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Ainda Inácio

Arcanjo Celestino Selemane


Beto J. Miguel
Brenda A. Papussseco
Dercia M. Ruben
Eugénio Tonito
Evaristo A. Slide
Jan Oliver Domingos Cauta
Pelé Marcelino Engenheiro
Zenildo J. J. Tembe

Alfobres, Viveiros, Sementeira e Plantação

Licenciatura em Agro-pecuária

Universidade Rovuma
Extensão de Niassa
2020
Ainda Inácio
Arcanjo Celestino Selemane
Beto J. Miguel
Brenda A. Papussseco
Dercia m. Ruben
Eugénio Tonito
Evaristo A. Slide
Jan Oliver Domingos Cauta
Pelé Marcelino Engenheiro
Zenildo J. J. Tembe

Alfobres, Viveiros, Sementeira e Plantação

 Tipos de alfobres e viveiros, características, vantagens e


desvantagens.
 Características chaves no processo de sementeira

Licenciatura em Agro-pecuária

Trabalho de carácter avaliativo da cadeira


de Agricultura Geral, a ser entregue e
apresentado no Departamento de Ciências
Naturais e Matemática, leccionada pela
Engenheira: Virgínia Sousa.

Universidade Rovuma
Extensão de Niassa
2020
Índice
1. INTRODUÇÃO .................................................................................................................... 4
1.1. Objectivos ......................................................................................................................... 4
1.1.1. Geral .............................................................................................................................. 4
1.1.2. Específicos .................................................................................................................... 4
1.2. Metodologias ..................................................................................................................... 4
1.3. Conceitos Básicos ............................................................................................................. 4
2. ALFOBRE................................................................................................................................. 5
2.1. Classificação dos Alfobres ................................................................................................ 5
2.1.1. Alfobres tradicionais ................................................................................................. 5
2.1.2. Alfobres Controlados ................................................................................................ 6
2.1.3. Alfobres Tecnificados ............................................................................................... 6
2.2. Escolha do local para os alfobres .................................................................................. 6
3. VIVEIROS ............................................................................................................................ 7
3.1. Tipos de viveiro................................................................................................................. 7
3.1.1. Quanto a duração........................................................................................................... 8
3.1.2. Com referência à protecção do sistema radicular ...................................................... 9
3.2. Importância dos viveiros ................................................................................................... 9
3.3. Vantagens e desvantagens da produção do viveiro ........................................................... 9
3.5. Substrato ...................................................................................................................... 11
3.6. Recipiente .................................................................................................................... 11
4. SEMENTEIRA E PLANTAÇÃO ....................................................................................... 11
4.1. Conceitos ..................................................................................................................... 11
4.2. Tipos de Sementeira e plantação ................................................................................. 12
4.2.1. Outras classificações da sementeira ........................................................................ 12
4.3. Métodos de Sementeira e Plantação ............................................................................ 13
4.4. Densidade de sementeira/plantação............................................................................. 14
4.5. Profundidade da sementeira ........................................................................................ 15
4.6. Datas de sementeira ......................................................................................... 15
Conclusão ................................................................................................................................ 16
4

1. INTRODUÇÃO

CONTEUDO EM FALTA
1.1. Objectivos

1.1.1. Geral

CONTEUDO EM FALTA
1.1.2. Específicos

CONTEUDO EM FALTA
1.2. Metodologias

CONTEUDO EM FALTA
1.3. Conceitos Básicos
CONTEUDO EM FALTA
5

2. ALFOBRE

Alfobre é local onde são colocadas as sementes dos produtos que se pretendem cultivar,
para assim que ganham resistência, serem transplantados para um local definitivo de
cultivo.

Alfobre: local destinado à sementeira de sementes de hortaliças e de fruteiras com a


finalidade de produzir plântulas ou porta-enxertos para posterior repicagem no viveiro.
A semente pode ser lançada em canteiros no solo, nas bolsas e nas bandejas de isoterme.
As bolsas são mais usadas em fruticultura e as bandejas em olericultura (vulgo
horticultura). DNEA & MINAG, 2008.

Alfobre – pequena parcela de terra onde as sementes germinam e as plantas são


depois transplantadas. COUTINHO, 2017.

Para WATELA, 2012 alfobre é o lugar ocupado pelas sementes no seu primeiro estágio,
quando se dá início a multiplicação das plantas mediante a sementeira.

2.1. Classificação dos Alfobres

WATELA, 2012 classifica os alfobres segundo a forma de construção dimensões e


objectivos podem ser: alfobres tradicionais e alfobres tecnificados.

FREIRA, 2004 por sua vez vem classificar os alfobres em três tipos básicos: os alfobres
tradicionais, controlados e tecnificados.

2.1.1. Alfobres tradicionais

Este tipo de alfobres são os que se realizam de forma mais comum no mundo, para se
obterem as posturas. Fazem-se em terrenos seleccionados onde se aplicam pequenas
quantidades de matéria orgânica e pequenas quantidades de fertilizantes. Usam-se para
tomate, repolho, pimento, tabaco, couve, cebola, etc. segundo afirma (WATELA, 2012).

Para (FREIRA, 2004) este tipo de alfobre é feito com uma largura de 1,0 a 1,2 m, sendo
o seu comprimento variável, podendo variar de 1 m (agricultura familiar) a 30 m ou
mais. A altura dos canteiros vária de 15 a 35 cm.
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A largura dos canteiros é definida pelo comprimento médio do braço humano, de forma
a que, dois homens, trabalhando em lados opostos, possam fazer as várias práticas
culturais - sementeira, mondo, arranque, etc. - de forma a cobrir todo o canteiro.

Os alfobres tradicionais são particularmente úteis em solos pesados, pois permitem uma
drenagem melhorada, devido à elevação do solo.

2.1.2. Alfobres Controlados


As dimensões gerais dos viveiros controlados são semelhantes ás dos tradicionais.
Contudo, estes têm a vantagem de permitirem uma mais fácil de coberturas, tanto de
material vegetal, como de rede ou plástico.

2.1.3. Alfobres Tecnificados


Este tipo de alfobre, embora sendo o mais caro de todos, permite um controlo mais
cuidado das várias práticas culturais, sendo particularmente vantajoso para a produção
de plantas delicadas.

É, ainda, usado para permitir a criação de condições ambientais diferentes das


climáticas. A armadura em tijolo ou bloco pode ainda servir como suporte para
coberturas.

Depois das plantulas produzidas em viveiro ficarem prontas, estas podem ser
directamente transplantadas para o campo definitivo, no caso de culturas como a
maioria dos hortícolas e o arroz, ou, como é o caso das fruteiras e espécies florestais,
transplantadas para o viveiro, para uma segunda fase de cuidados intensos.

2.2. Escolha do local para os alfobres

O local para instalar o alfobre, deve reunir parálem das condições do terreno: ser solto,
alto, de boa drenagem interna, boa pendente superficial, e com poucas ervas daninhas,
devem possuir também as seguintes condições, para evitar deterioração das posturas
pela transportação a longas distâncias.

 O local onde se realizam os alfobres deve estar o mais próximo possível do local
de transplante.
 Deve estar o mais próximo do local onde começou o trabalho, por causa das
observações e das demais observações.
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 Deve haver água suficiente para rega com regularidade; quer dizer deve estar
próximo da fonte de água.
 Deve-se procurar um local onde o manto freático esteja ao redor de 1,5 m da
superfície, pois a menor altura resulta perigosa para os alfobres.
 Nos locais onde já tenhamos cultivado a cultura em questão, só se voltara
seleccionar para o alfobre, se já se passaram três anos e a cultura que ai esteve
não sofreu nenhuma doença considerável; caso contrario, devera esperar-se até
nove anos.
 No caso de que se trate de cultura da mesma espécie ou afins, deve – se com o
acima do escolhido, fazendo –a extensiva uma distância de 1,5 à 2 km de raio,
tomando como centro, a área do alfobre que queiramos estabelecer.

3. VIVEIROS

O viveiro é um local adequado e previamente preparado para produção de mudas de boa


qualidade.

WATELA, 2012 define Viveiro como sendo o ciclo de transito ou a segunda fase de
propagação de certas plantas onde se colocam geralmente plântulas (semente recém
germinadas), para serem criadas, formadas e educadas de onde serão levadas
oportunamente, ao local definitivo onde vão crescer, desenvolver-se, reproduzir-se (dar
fruto) e morrer.

Denomina-se viveiro florestal qualquer área (previamente preparada e adequada),


destinada a produção de mudas florestais, sejam estas nativas ou exóticas. Tais viveiros
podem ser temporários ou permanentes, e a escolha do local para a sua implantação
consiste na etapa mais criteriosa de todo o processo.

3.1. Tipos de viveiro

Os viveiros podem ser classificados quanto a duração (viveiros provisórios, temporários


ou volantes e viveiros permanentes, centrais ou fixos) e a com referência à proteção do
sistema radicular, os viveiros são classificados em viveiros com mudas em raiz nua e
viveiro com mudas em recipientes. FRONZA & HAMANN, 2015.
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3.1.1. Quanto a duração.

a) Viveiros provisórios, temporários ou volantes: são aqueles que visam uma


produção restrita; localizam-se próximos às áreas de plantio e possuem instalações
de baixo custo.

Viveiros temporários – destinam-se à produção de mudas em um determinado período,


próximo ao local de plantio, utilizando-se de materiais rústicos. É um viveiro onde as
mudas são produzidas para uma determinada área e por um período limitado. São
poucos utilizados na fruticultura comercial de larga escala, mas podem ser encontrados
em regiões com predominância da agricultura familiar.

De acordo com CARNEIRO (1995), um viveiro temporário é aquele que se destina à


produção de mudas durante um determinado período de tempo e cumprida sua
finalidade, é desactivado; Neste caso, seu planeamento não requer grandes cuidados e
sua vantagem consiste no baixo custo de implantação e na redução de despesas com
transporte, uma vez que geralmente são construídos próximas as áreas de plantio. Já os
viveiros permanentes, como o próprio nome já diz, têm um caráter fixo e suas atividades
de produção de mudas não se encerram após cumprir um determinado objetivo. Seu
planejamento requer maior detalhamento e suas instalações são permanentes e de
maiores dimensões.

b)Viveiros permanentes, centrais ou fixos: são aqueles que geralmente ocupam uma
maior superfície, fornecem mudas para uma ampla região, possuem instalações
definitivas com excelente localização. Requerem planejamento mais acurado; as
instalações são também permanentes e de maiores dimensões.

Viveiros permanentes – são aqueles cujas instalações são maiores e melhor planejadas,
permitindo a produção contínua de mudas. Geralmente ocupa um terreno grande,
fornece mudas para uma ampla região, possui instalações permanentes especializadas e
definitivas, assim como equipamentos, procedimentos e mão de obra também
especializada.

Devem estar localizados em lugares de fácil acesso aos seus consumidores e


fornecedores para reduzir gastos de transporte e movimentação. Requer planeamento
detalhado que garanta as metas de produção e maneio com qualidade, assim como a
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viabilidade económica. Pode requerer um projecto de marketing e mídia para facilitar


que os consumidores conheçam seus produtos (tipos de mudas).

3.1.2. Com referência à protecção do sistema radicular

i) Viveiros com mudas em raiz nua: as mudas em raiz nua são as que não
possuem proteção do sistema radicial no momento de plantio. A semeadura é
feita diretamente nos canteiros e as mudas são retiradas para o plantio,
tendo-se apenas o cuidado de se evitar insolação direta ou, até mesmo, vento
no sistema radicial. O solo onde se desenvolvem as raízes permanece no
viveiro. Após a retirada, são ordenadas em grupos, com material úmido
envolvendo as raízes, antes da expedição para o plantio.
ii) Viveiro com mudas em recipientes: apresentam o sistema radicial envolto por
uma proteção que é um substrato que o recipiente contém. Evidentemente, o
substrato vai para o campo e é colocado nas covas, com as mudas,
protegendo as raízes.

3.2. Importância dos viveiros

Entretanto, a importância dos viveiros não está apenas no seu caráter ambiental, ou seja,
na produção de mudas utilizadas nos plantios, mas também tem seus reflexos
económicos e sociais, uma vez que esta actividade requer mão-de-obra,
consequentemente, há geração de empregos e movimenta grandes valores no mercado
financeiro, principalmente quando se trata dos viveiros mantidos pelas indústrias de
papel e celulose.

3.3. Vantagens e desvantagens da produção do viveiro

3.3.1. Vantagens

Todos os viveiros são cobertos por sombrite e recebem 50% de radiação solar direta. As
mudas são produzidas em tubetes de polipropileno pequenos (55 cm³). Segundo
GALVÃO (2002) este recipiente tem como vantagem:

 Sua estrutura rígida, que protege o sistema radicial durante todas as fases do
processo;
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 As estrias internas, que permitem um alinhamento do sistema radicial, evitando


entrelaçamentos e favorecendo sua adesão em campo;
 A abertura na base do tubete faz com que as zonas de crescimento apical das
raízes fiquem expostas à luminosidade, o que retém seu crescimento, deixando-
as mais grossas e resistentes;
 São utilizadas menores quantidades de substrato;
 O enchimento desses tubetes é um processo simples e rápido;
 Sua utilização gera economia de tempo, mão-de-obra e material no processo
produtivo, consequentemente, tem menor custo operacional;
 Maior controle fitossanitário, uma vez que o manuseio se dá sem o contacto com
o solo e em geral, com utilização de substratos esterilizados;
 São embalagens reutilizáveis;
 Ocupam menor espaço e permitem a concentração de tratos fitossanitários e
culturais, conferindo ao produto estrutura e padronização;
 Tanto no processo de produção, como no transporte, as perdas são menores;
 Por fim, essas embalagens são acomodadas em suportes suspensos que
propiciam melhores condições de trabalho para os operários;
3.3.2. Desvantagens

A grande desvantagem deste método de aviveiramento é o facto de forçar as plantulas a


passar por uma segunda crise de transplante, que é agudizada pelo facto de o transplante
ser geralmente feito com as raízes nuas.

3.4. Local de instalação de um Viveiro

Para (FRONZA & HAMANN, 2015) o viveiro deve ser instalado em uma área distante
no mínimo 200 metros de cultivos comerciais da espécie frutífera que será propagada.
Dessa forma, evita-se a contaminação, perda de mudas pelo ataque de doenças e pragas
e propagação em futuros pomares. O viveiro deve estar localizado a uma distância
mínima de 50 metros de estradas públicas. No local de instalação do viveiro, o solo
deve ser nivelado e ser bem drenado. Sempre que possível optar por locais com
disponibilidade de água potável, energia eléctrica e saneamento básico. Boa iluminação
solar e circulação de ar também devem ser observados, bem como a instalação de
quebra-vento na proximidade.
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3.5. Substrato
Substrato é todo material sólido natural ou residual, de natureza mineral ou orgânica,
que pode ser utilizado puro ou em misturas para o cultivo intensivo de plantas, em
substituição total ou parcial ao solo natural. Assim como este, o substrato proporciona
suporte físico às raízes e disponibiliza água e nutrientes para o crescimento das plantas.

Na formulação de substratos geralmente se utiliza um componente mineral (terra de


subsolo retirada a 30 cm de profundidade, terriço de mata e terra vegetal) e um ou mais
componentes orgânicos, que podem ser inertes (casca de arroz carbonizada e fibra de
coco) ou biologicamente ativos (composto orgânico, esterco curtido de gado, húmus de
minhoca e turfa), acrescidos de fertilizantes e corretivos como calcário e gesso.

3.6. Recipiente
Recipiente é a estrutura física utilizada para o acondicionamento de qualquer substrato
para o cultivo intensivo de plantas, podendo englobar desde a germinação de sementes,
crescimento de mudas até a comercialização final da muda pronta. Na escolha de
recipientes deve-se considerar o tamanho inicial e final da muda, custo de aquisição,
durabilidade, facilidade de manuseio e de armazenamento, dentre outros. De modo
geral, o tamanho do recipiente deverá ser escolhido de forma a proporcionar o maior
volume possível de solo às raízes, mas que seja de menor peso possível e facilmente
transportável.

Os recipientes mais utilizados são os sacos plásticos de polietileno negro, tubetes de


polipropileno reutilizáveis e vasos de polipropileno disponíveis no mercado em diversos
tamanhos. Além destes, actualmente também se encontram no mercado, recipientes
biodegradáveis como tubetes e vasos confeccionados com fibras celulósicas recicladas
de embalagens “longa vida”. Estes, apesar da vantagem representada pelo menor
potencial poluidor possuem custo mais elevado.

4. SEMENTEIRA E PLANTAÇÃO
4.1. Conceitos

A sementeira é a operação agrícola pela qual se distribuem convenientemente as


sementes botânicas no solo para que germinem. A sementeira pode ser directa ou em
alfobre. E também pode ser manual e mecanizada.
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Plantação é a colocação de plantas ou partes delas (Propágulos) no local onde vão


vegetar definitivamente. As plantações devem verificar-se com todas as precauções
necessárias, desta forma as perdas são nulas ou mínimas; isto é devido a que no solo se
colocam partes do vegetal que apresentam um certo desenvolvimento como são as
gemas (características das sementes agrícolas) que se podem afectar.
4.2. Tipos de Sementeira e plantação

Podemos distinguir duas formas gerais de sementeira:

Sementeira directa: quando as plantas vão viver no mesmo loca onde germinam as
sementes (cereais, leguminosas, oleaginosas, etc.).

E Quando se o faz uso de material vegetativo como a cana-sacarina, bananeira, ananás,


mandioca, batata-doce entre outras, estamos no processo de Plantação Directa.

Sementeira indirecta em alfobres: se as plantas vão ser transplantadas para que


prossigam o seu desenvolvimento num outro local.

Por exemplo: Plantação em viveiros para posterior transplante tabaco, arroz, café,
cacau, sisal, seringueira.

4.2.1. Outras classificações da sementeira

Quanto á forma da superfície do solo, a sementeira pode ser:

a) Lister
b) Plana
c) Em camalhões
d) Em camas ou canteiros

Quanto à distância entre as linhas temos a sementeira:

a) A jorro ou em linhas contínuas.


b) Em linhas a espaços.
c) Em rectângulo.
d) Hexagonal ou quinconcial.
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Quanto ao número de linhas, a sementeira pode ser:

a) Standard
b) Linhas duplas
c) Em faixas ou linhas múltiplas

4.3. Métodos de Sementeira e Plantação

A sementeira pode ser feita segundo três métodos básicos:

a) Método mecânico: quando utilizamos semeadores, este método é pouco usado


na agricultura tradicional, podendo a semente ser distribuída a lanço, em sulcos
ou em linhas.
b) Método manual: quando se faz pelas próprias mãos do homem. Este é método
normalmente usado pelo camponês de subsistência. Podem se identificar duas
formas de distribuição básicas:
 A lanço quando sementes pequenas são usadas.
 Sementeira localizada quando se usam sementes grandes como as
do milho, algodão, amendoim.

Muitas vezes existe a tendência para semear muitas sementes por covacho. Neste caso,
se não se fizer o desbaste, o rendimento é fortemente reduzido pela competição entre
plantas.

Tradicionalmente, é comum fazer se a sementeira em zig zag, ou seja, distribuindo as


plantas de forma mais ou menos uniforme pelo campo, mas sem qualquer arranjo
espacial geometricamente definido. Embora a sementeira em zig zag feita pelos
camponeses em Moçambique já tenha sido por diversas vezes acusada de ser uma das
causas do baixo rendimento do Sector Familiar, a afirmação não é completamente
verdadeira pois, uma das possíveis causas, de certo modo encoberta pela sementeira em
zig zag, é a baixa densidade normalmente usada. Tal como afirma FREIRA, 2004.

Para (FREIRA, 2004) na maioria dos casos, a sementeira localizada (linhas ou sulcos) é
mais vantajosa que a sementeira a lanço porque:
 Garante maior economia de semente (menor taxa de sementeira).
 Permite uma distribuição mais uniforme da semente.
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 Permite maior uniformidade na profundidade de sementeira.


 Devido a se usarem menores densidades, existe menor competição entre
as plantas.
 O ataque de pragas e doenças é geralmente menor.
 Permite maior facilidade na realização das práticas culturais.

4.4. Densidade de sementeira/plantação

Compasso óptimo - É aquele que permite o crescimento de folhagem suficiente para


utilizar maximamente a radiação, sem que ocorra excesso de auto-sombreamento,
enquanto que as raízes têm espaço suficiente para absorção de água e nutrientes.

Plantas perenes semeadas a altas densidades reduzem de rendimento com a idade devido
ao auto-sombreamento, como é o caso dos citrinos e da bananeira, e também por falta
de espaço para o crescimento e desenvolvimento do sistema radicular.

Por vezes, semeia-se apertado para se fazer um futuro desbaste (em linhas alternas ou
plantas alternadas). Mas, deve-se pensar nos custos. Por vezes esse desbaste é atrasado e
efeitos negativos ocorrem. Noutros casos, removem-se plantas vigorosas e de alto
rendimento, deixando-se outras menos produtivas.

O efeito de fertilidade do solo na densidade de plantação depende da cultura e do local.


Solos mais férteis podem suportar mais ou menos plantas que solos menos férteis,
dependendo do tipo de cultura, do seu crescimento e da tecnologia utilizada. Freira,
2004.

Este mesmo autor defende que a densidade de plantação depende de aspectos como:
a. Pragas, doenças e infestantes.
b. Clima.
c. Solo.
d. Local.
e. Espécie/cultura.
f. Cultivar.

Em árvores e em grandes plantações, é preferível plantar em linhas com distâncias que


permitam a circulação de tractores para a realização de diferentes práticas culturais,
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como é o caso da sacha e da protecção fitossanitária. Esta redução da densidade, por


aumento da distância entre-linhas. Isto pode ser compensado quando se provoca um
aumento do número de plantas dentro da mesma linha.

Embora muitas vezes o factor de maior influência no rendimento seja a densidade, casos
há em que o uso de um ou outro padrão de sementeira provocam alterações no
rendimento. Contudo, o papel mais importante dos vários padrões de sementeira é a
adaptação aos vários níveis de mecanização possível. Assim, mantendo uma mesma
densidade de plantas, a sementeira pode ser feita em linhas simples, duplas ou
múltiplas, podendo ainda manipular-se a distância entre linhas e entre plantas sem
grandes alterações no rendimento.

4.5. Profundidade da sementeira

A profundidade de sementeira depende essencialmente do tamanho da semente e do tipo


de solo, muito embora a disponibilidade de água no solo também tenha a sua influência.

Em solos arenosos, solos leves ou em solos quentes deve-se fazer uma sementeira mais
profunda. Pois, a resistência posta pelo solo á germinação é menor, devido à pouca
coesão existente entre os grãos de areia. Para além disso, deve-se ter em mente que,
solos mais leves têm a tendência a secarem a superficie do solo com maior rapidez.
Assim, com uma sementeira mais profunda, garante-se que a semente fique mais tempo
em contacto com solo húmido. Quando se usam culturas com sementes grandes, fazem-
se as sementeiras a maior profundidade. FREIRA, 2004.

Estas sementes, por terem maior quantidade de carbohidratos armazenados, conseguem


vencer camadas de solo mais grossas, apenas com as reservas acumuladas na semente.

4.6. Datas de sementeira


CONTEUDO EM FALTA
16

Conclusão

CONTEUDO EM FALTA
17

Referências bibliográficas

CARNEIRO, J. G. A. Produção e controle de qualidade de mudas florestais.


Curitiba: UFPR/FUPEF, 1995.

COUTINHO, Mário: Programa do Ensino Secundário a Distância 1º ciclo: Modulo 1


Agro-Pecuaria, 1ª ed. Maputo, 2017

DNEA & MINAG, Ministério da Agricultura e Direcção Nacional de Extensão Agrária


Glossário de Extensão, 2 ed, Maputo

FREIRA, Marcos João: Apontamentos de Agricultura Geral, UEM, Maputo, 2004.

FRONZA, Diniz: HAMANN, Jonas Janner: Viveiros e propagacao de mudas/ - Santa


Maria:UFSM, Colegio Politecnico: Rede e-Tec Bazrzil, 2015.

GONÇALVES, J.L.M. et al “Produção de mudas de espécies nativas: substrato,


nutrição, sombreamento e fertilização” In: GONÇALVES, J.L.M & BENEDETTI,
V. (editores), Nutrição e fertilização florestal, Piracicaba: IPEF, 2000.

WATELA, Domingos Chissapa: Aulas De agricultura geral, 2012. Disponível em


https://pt.scribd.com/doc/86815048/Aulas-De-agricultura-geral. Acesso em 27 de abril
2020.

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