, Distrito de Ancuabe, província de cabo
delgado?
Consequentemente, este problema poderá levantar outras questões:
Até que ponto a actividade extractiva mineira artesanal pode influenciar no
desaparecimento de espécies animais e vegetais durante e depois do processo?
Será que a legislação moçambicana actual é favorável para controlo eficaz da
actividade mineira artesanal?
3
A motivação para a realização desta pesquisa, deve-se, também a existência de
grandes buracos deixados pelo processo de escavação, a falta de observância de regras de
segurança o que de grande modo periga a vida humana na medida que o material removido
deixa de ser consistente e volta a desabar nas trincheiras cavadas custando vidas humanas.
Este estudo permitira que a sociedade civil em geral desperte atenção dos danos
criados ao meio ambiente na actividade mineira que está sendo realizada em Mahera, bem
como o seu impacto no nível de rendimentos, combate ao desemprego e redução da pobreza
absoluta em Moçambique, com particular incidência, a tendência de minimização de
impactos ambientais.
4
1.3 Objectivos da Pesquisa
Objectivo Geral:
Avaliar as estratégias para Mitigação dos impactos ambientais durante e depois do
processo do garimpo artesanal do povoado de Mahera, Distrito de Ancuabe,
província de cabo delgado.
Objectivos Específicos
Mencionar os aspectos negativos do impacto ambiental do garimpo no povoado
de Mahera;
Identificar as causas que levam a população a pautar pelo garimpo artesanal;
Descrever melhores estratégias para mitigar a exploração da actividade
garimpeira artesanal para garantir o uso sustentável dos recursos mineiros.
1.4 Hipóteses
a) H1: O processo do garimpo artesanal sem a observância de práticas ambientais
mineiras destroem a fauna, a flora e cria o desaparecimento de espécies animais e
vegetais;
b) H2: A queda de taludes e escavações no solo nas zonas do garimpo artesanal são
resultados da contínua acção danosa humana em relação ao ambiente criando um
desequilíbrio ecológico.
Independente
A queda de taludes e escavações no Fiscalização e Monitoria
solo nas zonas do garimpo artesanal permanente das zonas
5
Dependente minas.
H2 são resultados da contínua acção Divulgação da lei de minas Entrevista e
danosa humana em relação ao a garimpeiros e a questionário
ambiente criando um desequilíbrio comunidades.
ecológico.
Fonte: adaptação nossa 2019
6
Os cuidados de saúde estende-se a todos Postos Administrativos e 8 Localidades, em
expansão para a última Localidade de Nanjua e algumas aldeias.
Clima: Temperatura média anual é de 23,4°C, a humidade relativa é de 73,9% e a
precipitação média anual é de 116,1mm, vide em anexo 5 e 6.
7
CAPÍTULO II: FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
2.1.Conceitos básicos.
Nos últimos séculos, um modelo de civilização nas zonas urbanas e rurais tem se
aliado na industrialização dos recursos mineiros, como forma de produção e organização do
trabalho assim sendo. A história mostra que a mineração é uma das mais antigas actividades
desenvolvidas pelo ser humano (Guedes, 9,2013)
8
naturais passou a ser feita de forma demasiadamente intensa, a ponto de pôr em risco a sua
renovabilidade. Sabe-se agora da necessidade de entender mais sobre os limites da
renovabilidade de recursos, (Noetstaller, 1995).
Como se não basta-se Moçambique registou nos últimos tempos grandes regiões de
exploração de recursos naturais, concretamente nas regiões centro e norte.
É considerado fonte imprescindível de receita para muitos países do globo, única ate
para alguns deles, e fornecedora de grandes partes de matéria prima no sector minério, mas
também tem impacto rural podendo constituir, grandes focos de desenvolvimento e de
10
combate a pobreza, nas áreas onde esta sendo exercida, o sector de pequenas escalas surge
como alternativa para os países carentes de grandes investimentos, poderem explorar seus
recursos minerais e promover progressivamente o empresariado local, factor fundamental
para um efectivo desenvolvimento harmonioso, das economias nacionais (Boletim
informativo da GPZ,2008).
Vantagens:
Desvantagens:
Os recursos naturais têm causado problemas ambientais e de saúde pública graves; É
uma actividade de difícil controlo por parte do Estado devido ao seu carácter informal
desregulado e migratório; Não presta nenhuma contribuição fiscal; Condições precárias de
trabalho, segurança mineira e tecnológicas de exploração mineira) Fomenta a imigração de
11
estrangeiros e de práticas ilícitas de enriquecimento;) Ausência de formação e treinamento
dos mineiros artesanais) Ausência de organização dos mineiros em associações,
organizações comunitárias ou em Pequenas empresas;) Existência de péssimas condições de
saneamento e higiene nos acampamentos dos mineiros ambulantes.
2.7.Tipos de Mineração
12
2.8.Mineração
2.8.1. Garimpo
13
Esta exploração de minérios, geralmente valiosos, por meios mecânicos,
pneumáticos, manuais e/ou animais, é muitas vezes feita sem nenhum planeamento e com a
utilização de técnicas consideradas predatórias do meio ambiente. A actividade do garimpo
pode ser desenvolvida a céu aberto nos aluviões ou rochas mineralizadas, ou ainda em
galerias escavadas na rocha. Se não for refeito o meio ambiente o garimpo é uma actividade
predatória do meio.
2.8.1.1.Garimpeiros
Minas a céu aberto são aquelas onde os depósitos minerais de estendem por amplas
áreas e em diferentes profundidades. Para ter acesso a esses depósitos as mineradoras
removem grande quantidade de solo misturado com minério. A abertura de uma mina a céu
14
aberto se inicia com a retirada da vegetação localizada sobre a reserva mineral, tendo
importante impacto sobre a biodiversidade local. Em seguida as camadas superficiais do
solo, rico em nutrientes, porém normalmente, com baixa Gomides at al (2018:153).
2.9.Mitigação ambiental
São as medidas que um empreendedor tem que tomar para eliminar e reduzir
impactos que possam causar prejuízos ao meio ambiente e a sociedade. A mitigação
ambiental pode ser dividida em três medidas: de prevenção e controle; de compensação; e de
remediação. A prevenção e controle são acções que buscam prevenir impactos e monitorar o
comportamento do empreendimento quanto aos parâmetros de qualidade ambiental para fins
de acção rápida no sinal de qualquer alteração de normalidade ou perigo. As medidas de
compensação são práticas que visam reaver em outro lugar os impactos irreversíveis
causados, seja por meio de pagamentos financeiros ou acções que buscar preservar ou
melhorar as condições ambientais.
A remediação são acções que pretendem consertar ou restaurar o meio ambiente
depois do dano ambiental. As medidas e programas de mitigação são obrigatórias e previstas
por normas para os diferentes tipos de "Avaliação de Impactos Ambientais". Essas medidas,
entretanto, não evitam por completo a ocorrência de danos ambientais e tampouco
substituem ou repõem a rigor as perdas da sociedade e do meio ambiente geradas por
impactos. Gomides at al (2018:158).
Monitoramento Ambiental - Acompanhamento e análise sistemática da situação
ambiental dos meios físico, biótico e sociais, visando controlar, recuperação, melhorar ou
manter a qualidade ambiental em decorrência dos impactos de um empreendimento.
15
2.10. Exploração
16
CAPÍTULO III: METODOLOGIAS DE PESQUISAS
3.1.Tipo de Pesquisa
Quanto aos objectivos - trata-se de uma pesquisa exploratória, pois visa gerar
conhecimentos práticos que poderão ser usados como estratégias para mitigação da
extracção mineira artesanal no povoado de Mahera, distrito de Ancuabe.
Segundo GIL apud RIBEIRO &SILVA (2004:14), este tipo de pesquisa, tem por objectivo
gerar conhecimentos para aplicação prática dirigida à solução de problemas específicos.
Envolve verdades e interesses locais. Por isso, foi possível analisar o impacto das estratégias
para mitigação da extracção mineira artesanal no povoado de Mahera, distrito de Ancuabe,
17
convista, melhorar o processo de extracção mineira no povoado de Mahera, distrito de
Ancuabe.
3.2.1. Entrevista
A pesquisa usou esta técnica porque o entrevistador teve a liberdade para desenvolver
cada situação em qualquer direcção que considere adequada. É uma forma de poder explorar
mais amplamente uma questão, as perguntas são abertas e podem ser respondidas dentro de
uma conversação informal. (GIL, 2001).
Há um roteiro de tópicos relativos ao problema que se desenvolveu e o entrevistador
teve a liberdade de fazer as perguntas que quiser: Sonda razões e motivos, dá esclarecimentos,
não obedecendo a rigor a uma estrutura formal.
3.2.2. Questionário
3.2.3. Universo
O trabalho de pesquisa envolveu aos garimpeiros, entre comunidade e subalternos.
3.2.4. Amostra
Segundo RUQUOY apud IVALA, 2002:115) “O valor da amostra é determinado
pela sua adequação aos objectivos da pesquisa. Toma-se por isso como princípio a
18
diversificação dos pesquisados, procurando-se garantir que nenhuma situação importante
fique esquecida”. Para que o trabalho seja pragmático e eficiente quanto possível, do
universo indicado, foi constituída uma amostra de 30 pessoas dos quais, 10 (dez)
garimpeiros, 3 (três) funcionários públicos dos SDPI e 17 (dezassete) populares da
comunidade da aldeia de Mahera.
19
CAPÍTULO V: Resultados e Discussão
Esta pergunta visa, sobretudo, saber o tempo em que o garimpeiro está praticando a
actividade, pelo que se construiu o gráfico1.
20%
30%
50%
Os dados do gráfico 1 mostram que 50% dos garimpeiros inquiridos tem 5 anos
praticando a actividade, 30% no intervalo de 3 e 4 anos, 20% com 1 e 2 anos na actividade.
Nesta ordem de dados, mostra que a maioria dos garimpeiros tem 5 anos na actividade e
20
outros 4 e 1 anos na actividade. A partir desta questão feita pelo grupo alvo acima
referenciada, leva-nos a perceber que, a maioria dos inqueridos estão praticando esta
actividade a 5 anos.
5.2: O que mudou na sua vida desde que começou a praticar o garimpo artesanal.
5.3:Sabe que a prática de garimpo artesanal é uma actividade perigosa e proibida por
lei?
Esta pergunta foi feita com objectivo de auscultar aos entrevistados se sabiam que a
prática de garimpo artesanal é uma actividade perigosa e proibida por lei.
Dos 10 (dez) inqueridos, equivalente a 100% e de forma unânime afirmaram que
sim. A prática desta actividade é perigosa e proibida por lei.
100,0%
21
Portanto a partir dessas informações obtidas durante a nossa pesquisa, leva-nos a
querer que os garimpeiros reconhecem o perigo e as ameaças que esta actividade traz nas
suas vidas.
5.4:Por que razão pratica essa actividade sabendo que é proibida por lei?
A questão em alusão foi colocada com intuito de perceber como ogarimpeiro pratica
esta actividade sabendo que é proibida por lei. Dos 10 (dez) inqueridos, dentre os quais 7
(sete) informantes equivalentes a 70% afirmaram que, por falta de emprego e elevado índice
de pobreza, 3 (três) informantes correspondentes a 30% afirmam que, querem melhorar a
vida, uma vez que praticando negocio não ee rentável se não recorrer a esta pratica.
Com as divergências das informações que obtivemos no campo de pesquisa mostram
claramente que, muitos estão praticando esta actividade por falta de emprego e elevado
índice de pobreza
100,0%
5.6:O que tem feito o governo local quando há acidente desabamento de terra?
Esta pergunta tinha como objectivo de procurar saber dos inqueridos se o governo
local tem feito algo quando há acidente desabamento de terra. Dos 10 (dez) do grupo alvo,
22
dentre os quais 10 declarantes correspondentes a 100% afirmam que o governo não tem feito
nada.
Com estas informações obtidas a partir dos inqueridos deste grupo alvo, leva-me a
perceber que o governo não tem feito nada a par dos acidentes que tem acontecido e nem
presta apoios, mas sim os próprios garimpeiros criam condições de contribuições para apoiar
os os colegas acidentados.
5.7:O que o governo devia fazer para tornar sustentável a prática do garimpo
artesanal?
Esta questão foi colocada ao grupo alvo para ouvir as suas sugestões e sensibilidade
de modo a ultrapassar ou melhorar a implantação da prática do garimpo artesanal. Dos 10
(dez) inqueridos, de entre 7 (sete), correspondente a 70% afirmaram que, é necessário haver
criação de associações e educar o garimpeiro sobre mineração para ganhar imposto e
alocação de maquinas para minimizar os problemas que os enfrentam, assim como a
existência de capacitações envolvendo a comunidade, líderes religiosos para ultrapassar este
cenário,2 (dois) informantes correspondente a 20% afirma que, deve-se procurar
investidores para empregar as pessoas e 1 (um) informantes correspondente a 10% afirma
que o governo deveria dar por empréstimos em valores monetários aos garimpeiros de forma
que ele façam com que sejam legalmente reconhecidos.
10%
20%
70%
A partir das ideias dos inqueridos percebemos que,clamam para que haja associações
e as devidas capacitações sobre mineração e alocação de máquinas para minimizar os
problemas que os enfrentam. Só que as entidades governamentais não têm valorizado o
sacrifício daqueles operadores.
23
5.8: Sábia que a prática do garimpo artesanal sem a observância da lei ambiental
mineira destrói a fauna, a flora e cria o desaparecimento de espécies animais e
vegetais?
Com esta questão, pretendia-se saber se os inqueridos sábia que a pratica do garimpo
artesanal sem a observância da lei ambiental mineira destrói a fauna, a flora e cria o
desaparecimento de espécies animais e vegetais.
Respostas
Questões Sim Não
Noção da destruição da fauna 2 = 20% 8 = 80%
Noção da destruição da flora 5=50% 5 = 50%
Noção da instição de espécies animais e vegetais 4=40% 7=70%
Fonte: adaptação nossa 2019
24
5.9 Resultados e Discussão do Governo
Esta entrevista foram seleccionadas cinco (5) questões, direccionadas aos técnicos de
SDAE, segundo representamos na amostra. Para tal, iniciamos colocar as questões e com as
devidas respostas obtidas, respectivamente.
5.9.1. Quais são as medidas que devem ser adoptados para minimizar a
extracção do garimpo artesanal?
Esta pergunta foi colocada com objectivo de auscultar aos técnicos de SDAE, as
medidas a serem adoptados para minimizar a extracção do garimpo artesanal. Dos três (3),
entrevistados equivalente a 100% afirmaram uma das formas que se deve fazer para uma
exploração sustentável é através de criação de associações e provedores de serviços para
evitar o desmatamento da terra, da fauna e flora.
Neste contexto, leva-nos a entender que os técnicos estão cientes do que esta
acontecer naquela parcela do distrito. Portanto, seria oportuno que a direcção do SDAE
pautassem pela forma sábia e coerente a difusão da lei mineira e o licenciamento das
associações para o uso criterioso e racional dos recursos, sobretudo naquela localidade.
A questão em alusão tinha como objectivo, ouvir aos técnicos de SDAE, sobre os
impactos negativos registados pela prática do garimpo artesanal. Dos três (3), entrevistados
correspondentes a 100% afirmaram de forma unânime que:
25
No concernente ao meio ambiente, verificasse degradação das áreas produtivas,
poluição do ambiente, ausência de espaços faunísticos e poluição das potenciais hídricas.
5.9.4: Tem noção de que aqueda de taludes e escavações no solo nas zonas do
garimpo artesanal são resultados da contínua acção danosa humana em relação ao
ambiente criando um desequilíbrio ecológico?
A questão em alusão tinha como objectivo, ouvir aos técnicos, se tinham a noção
sobre a queda de taludes e escavações no solo nas zonas do garimpo criam um desequilíbrio
ecológico e ambiental.
Dos três (3), entrevistados correspondentes a 100% afirmaram de forma unânime que
não, mais uma vês, revela-nos que, os proponentes fazem a actividade sem o conhecimento
26
das normas e o governo nem se quer esta preocupado em capacita-lo para que explorem de
forma legal e segura.
Número de Respostas
Questões Não Sim As
vezes
Faz se algum trabalho em relação a preservação ambiental a
nível dos órgãos competentes? 17 0 0
A nível das associações algo tem se feito em relação a
preservação do ambiente? 17 0 0
Será que a actividade extractiva mineral artesanal pode criar
danos ao meio ambiente? 8 5 4
Fonte: adaptação nossa 2019
27
A tabela mostra que, dos 17 (dezassete) inqueridos afirmaram que" Não" o que
corresponde a uma cifra 100%, o que concluímos que não há trabalho em relação a
preservação ambiental a nível dos órgãos competentes.
Dos 17 (dezassete) garimpeiros inqueridos afirmaram que" Não" o que
correspondente a 100%, nota-se que naquela mina não existem associações, o que não se
tem feito algo em relação a preservação do ambiente.
17 Garimpeiros dos 8 (oito) inqueridos, afirmam que "não ", o que equivale a 47%, 5
(cinco) "Sim", equivalente a 29.4%, contra 4 (quatro) " as vezes ", correspondendo 23.5%.
A tabela mostra que, dos 17 inqueridos, 9 (nove) dos inqueridos afirmaram que o
nível de participação dos garimpeiros nos encontros sobre preservação ambiental é " Não
satisfaz " o que corresponde a uma cifra 52.9%, 5 (cinco) " Não satisfaz ", equivalente a
17.6% e os restantes 3 (três) " Boa", correspondendo 29.4%.
Dos 17 garimpeiros inqueridos, apenas 8 (oito)dos inqueridos afirmam que a relação
entre garimpeiro Artesanais de Mahera com as entidades locais é "Boa" o que corresponde a
47%, 2 (dois) " Boa ", equivalente a 11.8% e os restantes 7 (sete) " Não satisfaz ",
correspondendo 41.2%.
10 Garimpeiros dos 17 inqueridos, afirmam que a relação entre garimpeiro e ou com
operadores singulares é "Boa", o que equivale a 58.5%, 6 (seis) "satisfaz ", equivalente a
35.6%, contra 1 (um) " Não satisfaz ", correspondendo 5.9%.
28
CAPÍTULO VI: CONCLUSÃO, SUGESTÕES, RECOMENDAÇÕES
6. Conclusão
O presente estudo concluiu que os danos gerados nas áreas onde são desenvolvidas a
mineração ou garimpagem são irreversíveis. Diante desses factos percebe-se que a
lucratividade oriunda da extracção mineral fica nas mãos de uma minoria e os prejuízos
ambientais para toda a população actual e vindoura.
Os resultados mostram, ainda que, não é possível com os métodos aplicados pelos
mineiros artesanais, na extracção da turmalina no povoado de Mahera, serem usados sem
provocar impactos ambientais, no entanto, é necessário reduzir os danos ambientais desta
actividade, criando associações fortes que tenham um vínculo indissociável com o governo
local, na luta contra os mineradores ilegais e a preservação do meio ambiente.
O estudo revela que, não existe uma acção conjunta entre as entidades
governamentais e os operadores artesanais convista a minimização dos efeitos negativos
criados pela extracção de pedras preciosas no distrito de Mahera.
29
6.1.Sugestões/Recomendações
A população Local
30
REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS
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ambiental no contexto da exploração das pedras preciosas e semipreciosas em
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Viega, Marcello Mariz at all: (SA) o garimpo de ouro na amazónia: aspectos
tecnológicos,ambientais e sociais.
32
Apendice
2. O que mudou na sua vida desde que começou a praticar o garimpo artesanal._______
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3. Sabe que a pratica de garimpo artesanal é uma actividade perigosa e proibida por lei?
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4. Porque razão pratica essa actividade sabendo que é proibida por lei?_____________
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7. O que o governo devia fazer para tornar sustentável a pratica do garimpo artesanal?
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8. Que acções deve ser tomadas na aldeia de Mahera para o envolvimento dos lideres
comunitários locais e garimpeiros para a consciencialização em relação a extracção segura e
sustentável;_______________________________________________________________
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Entrevista dirigido ao Governo
1. Quais são as medidas que devem ser adoptados para minimizar a extracção do garimpo
artesanal?________________________________________________________________
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3. Quais são as melhores condições ideias de mitigação para minimizar os conflitos de terra,
desabamento de terra e o equilíbrio do próprio meio ambiente?______________________
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4. Que acções deve ser tomadas na aldeia de Mahera para o envolvimento dos lideres
comunitários locais e garimpeiros para a consciencialização em relação a extracção segura e
sustentável?______________________________________________________________
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Entrevista dirigido a comunidade de Mahera
Vide tabela dois e três:
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Anexos
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Imagem 3:Garimpeiros e a degradação do solo.
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Figura 1: Mapa do Distrito de Ancuabe.
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