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APRESENTAÇÃO
Seja bem-vindo(a)!
Este material foi elaborado com carinho para tratar do elemento chave de
qualquer organização: as pessoas. É por meio da contribuição de cada indivíduo que
será possível atender as metas e anseios desejados pelos gestores para tornar-se um
empreendimento eficiente.
Um ponto importante a ser observado é que liderar pessoas não é uma
atividade da área de Recursos Humanos, mas de qualquer indivíduo que se relacione
com pessoas, ou seja, qualquer um pode liderar porque se relaciona com outros
indivíduos seja na vida profissional como na vida pessoal.
Mesmo para quem trabalha com tecnologia e pensa que não há necessidade de
aprender sobre o tema, digo que está enganado(a). Você não trabalha sozinho(a) pois
sempre há uma das possibilidades: você está em uma equipe com outras pessoas,
criando ou desenvolvendo uma solução para um(a) usuário(a), prestando serviço para
um(a) usuário(a) que irá utilizar. Enfim, o relacionamento com outras pessoas acaba
acontecendo em maior ou menor grau.
Espero que esse material possa te ajudar a entender melhor sobre a importância
da Gestão de Pessoas e como praticando comportamento de líderes conseguirá
alavancar sua vida profissional e pessoal.
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CURRÍCULO
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SUMÁRIO
UNIDADE I ..................................................................................................................................... 6
INTRODUÇÃO ............................................................................................................................ 6
A DINÂMICA DO MUNDO DO TRABALHO GLOBALIZADO ......................................................... 7
COMPREENDENDO GESTÃO DE PESSOAS ............................................................................... 10
A IMPORTÂNCIA DO PROCESSO DE RECRUTAMENTO E SELEÇÃO .......................................... 12
O COLABORADOR E O SETOR DE RECURSOS HUMANOS ........................................................ 16
CONSIDERAÇÕES FINAIS .......................................................................................................... 21
SUGESTÕES DE MATERIAIS...................................................................................................... 22
REFERÊNCIAS ........................................................................................................................... 23
UNIDADE II .................................................................................................................................. 24
INTRODUÇÃO .......................................................................................................................... 24
A CULTURA E O CLIMA ORGANIZACIONAL NA GESTÃO DE PESSOAS ..................................... 25
COMPREENDENDO O DESEMPENHO DE UMA ORGANIZAÇÃO .............................................. 27
COMPREENDENDO A NECESSIDADE DE PLANEJAMENTO ...................................................... 31
IMPLANTANDO UMA CULTURA DE MUDANÇA ...................................................................... 35
CONSIDERAÇÕES FINAIS .......................................................................................................... 39
SUGESTÕES DE MATERIAIS...................................................................................................... 40
REFERÊNCIAS ........................................................................................................................... 41
UNIDADE III ................................................................................................................................. 42
INTRODUÇÃO .......................................................................................................................... 42
COMPREENDENDO OS TERMOS CHEFE E LÍDER ..................................................................... 43
A IMPORTÂNCIA DE UM LÍDER PARA UMA ORGANIZAÇÃO ................................................... 45
CONHECENDO ABORDAGENS SOBRE LIDERANÇA .................................................................. 49
ASPECTOS COMPLEMENTARES PARA COMPREENDER LIDERANÇA........................................ 52
CONSIDERAÇÕES FINAIS .......................................................................................................... 57
SUGESTÕES DE MATERIAIS...................................................................................................... 59
REFERÊNCIAS ........................................................................................................................... 60
UNIDADE IV ................................................................................................................................. 61
INTRODUÇÃO .......................................................................................................................... 61
A TECNOLOGIA E A GESTÃO DE PESSOAS ............................................................................... 62
APLICAÇÃO DA TECNOLOGIA NA ÁREA DE RECURSOS HUMANOS ......................................... 65
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OTIMIZANDO O TEMPO DE TRABALHO................................................................................... 72
REFLEXÕES SOBRE TECNOLOGIA, PESSOAS E NEGÓCIOS ....................................................... 74
CONSIDERAÇÕES FINAIS .......................................................................................................... 79
SUGESTÕES DE MATERIAIS...................................................................................................... 79
REFERÊNCIAS ........................................................................................................................... 81
CONCLUSÃO ............................................................................................................................ 82
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UNIDADE I
A GESTÃO DE PESSOAS NO MUNDO CONTEMPORÂNEO
Objetivos de aprendizagem:
- Contextualizar a Gestão de Pessoas nos negócios.
- Apresentar o conceito e a relevância para uma organização.
- Compreender as características do mundo contemporâneo do trabalho.
INTRODUÇÃO
Ao longo dos séculos XVIII a XXI, o setor relacionado às pessoas passou por
muitas transformações e nomenclaturas que refletiam como era a abordagem
considerada para o setor. No início, as atividades consideravam aspectos
essencialmente operacionais para executar um conjunto de funções. As primeiras
responsabilidades refletiam o posicionamento para Administração de Pessoal, ou seja,
considerando o setor como executor de contratação, pagamento e demissão de
colaboradores. Nesse quesito, praticamente não era nem considerado como um setor
organizacional, pois a preocupação estava em aumentar a produção reduzindo o tempo
de execução da produção.
No decorrer dos anos, percebeu-se que a área poderia ser responsável com
outros tipos de funções que não fossem simplesmente operacionais. Posteriormente, a
visão foi alterando e surgiram os sindicatos visando assegurar a valorização das pessoas.
Com isso, a nomenclatura Departamento de Relações Industriais passou a se chamar
Recursos Humanos. A visão passou a ser mais voltada ao ser humano e a valorização das
pessoas foi sendo desenvolvida.
Nas últimas décadas, o setor deixou de focar a incentivos temporários e
abordagens incompletas para considerar o desenvolvimento do indivíduo e a
importância que tem para uma organização. Alguns dos termos utilizados são Gestão de
Pessoas (GP), Talentos Humanos (TH), Gestão de Talentos (GT), Capital Humano (CH) ou
Capital Intelectual (CI). Essas nomenclaturas demonstram que as pessoas deixaram de
ser mero recurso substituível para ser considerado ativo intangível e estratégico para
uma organização.
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Durante a unidade vamos detalhar mais o assunto e abordar sobre a
importância da área de Gestão de Pessoas que passou a ser considerado um dos
setores-chave de uma organização exercendo um papel estratégico.
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Lealdade;
Otimista;
responsável e dedicado;
Team player, ou seja, veste a camisa do time;
Workaholic, ou seja, é um exímio trabalhador.
A geração Y (1981 a 2000) tem outros valores que aprenderam a lidar com a
tecnologia. Foram criados em uma época de economia mais estável e estão
acostumados a consumir muitas informações, mas sem se aprofundar. Ainda conforme
Adami (2018) são pontos fortes dessa geração:
Os profissionais mais velhos têm sido buscados pelo mercado pela experiência e
comprometimento que faz parte do perfil. Dessa forma, é uma geração que já
enfrentou problemas, por isso, analisa e planeja com mais calma, atividades que
carecem aos mais jovens porque são mais impulsivos. Ser mais velho não é sinônimo de
ultrapassado, mas experiente e vários profissionais de Recursos Humanos têm
percebido os benefícios deles para a organização.
A geração Z cresceu com as novidades tecnológicas e não conheceram outra
realidade a não ser a tecnologia. Nasceram nos anos 2000 e completaram a maioridade.
São multitarefas, ou seja, gostam de fazer várias atividades ao mesmo tempo. Possuem
pouco respeito a hierarquia e gostam de desafios e novidades. As novas gerações
gostam de descomplicar, menos procedimentos burocráticos e mais informalidade. A
atual geração tem um perfil de comportamento e forma de pensar a carreira diferente
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do que acontecia anteriormente. Ambientes tradicionais podem inibir ou desanimar a
atuação desses profissionais e as pessoas gostam de algo que as desafie. Os valores
também são diferentes porque enquanto as gerações anteriores valorizavam os
momentos em família, essa gosta de passar tempo com aquilo que o agrada. Os
desafios para curtir uma experiência estão impregnados na geração, enquanto gerações
anteriores buscavam a estabilidade profissional.
Cabe a observação que são classificações utilizadas para apresentar as gerações.
Não quer dizer que todos pertencentes a uma geração são iguais, mas possuem essas
tendências.
Com isso, é possível observar que a diversidade é um elemento presente na
nossa atual sociedade, pois há pensamentos, religiões, raças, costumes, crenças, idades
que são diferentes, por isso, uma forma de gerenciar as pessoas não pode resolver
todos os problemas. É essencial ser um conhecedor e curioso por gente para que possa
extrair o melhor de cada indivíduo praticando a escuta ativa, ou seja, aprender a ouvir e
a compreender o que é dito. A diversidade utilizada como forma de diferencial nas
empresas possibilita melhorar a cultura organizacional e o desempenho das empresas.
Esse é um dos pontos que destaca o Citibank, visto que 78% das empresas focam na
diversidade para melhorar a cultura da empresa e 62% para melhorar o desempenho.
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pessoa enviar documento às 23:55 por aplicativo de mensagens, o outro recebe na
hora, faz as devidas observações e a contraposta, o negócio é fechado e por meio do
internet banking o dinheiro é enviado, tudo isso até as 23:59.
O Ranking GPTW (Great Place To Work) que classifica as melhores empresas
para se trabalhar divulga práticas de empresas que se preocupam e valorizam o
indivíduo. O que os líderes de organizações têm percebido é que a tecnologia está mais
acessível aos concorrentes, os métodos e ferramentas de gestão também devido a era
do compartilhamento das informações que a internet permite. Mão-de-obra todos
possuem, mas é o elemento que pode combinar a tecnologia com as ferramentas de
gestão para gerar melhores resultados por meio do engajamento do pessoal. Dessa
forma, se pretende exercer um cargo de liderança tem que compreender a importância
de fazer investimentos na formação e no desenvolvimento dos indivíduos.
Essa situação acontece sem mencionar um outro ponto que vem modificando o
mercado que é a terceirização. Com isso, as empresas podem passar para outros
profissionais as funções que considerar menos estratégicas ou relevantes para manter a
competitividade. Dessa forma, os negócios tradicionais estão reformulando suas
estruturas e mantendo apenas os colaboradores que considerem fundamentais.
O setor que hoje é chamado de Gestão de Pessoas já foi considerado de três formas:
Relações Industriais, Recursos Humanos (departamento) e Gestão de Pessoas, conforme
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Chiavenato (2010). Na primeira fase, o setor era responsável por cumprir exigências como
admissão, anotação em carteira de trabalho, pagamento, advertências, ou seja, atividades
operacionais em que as pessoas são valorizadas pela força física sendo consideradas como
mão de obra. Na segunda fase encontramos algumas operações táticas além das operacionais
isso porque desenvolve ações de recrutamento, seleção, treinamento, avaliação,
remuneração, higiene e segurança do trabalho, além de relações trabalhistas. Na fase de
Gestão de Pessoas as tarefas operacionais e não essenciais são terceirizadas e as práticas são
delegadas aos gerentes de linha que passam a ser gerentes de pessoas. Já a equipe de RH
passa a desenvolver atividades de consultoria interna visando ao desenvolvimento da
organização e ao futuro do negócio atuando de forma mais descentralizada.
A gestão de Pessoas passa a assumir um papel de liderança para alcançar a excelência organizacional
necessária para enfrentar desafios competitivos, tais como a globalização, a utilização das novas
tecnologias e a gestão do capital intelectual (GIL, 2007, p. 60).
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Monitorar pessoas: se refere as atividades de acompanhamento e controle das
pessoas. Incluem processos como banco de dados e sistemas de informações
gerenciais.
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As atividades de recrutamento e seleção visam diminuir esses tipos de situações
visto que os indivíduos passam por triagens até a escolha daquele que esteja mais apto.
Para que isso ocorra de fato é importante ter profissionais qualificados e um
planejamento estruturado. O processo de recrutamento consiste em preparar e realizar
a divulgação. Conforme Chiavenato (2010) existem dois tipos: interno e externo. O
primeiro ocorre quando é realizado dentro da organização, entre os membros que
pertencem a força de trabalho. A tabela 1 mostra as vantagens e desvantagens do
recrutamento interno.
É importante mencionar que não há uma receita pronta da melhor forma. É
importante analisar o contexto e a partir daí tomar uma decisão que minimize os
transtornos e maximize os resultados. Recrutar internamente pode ser bom para quem
trabalha na organização, mas nem sempre é o melhor caminho se não houver pessoas
preparadas para a função.
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Chiavenato (2010, p. 119)
14
A decisão de escolha deve estar pautada na função a exercer e o que se espera
do candidato. Quanto mais claro e alinhados estiverem esses pontos, maior a
possibilidade de que a contratação seja vantajosa para a organização. A existência de
uma equipe especializada é importante para dar mais consistência e confiabilidade as
técnicas utilizadas. Uma das mais utilizadas é a entrevista de seleção.
#FICA A DICA#
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Não seja um profissional que falsifica ou mente em currículos e entrevistas. Para
você pode ser bom para conseguir a vaga de trabalho, mas imagine se o negócio fosse
seu e se uma pessoa entrasse dessa forma na sua empresa? Saiba que a apresentação
de resultados atingidos anteriormente é um dos aspectos que mais chama a atenção de
um candidato. Você pode ter resultados incríveis, mas se mentir em um ponto tudo o
que apresentar será colocado em dúvida. Um dos principais canais de contratação é a
indicação, por isso, a importância de gerenciar bem a carreira e estar inserido numa
rede de relacionamento consistente que lhe proporcione recomendações. Vale deixar
claro que participar da rede não é se manifestar apenas para pedir, mas também
contribuir.
O desafio de encontrar profissionais qualificados a empresa pode optar por
alguns caminhos: 1) se deslocar para regiões em que tenha mão-de-obra, 2) contratar,
mesmo que de regiões distintas para trabalhar na empresa, 3) contratar de
concorrentes diretos que já tenham capacidade comprovada, 4) formar profissionais
por conta própria.
É comum que os profissionais que não atuem na área considerarem que o papel
do profissional de recursos humanos termine com os procedimentos de contratação.
Isso representa um grave erro porque é o contrário. É fundamental realizar o processo
de aplicação de pessoas que foi mencionado anteriormente para alocar o indivíduo na
função em que irá exercer. Caso a empresa não tenha feito corretamente, os problemas
certamente surgirão. O desenho de cargos é responsável por demonstrar onde a função
está localizada na organização em termos hierárquicos. Esse ponto é importante para
situar o cargo dentro da organização e para o gestor direcionar os esforços e as
atenções. É importante, entretanto, que essa organização não restrinja a comunicação
entre setores porque isso pode atrapalhar a rotina e a criatividade para inovar e
resolver problemas. Também é de suma importância a descrição de cargos, ou seja, as
funções, o perfil e o que se espera desse profissional.
Conforme considera Chiavenato (2010), a descrição de cargos mostra o que o
trabalhador faz, como, as condições que realiza e os motivos de fazer. Por isso, é
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importante ter isso em mente para realizar a análise de cargos, ou seja, descrever os
conhecimentos, as habilidades e as capacidades para realizar adequadamente.
#FICA A DICA#
Um dos motivos para fazer os processos citados é que será um norteador para o
processo de recompensar pessoas. Afinal, o comportamento, as expectativas e a forma
de pensar do indivíduo possui grandes diferenças. Dessa forma, como recompensar
alguém que você não conhece? A remuneração é composta por uma parte direta e a
outra indireta. A definição do valor do salário, por exemplo, é importante que seja
definida conforme esses critérios. Além disso, os adicionais por bonificação, comissão,
entre outros, devem seguir a um padrão estabelecido. Há também negócios que
utilizam como critério de complementação do salário a Participação nos Lucros e
Resultados. Quando não há esse controle fica difícil saber o real salário e o valor que
está sendo pago ao colaborador se isso não é bem delimitado. Imagine, que esse é um
desafio para poucos colaboradores, imagine quando há centenas ou milhares. A
remuneração deve seguir critérios predefinidos para evitar discordância e distorções
entre os colaboradores. É preciso conhecer a legislação, pois um negócio não pode
fazer o que deseja. Pagar uma boa remuneração é insuficiente em algumas funções, por
exemplo, para o profissional da tecnologia da informação porque o desafio e a
oportunidade de crescimento representam pontos importantes considerados na
tomada de decisão.
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Chiavenato (2010, p. 279)
Não há um segredo no tipo ideal, por isso devem ser analisados os prós e os
contras da remuneração fixa, flexível e benefícios. Uma alternativa que tem sido
comumente empregada é a remuneração mista em que se mescla uma parte fixa e a
outra flexível.
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Chiavenato (2010, p. 370).
19
Chiavenato (2010, p. 377)
O último processo é o de monitorar pessoas que não devem ser visto como
ruim, mas como importante para mensurar resultados e o desempenho e promover o
desenvolvimento da empresa utilizando recursos tecnológicos. Esse ponto será tratado
com mais profundidade na próxima unidade.
Como pode ser notado, há bastante trabalho para o profissional de Recursos
Humanos desde o momento em que a empresa é criada. Para quem atua na área da
Tecnologia tem papel importante para que o último processo citado seja realizado bem
como é importante ter conhecimento dos outros processos para que tenha um
ambiente de trabalho adequado para desenvolver as atividades sendo remunerado e
valorizado pelas atividades que desenvolve.
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
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atuais, a intensidade de trabalho é importante, além disso, a preocupação com a saúde
física e mental deve ser constante.
SUGESTÕES DE MATERIAIS
Conteúdo
Vídeos
Livros
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REFERÊNCIAS
ADAMI, A. Conflito de gerações no ambiente de trabalho. Robert Half. 2018. Disponível em:
http://www.roberthalf.com.br/blog/carreira/conflito-de-geracoes-no-ambiente-de-trabalho.
Acesso em: 15 nov. 2018.
CHIAVENATO, I. Gestão de Pessoas. São Paulo: Atlas, 2010.
CHIAVENATO, I.; SAPIRO, A. Planejamento Estratégico: fundamentos e aplicações. 2 ed. Rio de
Janeiro: Elsevier, 2009.
GIL, A. C. Gestão de Pessoas. Enfoque nos Papéis Profissionais. 1 ed. São Paulo: Atlas, 2007.
RUIC, G. Como conversar com a geração X (e conquistá-la). Revista Exame. 2018. Disponível em:
http://exame.abril.com.br/marketing/como-conversar-com-a-geracao-x-e-conquista-la/. Acesso
em: 15 nov. 2018.
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UNIDADE II
A CONTRIBUIÇÃO DA GESTÃO DE PESSOAS NO DESEMPENHO DA
ORGANIZAÇÃO
Professor Me. Anderson Katsumi Miyatake
Objetivos de aprendizagem:
- Explicar o diferencial que pode ser obtido com práticas de Gestão de Pessoas.
- Entender os aspectos relacionados ao desempenho de uma organização.
- Compreender a relação de Gestão de Pessoas com desempenho organizacional.
INTRODUÇÃO
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desempenho de uma organização e como a área de tecnologia pode contribuir nesse
processo.
Uma organização não é igual a outra mesmo que exerça a mesma atividade e
um argumento é suficiente para explicar a diferença: o elemento humano. Isso é mais
do que suficiente porque cada indivíduo possui atitudes, comportamentos, percebe,
pensa, planeja e executa de forma distinta, por mais que sejam formadas por
profissionais com perfil de trabalho e comportamento semelhantes. Dessa forma, o
mecanismo de funcionamento é único.
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sentimentos e normas de grupos, valores e expectativas, padrões de
interações informais, normas grupais e relações afetivas.
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Em época de startup se percebe nos indivíduos e nos empreendimentos uma
cultura adaptativa que deve fazer parte dos negócios tradicionais até pensando na
questão da sobrevivência. A estabilidade é um elemento que no século XX se buscava
como elemento de sucesso e hoje se percebe com ressalva quando não há busca por
adaptação, conforme figura 5.
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A forma de mensuração é ampla e cabe aos membros escolher aquelas que são
mais significativas. Não adianta implementar indicadores que não tenham nenhum
sentido para a organização. Mas, o que utilizar e como?
Os indicadores podem ser aplicados a qualquer área do negócio. Por exemplo,
para saber sobre a situação financeira tem o índice de Retorno Sobre o Investimento
(ROI) e o Demonstrativo do Resultado do Exercício (DRE). Na área de Gestão de Pessoas
também há indicadores como o índice de rotatividade, conhecido como turnover, que
demonstra, em percentual, o índice de entradas e saídas de colaboradores que podem
ocorrer por iniciativa do indivíduo ou por parte da organização. Conforme Chiavenato
(2010), a rotatividade não é uma causa, mas o efeito de aspectos externos como oferta
e procura do mercado e a conjuntura econômica, e internos como a política de salários
e benefícios, o estilo do líder, as oportunidades de crescimento, o desenho dos cargos,
o relacionamento entre as pessoas e as condições físicas e psicológicas para trabalhar.
Essas informações podem ser obtidas quando se realiza entrevista de desligamento. O
clima organizacional é outro exemplo que define a satisfação sobre o ambiente de
trabalho podendo ser aplicada individualmente ou em meio a outras. Já o absenteísmo
apresenta as faltas, atrasos e saídas que, de acordo com as consultorias Salpinx e
Solides, não devem ultrapassar 5% mensal.
Ainda conforme as consultorias, implantar indicadores e métricas são
importantes para o crescimento do negócio, não a toa, tem sido considerado de forma
estratégica, entretanto, alguns desafios podem surgir:
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Conforme as consultorias Salpinx e Solides os bons indicadores devem conter
características como: refletir os objetivos da empresa; ajudar a administrar e tomar
decisões inteligentes, relevante em todos os níveis organizacionais; baseados em dados
confiáveis e mensuráveis; medição periódica; fáceis de entender e explicar; servir para
uma ação ou plano de ações.
#SAIBA MAIS#
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A tecnologia da informação está mudando a ARH. Existem no mercado muitos
softwares de baixo custo como plataformas para a avaliação do desempenho e que
apresentam menus com várias dimensões (fatores de avaliação com gradações
diferentes), incluindo autonomia, iniciativa, comunicação, tomada de decisão,
planejamento e produtividade. Cada dimensão cobre vários fatores de avaliação:
comunicação pode cobrir fatores separados como escrita, comunicação verbal,
receptividade para feedback, visão crítica, habilidade de ouvir, habilidade de manter os
outros informados, abertura mental, etc. Outros sistemas oferecem uma versão
sofisticada da escala gráfica e permitem que o avaliador navegue por categorias de
desempenho e de subfatores. O EPM (Electronic Performance Monitoring) é outro
produto da TI que facilita a avaliação de desempenho. Na verdade, as organizações
estão utilizando redes computadorizadas que permitem avaliar cotidianamente o
desempenho das pessoas. Isso permite que as pessoas conectadas com o sistema
possam se automonitorar e saber exatamente quando e como corrigir suas fraquezas e
inadequações Chiavenato (2010, p. 267).
A partir desse contexto, recomendamos a avaliação de desempenho baseada
em competências, segundo a figura 6.
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nosso aperfeiçoamento e desenvolvimento. Entretanto, é comum esse feedback não
acontecer, seja por falta de conhecimento dessa prática tanto da parte do indivíduo
quanto de quem poderia dar. E quando acontece em boa parte das vezes não é
realizado da maneira adequada perdendo uma boa oportunidade. Um dos pontos que
não incentiva a prática é a predisposição em dar e receber que podem ser justificados
pela rotina atribulada, evitar o conflito, perda de tempo. Para aqueles que praticam é
necessário tomar cuidado, caso contrário, o efeito será catastrófico. É necessário ter
alguns cuidados utilizando técnicas, mas não há uma receita pronta.
A escolha de palavras nesse momento é importante, pois já se trata de uma
prática delicada. É importante ressaltar que feedback não se trata de ofensas, ressaltar
o que há de ruim, mas uma forma de resolver problemas ou mesmo de melhorar as
práticas e atitudes do indivíduo. Palavras acolhedoras são importantes, mas também
ressaltar o que está sendo feito de bom e o que precisa ser melhorado por meio de
exemplos. O feedback genérico pode não surtir o mesmo efeito porque o pensamento
daquele que faz a ação pode estar em um foco e aquele que recebe pode pensar em
outro fato ou interpretar de forma contrário ao que aconteceu. O feedback deve ser
específico em pontos que precisam de atenção e não de forma genérica. É importante
que não seja feito no momento de discussão ou quando se está agitado, isso porque
podemos misturar sentimentos e agir de forma inadequado colocando a perder todo o
processo. Também é importante que seja feito de forma individual sem exposição com
outros colegas. Afinal, os erros, os acertos e os pontos a melhorar são individuais.
Um complemento ao feedback é o feedforward. Enquanto o primeiro direciona
para fatos e acontecimentos passados, o segundo leva em consideração o que você é
no momento e o que deseja no futuro buscando a otimização e o desenvolvimento do
indivíduo. Por meio de perguntas e reflexões pode ser aplicada tanto na vida pessoal
como na profissional. É uma forma interessante de não julgar pelos erros que foram
cometidos, mas contribuir para que as dificuldades e as limitações sejam superadas a
cada dia.
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Já a visão tem como objetivo criar algo que se deseja para o futuro. A
importância de se estabelecer algo para o futuro é não perder o foco do que se deseja
visto as possibilidades que podem ser traçadas. Também é criada em forma de frase,
mas, diferente da Missão, pode ser alterada ainda mais em tempos em que as
estratégias de mercado duram poucos anos devido a dinamicidade do ambiente de
negócios.
Os Valores representam indicadores que norteiam o comportamento e como se
pretende alcançar a visão e a missão que foram elaboradas. Pode haver mais de um
adjetivo que define a atuação da organização.
Os Objetivos devem ser estabelecidos por qualquer organização, afinal, quem
não tem deixa a vida levar, que pode ser para algo bom ou não tão bom. Em uma era
com inúmeras possibilidades, a falta de objetivo leva a perda de foco e a possibilidade
de se tornar especialista e ter resultados mais consistentes. Vale ressaltar que os
objetivos devem estar em alinhamento a missão, a visão e aos valores, e todos devem
ser significativos para os colaboradores, ou seja, devem ser desafiadores e fazer
sentido, afinal, quem irá lutar com garra por algo que não se sente parte?
As metas são desdobramentos dos objetivos e nos orientam ainda mais o que
deve ser feito.
Para entender melhor, os diretores elaboram a nível corporativo o que a
organização deseja alcançar com os valores necessários. Cada uma das áreas do
empreendimento (recursos humanos, marketing, operações, finanças, tecnologia da
informação, ou outros existentes), elabora objetivos para cada setor para cumprir o
planejado. A partir daí, são estabelecidas metas que são desdobramentos dos objetivos
para que cada equipe do setor cumpra. Para que a chance de sucesso aumente é
necessário que elas sejam do tipo SMART:
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Relevant – relevante – não adianta estabelecer qualquer passo a ser
atingido se não for importante para as pessoas, dessa forma, o empenho
será menor ou nem haverá dedicação. Utilizando como base o exemplo
anterior: desenvolver uma solução de software gerencial a ser
implantada em todas as lojas da rede varejista para diminuir o prejuízo
financeiro em 20% utilizando o indicador Demonstrativo do Resultado do
Exercício para evitar a demissão de 10% dos colaboradores;
Uma outra metodologia tem se tornado popular nos últimos anos que é o
Objectives e Key Results (OKRs) conhecido principalmente depois que foi adotado pelo
Google. Precisa ser claro e desafiador que deve fazer parte de outros objetivos atuando
de forma inter-relacionada. Cada membro possui objetivos e resultados-chave e um
ponto interessante é que deve ser Top Down, ou seja, os superiores hierárquicos
estabelecem uma parte (até 40%) e o próprio indivíduo que executará estabelece a
maior parte (60%) (SANTOS, 2018). Um ponto interessante é estabelecer o objetivo com
a frase “Eu vou” e os resultados-chave utilizando “medido por”. Dessa forma, permite
utilizar uma metodologia mais moderna. Entretanto, ressalto que não é fácil de ser
aplicado, devendo ser implementado aos poucos, conforme o time e os líderes
estiverem mais alinhados.
#FICA A DICA#
Estabelecer OKR nem sempre é fácil. É necessário seguir passos que vão além de
uma vontade, mas de reformular a cultura e a gestão do negócio. Vá com calma antes
de querer resolver todos os problemas de uma vez só com uma ferramenta! Aprenda
mais em: http://endeavor.org.br/estrategia-e-gestao/okr-passos/
Após a elaboração dos principais indicadores que se referem ao direcionamento
da empresa, cada área funcional pode elaborar as ações a serem feitas para alcançar o
estabelecido em objetivos e metas. Elaborar o Plano de uma empresa pode traçar o
futuro próspero ou ao menos contribuir para que sofra menos dificuldade e isso
acontece porque ao se elaborar as estratégias é ignorada a influência que o ambiente
externo pode trazer para o negócio e para as pessoas que fazem parte da organização.
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Fatores como a tecnologia, a política, a economia, a sociedade, a demografia são
aspectos que a organização pouco ou nada pode fazer para alterar e sofre
continuamente influências em que é necessário se adaptar. Dessa forma, quando o
planejamento é feito sem observar o impacto do ambiente há boas chances de não
proporcionar o resultado desejado. Por isso, recomendamos que se for fazer o
planejamento, que já é uma atividade trabalhosa, tome cuidado para que o tempo
investido não seja perdido.
Como o foco do material é a área de Recursos Humanos, então questiono: Por
que os erros no RH custam caro? Porque há o investimento de tempo dos
colaboradores envolvidos no recrutamento, na seleção, na contratação, no
treinamento, no pagamento e no desligamento. As horas destinadas por cada
trabalhador poderiam ser investidas para atividades que tragam retorno financeiro para
uma organização.
#SAIBA MAIS#
Apesar de ser voltado para um exemplo norte americano, vale a pena a leitura
para entender os prejuízos que ações não pensadas podem levar a altos prejuízos.
Custos de desligamento
Entrevista para o desligamento = custos relativos aos salários e
benefícios tanto do entrevistador quanto do funcionário que está se desligando,
durante a entrevista para o desligamento = US$ 30 + US$ 30 = US$ 60.
Custos de substituição
Anuncio sobre a vaga aberta = US$ 2.500
Atividades administrativas anteriores à contratação e manutenção de
registros = US$ 100
Entrevista de seleção = US$ 250
Testes práticos para a contratação = US$ 40
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Reuniões para discutir sobre os candidatos (salários e benefícios dos
gerentes durante a sua participação em reuniões) = US$ 250 Custos de substituição =
US$ 2.500 + US$ 100 + US$ 250 + US$ 40 + US$ 250 = US$ 3.140.
Custos de treinamento
Apostilas, manuais e relatórios = US$ 50
Salários e benefícios do novo funcionário até que esteja preparado para assumir
o cargo = US$ 240\dia em salário e benefícios x 20 dias = US$ 4.800
Custos de treinamento = US$ 50 + US$ 2.400+ US$9.600 + US$ 4.800 = US$
16.850.
Custos totais de rotatividade = US$ 90 + US$ 3.140 + US$ 16.850 = US$ 20.080
(BOHLANDER; SNELL, 2015, P. 80)
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normalmente praticam. As pessoas poderão mudar se perceberem que vale a pena
fazer, ou mesmo quando são obrigadas. Durante a etapa dois é que há a incorporação
de novos comportamentos e pensamentos e, por fim, há o recongelamento, ou seja, a
consolidação das mudanças. Se trata de um processo delicado que deve ser
diagnosticado e planejado para minimizar os conflitos, entretanto, esse processo de
mudança se faz necessário para se adaptar as rápidas transformações que estão
ocorrendo na sociedade e no mercado de trabalho. Conforme Chiavenato (2010) as
mudanças ocorrem de forma gradativa partindo da individualidade, como se observa na
figura 7.
Cabe destacar que toda e qualquer tentativa de alteração deve ser iniciada pelos
gestores, principalmente em termos de comportamento e ação. Os colaboradores só
irão cooperar se detectarem que vale a pena investir tempo e energia para saírem da
zona de conforto e se comprometer com a organização. Isso ocorre porque nem
sempre os objetivos são os mesmos. Enquanto os colaboradores possuem certos
36
interesses e estão no trabalho por determinados motivos, os gestores desejam a
ampliação, a eficiência e a competitividade como consta na tabela 5.
Chiavenato (2010, p. 6)
Para se ter uma ideia do processo de mudança, Kotter (1998) estabelece oito
fases para que tenha mais chances de ser bem-sucedida:
1. Estabelecer um senso de urgência;
2. Formar uma forte coalização;
3. Criar uma clara visão de futuro;
4. Comunicar a visão compartilhada;
5. Dar poder às pessoas (empowerment);
6. Obter vitórias de curto prazo;
7. Consolidar as vitórias iniciais e aprofundar o processo;
8. Institucionalizar a nova abordagem e cultura.
Como é possível notar, é necessário deixar claro o que se quer e comunicar para
toda a equipe da importância e da urgência. Caso a equipe compreender o que se
deseja irá se comprometer, mas isso pode levar dias, semanas ou meses. É importante
que os indivíduos não devem ser considerados como serem passivos que vão obedecer
a tudo o que é solicitado. Caso seja o desejo da cúpula gerencial, as pessoas devem ser
empoderadas e incentivadas para que se sintam parte do novo projeto. Conforme os
37
avanços sejam alcançados devem ser comemorados entre toda a equipe. É importante
criar metas ousadas, mas que sejam possíveis de serem cumpridas. Isso deve ser
repetido mesclando incentivos individuais e coletivos até que se possa institucionalizar
a nova cultura.
Um dos desafios no processo de mudança ocorre pela percepção e visão de
mundo do indivíduo. Quem pretende realizar alterações seja em processos, na cultura
ou na tecnologia terá que enfrentar o elemento percepção. As pessoas possuem
percepções e visões de mundo diferenciados. Além disso, o processo de aprendizagem
segue ritmos diferentes, por isso, qualquer mudança deve observar esses pontos. A
nossa aprendizagem depende da nossa percepção que é seletiva. Não temos a
capacidade de captar tudo que está ao nosso redor. Além disso, a interpretação de
fatos e situações está condicionada a nossa visão de mundo, por isso acontece de uma
pessoa aprovar uma ideia e a outra não.
Toda organização que aprende está atenta ao ambiente em que está inserido.
Os erros e as decisões tomadas devem ser analisados e refletidos buscando verificar o
que pode ser aprendido. Quando a equipe está aberta ao aprendizado, tem um
caminho para a inovação.
38
CONSIDERAÇÕES FINAIS
39
SUGESTÕES DE MATERIAIS
Conteúdo
O Portal da Catho é um dos mais completos na área de recursos humanos. Além
de disponibilizar que o indivíduo e as empresas cadastrem currículos e busquem vagas,
apresenta guia de profissões, soluções para candidatos e conteúdo na área. Acesse o
site: http://www.catho.com.br/.
Vídeos
Livro
DESSLER, Gary. Administração de recursos humanos. 2 ed. São Paulo: Pearson Prentice
Hall, 2004.
40
REFERÊNCIAS
41
UNIDADE III
A LIDERANÇA COMO ASPECTO ESSENCIAL DO PROFISSIONAL NO MERCADO
DE TRABALHO
Professor Me. Anderson Katsumi Miyatake
Objetivos de aprendizagem:
- Apresentar conceitos e informações sobre liderança.
- Compreender as características dos profissionais para atuarem no mercado.
- Dissertar sobre a importância da liderança para os profissionais.
INTRODUÇÃO
42
COMPREENDENDO OS TERMOS CHEFE E LÍDER
#FICA A DICA#
A partir da explicação é possível entender que o chefe é um ser nocivo para uma
organização e que não devemos ser assim. Mas será que nos comportamos dessa forma
no dia a dia e não percebemos? Reflita sobre o seu dia, o que as pessoas consideram
sobre você, se possui abertura para conversar com outros colegas de trabalho e como é
a resposta das pessoas. Aproveite para fazer o mesmo exercício na vida pessoal. Você
pode ter uma surpresa... essa reflexão será importante para a sua vida. Depois disso,
recomendo ler esse material: http://endeavor.org.br/desenvolvimento-pessoal/ser-
chefe-e-facil-o-dificil-e-ser-lider/
De acordo com Matta (2017), um líder tem como atributos:
43
São respeitados pela busca da melhor maneira para a equipe com a
responsabilidade de forma dividida e não foca somente nos resultados.
Não diz e não considera os outros como subordinados, mas uma equipe
porque está disposto a tirar dúvidas e a valorizar as habilidades
respeitando os limites de cada um. Pensa dessa forma porque tanto os
erros quanto os acertos são divididos.
Conduz uma equipe que pode trazer benefícios para uma organização.
Já o líder, além da preocupação com os objetivos está atribulado que os
indivíduos se desenvolvam. Ser um líder é mais difícil porque exige vários atributos que
trataremos no material. Como visto na unidade anterior, há diferentes gerações no
mercado de trabalho e isso representa um desafio a mais para quem deseja ser um
líder, visto que as pessoas são de realidades diferentes podendo ser até opostos os
pensamentos e as atitudes. Uma das complexidades em equipes de trabalho é a
heterogeneidade de perfis no mercado de trabalho porque cada geração possui valores
e comportamentos distintos. Por isso, é importante realizar bons processos de RH para
definir aqueles que estão mais aptos ao perfil e as habilidades para executar as funções
na organização.
O líder deve inspirar os outros deixando o ego de lado, ou seja, não deve se
considerar como o centro das atenções. É importante esclarecer que o líder dificilmente
vai se julgar pronto para uma tarefa, por isso, não espere a situação perfeita para
liderar, mas faça um pouco por dia e tenha a postura de sempre aprender com fatos e
situações. A visão de mundo de uma pessoa não é a mesma para outra, por isso, quem
deseja se relacionar com pessoas precisa estar atenta a compreender outros tipos de
pensamento e não considerar que o ponto de vista que possui é perfeito, afinal, os
seres humanos pensam e agem de maneiras distintas.
Para compreender a diferença entre os dois devemos pensar que o chefe
considera as pessoas como recursos e o líder como parceiros e se um gestor deseja que
o negócio prospere é importante refletir como um líder. Existem diferenças de
pensamento entre agir como chefe que trata as pessoas como recursos e considerar
como parceiros, caso do líder, que é possível observar na figura 8:
Portanto, se um líder deseja comandar uma organização precisa ter em mente
de que precisa valorizar a equipe. É mito considerar que qualquer gerente ou dono é o
protagonista de um negócio até porque se um é bem-sucedido o resultado pertence a
todos, assim como os erros que acometem o cotidiano. Por isso, é importante
compartilhar as informações e os planos, tratar bem a cada membro porque isso irá
refletir na forma como os consumidores são tratados. Em época que se valoriza tanto a
experiência de compra, o comprometimento levará a cooperação para fornecer o
melhor.
44
Chiavenato (2010, p. 9).
É importante que o líder saiba que uma organização é formada por diversos
grupos que podem ser formais ou informais. Os formais são criados a partir das
estruturas formais pela organização devido a interesses diretos pelo trabalho.
Entretanto, há inúmeros grupos dentro da própria organização que são formados pela
afinidade e gostos em comum, por exemplo, pessoas que torcem para um mesmo time
de futebol, frequentam uma comunidade na igreja, gostam de uma mesma banda,
entre outros.
O líder deve ter em mente que hoje representa a referência, porém, deve se
preocupar em formar novos líderes, ou seja, no desenvolvimento da organização e não
em si mesmo. Entretanto, ressaltamos que isso só poderá se tornar possível se a
organização proporcionar condições para a formação do líder e depois incentivar que
forme outras pessoas. Nesse ponto fazemos uma relação do líder com o
intraempreendedor, como já tratado, que, independente do cargo, se compromete com
o resultado organizacional, e age de forma espontânea para resolver os problemas que
afetam o negócio.
45
O líder deve estar antenado as novidades do mercado e se adaptar as novas
tendências do mercado. Hoje, por exemplo, vivemos na era das startups, da economia
compartilhada em que concentrar informações e bens não cria uma cultura
colaborativa. A quantidade não importa, mas como você aplica o que possui e impacta a
vida do outro. Ou seja, para ser líder nos dias de hoje é importante estar sempre se
capacitando porque novos conhecimentos são criados a cada dia e é importante ter
uma postura de aprendiz e humildade visto que não é possível saber de tudo.
A diversidade e a instabilidade de cenários serão cada vez mais uma realidade,
por isso, a postura de se qualificar e de criar cooperação com a equipe de trabalho será
importante para enfrentar os obstáculos que surgem diariamente. Um líder sabe que
não é perfeito, por isso, precisa reconhecer que somente conseguirá um bom trabalho
com a colaboração dos parceiros. É essencial conhecer as dores do time, ou seja, o que
incomoda e a intensidade e isso é possível quando o líder é presente. Não precisa estar
a todo o momento, mas estar disponível para quando necessário ouvindo o que
atrapalha e identificando na equipe por meio do convívio o que está acontecendo.
Dessa forma, mais do que falar, precisa ouvir de forma ativa e intervir de forma pontual
e assertiva. É importante desenvolver a empatia, se colocar no lugar do outro para
compreender as razões do indivíduo para que possa guiá-lo a atingir objetivos.
É necessário desmistificar que o líder é um ser perfeito até porque as pessoas
são humanas e estão propensas ao erro. O que diferencia um líder é sua postura e seus
comportamentos no dia a dia. A missão de um líder é procurar formar equipes de
trabalho que estejam alinhados e comprometidos para que consiga criar uma equipe de
alto desempenho, conforme a tabela 6. O alto desempenho significa que uma equipe
possui foco, cooperação, preocupação com o resultado individual e coletivo.
46
Figura 9 -Top 10 habilidades
#FICA A DICA#
Quer compreender realmente o que é empatia? Assista ao vídeo a seguir:
http://www.youtube.com/watch?v=4pADHGRNgbI
O desafio agora é praticar. Faça isso de forma consciente durante um dia e
depois analise as diferenças. Qual foi a sensação? Percebeu diferença no seu
comportamento e nas outras pessoas? Como você costumaria agir nas situações? Quais
foram os resultados dessa prática?
A inteligência emocional é outra característica importante nos dias atuais
porque é necessário ter a capacidade de suportar obstáculos e dificuldades, que se
tornam mais constantes, sem perder a confiança e o foco no trabalho que está
47
realizando visto que as situações de trabalho devem ser evitadas de serem
internalizadas pelas pessoas como se fosse incapacidade. O bom senso é a capacidade
de ponderar situações para não ser extremo nas decisões, mas avaliar o contexto para a
tomada de decisão. Nem sempre os projetos mais lucrativos são os mais viáveis de
serem executados porque incute em aspectos sociais, éticos e ambientais.
48
Chiavenato (2010, p. 231)
49
A influência é uma ação inerente ao líder, por isso, não adianta ser um chefe
porque as pessoas o obedecem pela hierarquia, já um líder é seguido por deixar um
legado de exemplo, independente do contato ou do tempo.
Outra citação interessante sobre liderança é, segundo Moscovici (1995, p. 169):
Os grupos humanos necessitam de líderes competentes para sobreviver e desenvolver
plenamente seus recursos e potencialidades. Igualmente, as organizações sociais necessitam de
líderes competentes (dirigentes / executivos / gerentes) para sua sobrevivência e
desenvolvimento cabal de recursos e potencialidades.
50
Transformacional – o líder que é transformador procura oferecer
tratamento individualizado, considerando a particularidade dos
liderados, por isso, é considerado como a abordagem mais bem vista
pelas pessoas. Procura analisar as potencialidades e, dessa forma, realiza
treinamentos, aconselhamento para que os indivíduos se desenvolvam.
O objetivo é criar um ambiente para que todos possam extrair o máximo
da capacidade e melhorem a performance. Dessa forma, tem como
conduta criar um sentimento de pertencimento ao grupo estimulando o
indivíduo para que possa alinhar as expectativas individuais e
organizacionais.
51
necessidades de investimento. São as conhecidas startups que estão transformando o
mundo dos negócios porque são indivíduos que buscam por modelos, experiências e
alternativas para resolver problemas e as dores de determinados públicos. Dessa forma,
os profissionais de recursos humanos precisam estar atentos a esse novo momento
que, para quem atua na área da tecnologia, nem é tanta novidade. Mas a liderança
nesses tipos de organizações ainda é isso porque o profissional que atua e deseja
exercer esse cargo precisa alterar valores pessoais para incorporar novo modelo de
competências como o autoconhecimento, o preparo técnico, a comunicação, a
capacidade emocional. O desafio é incorporar esses valores em si e na equipe para
gerar criatividade e colaboração. É importante não oferecer produtos, mas soluções
que atenuam ou resolvam dores. Adotar uma postura para sempre melhorar a
performance, questionar novas formas de fazer negócios visando não somente obter
lucro, mas entregar valor, para isso é preciso ter um propósito transformador.
52
Poder de especialização – está relacionado com a experiência anterior do
indivíduo, conhecimento, habilidades e talentos especiais em
determinadas funções.
53
Chiavenato (2010, p. 156).
Inteligência musical: é a facilidade para lidar com sons, ritmos e harmonia, para
criar ou interpretar música. É a facilidade para distinguir e organizar sons de maneira
criativa, distinguir nuances de tons, melodias, sequências, memorizar sons, como fazem
os compositores, regentes e cantores. A predominância deste tipo de inteligência
conduziria ao músico compositor, orquestrador, instrumentista, interprete, cantor,
arranjador ou crítico musical.
Inteligência espacial: esse tipo consegue perceber imagens e tem facilidade para
espaço, direção e geometria. Possui visão de perspectiva, espaço tridimensional e
habilidade com mapas. A habilidade é inerente ao arquiteto, urbanista, astrônomo,
astrólogo, escultor, pintor, cartógrafo, geógrafo, meteorologista, decorador, fotógrafo,
desenhista ou projetista.
Inteligência corporal-cinestésica: tem facilidade para realização de movimentos
corporais e lidar com o próprio corpo. Podem se expressar com gestos ou mesmo por
meio de movimentos com o corpo. É uma inteligência que predomina no ator, atleta,
dançarino, ator, mímico, fisioterapeuta, educador físico, relojoeiro, lapidador.
54
intuitivos. É possível encontrar com facilidade no pensador, filósofo, engenheiro de
sistemas, engenheiro de informática, romancista.
Também há outro tipo de inteligência que tem sido bastante empregado nos
dias atuais e se refere a uma habilidade importante para qualquer profissional:
inteligência emocional. Conforme Goleman (1996) é a capacidade que uma pessoa tem
de identificar os próprios sentimentos e também dos outros, conseguindo se motivar e
gerir as emoções próprias e dos relacionamentos porque possui empatia. Consiste em
ter comportamento de não se abalar ou alterar diante de problemas e conflitos. É um
requisito importante e necessário nos dias atuais para saber lidar com as adversidades e
desafios do mundo do trabalho. Identificar as emoções, não considerar tudo como
ameaça, se acalmar, ouvir e não apenas escutar sem fazer julgamentos, persistência na
busca de objetivos porque os obstáculos vão aparecer, admitir que cometeu erros, não
se apegar demais a um projeto, saber analisar qualidades e defeitos, ter empatia,
energia para prosseguir e atingir objetivos, analisar e pensar sob pressão, encarar as
críticas como oportunidade de crescimento, ter paciência, ter valores bem definidos, ter
capacidade de superar frustrações, entender como atitudes e palavras podem afetar os
outros.
No ambiente em que estamos envolvidos é comum a existência da frustração.
Isso ocorre porque há um grande dispêndio de energia criando expectativas sobre
determinado fato. Como afirma Carnegie (2012) para evitar a frustração é preciso dar a
devida atenção para não ser displicente, mas também não levar a sério demais para não
ficar constrangido caso o resultado não seja exatamente como planejava. É importante
que os fatos não sejam levados para o lado pessoal não tratando o erro como uma
derrota ou falta de capacidade. No trabalho, as pessoas estão constantemente expostas a
desafios e obstáculos e o líder deve ser o norteador.
#FICA A DICA#
Entre as várias opções de cursos na área de pessoas recomendo fazer o
Eneagrama e os treinamentos Dale Carnegie. Ambos estimulam o autoconhecimento
que torna possível praticar comportamentos de líder.
Para finalizar o assunto liderança vamos abordar sobre competências. Conforme
Chiavenato, há quatro tipos de competências que podem ser hierarquizadas, conforme
figura 12.
55
competitiva sobre as demais como competitividade, liderança, oferta d e valor ao
cliente e imagem e marca. As competências funcionais são referentes a cada unidade
organizacional ou departamento. Devem ter como base as competências da
organização sendo que cada área como marketing, produção/operações, finanças, RH,
tecnologia precisa construir a própria.
56
desempenho para saber se o colaborador tem aptidão para atuar na função que está
desempenhando ou que almeja.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
57
Por fim, a liderança pode ser desenvolvida ao longo dos anos por meio de
habilidades e atitudes, por isso, cabe a área de recursos humanos terem profissionais
qualificados para identificarem e desenvolverem potencial. É importante atuar de forma
preventiva e proativa diante dos gargalos que podem surgir em uma organização. A
organização deve prezar e praticar ações que lhe deem credibilidade, respeito e
imparcialidade que estão presentes nas melhores empresas para se trabalhar. Somente
fornecendo esses valores que a organização pode procurar por proatividade, senso de
gerenciamento e multitarefas.
58
SUGESTÕES DE MATERIAIS
Conteúdo
Franklin Covey – Além da produção de conteúdo, oportuniza cursos para quem
deseja se aprofundar. Acesse: http://franklincovey.com.br/
Master Coach José Rodolfo Grou – O Coach possui experiência como professor,
executivo, palestrante e compartilha as experiências e materiais. Siga na rede social o
trabalho dele: http://www.facebook.com/MasterCoachJoseRodolfoGrou
Vídeos
A Monja Cohen produz uma série de vídeos com reflexões sobre o cotidiano e a
vida. Vale a pena acompanhar: /http://www.youtube.com/user/MOVAFILMES
Livro
CARNEGIE, D. Como fazer amigos e influenciar pessoas. 52 ed. São Paulo: Companhia
Editora Nacional, 2012.
59
REFERÊNCIAS
CARNEGIE, D. Como fazer amigos e influenciar pessoas. 52 ed. São Paulo: Companhia Editora
Nacional, 2012.
CHIAVENATO, I. Gestão de Pessoas. São Paulo: Atlas, 2010.
FÓRUM ECONÔMICO MUNDIAL. The Future of Jobs – Employment, Skills and Workforce
Strategy for The Fourth Industrial Revolution. 2016.
GOLEMAN, Daniel. Inteligência emocional – a teoria revolucionária que redefine o que é ser
inteligente. Editora Objetiva, 1996.
LIMA, G. S.; CARVALHO NETO, A. M. Uma leitura da evolução das teorias sobre liderança à luz da
teoria da estruturação de Giddens. ENGPR. 2011. Anais...
MATTA, V. Chefe e líder: principais diferenças e atitudes. SBCoaching. 2017. Disponível em:
http://www.sbcoaching.com.br/blog/lideranca-e-coaching/diferenca-chefe-e-lider/. Acesso em:
15 nov. 2018.
MAXIMIANO, Antônio C. A. Teoria geral da administração: da revolução urbana à revolução
digital. 6 Ed. São Paulo: Atlas, 2007.
MONTANA, Patrick J.; CHARNOV, Bruce H. Administração. São Paulo: Saraiva, 1998.
MOSCOVICI, Fernando. Desenvolvimento Interpessoal. Rio de Janeiro: José Olympio, 1995.
60
UNIDADE IV
GESTÃO DE PESSOAS E TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO CRIANDO
DIFERENCIAIS PARA O NEGÓCIO
Professor Me. Anderson Katsumi Miyatake
Objetivos de aprendizagem:
- Explicar Gestão de Pessoas e Tecnologia da Informação como áreas organizacionais.
- Apresentar vantagens competitivas de um negócio.
- Compreender a relação entre as áreas para gerar diferenciais competitivos.
INTRODUÇÃO
61
A TECNOLOGIA E A GESTÃO DE PESSOAS
62
tomada de decisão. O ideal é a formação e utilização de um Sistema de Informações de
Recursos Humanos (SIRH) que fornece dados atuais e precisos para fins de tomada de
decisão. Dessa forma, é importante que seja implementado para reduzir custos
administrativos, aumentar a produtividade, agilizar a resposta diante de problemas e
acompanhar os talentos do negócio porque é responsável pela força de trabalho, por
isso, deve ser devidamente planejado porque o impacto que traz é grande. Há três
principais, ainda de acordo com Bohlander e Snell (2015):
#SAIBA MAIS#
Fatores a considerar quando da avaliação de um Sistema de Informação de Recursos
Humanos
Os gestores de RH precisam considerar os seguintes fatores quando suas
empresas estão avaliando um Sistema de Informação de Recursos Humanos (SIRH).
63
Compatibilidade com os sistemas atuais - O SIRH é compatível, de modo fácil e
com baixo custo, com os sistemas de informação existentes ou aqueles que se planeja
instalar?
Facilidade para o usuário - O software oferece recursos adicionais para os
usuários, como links para recursos de aprendizagem ou opções de ajuda para os
gerentes?
Disponibilidade de suporte técnico - O SIRH terá manutenção internamente ou
será necessário um técnico do fornecedor? Qual é a capacidade de suporte técnico do
fornecedor?
Tempo necessário para implementar e treinar os membros da equipe para usar
o SIRH, incluindo o RH e os responsáveis pela folha de pagamento, os gerentes e
funcionários. Quem é responsável pelo treinamento de funcionários e como isso será
feito?
Existem soluções em softwares prontos, mas que deve ser analisado pelo RH e a
área de TI para verificar se atendem às necessidades de ambos, caso contrário, é
importante analisar a possibilidade de desenvolver uma solução customizada. Quando
isso ocorre, os setores podem deixar de se preocupar com funções operacionais para
concentrar em aspectos mais estratégicos. Porém, antes de se pensar em investir em
sistemas personalizados ou até mesmo na avaliação de soluções prontas serem
adotadas é relevante analisar ao menos quatro fatores, conforme Chiavenato e Sapiro
(2010):
64
é importante de ser considerado porque quanto maior se torna obrigatório a presença,
devido as complexidades de variáveis e obrigações legais a serem cumpridas.
#FICA A DICA#
65
Uma outra prática que tem sido bastante utilizada é a realização de
treinamentos online. Causas como custos de passagem e hospedagem seja de
colaboradores ou de ministrantes, tempo de deslocamento e o aperfeiçoamento de
soluções tecnológicas são motivos que têm incentivado os treinamentos utilizando a
internet. A cada dia novas plataformas surgem com soluções de conteúdo e apostando
na gamificação. Mais um exemplo de tecnologia aplicado ao setor de Recursos
Humanos que demanda pela área de tecnologia para criar soluções e que também
permitirá ter informações para fazer parte do banco de dados.
#SAIBA MAIS#
Leia e aprenda sobre gamificação no setor de Recursos Humanos.
66
Uma ação que pode ser aplicada pelo RH com base em gamificação é um
programa para reduzir gastos. Nesse caso, é preciso identificar rotinas para o RH atuar
de maneira eficiente, como reduzir a taxa de rotatividade da equipe, por exemplo. Com
uma estratégia de gamificação seria possível, então, diminuir os custos com rescisões
contratuais.
Até o momento apresentamos sobre softwares e ações que podem ser feitas a
partir das informações coletadas nos negócios. Dessa forma, não podemos deixar de
comentar sobre a Inteligência Artificial (IA) e o Big Data. Você como profissional da área
de tecnologia tem papel importante de demonstrar para os profissionais de Recursos
Humanos que não se atualizarem e passarem a incorporar tecnologia e avaliação por
meio de indicadores tenderão a ficar fora do mercado porque algumas das funções
executadas atualmente não existirão mais. Os trabalhos operacionais tenderão a ficar
com as máquinas, sendo que será necessário desenvolver a criatividade e a capacidade
de resolver problemas para se diferenciar.
67
A figura 13 destaca as atividades desenvolvidas por humanos e aquelas que
podem ser automatizadas. Como é possível notar, as atividades de criação,
apresentação, negociação e diferenciação, por exemplo, tem menor potencial de
automação porque necessitam, em boa parte das vezes, de intervenção humana. Um
software, por exemplo, é lógico, mas assim o é porque um humano programou para
que o comportamento fosse dessa forma.
Por mais que a Inteligência Artificial (IA) venha para facilitar a nossa vida, não
poderá desenvolver certas competências. Conforme o Linkedin (2018), as principais
competências que a IA provavelmente não substituirá são:
68
Medir as competências interpessoais do candidato;
A Inteligência Artificial pode ser aplicada para diferentes áreas porque a partir
de dados que são inseridos é possível processar informações, ou seja, é necessário fazer
a máquina aprender. A UDS apresenta duas aplicações da IA que tem relação direta
com a área de Recursos Humanos que é o relacionamento com o consumidor por meio
de chatbots porque melhora a experiência do usuário visto que a Inteligência Artificial
barateia os custos porque se antes o trabalho de interagir, responder e oferecer
serviços a potenciais clientes era 100% humano, hoje não é mais. Na educação, que se
refere aos processos de treinamento e desenvolvimento, a tecnologia já alterou a forma
como os professores dão suas aulas, substituindo os livros por imersões no tema
estudado com recursos de realidade virtual sendo que a IA está ajudando no progresso
dos alunos ao indicar seu nível de aprendizado e adaptar conteúdos para cada um
deles, traçando um plano de estudo de acordo com sua evolução.
#FICA A DICA#
Vários são os exemplos de como a Inteligência Artificial está presente nas nossas
vidas e como as empresas estão ganhando com ela. É necessário dizer também que há
muitas outras áreas que já adotaram esta tecnologia. As previsões de crescimento são
otimistas e em um futuro bem próximo são esperadas muitas novidades neste campo.
O Bank of America Merril Lynch estima que nos próximos quatro anos a IA tenha
potencial para movimentar cerca de US$ 70 bilhões na economia. Até 2025, 75% das
equipes de desenvolvedores deverão incluí-la em um ou mais de seus serviços (UDS,
2018).
Também é importante abordar sobre Big Data que, conforme a consultoria
Solides, pode ser aplicado em diversos contextos como análise de talentos, retenção de
pessoas, recrutamento e seleção e avaliação de desempenho. Isso porque permite
armazenar uma série de dados que podem ser cruzados e analisados para resolver
problemas, detectar inconsistências, ajudar a definir ações futuras, ou seja, tem papel-
chave para ajudar no desenvolvimento de ideias e soluções.
69
Falta de habilidade analítica entre usuários (29%);
#SAIBA MAIS#
Leia e aprenda mais sobre o Big Data para RH com uma reportagem esclarecedora.
70
organização para organização, e as empresas precisam realizar a sua própria análise
para fins de contratação e treinamento.
71
OTIMIZANDO O TEMPO DE TRABALHO
72
A importância desse assunto é que o dia tem 24 horas, ou seja, há muito tempo
para realizar atividades, porém, ao final de um dia parece que trabalhamos muito
pouco. É necessário ter foco porque há uma série de distrações relacionadas as
atividades do trabalho, aos colegas e também aos indivíduos que se distraem para
navegar nas plataformas de redes sociais, comprar, conversar por meio de aplicativos
de mensagens ou vendo vídeos de forma aleatória. Não estamos querendo que a
organização exclua isso do cotidiano, mas criar mecanismos de conscientização e uso
responsável é essencial. Hoje, um minuto de nossa vida é bastante tempo e os
especialistas em produtividade consideram que é necessário valorizar cada segundo
realizando atividades que nos satisfaçam e também que gerem nosso sustento. Para
você ter uma ideia do que pode acontecer em um minuto na internet, observa a figura
14.
Schiavini (2018)
73
processadas. Dessa forma, o setor de tecnologia pode ser um parceiro do setor de
recursos humanos ao mapear o que é mais consumido e criando formas de obter mais
engajamento dos colaboradores em ações, por exemplo, de Endomarketing que são
ações de Marketing feita entre os colaboradores, como por exemplo, a utilização de e-
mail como forma de comunicar.
É preciso estabelecer indicadores-chaves de desempenho, ou KPI (Key
Performance Indicator). A organização precisa definir qual ou quais indicadores são
chave para a empresa e, a partir daí, trabalhar para alcançar. Por exemplo, seu negócio
realiza recrutamento e seleção para empresas na área de tecnologia, um KPI poderia ser
a quantidade de profissionais que entraram na empresa e permaneceram 5 anos, ou
mesmo que receberam promoções. De acordo com a Endeavor (2017), outros exemplos
podem ser: indicadores de produtividade, qualidade, capacidade, estratégicos e
lucratividade, por isso, é preciso delimitar os KPIs mais importantes para um negócio e
trabalhar para alcançar.
#SAIBA MAIS#
Uma reportagem interessante sobre perfis de geração e a mudança de carreira para
ressaltar o papel da área de Gestão de Pessoas.
Crise no mercado de trabalho, em profissões, as mudanças que a tecnologia traz
e as exigências que ela faz as empresas solicitarem dos profissionais são só alguns
exemplos que acabam levando o trabalhador a se requalificar ou, até mesmo, mudar de
carreira. Com o objetivo de identificar como e quem são os profissionais que vêm
mudando de carreira, a Revelo, plataforma de recrutamento online, realizou um estudo
sobre o que esses profissionais estão buscando, a partir dos candidatos e empresas
cadastradas na plataforma.
“Acreditamos que mudanças de carreira sempre existiram – basta pensar, há 20
anos, quantos engenheiros formados estavam trabalhando no mercado financeiro. A
formação superior nem sempre está 100% relacionada à atividade fim, mas sim às
habilidades desenvolvidas durante os estudos”, comenta Helena Lizo, Head de Finanças
da Revelo.
74
com 17,93% e 17,39%, respectivamente – e, curiosamente, são as áreas mais
procuradas por profissionais com formação diversas a elas. A lista com as profissões que
as pessoas mais desejam migrar de área está abaixo:
Profissão %
Desenvolvedor 24,46%
Design UX/UI 19,38%
Business Intelligence 17,93%
Marketing Online 17,39%
Entre os que optam por migrar de carreira, o estudo identificou que 36% deles
são graduados, 10% possuem pós-graduação e aproximadamente 2% concluíram um
mestrado. Além disso, 70% deles estão no estado de São Paulo, 12% no Rio de Janeiro e
9% no estado de Minas Gerais. Lembrando que a base é composta por múltiplos
estados, porém com maior concentração de candidatos na região sudeste.
Os estudos afirmam que a geração Millennials (ou geração Y; 21 a 34 anos) é a
que mais busca outras recompensas no trabalho e que tem maior rotatividade entre
empregos, sendo capazes de mudar completamente de carreira ao longo de suas vidas
profissionais. Nos primeiros dez anos de suas carreiras, eles costumam trocar quatro
vezes de emprego, comparados com a média de duas trocas de emprego da geração X
(35 – 49 anos). Eles também ingressam na vida profissional mais jovens do que a
geração anterior, trazendo um amadurecimento pessoal concomitante à escolha da
carreira. Em termos de comportamento, a geração Y é menos apegada a bens materiais
e posterga grandes marcos da vida social que eram valorizados em outras gerações,
como casamento, filhos e casa própria. Isso pode ser traduzido na maior flexibilidade de
escolhas profissionais.
“Carreiras ligadas à tecnologia terão cada vez mais adeptos, tanto pela
necessidade crescente de uso em nosso cotidiano, quanto pela facilidade que os
Millennials e a nova/futura geração possuem ao lidar com tecnologia, desvinculando o
ensino superior à área de atuação de pessoas com maiores conhecimentos técnicos
para esses ocuparem estes cargos”, ressalta Helena. Para essas mudanças, a era digital
é a grande facilitadora para essas mudanças de área. Além de se manterem conectados
às mídias sociais das empresas, acompanhando seus movimentos e pesquisando sobre
novos formatos de relações de trabalho e identificando qual empresa pode oferecer o
melhor ambiente para suas demandas profissionais, o acesso à especialização online é
amplo e permite que jovens profissionais adquiram habilidades e recursos para atuarem
em diferentes cadeiras.
Média de salários
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sendo a carreira que possui o salário mais alto entre os profissionais de tecnologia do
Brasil. São Paulo, por exemplo, é a cidade que mais valoriza o profissional
Desenvolvedor.
A média de salário na capital paulista para esse tipo de profissional é de R$
6.721,69. Logo depois, aparece a carreira de Business Intelligence, que recebe R$
6.241,00, seguida por Design UX/UI, com R$ 5.466,00, e Marketing Online, com média
de R$ 4.588,00.
Fonte: Revista Melhor (2018).
Uma organização deve prezar por um planejamento holístico, ou seja, considera
diversas variáveis sendo que o elemento humano estava sendo deixado em segundo
plano. É importante realizar reflexões sobre o papel das pessoas e também da
tecnologia. Vamos dar um exemplo. A tecnologia permite algumas vantagens como a
conectividade que permite o Home office e Jornadas atípicas e flexíveis, mas também
pode trazer alguns problemas, mesmo que a organização considere que não tem nada a
ver como é o caso da doença denominada como o mal do século que é a depressão que
aparece sutilmente e que se não for tratada pode levar ao suicídio. Além disso, há
também o cyberbullying, assédio moral e sexual que são temas polêmicos que exigiriam
um material a parte para explicar, mas que deixamos como reflexão porque ainda é
bastante negligenciado pelos gestores e profissionais das mais diversas áreas. Um bom
programa de integração pode ajudar a diminuir os efeitos ao deixar clara as regras e os
treinamentos ao longo do tempo para reforçar a cultura organizacional.
Outro ponto passível de atenção é que as pessoas não são meros recursos que
podem ser substituídos a qualquer momento. Em momentos de crise, as primeiras
atitudes de boa parte dos gestores são cortar o café e enxugar a força de trabalho, mas
poucos se questionam se a forma de fazer gestão está correta ou mesmo se o mercado
em que a organização está atuando está concorrido ou ficando obsoleto. Simplesmente,
demitem o colaborador com a justificativa da crise ou necessidade de fazer downsizing.
Não podemos ignorar que existem uma série de fatores que podem levar a saída do
colaborador, mas caso isso venha a ocorrer podem ser pensadas em medidas como
Plano de Demissão Voluntária (PDV) e também o Outplacement que é a preocupação
com o profissional que está saindo realizando práticas para contribuir no processo de
recolocação do indivíduo.
#FICA A DICA#
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As empresas que estão se destacando e se mantendo no mercado são aquelas
que percebem que gestão é importante, mas uma gestão consciente do seu papel no
ambiente é fundamental.
#SAIBA MAIS#
Grandes
Médias
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45 Grupo BExpert 46 Neoway 47 Reachlocal Brasil 48 Conquest One
49 Dimension Data 50 HBSIS 51 Nasajon Sistemas 52 Delphos Serviços
Técnicos
53 Olist 54 Méliuz 55 Hi Platform 56 e-Core
57 Locaweb 58 Kurier 59 Lanlink 60 HP Brasil
Informática
61 Sumup 62 Hotmart 63 Aloo Telecom 64 SG Sistemas de
Automação
65 Touch Health 66 Datacoper 67 iFactory 68 Catho
Software
69 BHS 70 Consinco 71 Máxima Sistemas
Pequenas
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
SUGESTÕES DE MATERIAIS
Conteúdo
Vídeos
Livro
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DEÂNDHELA, T.; Faça o tempo trabalhar para você e alcance resultados extraordinários. 3
ed. São Paulo: Literare Books International, 2017.
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REFERÊNCIAS
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CONCLUSÃO
Este material teve como objetivo apresentar alguns dos assuntos relacionados a
Gestão de Pessoas necessários para o profissional que atua na área da tecnologia da
informação.
É essencial compreender que a as duas áreas estão interligadas sendo que uma
precisa compreender o papel do outro para que ambos criem mecanismos que ajudem
no melhor desempenho da organização.
Mesmo exercendo uma função técnica, o profissional de sistemas vai lidar com
pessoas, seja o usuário final, um membro da equipe ou superiores. Dessa forma, precisa
ter os conhecimentos na área de Gestão de Pessoas para alcançar posições hierárquicas
de liderança. O material não visa ser um manual de instrução, mas instigar a você a
refletir sobre os assuntos e a aprofundar os conhecimentos para ser um profissional
melhor.
As habilidades voltadas para o relacionamento com pessoas cada vez mais se
torna essencial no mercado de trabalho. O mundo do trabalho mudou e as pessoas
precisam estar preparadas para lidar com a dinamicidade do mercado. As informações
são disseminadas com mais rapidez, a competitividade aumentou e é global, as opções
de negócios aumentaram, existe diversidade no mercado de trabalho, a jornada de
trabalho não se restringe apenas ao horário comercial.
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práticas, mas ter disponibilidade e interesse em inserir essas ações no cotidiano da
organização.
Espero e desejo que esse material possa contribuir para que consiga prosperar
em sua carreira, independente da opção que desejar.
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