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Introdução Opções:
Para o investidor que deseja atuar em um mercado de extrema volatilidade e liquidez, o
investimento em opções pode ser uma grande alternativa. As opções são um dos
investimentos mais populares entre os investidores de bolsas de valores.
O mercado de opções foi criado com o objetivo de proporcionar ao investidor um mecanismo de proteção (hedge) contra
possíveis prejuízos. Os contratos de opção controlam o risco relacionado à oscilação das cotações do mercado de ações e do
mercado futuro. Por outro lado, o investidor também pode utilizar as opções como um mecanismo de alavancagem,
aumentando o potencial de lucro de seu investimento sem aumentar o valor do capital investido. No Mercado Bovespa, o
investidor pode negociar opções de compra ou de venda de diversas ações, com um destaque especial para as opções de
ações da Petrobras (PETR4) e da Vale (VALE5). No Mercado BM&F, o investidor pode negociar opções de compra ou de
venda de moedas cambiais (dólar), de índices futuros (Ibovespa e DI) e de diversas mercadorias (boi gordo, café arábica,
milho e soja).
Atual Exercício
Série Vencimento Dias úteis
I 19/09/2016 26
Próximo Exercício
Série Vencimento Dias úteis
J 17/10/2016 54
O que são opções?
Opções são contratos adquiridos em bolsas de valores, mediante o pagamento de um valor (prêmio), que proporcionam ao seu comprador
(titular) o direito de comprar ou vender um ativo específico, por um preço (preço de exercício) e até (em) uma data (data de vencimento)
previamente determinados. Comece seus estudos sob o que é o preço de exercício de uma opção. Continue lendo...
Cotação de opções
Acesse nossa aba Opções Bovespa para ter em mãos todas as opções negociadas. Confira abaixo uma tabela resumida das duas empresas
mais líquidas do mercado Bovespa e suas opções:
PETR4 12,46 +0,48%
No momento não há opções para este ativo.
Lista completa: Opções Compra Opções Venda
VALE5 15,49 +1,24%
No momento não há opções para este ativo.
Lista completa: Opções Compra Opções Venda
O preço de exercício, também conhecido pelo termo em língua inglesa strike, é o preço do
ativo-objeto do contrato de opção: valor pago no ato do exercício da opção para aquisição do
ativo-objeto previsto em contrato.
O preço de exercício está descrito no código de negociação dos contratos de opção no Mercado Bovespa e no Mercado
BM&F. No Mercado Bovespa, o strike é representado pelos dois últimos algarismos do código de negociação. Vale ressaltar
que o código Bovespa não indica eventuais ajustes do preço de exercício em caso de juros, dividendos, subscrições,
grupamentos, bonificações, fracionamentos, reorganizações e demais proventos em dinheiro sobre a ação-objeto ou o seu
emissor.
Assim, o número descrito no código Bovespa da opção pode, eventualmente, representar o valor aproximado do real valor do preço de
exercício (strike) da opção. No Mercado BM&F, o strike é representado pelos seis últimos algarismos do código de negociação. Desta
sequência de seis algarismos, os dois últimos representam a casa dos centavos do custo de exercício do contrato de opção.
Continue lendo e descubra mais sobre o processo de Codificação das Opções
Assim, o número descrito no código Bovespa da opção pode, eventualmente, representar o valor aproximado do real valor do preço de
exercício (strike) da opção.
Exemplo: BBASA26 (opção de compra de ação do Banco do Brasil com vencimento em Janeiro e preço de exercício de R$ 26,17). Esta
diferença de R$ 0,17 entre o preço real de exercício e o valor indicado no código da opção representa algum tipo de ajuste realizado pela
CBLC (Companhia Brasileira de Liquidação e Custódia) sobre o valor de exercício do ativo-objeto.
Valor Intrínseco
O valor intrínseco é o valor imediato de uma opção em relação ao preço do ativo-objeto, independente de outros fatores como juros e tempo
restante para o vencimento do contrato. Continue lendo...
Valor Extrínseco
O valor extrínseco é a parcela do prêmio de uma opção atribuída ao risco ou ao custo de oportunidade e expectativas sobre a evolução do
ativo-objeto. Continue lendo...
2. Classificação Opções:
Uma opção do tipo européia permite ao seu titular (comprador) exercer o seu direito de
compra (opção de compra) ou de venda (opção de venda) do ativo-objeto apenas na data de
vencimento do contrato.
No dia de vencimento das opções, o investidor titular do contrato deve prestar atenção nos horários de exercício fixados pela
bolsa de valores. De uma forma geral, os contratos de opção de compra negociados na BM&F Bovespa são do tipo
americano, enquanto que os contratos de opção de venda são do tipo europeu. Assim, o titular de uma opção de venda na
BM&F Bovespa pode exercer o seu direito de vender o ativo objeto apenas na data de vencimento do contrato. Esta restrição
imposta pelo conceito de uma opção européia, no entanto, alinha-se ao principal objetivo do investidor que adquire uma
opção venda: o hedge. O objetivo do titular de uma opção de venda que exerce o seu direito é vender o ativo objeto a um
preço superior ao valor da cotação deste ativo no mercado (preço de strike > preço spot), protegendo o valor financeiro de
seu patrimônio.
Exemplo
Ao analisar o gráfico de cotações das ações preferenciais da Vale (VALE5), você identifica uma boa possibilidade do preço dessa ação
desvalorizar-se a curto ou médio prazo. No dia da execução da análise gráfica (18 de Janeiro de 2011 – terça-feira), a VALE5 fechou cotada
em R$ 44,25 no mercado à vista da Bovespa. Diante destes dados, você decide comprar 100 opções de venda VALEN42 a R$ 1,00 cada.
O que você comprou exatamente? Você investiu R$ 100,00* para ter o direito de vender 100 ações preferenciais de Vale a R$ 42,00 cada
(valor total de venda = R$ 4.200,00*) no dia do vencimento desta série de opção (21 de Fevereiro de 20111 - terceira segunda-feira do mês de
fevereiro).
Existem duas possibilidades de você lucrar com a sua VALEN42: vender as 100 opções que você adquiriu por um valor maior que R$ 1,00*; ou
exercer o seu direito de compra das 100 ações VALE5 quando esta estiver cotada a um valor inferior a R$ 41,00* (R$ 4.200,00 - R$ 100,00 =
R$ 4.100,00 ÷ 100 = R$ 41,00).
Na BM&F Bovespa, as opções de venda são do tipo europeia. Isso significa que você possui apenas o pregão do dia do vencimento da opção
de venda para que o preço à vista da vale5 esteja cotado em um valor inferior a R$ 41,00* para que você lucre com o exercício da opção.
Caso a opção de compra fosse do tipo americana, você teria 23 pregões para que a cotação da VALE5 alinhasse-se com a sua projeção de
desvalorização do ativo.
Em tempo: normalmente, o investidor que adquire opções de venda já possuem a quantidade de ativos objeto necessárias para entregar ao
vendedor (lançador) da opção na ocasião de seu exercício, utilizando estas opções como proteção contra uma desvalorização descontrolada
de seu patrimônio.
* Estes valores não levam em consideração os custos de aquisição: taxa de corretagem, taxa de liquidação, taxa de registro e ISS.
2.5 O que é uma opção at the money (ATM)?
Uma opção at the money (ATM) pode ser uma opção de compra ou de venda cujos preços
de exercício (strike) encontram-se muito próximos do valor da cotação do ativo-objeto.
Em outras palavras, podemos dizer que uma opção at the money (ATM) é uma opção com liquidez que possuí um valor
intrínseco muito baixo ou igual à zero. Há possibilidades concretas do titular de uma opção ATM exercer o seu direito de
compra ou de venda do ativo-objeto, pois o preço de negociação do ativo-objeto estabelecido em contrato é muito semelhante
ao preço de compra ou venda deste ativo no mercado. Por esta razão, o valor do prêmio pago para aquisição de uma opção
at the money não é tão baixo quanto o valor pago para aquisição de uma opção OTM, nem tão alto quanto o valor pago para
aquisição de uma opção ITM. O prêmio de uma opção ATM é composto pelo valor tempo e, eventualmente, por um valor
intrínseco baixo.
Exemplo de Opção ATM
Suponha que o ativo VALE5 esteja sendo negociado no mercado à vista por R$ 44,12. A opção de compra de VALE5 cujos preço de exercício
(strike) for muito próximo de R$ 44,12 será considerada uma opção at the money. Da mesma forma, todas as opção de venda cujo preço de
exercício (strike) for muito próximo de R$ 44,12 também será considerada opções at the money.
Caso esta situação hipotética tivesse ocorrido entre os meses de Dezembro e Janeiro, poderíamos dizer que a opção de compra VALEA44 ou
a opção de venda VALEM44 eram bons exemplos de opções at the money (ATM).
Toda opção at the money (ATM) proporciona ao seu titular um preço de negociação do ativo-objeto semelhante ao preço negociação deste
ativo no mercado. Em outras palavras, toda opção at the money não possuí valor intrínseco ou possuí um valor intrínseco muito baixo. O titular
que possui a opção de comprar uma ação VALE5 a R$ 44,00 quando todo o mercado está negociando esta ação a R$ 44,12 possuí uma
oportunidade de lucro caso a cotação de mercado se valorize até a data de vencimento do contrato. O mesmo ocorre com o titular que possui
a opção de vender uma ação VALE5 a R$ 44,00 quando todo o mercado está negociando esta ação a R$ 44,12: está opção tornar-se-á uma
boa oportunidade de lucro caso a cotação de mercado da ação VALE5 perca valor.
Toda opção ATM possui um preço de aquisição. Este preço chama-se prêmio, que nada mais é que o valor pago pelo titular (comprador) ao
lançador (vendedor) da opção. Este prêmio é composto pelo valor tempo, ou seja, o valor que o mercado considera justo para ceder a alguém
tal oportunidade ou risco. Eventualmente, este prêmio também pode ser composto por um pequeno valor intrínseco.
Veja o caso da negociação de uma opção de compra VALEA44 a R$ 0,57 (prêmio). Considerando que o valor de mercado da ação VALE5
(ativo-objeto) encontra-se em R$ 44,12, podemos concluir que tal opção possui um pequeno valor intrínseco de R$ 0,12. O resto do valor do
prêmio (R$ 0,57 - R$ 0,12 = R$ 0,45) é composto pelo valor tempo. Isso significa que o custo risco/oportunidade foi precificado pelo mercado
em R$ 0,45.
Este valor tempo e, conseqüentemente, o valor do prêmio, varia de acordo com a percepção que o mercado possui sobre quais são as
chances de quem deseja adquirir tal opção possui de lucrar com ela.
2.6 O que é uma opção in the money (ITM)?
Uma opção in the money (ITM) pode ser uma opção de compra cujo preço de exercício
(strike) encontra-se abaixo do valor da cotação do ativo-objeto, ou uma opção de venda cujo
preço de exercício (strike) encontra-se acima do valor da cotação do ativo-objeto.
Em outras palavras, podemos dizer que uma opção in the money (ITM) é uma opção com liquidez que apresenta um valor
intrínseco maior que zero. Muito provavelmente, o titular de uma opção ITM irá exercer o seu direito de compra ou de venda
do ativo-objeto, pois tal condição de negociação é muito melhor do que a compra ou venda deste ativo no mercado. Por esta
razão, o valor do prêmio pago para aquisição de uma opção in the money é muito mais alto do que o prêmio de uma opção
OTM ou ATM, cujos prêmios são compostos apenas pelo valor tempo. O prêmio de uma opção ITM é composto por seu valor
intrínseco (diferença entre o strike da opção e o preço do ativo-objeto no mercado) e pelo valor tempo.
Exemplo de Opção ITM
Suponha que o ativo VALE5 esteja sendo negociado no mercado à vista por R$ 44,67. Todas as opções de compra de VALE5 cujos preços de
exercício (strikes) forem inferiores a R$ 44,67 serão consideradas opções in the money. Da mesma forma, todas as opções de venda cujos
preços de exercício (strikes) forem superiores a R$ 44,67 também serão consideradas opções in the money.
Caso esta situação hipotética tivesse ocorrido entre os meses de Dezembro e Janeiro, poderíamos dizer que opções de compra como
VALEA42, VALEA40 e VALEA38, ou opções de venda como VALEM46, VALEM48 e VALEM50 eram bons exemplos de opções in the money
(ITM).
Toda opção in the money (ITM) proporciona ao seu titular um melhor preço de negociação do ativo-objeto quando comparado ao preço
negociado no mercado. Em outras palavras, toda opção in the money possuí valor intrínseco, o que representa sempre uma vantagem
financeira de seu portador frente aos preços de mercado. O titular que possui a opção de comprar uma ação VALE5 a R$ 40,00 quando todo o
mercado está negociando esta ação a R$ 44,67 possuí uma grande oportunidade de lucro. O mesmo ocorre com o titular que possui a opção
de vender uma ação VALE5 a R$ 50,00 quando todo o mercado está negociando esta ação a R$ 44,67.
É claro que obter esta vantagem financeira tem um preço. Este preço chama-se prêmio, que nada mais é que o valor pago pelo titular
(comprador) ao lançador (vendedor) da opção. Este prêmio é composto pelo valor intrínseco da opção, acrescido do valor tempo, ou seja,
acrescido do valor que o mercado considera justo para ceder a alguém tal oportunidade ou risco.
Veja o caso da negociação de uma opção de compra VALEA42 a R$ 2,98 (prêmio). Considerando que o valor de mercado da ação VALE5
(ativo-objeto) encontra-se em R$ 44,67, R$ 2,67 do valor do prêmio seria composto pelo valor intrínseco da opção. O restante (R$ 2,98 - R$
2,67 = R$ 0,31) seria composto pelo valor tempo. Isso significa que o custo risco/oportunidade foi precificado pelo mercado em R$ 0,31.
Este valor tempo e, consequentemente, o valor total do prêmio, variam de acordo com a percepção que o mercado possui sobre quais são as
chances de quem deseja adquirir tal opção possui de lucrar com ela. Como as opções in the money já fornecem ao seu titular grandes chances
de lucro ao exercer seu direito de negociação, o prêmio pago por este tipo de opção costuma ser elevado.
2.7 O que é uma opção out the money (OTM)?
Uma opção out the money (OTM) pode ser uma opção de compra cujo preço de exercício
(strike) encontra-se acima do valor da cotação do ativo-objeto, ou uma opção de venda cujo
preço de exercício (strike) encontra-se abaixo do valor da cotação do ativo-objeto.
Em outras palavras, podemos dizer que uma opção out the money (OTM) é uma opção com liquidez que não apresenta valor
intrínseco. Muito provavelmente, o titular de uma opção OTM não irá exercer o seu direito de compra ou de venda do ativo-
objeto, pois tal condição de negociação é muito pior do que a compra ou venda deste ativo no mercado. Por esta razão, o
valor do prêmio pago para aquisição de uma opção out the money é muito mais baixo do que o prêmio de uma opção ITM ou
ATM. O prêmio de uma opção OTM é composto apenas pelo valor tempo.
Exemplo de Opção OTM
Suponha que o ativo VALE5 esteja sendo negociado no mercado à vista por R$ 44,67. Todas as opções de compra de VALE5 cujos preços de
exercício (strikes) forem superiores a R$ 44,67 serão consideradas opções out the money. Da mesma forma, todas as opções de venda cujos
preços de exercício (strikes) forem inferiores a R$ 44,67 também serão consideradas opções out the money.
Caso esta situação hipotética tivesse ocorrido entre os meses de Dezembro e Janeiro, poderíamos dizer que opções de compra como
VALEA46, VALEA48 e VALEA50, ou opções de venda como VALEM42, VALEM40 e VALEM38 eram bons exemplos de opções out the money
(OTM).
Toda opção out the money (OTM) proporciona ao seu titular um preço de negociação do ativo-objeto ruim quando comparado ao preço
negociado no mercado. Em outras palavras, toda opção out the money não possui valor intrínseco, o que representa sempre uma
desvantagem financeira de seu portador frente aos preços de mercado. O titular que possui a opção de comprar uma ação VALE5 a R$ 48,00
quando todo o mercado está negociando esta ação a R$ 44,67 possuí uma pequena oportunidade de lucro. O mesmo ocorre com o titular que
possui a opção de vender uma ação VALE5 a R$ 40,00 quando todo o mercado está negociando esta ação a R$ 44,67.
Mesmo assim, toda aquisição de opção OTM tem seu preço. Este preço chama-se prêmio, que nada mais é que o valor pago pelo titular
(comprador) ao lançador (vendedor) da opção. Este prêmio é composto pelo valor tempo da opção, ou seja, é composto pelo valor que o
mercado considera justo para ceder a alguém tal oportunidade ou risco.
Veja o caso da negociação de uma opção de compra VALEA48 a R$ 0,07 (prêmio). Considerando que o valor de mercado da ação VALE5
(ativo-objeto) encontra-se em R$ 44,67, todo o valor do prêmio é composto pelo valor tempo da opção. Isso significa que o custo
risco/oportunidade foi precificado pelo mercado em R$ 0,07.
Este valor tempo e, consequentemente, o valor do prêmio, varia de acordo com a percepção que o mercado possui sobre quais são as
chances de quem deseja adquirir tal opção possui de lucrar com ela. Como as opções out the money dificilmente fornecem ao seu titular
chances de lucro ao exercer seu direito de negociação, o prêmio pago por este tipo de opção costuma ser reduzido.
3. Precificação das opções :
Exemplo 1
O ativo BBAS3 (ativo-objeto) está sendo negociado no mercado à vista pelo valor de R$ 24,94. Uma opção de compra deste ativo-objeto pelo
valor de R$ 24,00 (preço de strike) possui um valor intrínseco de R$ 0,94.
Percebam que para o cálculo do valor intrínseco desta opção de compra não precisamos saber qual a sua data de vencimento. O fator tempo
não é considerado para o cálculo do valor intrínseco. Considera-se apenas a vantagem imediata dessa opção para o investidor. Neste caso, a
vantagem significa um lucro de R$ 0,94 por opção de compra caso o titular exerça seu direito de exercício.
Exemplo 2
O ativo BVMF3 está sendo negociado no mercado à vista pelo valor de R$ 11,02. Uma opção de venda deste ativo (ativo-objeto) pelo valor de
R$ 12,00 (preço de strike) possui um valor intrínseco de R$ 0,98.
Percebam que para o cálculo do valor intrínseco desta opção de venda também não precisamos saber qual a sua data de vencimento. O fator
tempo não é considerado para o cálculo do valor intrínseco. Considera-se apenas a vantagem imediata dessa opção para o investidor. Neste
caso, a vantagem significa um lucro de R$ 0,98 por opção de venda caso o titular exerça seu direito de exercício.
Exemplo 3
O ativo GGBR4 está sendo negociado no mercado à vista pelo valor de R$ 15,15. Uma opção de compra deste ativo (ativo-objeto) pelo valor
de R$ 16,00 (preço de strike) possui um valor intrínseco de R$ 0,00.
Nesse caso, o exercício do direito da opção de compra não traria qualquer vantagem para o investidor, ou seja, não possui valor intrínseco. O
mesmo ocorreria se este contrato fosse uma opção de venda e o ativo-objeto estivesse sendo negociado por um valor maior que o seu preço
de exercício.
3.2 O que é o valor extrínseco de um contrato de opção?
Valor extrínseco é a parcela do prêmio de uma opção atribuída ao risco ou ao custo de
oportunidade e expectativas sobre a evolução do ativo-objeto.
Um dos fatores de risco de um contrato de opção é o grau médio de variação das cotações do ativo no mercado durante um
determinado período de tempo, ou seja, o seu grau de volatilidade. Outros fatores de risco (ou de oportunidade) são: a
tendência de valorização ou desvalorização do ativo-objeto no mercado e o tempo restante para a data de vencimento do
contrato de opção. O valor exrtínseco é subjetivo e depende da percepção do mercado quanto à possibilidade desta opção
gerar algum tipo de vantagem para o investidor.
Se as chances desta opção significar uma vantagem para o titular forem grandes, o valor extrínseco será maior. O valor extrínseco é acrescido
ao valor intrínseco da opção para compor o prêmio (preço de negociação da opção no mercado).
Janeiro A M
Fevereiro B N
Março C O
Abril D P
Maio E Q
Junho F R
Julho G S
Agosto H T
Setembro I U
Outubro J V
Novembro K W
Dezembro L X
No mercado de opções Bovespa, o dia de vencimento das opções ocorre toda terceira segunda-feira de cada mês.
Atenção
O código do mercado de opções Bovespa não indica o ano de vencimento da opção.
c) Preço de exercício (strike): preço pelo qual a ação-objeto será negociada no exercício da opção.
Exemplo: PETRI34 (opção de compra de ação da Petrobras com vencimento em Setembro e preço de exercício de R$ 34,00), VALEO48
(opção de venda de ação da Vale com vencimento em Março e preço de exercício de R$ 48,00), BBDCF26 (opção de compra de ação do
Bradesco com vencimento em Junho e preço de exercício de R$ 26,00), BVMFW14 (opção de venda de ação da BM&FBovespa com
vencimento em Novembro e preço de exercício de R$ 14,00).
Atenção
O código Bovespa não indica eventuais ajustes do preço de exercício em caso de juros, dividendos, subscrições, grupamentos, bonificações,
fracionamentos, reorganizações e demais proventos em dinheiro sobre a ação-objeto ou o seu emissor. Assim, o número descrito no código
Bovespa da opção pode, eventualmente, representar o valor aproximado do real valor do preço de exercício (strike) da opção.
4.2 A estrutura do código das opções BM&F
O código das opções negociadas no Mercado BM&F é composto por 13 (treze) caracteres.
Esta estrutura indica qual o ativo-objeto, o mês de vencimento, o ano de vencimento, o tipo
da opção e o preço de exercício.
Os três primeiros caracteres do código das opções BM&F referem-se ao ativo objeto do contrato de opção. O quarto caractere
identifica qual é o mês de vencimento deste contrato, enquanto que o quinto e o sexto caracteres indicam qual o ano de
vencimento. Veja a tabela abaixo para saber que combinação de caracteres representam o ativo-objeto, e qual letra indica o
mês de vencimento das opções negociadas no Mercado BM&F. O tipo de opção (opção de compra ou opção de venda) é
indicado pelo sétimo caractere – a letra C indica que trata-se de uma opção de compra (call), enquanto que a letra P indica
que trata-se de uma opção de venda (put). Os últimos seis dígitos representam o valor do preço de exercício da opção.
Regra da formação do código
Descrição Código
Regra AAAMNNTSSSSSS
Mês de vencimento M
Ano do vencimento NN
Tipo da operação T
Exemplo 1
Digamos que a ação do banco Bradesco esteja sendo cotada a R$ 30,00 em 1 de Agosto e a opção de venda desta ação, com preço de
exercício de R$ 26,00 e vencimento em 22 de Agosto, esteja sendo negociada a R$ 0,10 (prêmio). Opções são sempre negociadas em lotes
de 100 contratos, portanto para comprar um lote dessas opções você precisaria desembolsar R$ 10,00 (= 100 x R$ 0,10). Este valor não
considera outros custos como taxa de corretagem, taxa de registro, taxa de liquidação etc).
Após duas semanas, a ação passou a ser cotada a R$ 35,00. Como a cotação da ação afastou-se do preço de exercício da opção (R$ 26,00),
esta também se desvalorizou e passou a ser negociada a R$ 0,01. O lote de opções passou a valer R$ 1,00 (= 100 x R$ 0,01). Isso representa
um prejuízo maior que 90% em apenas 2 semanas.
Faltando poucos dias para a data de vencimento das opções de Agosto, dificilmente este cenário será revertido. Revendendo a opção de
venda no mercado, o investidor receberá R$ 1,00 contra os R$ 10,00 pagos para a sua aquisição. Se decidir aguardar por uma melhora do
cenário até o dia do vencimento das opções, correrá o risco de ver os seus contratos virarem pó, e amargar um prejuízo de R$ 10,00 – o valor
total pago pelo prêmio.
5.2 Qual o risco para quem vende uma opção?
O risco para quem vende uma opção é muito maior do que o risco de quem compra. Quem
vende uma opção busca lucrar com o valor do prêmio e espera não ser exercido pelo titular
(comprador), pois se este resolver exercer o seu direito, o vendedor tem a obrigação de
cumprir com a sua parte no acordo.
No mercado de opções, o vendedor está sempre especulando, seja vendendo uma opção de compra, seja vendendo uma
opção de venda. O vendedor aposta que o mercado seguirá determinada tendência e recebe em troca um pequeno valor de
prêmio. O problema é que em troca deste pequeno prêmio, o vendedor assume o risco de assumir uma grande obrigação. O
risco do vendedor está atrelado à negociação do ativo-objeto em uma condição de mercado contrária à sua aposta inicial. O
valor de negociação do ativo-objeto é sempre muito maior do que o valor prêmio recebido.
Exemplo
Digamos que a ação do banco Bradesco esteja sendo cotada a R$ 30,00 em 1 de Agosto e a opção de venda desta ação, com preço de
exercício de R$ 28,00 e vencimento em 22 de Agosto, esteja sendo negociada a R$ 0,80 (prêmio). Opções são sempre negociadas em lotes
de 100 contratos, portanto, ao vender um lote dessas opções você receberia R$ 80,00 (= 100 x R$ 0,80). Este valor não considera a tributação
de imposto de renda obrigatória.
Após duas semanas, a ação passou a ser cotada a R$ 26,00. Como a cotação da ação englobou o preço de exercício da opção (R$ 28,00),
esta se valorizou e passou a ser negociada a R$ 2,75. O lote de opções passou a valer R$ 275,00 (= 100 x R$ 2,75). Isso representa um
prejuízo de quase 250% em apenas 2 semanas.
Faltando poucos dias para a data de vencimento das opções de Agosto, dificilmente este cenário será revertido. Recomprando a opção de
venda no mercado, o investidor pagará R$ 275,00 contra os R$ 80,00 recebidos anteriormente. Se decidir aguardar por uma melhora do
cenário até o dia do vencimento das opções, correrá o risco de ser exercido e ter que comprar as ações de Bradesco a R$ 2.800,00 (= 100 x
R$ 28,00) quando poderia comprá-las diretamente do mercado pagando apenas R$ 2.600,00 (= 100 x R$ 26,00).
5.3 Venda à descoberto de opções
O lançamento de opções de compra à descoberto, ou seja, o recebimento de uma quantia
em dinheiro (prêmio) para assumir a obrigação de vender ações, que o investidor não possui,
é uma estratégia que envolve um elevado grau de risco.
Explicando melhor, o titular dessa opção (o investidor que pagou o prêmio para o lançador assumir a obrigação) somente vai
exercê-la se isso for interessante financeiramente para ele, ou seja, se a cotação do ativo-objeto no mercado for superior ao
preço de exercício da opção. Para o vendedor (lançador), isso significa que ele será obrigado a adquirir esses ativos no
mercado para vendê-las ao titular da opção, recebendo em troca, um valor inferior (preço de exercício) ao que pagou. A partir
do momento em que a diferença entre o preço da cotação no mercado (preço spot) e o preço de exercício for maior que o
prêmio recebido, o lançador estará incorrendo em prejuízo, que aumentará de acordo com a valorização da cotação no
mercado.
Outro aspecto a ser considerado nessa estratégia é que, durante toda a vigência de sua posição, o lançador descoberto estará obrigado a
depositar garantias para cobrir os prejuízos potenciais da operação, cujo valor é calculado diariamente.
Caso o vendedor à descoberto não tenha sido exercido pelo titular até o dia do vencimento das opções, este tem a opção de tentar recomprar
opções da mesma série que vendeu no mercado, a fim de livrar-se de tal obrigação. O problema é que as opções valorizam-se e desvalorizam-
se de forma muito mais volátil que a cotação do ativo-objeto e, em um cenário desfavorável para o vendedor descoberto (valorização da
cotação do ativo-objeto), as opções valorizar-se-iam exponencialmente.
Exemplo
Digamos que a ação da Petrobras esteja sendo cotada a R$ 24,00 em 1 de Agosto e a opção de compra desta ação, com preço de exercício
de R$ 26,00 e vencimento em 22 de Agosto, esteja sendo negociada a R$ 0,96 (prêmio). Opções são sempre negociadas em lotes de 100
contratos, portanto, ao vender um lote dessas opções você receberia R$ 96,00 (= 100 x R$ 0,96). Este valor não considera a tributação de
imposto de renda obrigatória.
Dez dias depois desta venda, a Petrobras anuncia a descoberta de um valioso poço de petróleo. Após uma semana, a ação passou a ser
cotada a R$ 34,00. Como a cotação da ação disparou, ultrapassando o preço de exercício da opção (R$ 26,00), esta também se valorizou e
passou a ser negociada a R$ 8,45. O lote de opções passou a valer R$ 845,00 (= 100 x R$ 8,45). Isso representa um prejuízo de quase
1.000% em apenas 2 semanas, contra uma valorização pouco maior de 40% da ação.
Faltando poucos dias para a data de vencimento das opções de Agosto, dificilmente este cenário será revertido. Dificilmente o titular da opção
deixará de exercer o seu direito de compra, uma vez que este poderá comprar as ações da Petrobras à R$ 26,00 e revendê-las à R$ 34,00.
Neste caso, o vendedor tem apenas duas alternativas: comprar a mesma quantidade de PETRH26 no mercado, pagando um valor muito maior
do que recebeu por vendê-las anteriormente (R$ 845,00 x R$ 96,00 = Prejuízo de R$ 749,00); ou assumir o risco de ter que vender as ações
por R$ 26,00 cada (total = R$ 2.600,00), quando o mercado está pagando R$ 34,00 por ação (total = R$ 3.400,00).
O problema do vendedor se agrava se este ainda não tiver os ativos que será obrigado a vender. Neste caso, terá que comprar os ativos no
mercado `R$ 34,00 cada, para revende-los ao titular da opção recebendo apenas R$ 26,00 por ação. Um prejuízo de R$ 704,00 (= R$
3.400,00 - R$ 2.600,00 - R$ 96,00).
6. Custos das Opções:
Tabela Bovespa
A BM&F Bovespa disponibiliza uma tabela de sugestão de valores percentuais por volumes transacionados em cada operação. Esta Tabela
Bovespa é largamente utilizada pelas corretoras de valores mobiliários.
Tabela de Corretagem Bovespa
Volume Financeiro Negociado Taxa de Corretagem
De Até % Adicional Mínimo Máximo
R$ 0,01 R$ 135,07 0,00% R$ 2,70 R$ 2,70 R$ 2,70
R$ 135,08 R$ 498,62 2,00% R$ 0,00 R$ 2,70 R$ 9,97
R$ 498,63 R$ 1.514,69 1,50% R$ 2,49 R$ 9,97 R$ 25,21
R$ 1.514,70 R$ 3.029,38 1,00% R$ 10,06 R$ 25,21 R$ 40,35
R$ 3.029,39 ∞ 0,50% R$ 25,21 R$ 40,35 ∞
Taxa Operacional Básica (TOB)
Nas operações realizadas no Mercado BM&F, a taxa de corretagem cobrada pelas corretoras de valores mobiliários é calculada com base na
Taxa Operacional Básica (TOB).
ISS
Por ser um serviço prestado pela corretora de valores mobiliários ao investidor, há a incidência de ISS (Imposto Sobre Serviço) sobre o valor
da taxa de corretagem. Este valor, normalmente, é repassado para o investidor. O valor de ISS equivale à 5% do valor total da taxa de
corretagem.
Cálculo:
ISS = Taxa de Corretagem / 0,95 - Taxa de Corretagem
Exemplo
Taxa de Corretagem = R$ 10,00
ISS = R$ 10,00 / 0,95 – R$ 10,00 = R$ 0,53
6.2 Custo das Opções: Emolumentos
Assim como qualquer outro investimento de bolsas de valores, para investir no mercado de
opções o investidor deve pagar as tarifas de emolumentos (taxas de negociação) cobradas
pela BM&F Bovespa.
O valor desta taxa de emolumentos varia de acordo com o volume financeiro total de cada transação envolvendo opções, com
o tipo de mercado e com o tipo de investidor. Por cada operação de compra ou venda de opções no Mercado Bovespa, o
investidor pessoa física paga uma taxa de negociação de 0,058% sobre o volume financeiro negociado. Em operações day
trade de compra e venda de opções Bovespa, o investidor paga emolumentos de 0,025% sobre o valor negociado em cada
operação. Pelo exercício de posições lançadas de opções no mercado à vista, o investidor paga uma taxa de negociação de
0,019% sobre o volume financeiro total negociado. No mercado de opções sobre índices, o investidor pessoa física paga
emolumentos equivalentes a 0,033% do valor total do negócio.
Imposto de
Tributação das Opções
Renda (%)
Lucro Líquido em 15%
Operações com
Opções
Exemplo
Um investidor comprou 1.000 opções PETRD24 em Março de 2010 por R$ 0,80 cada. Considerando que a corretora de valores mobiliários
escolhida pelo investidor para intermediar a operação cobre uma taxa de corretagem de R$ 10,00, o valor total investido pelo titular da opção
nesta operação foi de R$ 811,60.
Descrição da operação
R$ 800,00 (1.000 x R$ 0,80) de prêmio pago para o vendedor da opção +
R$ 10,00 de taxa de corretagem fixa +
R$ 0,526 (taxa de corretagem / 0,95 - taxa de corretagem) de ISS sobre o valor da corretagem +
R$ 0,296 (R$ 800,00 x 0,0370%) de emolumentos +
R$ 0,220 (R$ 800,00 x 0,0275%) de taxa de liquidação +
R$ 0,556 (R$ 800,00 x 0,0695%) de taxa de registro =
R$ 811,60
Em Abril de 2010, faltando alguns dias para o vencimento desta série de opções, este mesmo investidor vendeu no mercado 1.000 opções
PETRD24 por R$ 0,95 cada. Por esta operação, o investidor recebeu o valor do prêmio de R$ 938,15 já descontando todas as taxas
operacionais e o valor de percentual de imposto de renda retido na fonte.
R$ 950,00 (1.000 x R$ 0,95) de prêmio recebido do comprador da opção -
R$ 10,00 de taxa de corretagem fixa -
R$ 0,526 (taxa de corretagem / 0,95 - taxa de corretagem) de ISS sobre o valor da corretagem -
R$ 0,352 (R$ 950,00 x 0,0370%) de emolumentos -
R$ 0,261 (R$ 950,00 x 0,0275%) de taxa de liquidação -
R$ 0,660 (R$ 950,00 x 0,0695%) de taxa de registro
R$ 0,048 (R$ 950,00 x 0,0050%) de imposto de renda retido na fonte =
R$ 938,15
O ganho líquido desta operação a ser tributado no mês de Abril de 2010 foi de R$ 126,55 (= R$ 938,15 - R$ 811,60). O valor total de imposto
de renda a ser pago até o último dia útil de Maio de 2010, já descontando o valor R$ 0,05 de imposto de renda retido na fonte no dia do
recebimento do prêmio, é de R$ 18,99 (= R$ 938,20 x 15%).
7.2 Imposto de Renda nas Operações de Exercício de Opções de Compra
A alíquota de imposto de renda (IR) de 15% incide sobre o ganho auferido por titulares e/ou
lançadores durante o exercício das opções de compra.
O titular de uma opção de compra é tributado pela diferença positiva entre o valor da venda à vista do ativo na data de
exercício da opção e o preço de exercício, acrescido pelo valor do prêmio. O lançador de uma opção de compra é tributado
pela diferença positiva entre o preço de exercício da opção, acrescido do valor do prêmio, e o custo de aquisição do ativo
objeto do exercício. Não havendo encerramento ou exercício da opção de compra, o valor do prêmio constituirá ganho para o
lançador e perda para o titular, na data do vencimento da opção.
Imposto de
Tributação das Opções
Renda (%)
Lucro Líquido em 15%
Operações com
Opções
Exemplo
Em Janeiro de 2011, o investidor José adquiriu 1.000 ações preferenciais da Vale (VALE5) por R$ 40,00 cada. Considerando que a corretora
de valores mobiliários escolhida pelo investidor para intermediar a operação cobre uma taxa de corretagem de R$ 10,00, o valor total investido
por José nesta operação foi de R$ 40.024,33.
Descrição da operação
R$ 40.000,00 (1.000 x R$ 40,00) pela compra das ações VALE5 +
R$ 10,00 de taxa de corretagem fixa +
R$ 0,526 (taxa de corretagem / 0,95 - taxa de corretagem) de ISS sobre o valor da corretagem +
R$ 2,80 (R$ 40.000,00 x 0,0070%) de emolumentos +
R$ 11,00 (R$ 40.000,00 x 0,0275%) de taxa de liquidação =
R$ 40.024,33
Em Fevereiro de 2011, decidido a obter um ganho extra para remunerar o seu investimento, José decidiu lançar 1.000 opções de compra
VALED44. Por esta operação de lançamento de opções out the money, José recebeu do investidor Bruno R$ 0,95 por opção.
O valor total recebido por José (o lançador da opção de compra), já incluindo todos os custos operacionais e o imposto de renda retido na fonte
foi de R$ 938,15
R$ 950,00 (1.000 x R$ 0,95) de prêmio recebido do vendedor da opção -
R$ 10,00 de taxa de corretagem fixa -
R$ 0,526 (taxa de corretagem / 0,95 - taxa de corretagem) de ISS sobre o valor da corretagem -
R$ 0,352 (R$ 950,00 x 0,0370%) de emolumentos -
R$ 0,261 (R$ 950,00 x 0,0275%) de taxa de liquidação -
R$ 0,660 (R$ 950,00 x 0,0695%) de taxa de registro -
R$ 0,048 (R$ 950,00 x 0,0050%) de imposto de renda retido na fonte =
R$ 938,15
O investidor José deverá pagar imposto de renda sobre este ganho auferido no mês de Fevereiro de 2011. O valor de R$ 140,73 (= 938,20 x
15%), já descontado o imposto de renda retido na fonte (R$ 0,05), deverá ser pago até o último dia útil do mês de Março. Este valor deverá ser
consultado no cálculo de imposto de renda pago por José caso esta opção de compra seja exercida pelo investidor Bruno.
O valor total pago por Bruno (o titular da opção de compra), já incluindo todos os custos operacionais e o imposto de renda retido na fonte foi
de R$ 961,55.
R$ 950,00 (1.000 x R$ 0,95) de prêmio pago pelo comprador da opção +
R$ 10,00 de taxa de corretagem fixa +
R$ 0,526 (taxa de corretagem / 0,95 - taxa de corretagem) de ISS sobre o valor da corretagem +
R$ 0,352 (R$ 950,00 x 0,0370%) de emolumentos +
R$ 0,261 (R$ 950,00 x 0,0275%) de taxa de liquidação +
R$ 0,660 (R$ 950,00 x 0,0695%) de taxa de registro +
R$ 0,048 (R$ 950,00 x 0,0050%) de imposto de renda retido na fonte =
R$ 961,55
Na terceira Segunda-Feira de Abril de 2011 – dia do vencimento das opções –, a ação VALE5 estava sendo cotada à R$ 46,00.
Caso o investidor Bruno decidisse exercer o seu direito de compra, entraria em contato com a mesa de operações de sua corretora para enviar
esta ordem de compra pelo preço de exercício (R$ 44,00). Normalmente, as corretoras cobram o valor da Tabela Bovespa sobre este tipo de
operação, pagando um total de R$ 44.269,12 para adquirir as 1.000 ações de VALE5 que serão vendidas logo em seguida através do Home
Broker da corretora.
R$ 44.000,00 (1.000 x R$ 44,00) pago pelo comprador ao vendedor pelo exercício da opção +
R$ 245,21 (R$ 25,21 + R$ 44.000,00 x 0,50%) de taxa de corretagem +
R$ 12,91 (taxa de corretagem / 0,95 - taxa de corretagem) de ISS sobre o valor da corretagem +
R$ 3,08 (R$ 44.000,00 x 0,0070%) de emolumentos +
R$ 7,92 (R$ 44.000,00 x 0,0180%) de taxa de liquidação =
R$ 44.269,12
Logo em seguida, o investidor Bruno vende suas ações VALE5 recém-adquiridas por R$ 46,00 cada, em uma operação day-trade, recebendo
um valor total de R$
R$ 46.000,00 (1.000 x R$ 46,00) -
R$ 10,00 de taxa de corretagem fixa -
R$ 0,526 (taxa de corretagem / 0,95 - taxa de corretagem) de ISS sobre o valor da corretagem -
R$ 3,22 (R$ 46.000,00 x 0,0070%) de emolumentos -
R$ 8,28 (R$ 46.000,00 x 0,0180%) de taxa de liquidação -
R$ 2,30 (R$ 46.000,00 x 0,0050%) de imposto de renda retido na fonte em operações de venda de ações no
mercado a vista -
R$ 20,00 (R$ 2.000,00 x 1,00%) de imposto de renda retido na fonte sobre ganhos em operações day-trade =
R$ 45.957,93
O ganho líquido do investidor Bruno, o titular da opção de compra, foi de R$ 727,26 (= R$ 45.957,93 - R$ 44.269,12 - R$ 961,55). Já
considerando o valor total de imposto de renda retido na fonte, o investidor deverá pagar até o último dia útil do mês de Maio de 2011 o valor
total de R$ 112,44 (R$ 749,61 x 15%) em imposto de renda.
O investidor José, lançador da opção de compra, recebeu do investidor no ato do exercício, um valor total de R$ 43.728,68. Normalmente, as
corretoras cobram o valor da Tabela Bovespa sobre este tipo de operação.
R$ 44.000,00 (1.000 x R$ 44,00) recebido pelo vendedor do comprador em virtude do exercício da opção -
R$ 245,21 (R$ 25,21 + R$ 44.000,00 x 0,50%) de taxa de corretagem -
R$ 12,91 (taxa de corretagem / 0,95 - taxa de corretagem) de ISS sobre o valor da corretagem -
R$ 3,08 (R$ 44.000,00 x 0,0070%) de emolumentos -
R$ 7,92 (R$ 44.000,00 x 0,0180%) de taxa de liquidação -
R$ 2,20 (R$ 44.000,00 x 0,0050%) de imposto de renda retido na fonte em operações de venda de ações no
mercado a vista =
R$ 43.728,68
O ganho líquido do investidor José, o lançador da opção de compra, foi de R$ 4.642,50 (= R$ 43.728,68 - R$ 40.024,33 + R$ 938,15). Já
considerando o valor total de imposto de renda retido na fonte e o valor de imposto pago anteriormente referente ao prêmio, o investidor
deverá pagar até o último dia útil do mês de Maio de 2011 o valor total de R$ 555,98 (R$ 4.644,75 x 15% - R$ 140,73) em imposto de renda.
Caso o investidor Bruno decidisse NÃO exercer o seu direito de compra, o valor pago referente ao prêmio poderia ser utilizado para
compensação de lucros futuros no mercado a vista, de opções, futuro e a termo.
7.3 Imposto de Renda nas Operações de Exercício de Opções de Venda
A alíquota de imposto de renda (IR) de 15% incide sobre o ganho auferido por titulares e/ou
lançadores durante o exercício das opções de venda.
O titular de uma opção de venda é tributado pela diferença positiva entre o preço de exercício da opção e o valor da compra à
vista do ativo, acrescido do valor do prêmio. O lançador da opção de venda é tributado pela diferença positiva entre o preço
da venda à vista do ativo na data do exercício da opção, acrescido do valor do prêmio, e o preço de exercício da opção. Não
havendo encerramento ou exercício da opção de venda, o valor do prêmio constituirá ganho para o lançador e perda para o
titular, na data do vencimento da opção.
Imposto de
Tributação das Opções
Renda (%)
Lucro Líquido em 15%
Operações com
Opções
Exemplo
Em Janeiro de 2011, o investidor José adquiriu 1.000 ações preferenciais da Vale (VALE5) por R$ 40,00 cada. Considerando que a corretora
de valores mobiliários escolhida pelo investidor para intermediar a operação cobre uma taxa de corretagem de R$ 10,00, o valor total investido
por José nesta operação foi de R$ 40.024,33.
Descrição da operação
R$ 40.000,00 (1.000 x R$ 40,00) pela compra das ações VALE5 +
R$ 10,00 de taxa de corretagem fixa +
R$ 0,526 (taxa de corretagem / 0,95 - taxa de corretagem) de ISS sobre o valor da corretagem +
R$ 2,80 (R$ 40.000,00 x 0,0070%) de emolumentos +
R$ 11,00 (R$ 40.000,00 x 0,0275%) de taxa de liquidação =
R$ 40.024,33
Em Fevereiro de 2011, preocupado com uma eventual crise de mercado que pudesse afetar o valor de seu patrimônio, José decidiu comprar
1.000 opções de venda VALED42. Por esta operação, José pagou ao investidor Bruno R$ 2,50 por opção.
O valor total pago por José (o titular da opção de venda), já incluindo todos os custos operacionais e o imposto de renda retido na fonte foi de
R$ 2.514,00.
R$ 2.500,00 (1.000 x R$ 2,50) de prêmio pago pelo comprador da opção +
R$ 10,00 de taxa de corretagem fixa +
R$ 0,526 (taxa de corretagem / 0,95 - taxa de corretagem) de ISS sobre o valor da corretagem +
R$ 0,925 (R$ 2.500,00 x 0,0370%) de emolumentos +
R$ 0,688 (R$ 2.500,00 x 0,0275%) de taxa de liquidação +
R$ 1,738 (R$ 2.500,00 x 0,0695%) de taxa de registro +
R$ 0,125 (R$ 2.500,00 x 0,0050%) de imposto de renda retido na fonte =
R$ 2.514,00
O valor total recebido por Bruno (o lançador da opção de venda), já incluindo todos os custos operacionais e o imposto de renda retido na fonte
foi de R$ 2.486,00.
R$ 2.500,00 (1.000 x R$ 2,50) de prêmio recebido pelo lançador da opção -
R$ 10,00 de taxa de corretagem fixa -
R$ 0,526 (taxa de corretagem / 0,95 - taxa de corretagem) de ISS sobre o valor da corretagem -
R$ 0,925 (R$ 2.500,00 x 0,0370%) de emolumentos -
R$ 0,688 (R$ 2.500,00 x 0,0275%) de taxa de liquidação -
R$ 1,738 (R$ 2.500,00 x 0,0695%) de taxa de registro -
R$ 0,125 (R$ 2.500,00 x 0,0050%) de imposto de renda retido na fonte =
R$ 2.486,00
O investidor Bruno deverá pagar imposto de renda sobre este ganho auferido no mês de Fevereiro de 2011. O valor de R$ 371,92 (= 2.486,13
x 15%), já descontado o imposto de renda retido na fonte (R$ 0,13), deverá ser pago até o último dia útil do mês de Março. Este valor deverá
ser consultado no cálculo de imposto de renda pago por Bruno caso esta opção de venda seja exercida pelo investidor José.
Na terceira Segunda-Feira de Abril de 2011 – dia do vencimento das opções –, a ação VALE5 estava sendo cotada à R$ 41,00.
Caso o investidor José decidisse exercer o seu direito de venda, entraria em contato com a mesa de operações de sua corretora para enviar
esta ordem de venda pelo preço de exercício (R$ 42,00). Normalmente, as corretoras cobram o valor da Tabela Bovespa sobre este tipo de
operação. O investidor José recebeu um total de R$ 44.269,12 para vender as 1.000 ações de VALE5.
R$ 42.000,00 (1.000 x R$ 42,00) recebido pelo comprador do vendedor da opção -
R$ 235,21 (R$ 25,21 + R$ 42.000,00 x 0,50%) de taxa de corretagem -
R$ 12,938 (taxa de corretagem / 0,95 - taxa de corretagem) de ISS sobre o valor da corretagem -
R$ 2,94 (R$ 42.000,00 x 0,0070%) de emolumentos -
R$ 7,56 (R$ 42.000,00 x 0,0180%) de taxa de liquidação -
R$ 2,10 (R$ 42.000,00 x 0,0050%) de imposto de renda retido na fonte em operações de venda de ações no
mercado a vista =
R$ 41.739,25
Este valor foi superior ao valor pago por José para adquirir as ações de VALE5 em Janeiro, caracterizando uma operação lucrativa. Entretanto,
José tem que levar em consideração o valor pago de prêmio pela aquisição das opções de venda. O resultado de toda operação foi um
prejuízo de R$ 797,11 (= R$ 41.741,35 - R$ 40.024,33 - R$ 2.514,13), já considerando o valor de imposto de renda retido na fonte. Neste caso,
não houve tributação de imposto de renda sobre a operação do titular das opções de venda, fazendo com que este valor possa ser utilizado
para descontos posteriores de eventuais lucros no mercado a vista, de opções, futuro ou a termo.
O investidor Bruno, que foi obrigado a comprar as 1.000 ações VALE5 do investidor José por R$ 42,00 cada, desembolsou um valor total de
R$ 42.258,65
R$ 42.000,00 (1.000 x R$ 42,00) pago pelo vendedor ao comprador da opção +
R$ 235,21 (R$ 25,21 + R$ 42.000,00 x 0,50%) de taxa de corretagem +
R$ 12,938 (taxa de corretagem / 0,95 - taxa de corretagem) de ISS sobre o valor da corretagem +
R$ 2,94 (R$ 42.000,00 x 0,0070%) de emolumentos +
R$ 7,56 (R$ 42.000,00 x 0,0180%) de taxa de liquidação =
R$ 42.258,65
Caso o investidor José decidisse NÃO exercer o seu direito de venda, o valor pago referente ao prêmio poderia ser utilizado para
compensação de lucros futuros no mercado a vista, de opções, futuro e a termo.
Fonte: http://br.advfn.com/opcoes/bovespa
Glossário Geral:
Opção = Direito.
Prêmio da Opção = valor pelo qual vendedores e compradores negociam as opções no pregão.
Opção ITM = CALL com strike inferior ao preço da ação, ou PUT com strike superior ao preço da
ação.
Opção OTM = CALL com strike superior ao preço da ação, ou PUT com strike inferior ao preço
da ação
Opção ATM = CALL ou PUT com strike igual ou muito próximo ao preço da ação.
Valor Intrínseco (VI) = porção do prêmio “dentro do dinheiro”. Valor de ajuste entre o strike da
opção e o preço da ação. Somente prêmios das opções ITM têm Valor Intrínseco. Exemplo:
Preço da ação: R$20,00. Strike da Opção: R$19,00. Prêmio da opção: R$1,26 (valor fictício). VI =
R$1,00 (R$20,00 – R$19,00).
Valor Extrínseco (VE) = Valor de Expectativa arbitrado pelo vendedor pelo risco de “ser
exercido”. É a porção do prêmio “fora do dinheiro”. No exemplo acima, temos Valor Intrínseco
R$1, mas a opção é negociada a R$1,26. A diferença (R$0,26) é o VE. Quanto maior o VE, maior a
expectativa (incerteza de exercício). Opções ATM têm VE elevadíssimo, uma vez que, devido às
variações de preço da ação, passam de ITM a OTM (e vice-versa) a todo o momento. São as
opções com VE máximo e são as que têm maior incerteza. O VE tende a diminuir em opções
mais ITM e mais OTM. Quanto mais ITM, maior será a certeza de exercício. Quanto mais OTM,
maior será a certeza de “não exercício”. Quanto maior a certeza, menor expectativa. Logo,
menor VE. O prêmio das opções OTM são VE puro.
VALEK14 -> ação: VALE5; Vencimento: novembro (K); Tipo: CALL; Strike: R$13,62;
VALEW14 -> ação: VALE5; Vencimento: novembro (W); Tipo: PUT; Strike: R$13,62;
- Preço da ação superior a R$13,62 – VALEK14 dá exercício, ou seja, o comprador da opção tem
o direito de comprar VALE5 por R$13,62 não importando o preço no mercado à vista. O
lançador da opção (o vendedor) será obrigado a vender. VALEW14 não dá exercício, pois seu
comprador não tem qualquer vantagem em vender ações por R$13,62 estando o preço mais
alto no mercado à vista. Nesse caso, o comprador perde todo o dinheiro gasto para comprar
as opções, ao passo que o vendedor fica com o prêmio recebido;
- Preço da ação inferior a R$13,62 – VALEK14 não dá exercício, ou seja, não vale mais nada. Não
há qualquer vantagem para o comprador exercer seu direito e comprar ações a R$13,62
estando o preço da ação abaixo desse valor e, por esse motivo, o comprador perde o dinheiro
pago para comprar as opções. Nesse caso, o vendedor fica com o prêmio recebido. VALEW14
dá exercício e o comprador tem o direito de vender VALE5 por R$13,62. O lançador (vendedor)
é obrigado a comprar por esse valor, mesmo que o preço da ação esteja abaixo no mercado à
vista;
- Preço da ação igual a R$13,62 – situação pouco provável de acontecer, mas quando acontece,
normalmente tanto VALEK14 quanto VALEW14 dão exercício. Essa decisão fica a cargo do
comprador.
Para maiores informações sobre códigos, strikes e datas de vencimento, consulte o site da
BOVESPA emhttp://www.bmfbovespa.com.br/opcoes/opcoes.aspx?Idioma=pt-br
Artigo1:
Volatilidade:
Dos 5 fatores que influenciam o prêmio de uma opção – strike da opção, preço da ação
subjacente, taxa de juros, tempo para o vencimento e volatilidade – talvez o mais complexo de
intuir seja a volatilidade.
O entendimento dessa medida depende do conhecimento básico de estatística, uma vez que se
trata da inferência de uma importante medida, conhecida como “Desvio Padrão”. Sem entrar nos
pormenores da matéria, o desvio padrão determina uma distância aceitável de uma determinada
média. Por exemplo, a média de altura da população de uma cidade qualquer é de 1,70m. O
desvio padrão nos ajuda a identificar a faixa de altura que aceitaremos como “dentro da média”.
Supondo-se um desvio padrão de 0,05m, pessoas com altura entre 1,65m e 1,75m serão
consideradas “dentro da média”.
Mas, como se chega a essa conclusão? O cálculo do desvio padrão leva em conta justamente o
maior número de pessoas com a mesma altura. Numa população de 10.000 pessoas, podemos
inferir que grande parte dela estará “dentro da média”, ou seja, dentro da faixa de altura
calculada. Ao medirmos a altura de uma pessoa qualquer, tomada aleatoriamente, a
probabilidade de termos uma altura entre 1,65m e 1,75m será bem maior do que uma pessoa
com 1,90m ou 1,55m. Dados como esses são importantes para determinação da altura na
construção de mesas e cadeiras, por exemplo. Um desvio padrão maior indicará uma variedade
de alturas maior na população, dificultando a obtenção desses padrões.
Nos próximos artigos, tentaremos entender como o mercado “precifica” o risco usando o desvio
padrão.
Artigo2:
Como já se sabe, uma opção sobre ações consiste no direito de comprar ou vender ações (ativo-
objeto) a um preço determinado – strike da opção. Sabe-se também que há dois tipos de opções:
as CALLs (opções de compra), onde o comprador tem o direito de comprar ações –exercer
seu direito –, obrigando o vendedor a vendê-las pelo strike da opção; e as PUTs (opções de
venda), onde o comprador tem o direitode vender ações – exercer seu direito –, obrigando o
vendedor a compra-las pelo strike da opção. Sabe-se ainda que todas as opções têm uma data
de vencimento e, em relação a isso, há dois tipos de opções: as europeias, onde o exercício só
pode acontecer no dia do vencimento da opção; e as americanas, onde o exercício pode
acontecer a qualquer momento, bastando que o comprador assim deseje.
Diante desses conceitos, fica claro onde está o risco: no exercício. Analisemos o quadro abaixo:
Observando-se o quadro acima, pode-se afirmar que o vendedor de opções corre sempre um
risco maior, ao passo que o comprador de opções tem seu risco limitado ao que gastou para
compra-las. E por quê? Como exemplo, vamos imaginar um vendedor de opção americana de
strike R$10,00 e, de repente, o preço da ação dispara a mais de R$12,00! O vendedor terá que
correr para comprar as ações, pois pode ser exercido a qualquer momento, ou então, zerar sua
posição, recomprando a mesma quantidade de opções vendidas. Na primeira hipótese, comprará
as ações por R$12 e, em caso de exercício, as venderá por R$10, assumindo um prejuízo de
R$2,00 por ação. Esse prejuízo pode ser ainda maior se a alta for explosiva. Na segunda
hipótese, o prejuízo será na casa de R$2 por ação da mesma forma, pois a opção torna-se ITM (In
The Money) e custará, no mínimo, a diferença entre o preço da ação e o strike. A venda de CALLs
americanas (sem ter o ativo-objeto em carteira) é operação de altíssimo risco, onde o risco é
ilimitado. Normalmente, as corretoras só permitem que grandes investidores – os declarados
“qualificados” – montem posições de venda a descoberto.
1. Preço da ação
2. Strike da opção
"Uma equação algébrica é uma relação entre quantidades; uma equação diferencial é uma
relação entre variações de quantidades. Ela nada diz sobre o valor de uma certa grandeza em
função de outras grandezas; o único esclarecimento que ela dá é qual a variação podemos
Mais um exercício de especulação: estando a ação a R$10, qual das calls – ambas de strike
R$11,00 – tem maior probabilidade de exercício, a que vence em 20 dias ou a que vence em 65
dias? Embora seja um pouco mais difícil de intuir, ainda é bem claro que a call com prazo maior
tem maior probabilidade de exercício. Por quê? No primeiro caso, temos apenas 20 dias para que
o preço da ação suba mais de 10% para que haja exercício; no segundo caso, temos 61 dias, ou
seja, muito tempo para o mercado “se movimentar” e o preço da ação pode, facilmente, superar
os R$11,00 até o vencimento.
Como exercício final de especulação, vamos imaginar duas ações distintas com a mesma
cotação (R$10,00), sendo uma com volatilidade histórica de 20% e outra com volatilidade
histórica de 50%, ambas com calls de strike R$11,00 e vencimento em 20 dias. Qual opção tem
maior probabilidade de exercício se ambas têm o mesmo prazo de vencimento, mesmo strike e
mesma diferença distância da ação? Embora não seja tão evidente, é possível especular que a
call da ação com maior volatilidade histórica tem maior probabilidade de exercício, uma vez que
as oscilações de preço do passado podem apontar para uma alta repentina no curto prazo. As
chances desse tipo de movimentação acontecer em ações com volatilidade histórica mais baixa
são menores, embora seja plenamente possível – lembrando que lidamos com movimentos
passados, não sendo possível qualquer previsão futura.
Esses são os três fatores para o cálculo da probabilidade de exercício e veremos a seguir que
essa probabilidade é o pilar central para a precificação da expectativa.
Nos exercícios de especulação que fizemos acima, lidamos com calls OTM (fora do dinheiro), ou
seja, os strikes das opções estão acima do preço da ação. Dessa forma, faz mais sentido
falarmos de probabilidade de “não exercício”, partindo do pressuposto de que o preço da ação
pode “andar de lado”. Ao unirmos a distância entre o preço da ação e o strike com o prazo para
vencimento, podemos concluir facilmente que, em caso de mercado consolidado, as
probabilidades de exercício das opções OTM vão se tornando, a cada dia, menores. Em outras
palavras, a cada dia que passa, vai tendo-se uma certeza cada vez maior de que não haverá
exercício das calls OTM. E onde há certezas maiores, menores serão as expectativas. Em um
mercado “em consolidação”, quanto mais OTM for a call, maiores serão as certezas de que não
haverá exercício; menores serão as expectativas.
Ao invertermos nossa especulação, ou seja, estando a ação a R$10, qual call terá maior
probabilidade de exercício, a de strike R$8,00 ou de strike R$9,00? Nesse cenário, estamos
lidando com calls ITM e, por isso, faz mais sentido falarmos de probabilidade de exercício,
partindo do mesmo pressuposto de que o preço da ação pode “andar de lado”. A cada dia que
passa, fica mais evidente que haverá exercício para as calls ITM e a recíproca é verdadeira:
quanto mais ITM, maiores serão as certezas; menores serão as expectativas.
Se em um mercado “em consolidação” temos opções ITM com maiores certezas de exercício e
opções OTM com maiores certezas de não exercício, o que podemos dizer das opções ATM?
Expectativa máxima! Só é possível saber se haverá exercício de uma opção ATM no próprio dia
de vencimento. Opções ATM têm probabilidade de exercício muito próxima a 50% e são um
verdadeiro jogo de “cara e coroa”. Abaixo, o gráfico da expectativa em relação ao strike da
opção.
Artigo 3:
Entendendo o VE:
A arbitragem do prêmio de uma opção não é aleatório ou, como o próprio nome poderia sugerir,
arbitrário. Como visto nos artigos anteriores, são quatro os fatores que influenciam no prêmio de
uma opção:
Ainda é acrescido às opções ITM (dentro do dinheiro) o valor intrínseco (VI), que é a parcela de
ajuste entre o strike da opção e o preço da ação. Em outras palavras, estando a ação negociada
a R$10,00 quanto é justo pagar por um direito de compra-la por R$8,00?
O mercado de opções é auto regulável onde, associados ao risco baixo estarão um preço alto de
compra (diminuindo o lucro) e poucas chances de ganhos – caso da compra de opções a seco.
Há, entretanto, uma forma de minimizar esse efeito ao comprar opções mais ITM, tirando
proveito do pouco VE. No caso de compra de CALLs, além de alta forte do preço da ação, é
possível sair vencedor com um movimento de alta normal, além de sair no “zero a zero”, caso o
preço da ação não suba. A vantagem da compra a seco de opções é o risco limitado, como já
mencionado acima: está limitado ao valor pago pela compra das opções.
Avaliando esses fatores, o operador tem condições de controlar melhor o risco assumido e ainda
aumentar suas chances de ganho, mas mesmo assim, pode optar por comprar opções a seco,
apostando num movimento mais forte dos preços – especulação. Nesse caso, os ganhos são
consideráveis e compensam o risco, podendo chegar a belas somas em dinheiro. Não há nada de
errado nisso, desde que tenha-se plena consciência dos riscos e que haja uma ótima gestão de
risco, já sabendo que as chances de perda são muito maiores.
Trava de Baixa com CALLs, Trava de Alta com PUTs, Short Iron Condor e operações de TAXA e
Financiamento são exemplos de operações onde se está vendido em VE (e ainda recebemos um
dinheiro do mercado), mas isso é assunto para os próximos artigos.
Tipos de Operações:
[Operação] VACA:
É para quem pretende ter lucro quando o mercado não fizer um movimento intenso, para mercados pouco voláteis. Pode-se
levar a operação até a sexta-feira anterior ao vencimento.
É a compra de uma opção e a venda em maior quantidade de uma opção de strike maior, travando com a compra de
outra opção de strike mais alto
Ex:
Compra de PetrK34 +1000
Venda de PetrK38 -3000
Compra de PetrK42 +2000
[VACA ITM - In The Money]
Mais barata de montar, mas maior risco de ser exercida. Se o mercado cair, pode ter lucro.
[VACA ATM - At The Money]
A mais utilizada, mais cara que a ITM, mas ganha se o mercado ficar onde está e aguenta até um pouco de alta.
[VACA OTM - Out of The Money]
Pouco eficiente, tem que pagar para montar e necessita de alta para ter lucro, é melhor fazer outro tipo de operação.
[OBSERVAÇÃO]
É importante estar sempre vendido em bom valor extrínseco (VE), no mínimo, maior do que a soma de delta e gama da opção.
Procurar o maior ou o segundo maior valor extrínseco dentre uma série de opções.
[Gama - Movimento]
É a taxa de variação do Delta.
É quanto o Delta irá variar para cada variação de R$ 1 no preço da ação.
É maior nas opções ATM, no dinheiro, que são as que sofrem maiores variações percentuais por R$ 1 de variação da ação. É
pequeno nas ITM(In The Money) e nas OTM(Out of The Money).
A variação percentual do preço da opção para o movimento de R$ 1 da ação = (Delta + Gama)/Preço da opção.
[Theta - Tempo]
É o que caracteriza as opções: a expectativa da opção decai com o passar do tempo.
É a taxa em que o prêmio da opção decai por dia, expresso em centavos.
O Theta será maior nas opções com maior Valor Extrínseco(VE), pois a opção perde valor extrínseco com a passagem do
tempo.
[Vega - Volatilidade]
É a variação no prêmio da opção que resulta de uma mudança na Volatilidade do Ativo, ou o quanto a opção varia em centavos
para determinada variação da Volatilidade Histórica(VH) da ação.
É maior nas opções no dinheiro(ATM).
Para cada 1% de variação na Volatilidade Histórica, a opção irá variar x centavos.
Quanto maior a Volatilidade Histórica maior será o prêmio da opção.
[Rho - Juros]
É o efeito das variações das taxas de juros nos preços das opções.
É pouco utilizado.