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Instituto Superior de Ciências e Educação à Distância

CENTRO DE RECURSOS DE CHIMOIO


2º ano 2020

1. O estudante:

Nome: . Ana Assucena de Alma Alegria Laquene Majenje

Curso: Administração Pública Código do Estudante: 51190211

Ano de Frequência: 2o ANO/2020

2. O trabalho
Trabalho de: Microeconomia Código da Disciplina:

Tutor: MSC João Adelino Joãao Nº de Páginas: 10

Data da Entrega: 15 de Abril de 2020


Registo de Recepção por:

3. A correcção:

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4. Feedback do Tutor:
Índice
1.Introdução .................................................................................................................................................. 1
1.1.Objectivos ............................................................................................................................................... 1
1.1.1.Objectivo Geral .................................................................................................................................... 1
1.1.2.Objectivos específicos ......................................................................................................................... 1
1.2.Metodologia ............................................................................................................................................ 1
2.Importância do estudo da Microeconomia na realidade moçambicana ..................................................... 2
2.1.Conceitualização da economia ................................................................................................................ 2
2.2.Definição da microeconomia .................................................................................................................. 2
3.Importância do estudo da Microeconomia na realidade moçambicana ..................................................... 4
3.1.Economia moçambicana ......................................................................................................................... 4
Conclusão...................................................................................................................................................... 7
Referências bibliográficas ............................................................................................................................. 8
1.Introdução
A economia moçambicana nas últimas décadas caracteriza-se por um elevado nível de
crescimento económico, dinamizado pela introdução de recursos externos em forma de
investimento directo estrangeiro e Grandes Projectos. Este facto é acompanhado pela
manutenção e reprodução do poder de um aparelho do Estado com altos níveis de corrupção e
fraca capacidade institucional.

Deste modo, a evolução das diferentes variáveis macroeconómicas nos últimos anos, continuou a
aprofundar a estrutura característica de economias subdesenvolvidas com o surgimento de elites
políticas, assemelhando-se a abordagem dos marxistas quando se referem ao aparelho repressivo
do Estado.

Neste presente trabalho, far-se-á um link entre a importância do estudo da microeconomia e a


realidade moçambicana, com vista a verificar a importância desta para entender o
desenvolvimento microeconómico de Moçambique.

1.1.Objectivos

1.1.1.Objectivo Geral
• Conhecer a importância do estudo da Microeconomia;

1.1.2.Objectivos específicos
• Ilustrar a forma de actuação da microeconomia;
• Desenvolver o impacto da microeconomia para a sociedade;
• Caracterizar a microeconomia.

1.2.Metodologia
Para a elaboração do presente trabalho, recorremos às pesquisas bibliográficas.

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2.Importância do estudo da Microeconomia na realidade moçambicana

2.1.Conceitualização da economia

A economia surge do confronto de duas realidades: Necessidades humanas ilimitadas e Recursos


finitos. As necessidades do ser humano são ilimitadas. A satisfação das necessidades pressupõe o
uso de bens e serviços, BRITO (2009).

A produção destes bens e serviços requer a utilização de recursos que existem em quantidade
finita ou limitada. São de três tipos os recursos existentes numa economia:

1. Natural – é o caso da terra, sol, ar, água, minerais (ouro, prata, urânio, mercúrio, cobre, ferro,
etc.), petróleo, entre outros.

2. Humanos – trabalho, mão-de-obra. Pode ser trabalho especializado ou indiferenciado.

3. Capital – meios de produção, como máquinas, equipamentos, instalações, tecnologia, etc.

A Economia usa práticas cujo objectivo final é contribuir para o bem-estar do Homem, enquanto
ser social, através da construção de soluções que conduzam à satisfação das suas necessidades,
ao crescimento e, consequentemente, ao desenvolvimento nas suas vertentes económica, social e
humana, através de uma maior equidade na distribuição dos bens e recursos, DADÁ (2014).

2.2.Definição da microeconomia

Ao contrário da macroeconomia, que estuda a economia como um tema amplo, a microeconomia


foca sua área de estudos no micro cenário, analisando indivíduos.

A Microeconomia trata das escolhas dos indivíduos quanto à afectação dos recursos escassos que
têm disponíveis, a afectação das coisas. Assim, estuda os fundamentos das escolhas económicas

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de cada indivíduo e a sua evolução com a alteração dos preços das coisas. Além de considerar os
indivíduos, a Microeconomia pode ainda considerar um certo nível de agregação, DADÁ (2014).

A microeconomia ou teoria dos preços analisa a formação de preços no mercado, isto é, como a
empresa e o consumidor se interagem e decidem o preço e a quantidade de um produto ou
serviço. Estuda o funcionamento da oferta e da demanda (procura) na formação do preço.

Para BRUNA (2017),

A Microeconomia é considerada a base da moderna teoria económica, estudando suas relações


fundamentais. = As famílias são consideradas fornecedores de trabalho e capital, demandantes de
bens de consumo. As firmas são consideradas demandantes de trabalho e factores de produção e
fornecedoras de produtos. Os consumidores maximizam a utilidade a partir de um orçamento
determinado. As firmas maximizam lucro a partir de custos e receitas possíveis. A microeconomia
procura analisar o mercado e outros tipos de mecanismos que estabelecem preços relativos entre
os produtos e serviços, alocando de modos alternativos os recursos dos quais dispõe determinados
indivíduos organizados numa sociedade.

A microeconomia se preocupa em explicar como é fixado o preço e seus factores de produção.


Divide-se em:

• Teoria do Consumidor: Estuda a preferência do consumidor analisando seu


comportamento, suas escolhas, as restrições quanto a valores e a demanda de mercado;
• Teoria de Empresa: Estuda a reunião do capital e do trabalho de uma empresa a fim de
produzir produtos conforme a demanda do mercado e a oferta dos consumidores
dispostos a consumi-los.
• Teoria d produção: estuda o processo de transformação de matéria-prima adquirida pela
empresa em produtos específicos para a venda no mercado. Estuda as relações entre as
variações dos factores de produção e suas consequências no produto final. Determina as
curvas de custo, que são utilizadas pelas firmas para determinar o volume óptimo de
oferta.

No entanto a agregação é sempre de coisas idênticas (homogéneas). Por exemplo, pode


considerar em conjunto os consumidores de laranjas e em conjunto os vendedores de laranjas,
sendo que, apesar de haver muitas variedades de laranjas, para um certo grau de abstracção são

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todas idênticas. Oposto à Microeconomia que se debruça sobre as escolhas individuais, existe a
Macroeconomia que estuda realidades agregadas ao nível dos países.

A “Economia Industrial” que estuda realidades ao nível da “indústria” (que genericamente são
conjuntos de empresas que usam tecnologias idênticas e/ou produzem bens idênticos) é a
disciplina intermédia entre estas duas, BRUNA (2017).

Os desenvolvimentos na segunda metade deste ano indicam que o abrandamento do desempenho


económico de Moçambique pode estar a instalar-se e a tornar esta economia, outrora em rápido
crescimento, numa economia com um ritmo de crescimento mais modesto, apenas ligeiramente
superior ao crescimento populacional.

O nível de concentração na economia também se intensificou em 2017. Há algumas matérias-


primas a dominar as exportações e responsáveis por uma maior quota de entrada de divisas, o
que aumenta a exposição à choques externos. Assim, as tendências observadas em 2017 deixam
claro que Moçambique precisa de redobrar esforços no sentido de apoiar as pequenas e médias
empresas, assim como olhar para além do sector dos extractivos para alcançar o tipo de
crescimento adequado.

3.Importância do estudo da Microeconomia na realidade moçambicana

3.1.Economia moçambicana
A Actualidade Económica de Moçambique faz nota que existe um efeito de crowding-out das
pequenas e médias empresas e que nem mesmo o crescimento significativo nas exportações de
matérias-primas é suficiente para contrabalançar os efeitos que isso está a ter na economia,
BRITO (2009).

Prevê-se que o crescimento do PIB caia para 3,1 por cento em 2017, apesar do crescimento
substancial nas exportações de carvão e alumínio. Embora estas exportações tenham disparado,
as pequenas e médias empresas ficaram ainda mais para trás, com destaque para o sector da
indústria transformadora, que, pela primeira vez desde 1994, registou uma contracção.

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A Actualidade Económica de Moçambique apela ainda a um enfoque mais direccionado na
capacitação dos jovens, com especial ênfase na melhoria das oportunidades de emprego para a
mulher e uma economia que cresce ao mesmo tempo que gera empregos produtivos para a
próxima geração de Moçambicanos.

Nos últimos anos a economia de Moçambique tem atravessado diferentes transformações


estruturais e sectoriais resultantes, principalmente, de entrada de grandes volumes de
investimento (aproximadamente 18.600,00 milhões de USD no período compreendido entre
2001 e 2013, apenas para o investimento directo estrangeiro, CASTEL-BRANCO (2009).

Moçambique tem tido um forte desempenho económico e social em África. Desde que a guerra
civil terminou em 1992, o país tem beneficiado de uma notável recuperação, conseguindo uma
taxa anual média de crescimento económico de 8 por cento entre 1996 e 2007. Como resultado, o
índice de pobreza caiu 15 pontos percentuais entre 1997 e 2003, elevando cerca de 3 milhões de
pessoas acima da linha da pobreza extrema (de uma população total de 20 milhões), MOSCA
(2014).

Isto significou ainda uma redução em 35% da mortalidade infantil e um aumento de 65% da
escolarização primária. Para manter este impressionante desempenho são necessários novos
investimentos e reformas para melhorar o ambiente empresarial, tornar o sector jurídico e
judicial mais eficaz, e reforçar a gestão das finanças públicas e o quadro geral da governação,
bem como descentralizar e dinamizar a prestação dos serviços essenciais, especialmente nas
zonas rurais.

O crescimento da última década concentrou-se numa extremidade do espectro produtivo: os


“mega projectos” detidos por estrangeiros, com forte concentração de capital e orientados para a
exportação. Estes projectos estão dependentes dos preços mundiais das matérias-primas, têm
pouco impacto na criação de emprego e produzem poucos efeitos secundários na produtividade
e, até há pouco, também redundaram em poucos benefícios fiscais, ENGELS (1998).

Na outra extremidade do espectro da produtividade está a grande maioria das empresas,


sobretudo as pequenas e médias empresas que transaccionam, principalmente, no mercado local,
se deparam com graves constrangimentos e contribuem modestamente para o crescimento
económico e para as exportações. Um crescimento sustentado exige uma diversificação das
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exportações e da produção e a criação de um clima de negócios melhor para uma maior
participação desta parte do sector privado moçambicano na actividade económica do país.

A economia de Moçambique é pequena, relativamente aberta e integrada e está estrategicamente


posicionada como um canal para o comércio regional. Logo, uma estratégia que se centre na
maximização da capacidade moçambicana para a exportação pode ajudar a produzir um
crescimento maior no sector privado.

Contudo, segundo diferentes analistas do Banco Mundial, as empresas moçambicanas não têm os
níveis de produtividade que lhes permitam competir nos mercados globais. Melhoramentos em
aspectos fundamentais do clima de investimento no país podem ajudar as empresas a aumentar a
sua competitividade e dinamismo, possibilitando a sua ligação aos mercados globais.

O governo de Moçambique já reconheceu este facto e classificou o sector privado como o


principal motor do investimento, crescimento e emprego, conforme demonstrado no Plano de
Acção para a Redução da Pobreza Absoluta (PARPA II) de 2006-2009.

Apresentados os dados referentes a economia moçambicana, podemos afirmar que o estudo da


microeconomia mostra-se fundamental para poder colher e interpretar os dados acima
apresentados, pois é com base nessa que podemos chegar as conclusões acima apresentadas.

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Conclusão
O crescimento económico, considerado elevado e robusto, possui grandes variabilidades
conjunturais de crescimento entre e em cada sector (ao longo do tempo) e existe uma tendência
de desaceleração durante a última década. Verifica-se ainda que os sectores com maior peso na
formação do PIB são os que menos crescem sendo verdadeiro o contrário: os sectores que
actualmente menos contribuem para a riqueza nacional são os que têm crescido a ritmos mais
elevados. A persistência destas tendências, a médio e longo prazo, poderá reforçar a natureza
subdesenvolvida da economia e, portanto, dependente, ineficiente, pouco competitiva, com
crescente pobreza e diferenciação social e territorial24, aumento das economias informais e de
tráficos diversos.

No trabalho findo fizemos uma abordagem relacionada com a importância da microeconomia na


realidade moçambicana, onde apresentamos um estudo que deu a entender a imensa importância
dessa repartição da economia e o impacto que esta tem na economia moçambicana.

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Referências bibliográficas
BRITO, L. (2009), Moçambique: de uma economia de serviços a uma economia de renda.
IDEIAS, Boletim Nº 13. Maputo.

BRUNA, Natacha, (2017), Economia política da governação: Política económica de controle,


manutenção e reprodução de poder, Maputo.

CASTEL-BRANCO, C., (2009), Recursos Naturais, Meio Ambiente e Crescimento Sustentável


em Moçambique: Crítica Metodológica ao Relatório de T. Ollivier, D. Rojat, C. Bernardac e
P.N. Discussion paper nº 6, s/l.

DADÁ, Y., (2014), Crescimento económico e equidade inter-provincial, 2000-2010. Debates


Nº17. Universidade Politécnica. Maputo.

ENGELS, F. (1984), A origem da família, da propriedade privada e do Estado. Tradução de


Leandro Konder. Civilização Brazileira. 9ª Edição.

MOSCA J., PEREIRA, K e DADÁ, Y. (2014), Influência das taxas de câmbio na agricultura.
Observador Rural Nº 20. Observatório do Meio Rural. Maputo.

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