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REVISTA DAS ENGENHARIAS DA UNI7 (ISSN 0000-0000)

CENTRO UNIVERSITÁRIO 7 DE SETEMBRO


Fortaleza, v. 0, n. 0, art. 0, mmm./mmm. 2017, p. 000-000
Disponível em: http://www.uni7setembro.edu.br

COMUNICAÇÃO DE EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO EM REDES DE


DISTRIBUIÇÃO

Kilder Andreson dos Santos Viana


Graduando do Curso de Engenharia Elétrica do Centro Universitário 7 de Setembro (UNI7).
Kadsv@hotmail.com.br

Alyson Bezerra Nogueira Ribeiro


Professor do Curso de Engenharia Elétrica do Centro Universitário 7 de Setembro (UNI7).

RESUMO

Realizar um estudo sobre as formas de comunicação e proteção da rede de


distribuição, tendo como exemplo as chaves com telecomando e os Religadores de
linha, observando seu processo e como deixa-lo mais eficiente.

PALAVRAS-CHAVE
Comunicação, Controle, Estudo, Proteção, Distribuição.

ABSTRACT
Carry out a study on the ways of communication and protection of the distribution
network, taking as an example the keys with remote control and line reclosers,
observing its process and how to make it more efficient .
KEYWORDS:
Communication, Control, Study, Protection, Distribution.
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1 INTRODUÇÃO

Com o advento dos sistemas de redes de computadores e a necessidade de


poder ter um maior controle sobre o processo de distribuição de energia, houve a
necessidade de se associar tal conceito com os recursos existentes, então por meio
da utilização de protocolos de comunicação, esse controle se tornou mais viável, ter
uma filosofia tanto para essa comunicação quanto para modelos de proteção
também era fundamental, assim redes de distribuição tem setores especializados no
estudo e aplicação da comunicação e proteção de equipamentos, através do
telecontrole.

A criação de padrões para comunicação de dados entre servidor e cliente, foi


chamada de protocolo, e teve seu advento principalmente na década de 90 ao final
da Guerra Fria, e a nova revolução industrial, que revolucionara a informatização, a
rede de computadores se tornou mais complexa, porém era inegável sua alta
aplicabilidade, tanto é que estudiosos como Gordon Clarke e Deon Reynders,
dedicaram-se a formular um livro sobre práticas de protocolos de comunicação em
sistema SCADA com o intuito de familiarizar-nos com essa linguagem de
comunicação, nesse trabalho será abordado sua funcionalidade num estudo de caso
da Distribuidora de Energia “Enel Distribuição Ceará”, afim de demostrar seus
padrões e vantagens de aplicação.

2 REVISÃO DE LITERATURA

Em redes de distribuição as comunicações e as proteções são estabelecidas


através de um sistema SCADA, a Unidade Terminal Remota, transfere dados para o
equipamento, através de protocolos de comunicação.

Na gestão do telecontrole, o sistema SCADA (Sistema de Supervisão e


Aquisição de Dados), se dispõe de softwares e interfaces, para um controle mais
ativo sobre os dados de comunicação, valendo-se então, principalmente de
Protocolos de Comunicação.

Protocolos de comunicação nada mais são que um conjunto de regras e


padrões para envio e recebimento de mensagens entre o transmissor e o receptor,
eles foram criados para atender a necessidade dos fabricantes, mas seu uso em
longo prazo e o crescimento do Sistema SCADA, fez com que o usuário tivesse
desvantagens, pois o usuário fica bloqueado para atualizações, e faz com que tenha
que mudar processos essenciais, caso queira mudar de fabricante, no restante do
processo de telecontrole.

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Na visão de autores como Gordon Clarke e Deon Reynders, (autores do livro”


Practical modern SCADA protocols dnp3, IEC 60870-5 and Related Systems”), a
linguagem em padrões abertos como DNP3 e IEC 60870-5 tiveram grande
relevância, pois a partir desses novos padrões foi possível a conexão de mensagens
de Estações mestre e Equipamentos de fabricantes diferentes a partir de uma
linguagem em comum, essa visão levou a criação dos Protocolos DNP3 e IEC
60870-5.

2.1 Linguagem de utilização

Para se entender o processo de comunicação, é fundamental definir os


principais protocolos de comunicação e outras linguagens importantes:

2.1.1 Protocolo de Comunicação DNP3

A comunicação é a forma a qual referida informação é transmitida ao


receptor, assim sendo, o protocolo DNP3 é das linguagens que fazem com que A
UTR se comunique com o equipamento de proteção, suas maiores características
são:

Sua comunicação se estabelece através do processamento TCP/IP, onde se


é endereçado um IP (Protocolo internet) e uma porta TCP, que é caminho a qual o
os comandos chegam ao usuário TCP. Assim, o DNP3 pergunta se tal ação deve
ser transmitida, o usuário TCP responde, estabelecendo assim uma comunicação
com a UTR.

2.1.1.1 Características do DNP3

-Transporte de pequenos pacotes de dados;

-Define a comunicação entre Estações Mestre, UTR’s e IED’s;

-Aplicações industriais mais amplas nas indústrias de óleo e gás, água,


águas residuais e segurança;

-Perguntas e Respostas de múltiplos dados numa mesma mensagem;

- Quebra mensagens em vários pacotes para maior detecção de erros;


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-Resposta sem necessidade de solicitação;

-Sincronização Automática com relógios de dispositivos;

-Resposta via porta TCP;

2.1.2 Protocolo de Comunicação IEC 60870-5

Já o protocolo IEC 60870-5 foi expandido devido a necessidade de uma


comunicação de padrão aberto, onde pode-se ter uma Estação Mestre de um
fabricante, e a UTR de outro fabricante, que também se utiliza de protocolo de
comunicação, devido a suas proteções que se comunicam com o equipamento.

2.1.2.1 Características do IEC 60870-5

-Padrões abertos de comunicação;

-Configuração em nível baixo e mais complexo;

-Funcionalidade dedicada ao telecontrole e sistemas elétricos;

-Possui perfil de segurança funcional de dados similar ao DNP3;

2.1.2.2 Ramificações do IEC 60870-5

-O protocolo IEC 60870-5 foi ramificado para aplicações diferentes, que são;

-IEC 60870-5-103 : Padrão de comunicação entre sistemas de controle de


subestação e equipamentos de proteção;

-IEC 60870-5-104: Extensão do IEC 60870-5-101 Utilizando interface TCP/IP


para redes com conectividade em LAN e roteadores para redes WAN;

2.1.3 Protocolo Internet

É responsável pelo endereçamento do pacote de dados, uma característica


sua é a não verificação da resposta, ou seja, ele não verifica se a mensagem
chegou ao destino, esse protocolo designa apenas a endereçar a informação.

2.1.3.1 Endereço IP

Endereço ao qual o computador é identificado pela rede, ele pode ser fixo, ou
dinâmico, sendo os fixos, aqueles que mesmo quando o computador estiver
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desligado, terão o mesmo endereço, e os dinâmicos são atribuídos certo valor


quando estão ativos, e quando não estão perdem tal valor, os fixos, o valor é
atribuído por um administrador, já os dinâmicos são atribuídos por um software
chamado DHCP(Protocolo Configurado com Endereçamento Dinâmico), comumente
atribuídos a redes conectadas via internet.

2.1.4 Protocolo TCP

Responsável pela transferência de dados de conexão propriamente dita, em


outras palavras é o protocolo de resposta, caso haja erro na transmissão de dados,
esse protocolo detecta e retransmite os dados perdidos.

2.1.4.1 Pilha TCP/IP

TCP/ IP não é um protocolo em si, mas na verdade uma junção de outros


dois, eles tentam garantir a conexão de dados de forma a um Computador e um
equipamento passão “conversar” entre si. A pilha TCP/IP é formada por 4 Camadas,
que são a de aplicação, transporte, rede e interface.

-Aplicação: Envia e recebe informações de outros programas através da rede,


e repassa a próxima camada, após sua aplicação;

-Transporte e Rede: Recebe os dados aplicados, verifica sua segurança e


divide-os em pacote de dados;

-Interface: Receber e enviar pacotes através da rede;

3 MÉTODO E PROCEDIMENTOS EXPERIMENTAIS


1ºPasso - Corte

Dependendo do tamanho ou do formato de uma peça, ela pode precisar ser


seccionada. Uma superfície plana, com a menor deformação possível, é preferida,
de modo a facilitar e acelerar preparações futuras.
Um método de corte bastante eficiente é o corte abrasivo lubrificado, que introduzirá
uma quantidade mínima de danos em relação ao tempo necessário para o corte.
O corte abrasivo lubrificado emprega um disco de corte composto de um abrasivo e
um revestimento. O líquido refrigerante molha o disco para evitar danos à amostra
devido ao calor gerado pela fricção. O refrigerante também remove as sujeiras da
área de corte
Dependendo do material a ser cortado, podem ser necessário discos de diferentes
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composições. A dureza e a ductilidade do material influenciam na escolha do disco


de corte.
Cerâmicos ou sintetizados são secionados com diamantes revestidos de metal ou
baquelite. Para materiais ferrosos, tipicamente se utiliza óxido de alumínio, ou
comumente chamado de alumin (Al2O3), revestido de baquelite. O nitreto de boro
cúbico (CBN) é também amplamente utilizado para os tipos mais duros de materiais
ferrosos. Os metais não-ferrosos são cortados com carbureto de silício (SiC)
revestido de baquelite.

Descrição do ensaio: Cortar material, corpo-de-prova, barra vergalhão, em uma


cortadora metalográfica com dimensões de corte de aproximadamente de 5 mm.
Prende-se a peça no equipamento, fecha-se a lateral, liga-se o disco e bomba de
lubrificação e corta o material do tamanho desejado.

2.º Passo- Embutimento

O propósito do embutimento é de proteger os materiais frágeis ou revestidos durante


a preparação, além de facilitar o manuseio da amostra.
O embutimento também é utilizado para produzir amostras de tamanho uniforme.
Duas técnicas diferentes estão disponíveis: o embutimento a quente e o
embutimento a frio.
Dependendo do número de amostras e da qualidade necessária, ambas as técnicas
de embutimento possuem certas vantagens.
O embutimento a quente é ideal para um alto giro do volume de amostras admitidas
no laboratório. Os embutidos resultantes serão de alta qualidade, de forma e
tamanho uniforme, e necessita de um curto tempo de processo.
O embutimento a frio é aceitável para uma grande série de amostras admitidas no
laboratório, e também para amostras individuais. Em geral, as resinas para
embutimento a quente são menos caras do que resinas para embutimento a frio. No
entanto, é necessária uma prensa para o embutimento a quente. Algumas resinas
para o embutimento a frio podem ser utilizadas para impregnação a vácuo.

Descrição do ensaio: Inicia-se o processo passando desmoldante de silicone no

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recipiente da embutidora. Coloca-se o corpo de prova centralizando-o na máquina,


em seguida coloca-se uma medida de baquelite, fecha-se a tampa. Então é aplicada
uma pressão de 115 kg/cm², através de uma alavanca lateral que aciona um pistão
hidráulico, nunca ultrapassar o limite de 150 kg/cm². Toda vez que a pressão
diminuir, tem que aumentá-la movendo a alavanca. Após um tempo de 5 minutos
retira-se o corpo de prova.

3ºPasso-Lixamento

O próprio lixamento remove a superfície danificada ou deformada do material,


enquanto são introduzidas somente quantias limitadas de novas deformações. A
meta é uma superfície plana com danos mínimos que possam ser removidos
facilmente durante o polimento, no menor tempo possível.
Geralmente são usadas lixas em formatos de discos em um equipamento chamado
politriz. Esses discos possuem materiais abrasivos, como o carbeto de silício. Lixa-
se primeiramente com lixas grossas, conforme os defeitos vão sendo reduzidos,
troca-se para lixas de granulometria mais finas, tentando reduzir bastante as
deformações da amostra, a fim de facilitar o polimento.
Descrição do ensaio: Após o embutimento, obedecendo a granulometria correta, da
lixa mais grossa para a mais fina, inicia-se o processo na lixadeira manual com a lixa
de água 220, para conformação das imperfeições mais rústicas, sempre tomando o
cuidado para não arredondar a aresta do corpo de prova. Após cada lixamento a
superfície deve ser cuidadosamente limpa. A segunda etapa é na lixadeira Politriz
com a lixa 260. Coloca-se a peça no disco giratório e continua o processo, logo após
troca-se para Politriz com a lixa 360, todos o processo de lixamento foi realizado
com lubrificação de água, sempre mantendo o esforço no centro da amostra para
não criar planos.

4º Passo - Polimento

Como no lixamento, o polimento deve remover os danos introduzidos pelas etapas


anteriores. Isto é obtido através de sucessivas etapas de aplicação de partículas
abrasivas mais finas.

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O diamante é utilizado como um abrasivo, e consegue a mais rápida remoção de


material e a melhor planicidade possível. Não há outro abrasivo capaz de produzir
resultados similares. Devido a sua dureza, o diamante pode cortar extremamente
bem todos os materiais e fases.
Certos materiais, especialmente aqueles que são moles e dúcteis, requerem um
polimento final de ótima qualidade. Neste caso, utiliza-se o polimento a base de
óxidos. A sílica coloidal, de tamanho de grão aproximado de 0,04 mm e pH de 9,8,
têm demonstrado grandes resultados. A combinação de atividade química e abrasão
fina e suave produzem amostras absolutamente sem riscos e deformações. A OP-U
é uma suspensão para o polimento geral, que fornece perfeitos resultados em todos
os tipos de materiais. A OP-S pode ser utilizada com reagentes que aumentam a
reação química, que tornam a OP-S uma excelente opção para materiais muito
dúcteis. Uma suspensão de alumina, ácida, OP-A, é utilizada para o polimento final
de aços de baixa e alta liga, ligas de níquel base e cerâmicos.

Descrição do ensaio: Após o lixamento, coloca-se a peça na Politriz com feltro de


espessura 3μm, água para a lubrificação e pasta adiamantada para auxiliar no
polimento. Em seguida, coloca-se a peça na Politriz com feltro de 2μm e pasta
adiamantada com granulação mais fina para ter acabamento melhor, até a superfície
da amostra ficar espelhada e sem nenhum arranhado.Não colocar o dedo na
superfície polida.

5º Passo - Ataque Químico

A superfície das amostras, quando atacada por agentes específicos, sofre uma série
de transformações eletroquímicas baseadas no processo de oxi-redução.
Para o ataque químico são usadas soluções de ácidos, bases e sais, bem como sais
fundidos ou vapores. As condições de ataque, tais como: químicas, temperatura e
tempo podem ser variados para atingir as mais diversas finalidades de contraste.
Basicamente, o ataque consiste em fazer com que a solução de ataque reaja com
determinado elemento da amostra. As regiões onde ocorreram as reações ficarão
mais baixas, do que as regiões onde o ataque não surtiu efeito.
Através do microscópio as regiões mais altas conseguirão difratar a luz e aparecerão

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claras na micrografia. As regiões mais baixas, por estarem encobertas pelas mais,
difratarão pouca luz, que será representado por regiões mais escuras.
Após o ataque químico a amostra deve ser rigorosamente limpa, para remover os
resíduos do processo através de lavagem em água destilada, álcool ou acetona, e
posteriormente seca através de jato de ar quente.

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