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Diagrama Tempo x Caminho

Índice
1 Introdução ............................................................................................................................... 2

1.1 Objectivos ............................................................................................................................ 2

1.1.1 Objectivo Geral ............................................................................................................. 2

1.1.2 Objectivos específicos .................................................................................................. 2

1.2 Metodologia ..................................................................................................................... 2

2 Diagrama Tempo x Caminho .................................................................................................. 3

2.1 Características Linha de Balanço ......................................................................................... 3

2.2 Estratégias para Redução de Prazos ..................................................................................... 5

2.3 Vantagens e Desvantagens da Linha de Balanço ................................................................. 7

2.3.1 Vantagens da Linha de Balanço .................................................................................... 7

2.3.2 Desvantagens da Linha de Balanço .............................................................................. 7

2.4 Exemplo de a implantação da Via Férrea ............................................................................ 8

3 Conclusão ......................................................................................................................... 11

4 Bibliografia ........................................................................................................................... 12
1 Introdução
A optimização completa de um planeamento de trabalhos é uma tarefa quase impossível. Este
pressuposto fundamental do planeamento de trabalhos na construção justifica-se pela grande
diversidade de factores como por exemplo, acidentes de trabalho, avarias ou condições
atmosféricas inesperadas, entre outros, são imprevisíveis, no entanto, a maioria dos factores
de incerteza fica a dever-se a factores humanos resultantes de uma deficiente gestão de tempo
e dos recursos.

1.1 Objectivos

1.1.1 Objectivo Geral


Estudar o diagrama Tempo x Caminho (Linha de Balanço).

1.1.2 Objectivos específicos


 Dar a conhecer o conceito;
 Debruçar as características;
 Trazer um exemplo prático para a aplicação no contexto ferroviário.

1.2 Metodologia
A metodologia utilizada para a realização do trabalho proposto, foi feita através de pesquisas
bibliográficas e internet considerando sites. A pesquisa foi feita de forma cuidadosa visando a
clareza em seu conteúdo e a não deformação da informação sobre a temática que é abordado.

Linha de Balanço 2
2 Diagrama Tempo x Caminho
Na elaboração de um projecto, temos que ter a capacidade de prever possíveis imprevistos
durante a sua implementação. Sem deixar de lado a máxima de que “o tempo é um recurso
precioso e imprescindível”, ele não é recuperável, depois que passe teremos que ir atrás do
prejuízo, então para tal temos ferramentas que nos ajudam a fazer um estudo, planeamento
das actividades e controlo para evitar atrasos e falhas.

O diagrama Tempo x Caminho ou Linhas de Balanço, segundo (GOMES, Julho-2010) esta


técnica foi criada pela Goodyear na década 40, e posteriormente foi desenvolvida pela
Marinha dos Estados Unidos, durante a Segunda Guerra Mundial. O método vem sendo
empregado na indústria de produção continua e em série desde 1942, principalmente devido o
seu objectivo de encontrar uma razão de produção para o fluxo de fabricação, de modo a
servir ao controle da produção.

Esta técnica constitui em um atendimento eficiente às necessidades originadas na segunda


fase da Revolução Industrial e é constituída nos domínios de óptica taylorista “um tipo de
homem é necessário planejar e outro tipo diferente para executar o trabalho”, e “todo possível
trabalho cerebral deveria ser banido da oficina e centrado no departamento de panejamento
ou projecto”.

2.1 Características Linha de Balanço


Suas características, bem indicam o enquadramento (GOMES, Julho-2010):

 Determinar uma razão de produção;


 Manter a produção uniforme, sem cumes e vales;
 Aumentar a produtividade pela redução da descontinuidade no trabalho;
 Tirar benefícios da repetitividade do trabalho;
 Optimizar o emprego dos recursos;
 Encurtar a duração do projecto pela alocação racional dos recursos;

A Linha de Balanço é um método gráfico de calendarização que permite ao planeador levar


explicitamente em conta o fluxo de trabalho do projecto e da construção através da utilização
de diagramas com linhas para representar diferentes tipos de actividades, executadas pelas
várias equipas de trabalho em diferentes localizações. (MONTEIRO & MARTINS, 2010) E
para (GOMES, Julho-2010) é uma ferramenta gráfica de planeamento de produção muito

Linha de Balanço 3
propícia para acompanhamento dos serviços para obras repetitivas, seu uso na construção
civil se difundiu mais na Europa em obras com serviços bastante repetitivos, como estradas e
pontes.

Na (Figura 1) tem-se um esquema ilustrativo de um diagrama tempo – caminho ou linha de


balanço, em que para o eixo das ordenadas temos o caminho e das abcissas o tempo que as
actividades irão decorrer.

Figura 1: Diagrama Tempo – Caminho (FILIPPI, 2017).

O formato resumido e simples é ideal para utilização em reuniões ou para comunicação à


equipe de status actual de metas do projecto.

Figura 2: Técnica de linhas de balanço, (POLITO, 2007).

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Esta técnica permite inferir graficamente o impacto de múltiplas estratégias para redução de
prazo, impacto de atrasos entre outros. Existem serviços que podem ser realizados de forma
ascendentes (de baixo para cima) ou descendentes (de cima para baixo), (POLITO, 2007).

2.2 Estratégias para Redução de Prazos

Figura 3: Exemplos de estratégias para redução de prazo simuladas em linhas de balanço, (POLITO, 2007).

Como estratégias de redução de prazo podemos reduzir o ciclo por pavimentos (Figura 3b),
ou seja executar cada pavimento em menos tempo. Além do uso da técnica de compressão
através do aumento de recursos, podemos também eliminar precedências ou agrupar tarefas
em um mesmo ciclo de produção.

Também podemos reduzir o prazo reduzindo o intervalo entre cada pacote de trabalho
(Figura 3 c). Esta estratégia demanda maior coordenação e previsibilidade do fluxo. Quanto
maior a maturidade e a previsibilidade, menores podem ser os pacotes de trabalho e menor o
espaçamento entre eles.

Outra forma de reduzir prazo é eliminando pacotes de trabalho do cronograma (Figura 3d).
Esta acção é baseada fundamentalmente nas tecnologias e métodos construtivos adoptados.

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O planeamento através do uso de linhas de balanço permite cadenciar a produção num ritmo
constante, nem demasiado rápido, nem demasiado lento. Sempre constante e previsível, ou
seja, cada unidade de produção possui o mesmo tempo básico de duração de forma
proporcionar sincronismo. A este ritmo constante dá-se o nome de “takt”. Busca-se com isto
garantir as precedências obrigatórias e evitar conflitos ou improdutividade entre as
actividades. Se a actividade for executada em ritmo mais rápido que a sua sucessora, haverá
conflito. (Figura 4a). Esta técnica também permite identificar práticas de planeamento
danosas ao projecto. Por exemplo, a inversão do fluxo de ascendente para descendente, cria
uma folga no cronograma e um estoque de serviços acabados, que por definição é desperdício
de prazo e de custo (Figura 4 c,d). Cada pacote de trabalho cria um estoque de produto
semiacabado para o próximo pacote de trabalho. Quando os ciclos são diferentes este estoque
pode ser maior ou menor (POLITO, 2007).

Figura 4: Exemplo de análises possíveis em linhas de balanço, (POLITO, 2007).

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2.3 Vantagens e Desvantagens da Linha de Balanço
Algumas vantagens e desvantagens na programação de obras com a Linha de Balanço,
(GOMES, Julho-2010):

2.3.1 Vantagens da Linha de Balanço


 A Facilidade de transmissão das informações da programação;
 A representação, no programa, do intervalo de tempo em que cada actividade deve ser
executada em cada seção do projecto;
 Possibilidade de um planeamento prévio do consumo de materiais, mão-de-obra,
equipamentos e ferramentas, ao longo de toda a obra, em períodos semanais (mais
comuns em obras). O conhecimento do consumo semanal de alguns itens;
 A programação de entrega das unidades concluídas desde os primeiros períodos do
processo produtivo, com possibilidade de rápida comercialização das unidades e
rápido retorno do capital;
 Marca claramente, o período de mobilização e desmobilização da mão-de-obra,
facilitando a selecção de pessoal e demissão em pequenos grupos de operários ao final
da obra;
 Gera um longo patamar de estabilidade da mão-de-obra, gerando com isso, uma baixa
taxa natural de rotatividade na mão-de-obra.
 Surgimento do efeito aprendizagem.

2.3.2 Desvantagens da Linha de Balanço


 A necessidade de manter-se um eficiente departamento de compras de materiais ou
estabelecer locais para a estacagem destes, em função da utilização gradual destes
materiais previstos na programação;
 A complexidade de representação dos programas quando várias etapas ou subprojectos
do empreendimento não são repetitivos;
 A necessidade de programar-se tarefas ocasionais para o consumo da ociosidade de
mão-de-obra imposta pela programação paralela;
 A possibilidade de depredação das unidades concluídas e não ocupadas em locais
propensos a esta acção, quando existe a possibilidade de entrega parcial das unidades;
 Impõem um ritmo à obra, não permitindo antecipações no prazo final de entrega total
da obra;
 O excesso de experiência pode levar o operário a adquirir patologias psíquicas.

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2.4 Exemplo de a implantação da Via Férrea
Visto que a Linha de Balanço consiste em rectas no decorrer das actividades no dia
13/11/2006 da (Figura 5) inicia-se com a actividade de Locação, posteriormente 11/12/2006 a
Abertura e melhoria de Caminhos de serviços.

Figura 5: Projecto de Implantação da Via Férrea no início, (Adaptado de (FILIPPI, 2017)).

Figura 6: Projecto de Implantação da Via Férrea, actividades desenvolvidas em função da disponibilidade, (Adaptado de
(FILIPPI, 2017)).

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Legenda das rectas da (Figura 6), que correspondem actividades que estão sendo executadas:

A – Locação

B – Abertura e melhoria de caminhos de serviços

C – Limpeza da faixa, desmatamento e destocamento

D – Decapagem

E – Estabilização de taludes

F – Terraplanagem

G – Obras de drenagem

H – Colocação do sub-balastro

I – Colocação das travessas

J – Colocação dos carris

K – Fixação

L – Balastro

M – Soldadura e regularização das folgas

N – Socaria

O - Medição dos parâmetros geométricos

P – Verificação da capacidade se suporte da via pelo carro estabilizador

A linha de balanço também permite o acompanhamento do previsto x realizado com relativa


facilidade permitindo identificar conflitos e impactos de atrasos ou adiantamento de
actividades com facilidade (Figura 7), inclusive inferir o prazo final extrapolando o ritmo das
últimas semanas.

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Figura 7: Projecto de Implantação da Via Férrea, Acompanhamento dos Prazos (Adaptado de (FILIPPI, 2017))

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3 Conclusão
A Linha de Balanço é uma ferramenta de planeamento e controlo de actividades produtivas
que fomenta a optimização destes processos através de uma organização e apresentação mais
correcta e intuitiva das tarefas da construção. A maior facilidade de criação do planeamento,
a diminuição do risco, a optimização do programa, a melhoria a nível de controlo do projecto
e a geração de valor acrescentado são as bandeiras da Linha de Balanço.

O objectivo do balanceamento da Linha é executar todas as actividades continuamente


sem interferências.

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4 Bibliografia
FILIPPI, G. (2017). Diagrama tempo-caminho: uso de linhas de balanço para planejamento
e controle de obra. Centro de Tecnologia e Edificações.

GOMES, D. L. (Julho-2010). PLANEJAMENTO DE OBRAS UTILIZANDO A TÉCNICA DA


LINHA DE BALANÇO - UM ESTUDO DE CASO. Belém do Pará.

MONTEIRO, A., & MARTINS, J. P. (2010). LINHA DE BALANÇO, UMA NOVA


ABORDAGEM AO PLANEAMENTO E CONTROLO DAS ACTIVIDADES DA
CONSTRUÇAO.

POLITO, G. (2007). Utilização da técnica de linhas de balanço em projetos de construção.

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