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PRODUÇÃO DE REFRIGERANTES

O refrigerante é uma bebida gaseificada rica em corantes, conservantes e açúcar (exceto


as versões light e diet apresentam menor quantidade de açúcar). que surgiu na Europa no
século 17. Em 1676 , A empresa Compagnie des Limonadiers (Companhia de Limonadas)
tinha o monopólio na venda desse refrigerante e, diferentemente de hoje, o refrigerante era
basicamente composto por água, sumo de limão e açúcar, pois naquela época, não havia
ainda se descoberto a mistura de água ao gás carbônico.

Em meados de 1760, O cientista Joseph Priestley descobre como carbonatar água


artificialmente e, o publica em 1772. Mas somente nos anos de 1830, Farmacêuticos
começaram a associar água gaseificada aos refrigerantes e, a usar outros ingredientes
além do sumo do limão.

A primeira indústria de refrigerante surgiu em 1871 nos Estados Unidos, com o lançamento
do primeiro refrigerante com marca registrada, o Lemon’s Superior Sparkling Ginger Aleã.
No Brasil, os primeiros registros datam do começo do século 20, mas somente na década
de 1920 é que o refrigerante entrou definitivamente no cotidiano do povo brasileiro. Em
1942, no Rio de Janeiro, foi instalada a primeira indústria de refrigerantes no Brasil (A
indústria da Coca-Cola).

CLASSIFICAÇÃO DE REFRIGERANTES

Os refrigerantes podem ser classificados como:

  Refrigerante à base de sumo de frutas com quantidade mínima de sumo de uma


ou de várias frutas.
 Refrigerante à base de extratos vegetais dissolvidos em água com aromatizantes
podendo haver ou não sumo e outros ingredientes vegetais.
  Refrigerante à base de aromatizantes onde são dissolvidos os aromas, sumos,
açúcares, dióxido de carbono, acidulantes e antioxidantes.

PROCESSO DE FABRICAÇÃO DOS REFRIGERANTES

A produção de refrigerante se modernizou muito com o passar do tempo, mas os


ingredientes principais ainda continuam os mesmos (água, CO2 (para a carbonatação),
açúcar cristal e sumo de fruta(s) (em caso de refrigerantes de fruta) ou extrato vegetal (em
caso de refrigerantes de cola)) e, além desses, hoje também se usa diversos aditivos
como conservantes (p.e., sorbato de potássio e benzoato de sódio), estabilizantes,
acidulantes, corantes, essências (guaraná, cola, limão, laranja, tutti-frutti), entre outros.

O processo de produção do refrigerante pode ser dividido em três partes: o preparo do


xarope simples, obtenção do xarope composto e o processo de diluição, carbonatação e
envasamento.

PREPARO DO XAROPE SIMPLES

O xarope simples é uma mistura (também chamada de calda) aquosa de água tratada com
açúcar (que é substituído por edulcorantes sintéticos na produção de
refrigerantes dietéticos), eventualmente enriquecida com ácidos orgânicos. Sua
obtenção se dá pela diluição do açúcar em água quente, seguido de cozimento à
temperatura de 82-100 ºC de modo a retirar impurezas que possam gerar problemas de
odor e sabor estranho no produto final. Está mistura é então tratada e clarificada, usando
carvão ativado em pó, terra diatomácea ou outro produto semelhante para esse
tratamento. 

Após isso, o xarope passa por um filtro de placas com a finalidade de remover o carvão
ativado e outras partículas do xarope preparado, depois esse xarope passa por um trocado
de calor, onde é resfriado a uma temperatura próxima a 20ºC. Ao termino desse processo,
o xarope é armazenado em tanques de aço inoxidável.
No entanto, esse preparo também pode ser feito a frio acidificado, com a dissolução do
açúcar em água na temperatura ambiente e imediata adição de ácido a esse xarope
simples a frio, o qual deixa o xarope menos sujeito ao ataque de microrganismos.

OBTENÇÃO DO XAROPE COMPOSTO

O xarope composto é preparado em um tonel agitado mecanicamente, adicionando-se ao


xarope simples aditivos que distinguem os refrigerantes entre si, conferindo características
de cor, sabor, odor e propriedades químicas adequadas à sua conservação. Esses aditivos
incorporados, podem ser sucos naturais de frutas (em caso de refrigerantes com sabor
de fruta), extratos vegetais (em caso de refrigerantes de guaraná ou cola),
flavorizantes, estabilizantes, conservantes, corantes, antioxidantes, entre outros aditivos

Para se o produzir o extrato de guaraná, a semente de guaraná passa por um processo de torrefação, moagem
e depois essa semente é tratada com solventes alcoólicos que auxiliam na liberação da essência de guaraná
( operação que é realizada em extratores rotativos). Após isso, essa essência passa um processo de
decantação filtração e concentração a vácuo.

PROCESSO DE DILUIÇÃO, CARBONATAÇÃO E ENVASAMENTO

DILUIÇÃO E CARBONATAÇÃO

Nessa ettapa do processo de fabricação, o xarope composto é diluído em água tratada, de


acordo com os requisitos necessários de qualidade, e após essa diluição, ocorre a
Carbonatação (que é adição de gás carbônico (CO 2)) através do CarboCooler
( equipamento que mistura o xarope diluído com gás carbônico). 
A maioria das empresas hoje apenas realiza está parte do processo, recebendo o xarope
pronto para diluição, carbonatação e envasamento. Assim garantindo maior segurança da
formula secreta de seu xarope composto.

ENVASAMENTO

O envasamento é feito logo após carbonatação do refrigerante, de modo a evitar perdas


de CO2. As latas de alumínio, garrafas de vidro e PET são as embalagens mais utilizadas. 

Os vasilhames são cuidadosamente inspecionados antes de serem cheios, e aqueles que


estão fora das especificações para uso (garrafas trincadas, bicadas, lascadas, lixadas,
quebradas, sujas) são retirados. Após a seleção dos vasilhames, as garrafas são
colocadas na esteira de transporte e entram nas lavadoras, onde são prelevadas em um
tanque com água.

Os vasilhames que estão muito sujos (geralmente os vasilhames retornáveis) são imersos
em um tanque com solução alcalina de soda cáustica quente, para retirada da sujidade,
impurezas e esterilização. E após essa etapa, são enxaguados em tanque com esguichos
de água limpa. E no final, uma nova inspeção e seleção são feitas antes de seu envio para
a máquina enchedora.
OPERAÇÕES AUXILIARES

A produção de refrigerante conta com três tipos principais de operações auxiliares:


geração de vapor, sistemas de lavagem e tratamento de água, com características de
operação semelhantes, entrada e saídas do processo de produção dos refrigerantes.

Fluxograma de processo genérico da produção


de refrigerante
REFERÊNCIAS
 http://abir.org.br/2011/01/12/timeline-da-industria-de-refrigerantes-2/ (Acessado em
28/06/2013 as 12:37)
 http://www.afrebras.org.br/bebidas/refrigerante (Acessado em 28/06/2013 as
11:45)
 Revista Química Nova na Escola, A Química do Refrigerante, Ana Carla da Silva
Lima e Júlio Carlos Afonso, 03/11/08 
 http://www.brasilescola.com/curiosidades/historia-do-refrigerante.htm (Acessado
em  28/06/2013 as 13:38)
 Cervejas e Refrigerantes Serie P+L, CETESB ,(Companhia de Tecnologia de
Saneamento Ambiental),2005
 Produção de refrigerantes de frutas, Eng Química Sonia Maria Costa Celestino
,Embrapa , 2010
 SOFT DRINKS ,Their origins and history ,Colin Emmins-Shire Publications Ltd ,
1991

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