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CERIMONIAL E PROTOCOLO
As regras protocolares fazem parte da nossa sociedade. Desta forma, o
cerimonial e o protocolo regem as relações e a civilidade entre as autoridades
constituídas nos âmbitos jurídico, militar, eclesiástico, diplomático, universitário,
privado e em todas as instâncias do Poder Público.
Estas práticas existem com o objetivo de determinar os procedimentos e evitar
embaraços. No Brasil são, basicamente, condutas norteadas por leis municipais,
estaduais e federais que resguardam características culturais, sob normas
internacionais; sem esquecer, contudo, que enquanto linguagem são passíveis de
transformação e atualização.

Protocolo
É o conjunto de normas jurídicas, regras de comportamento, costumes e ritos de
uma sociedade em um dado momento histórico, geralmente utilizadas nos três
níveis de governo (federal, estadual e municipal).
O Protocolo regula a conduta nas cerimônias públicas ou privadas. São normas a
serem cumpridas por um membro de qualquer corporação.
Trata-se, ainda, de instrumento de suporte ao cerimonial, em que são
estabelecidas regras a serem seguidas, com o propósito de ordenar e evitar
constrangimento entre os participantes do evento.
Na área pública ou oficial, o protocolo rege os cerimoniais, através de
regulamentação específica, que estabelece a ordem ou regime das ações aplicadas
no evento.

Cerimonial
É a aplicação prática do protocolo, ou seja, é o evento, atividade ou cerimônia
que segue certos procedimentos e formalidades, com o objetivo de promover a
harmonia entre os participantes da atividade, respeitando as características do ato e
estabelecendo uma ordem para os acontecimentos.
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Tipos de Cerimoniais

Existem vários tipos de cerimoniais, entre os mais usados destacam-se:


Cerimonial Civil: refere-se aos cerimoniais oficiais utilizados nas esferas federal,
estadual e municipal. É bastante rigoroso, possui e é regulamentado por legislação
específica, que dá as determinações de como proceder. Estes eventos também são
denominados públicos ou oficiais.

Cerimonial Militar: é aplicado nas organizações militares. É regido pela Portaria


Normativa nº 660/MD, de 19 de maio de 2009, que substituiu o Decreto nº 2243, de
03 de junho de 1997.

Cerimonial Religioso: cada crença possui seus cerimoniais e regras de aplicação


dos mesmos, através de regulamentos da instituição religiosa.

Também existem os cerimoniais particulares. Estes são aplicados em eventos


sociais, empresariais, institucionais, etc. Estes tipos de eventos não costumam
seguir um documento que estabelece as regras de como agir. Tudo depende da
atividade e público. Os aspectos culturais de cada local influenciam nestes
cerimoniais.

Todo o processo de Protocolo e Cerimonial segue uma lógica. A maior parte das
regras e ritos tem um porquê, nada é estabelecido aleatoriamente. Todo o processo
de Protocolo e Cerimonial segue uma lógica. A maior parte das regras e ritos tem um
motivo, nada é estabelecido aleatoriamente.
Enquanto o cerimonial formal é uma organização do ritual baseada
principalmente em leis, o cerimonial informal não possui legislação específica
escrita, mas se baseia em uma sequência de rituais implícitos em um evento.
O roteiro escrito do evento, o conjunto de informações colocadas em um papel
para servir de orientação da condução do evento, também costumamos denominar
cerimonial. Dessa forma, cerimonial é o acontecimento, mas também o roteiro.
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Hierarquia
É a ordem e subordinação dos poderes civis, militares e eclesiásticos; é a série
contínua de graus ou escalões, em ordem crescente ou decrescente; é ainda a
ordenação da autoridade, em diferentes níveis, dentro de uma estrutura própria.

Quebra de Protocolo
Quando as normas, regras e disciplinas são interrompidas por alguma razão pessoal
do sujeito principal da ação.
Em alguns casos, o abandono ou relaxamento do cerimonial e do protocolo que gera
a ‘quebra de protocolo’ é, muitas vezes, um desejo de agradar, de se fazer simpático
ou ainda da própria maneira, geralmente humana, de se portar frente a outro ser
humano. Sempre consciente por parte de quem faz a ação.

Etiqueta
É um conjunto de normas de comportamento social, profissional e familiar, que
retrata a sociedade em cada época distinta. A etiqueta também indica os costumes e
hábitos dos povos.

ORIGEM DO CERIMONIAL E PROTOCOLO


O cerimonial e o protocolo são tão antigos quanto a história da humanidade. Os
seres humanos, desde sempre, se organizaram em grupos ou clãs, onde havia uma
hierarquia a ser respeitada em eventos, como a hora de saborear uma caça, por
exemplo.
Desde os primórdios já existiam líderes que tinham o privilégio de preceder os
demais nas diversas atividades de clã. Os homens primitivos iniciaram as tradições
de cerimonial e precedência para as refeições mais importantes, e também foram
eles que vincularam todos os rituais e cerimoniais à religião.
Os primeiros registros sobre rituais e cerimoniais são chineses. Foi Chou Kung
que realizou a primeira compilação de cerimoniais em XII a. C. Na China, o
cerimonial fazia parte da formação do indivíduo, sem o peso religioso presente em
outras civilizações.
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Os egípcios calcaram suas vidas e seu cotidiano em cerimoniais com base na


religião. Para tudo havia um deus específico e seu ritual correspondente, para que
as pessoas pudessem viver bem.
A civilização grega também foi pautada por cerimoniais que seguiam rígidos
protocolos, nas mais diversas atividades sociais. Filósofos, políticos, esportistas e
todo tipo de cidadão seguiam as normas protocolares. Alguns cerimoniais são
aplicados até os dias atuais, como o acendimento da tocha olímpica, por exemplo.
Na Roma Antiga, os cerimoniais também estavam incorporados ao cotidiano do
povo. Independente do nível social, todos tinham não só o conhecimento dos
cerimoniais como também os praticavam de forma corriqueira. As refeições
noturnas, especialmente, eram repletas de protocolos a seguir.
Na Idade Média, tanto nas cortes como nos feudos da Europa, havia a regra de
comportamento nos palácios.
Neste período, a Igreja interferiu de maneira decisiva no cotidiano das pessoas,
uma vez que todos os cerimoniais estavam na liturgia. Os monarcas eram
entronados em cerimoniais e rituais basicamente religiosos, não poderia ser
admitido nada de profano em evento tão importante.
Os cavaleiros que saiam para combates sangrentos eram abençoados e
homenageados com cerimoniais religiosos, a própria sagração de um cavaleiro tinha
mais um caráter religioso do que militar nesta época.
Após a Revolução Industrial, houve o rompimento com as tradições da Igreja, o
cerimonial adquire bases nas cerimônias do exército, e desde então até os dias de
hoje, em qualquer lugar do mundo, não há setor que mais entenda de rituais e
cerimoniais do que os militares.
No Brasil, desde a sua descoberta em 1.500 o cerimonial sempre esteve
presente. Segundo Freitas (2001), os portugueses procuraram estabelecer regras
para o convívio social, com a finalidade de marcar historicamente sua presença e
assegurar a posse para a coroa.
Durante o I e II Reinados, com a presença da Família Real, o cerimonial contou
com boas performances de nossos governantes. Em sua estada no país, D. João VI
contribuiu para a consolidação de práticas de cerimonial (LUKOWER, 2008).
Religião, hábitos e tradições são elementos que envolvem a formação dos
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cerimoniais em todos os tempos.

NORMAS DE CERIMONIAL E ORDEM GERAL DE PRECEDÊNCIA


O Decreto Federal n.º 70.274 de 09 de março de 1972 – aprovou as Normas do
Cerimonial Público e a Ordem Geral de Precedência. Atualmente, apresentando
deficiências e omissões, em face, principalmente, do surgimento de novos cargos na
esfera federal e estadual, mudanças que ainda não conseguiu acompanhar.
É lei exigida para todos os eventos oficiais e serve de referência para a
organização do cerimonial de eventos empresarias e sociais.
Dentre as determinações previstas no referido Decreto, encontra-se a Ordem
Geral de Precedência, que trata-se do conceito ou ordem pela qual se estabelece a
estrutura máxima do Estado, na medida em que domina a ordem hierárquica de
disposição das autoridades do estado, de um Organismo ou de um Grupo Social.
A hierarquia é o determinante nas questões protocolares, é dela que depende a
organização da precedência.
O Presidente da República sempre presidirá a cerimônia a que comparecer. Os
antigos chefes de Estado passarão logo após o Presidente do Supremo Tribunal
Federal, desde que não exerçam qualquer função pública, pois nesse caso sua
precedência será determinada pela função que exercerem no momento. Não
comparecendo o Presidente da República, o vice-presidente presidirá a cerimônia.
Em caso de eventos promovidos por Ministérios, Estados e Municípios, a função
de presidir a cerimônia caberá ao respectivo ministro, governador ou prefeito.
A precedência entre os Ministros é determinada pelo critério histórico de criação
do Ministério, sendo a mesma regra aplicada para a ordem geral de precedência dos
Estados.
Estados brasileiros:
01 Bahia 15 Rio Grande do Norte
02 Rio de Janeiro 16 Santa Catarina
03 Maranhão 17 Alagoas
04 Pará 18 Sergipe
05 Pernambuco 19 Amazonas
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06 São Paulo 20 Paraná


07 Minas Gerais 21 Acre
08 Goiás 22 Mato Grosso do Sul
09 Mato Grosso 23 Rondônia
10 Rio Grande do Sul 24 Tocantins
11 Ceará 25 Amapá
12 Paraíba 26 Roraima
13 Espírito Santo 27 Distrito Federal
14 Piauí

Observação: O Distrito Federal (DF), embora não tenha sido o último estado ou
unidade federativa a ser formada, é colocado sempre em último lugar como forma
de destaque, por tratar-se da capital da República (LUKOWER, 2008).

Nos Estados e no Distrito Federal


O Governador presidirá as solenidades a que comparecer, salvo as dos Poderes
Legislativo e Judiciário e de caráter exclusivamente militar, nas quais será
observado o respectivo cerimonial.
No respectivo Estado, o Governador, Vice-governador, presidente da Assembleia
Legislativa e presidente do Tribunal de Justiça terão, nessa ordem, precedência
sobre as autoridade federais.

Precedência nos Estados:


- Executivo
- Legislativo
- Judiciário

Nos Municípios
O Prefeito, dentro dos limites do território de seu município, sempre terá
precedência sobre as demais autoridades Federais, Estaduais e Municipais (quando
o evento for responsabilidade do Executivo Municipal, exceto quando a ele
comparecem o Presidente da República e/ou Governador de Estado).
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Precedência nos Municípios:


Prefeito
Vice-Prefeito
Presidente da Câmara de Vereadores
Juiz Diretor do Fórum

Personalidades Nacionais e Estrangeiras


Para a colocação de personalidade nacionais e estrangeiras, sem função oficial,
o Chefe do Cerimonial levará em consideração a sua posição social, idade, cargos
ou funções que ocupem ou tenham desempenhado ou a sua posição na hierarquia
eclesiástica.

Dicas:
Em toda e qualquer situação são seguintes as adoções de precedência:
- o mais velho tem precedência sobre o mais jovem;
- as senhoras têm precedência sobre os homens;
- Na falta de critérios usuais, pode-se aplicar a ordem alfabética.
A precedência é exercida como uma questão de arte de viver, sujeita às
circunstâncias específicas no protocolo.

SÍMBOLOS NACIONAIS
Os símbolos nacionais são as mais importantes representações da pátria, e
expressam o espírito cívico da nação brasileira. Conforme a Lei nº 5.700/71, e
reforçado pelo Decreto nº 70.274/72, são eles:
- O Hino Nacional;
- A Bandeira Nacional;
- O Brasão das Armas Nacionais;
- O Selo Nacional.
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Hino Nacional
É composto pela música de Francisco Manoel da Silva e pelo poema de
Joaquim Osório Duque Estrada, conforme o decreto nº 117 de 20 de janeiro de
1890.
Geralmente executa-se o Hino Nacional, nas cerimônias de abertura ou
encerramento de eventos. Em eventos cívicos a participação do Hino Nacional e da
Bandeira são obrigatórios; em evento social, são opcionais.
Nas cerimônias em que se tenha que executar um Hino Nacional Estrangeiro,
este deve, por cortesia, preceder o Hino Nacional Brasileiro. Nas solenidades oficiais
do Estado executa-se o Hino Nacional na abertura do evento e, o Hino do Estado,
no encerramento.
Para todo e qualquer evento, a postura durante a sua audição é igual. O
público deve estar de pé, em silêncio, mantendo postura formal em sinal de respeito.
Oficialmente, seguindo a regra, não se aplaude o Hino Nacional, mas nos
tempos atuais esse gesto é visto como euforia e amor à Pátria.
O Hino Nacional quando apenas instrumentado, não é repetido; somente será
repetido quando for cantado, para que os versos da segunda parte também possam
ser cantados.
Os Hinos podem ser executados por músicos, instrumentistas, bandas de
música, orquestras sinfônicas, CD’s, conforme a ocasião e o bom senso.

Bandeira Nacional

A Bandeira é hasteada diariamente em repartições públicas e órgãos


governamentais, seja de nível municipal, estadual ou federal. É obrigatório o
hasteamento em dias de festa ou de luto em todas as repartições públicas,
estabelecimentos de ensino e sindicatos. Quando decretado luto, a Bandeira é
hasteada a meio mastro. À noite a bandeira deve estar devidamente iluminada.
As bandeiras em maus estado de conservação devem ser entregues a qualquer
unidade militar, para que sejam incineradas no Dia da Bandeira seguindo um
cerimonial peculiar.
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Brasão das Armas Nacionais

As Armas Nacionais foram instituídas pelo Decreto nº 4 de 19 de novembro de


1889 e alterada pela Lei 5.443. São utilizadas no Palácio do Planalto, nos
Ministérios, no Congresso Nacional, nos Tribunais de Justiça, nas prefeituras e
câmaras municipais, etc. Além disso, nos papéis oficiais, convites e publicações
oficiais de nível federal.

Selo Nacional

É constituído por um círculo, representando uma esfera celeste, igual ao que


se acha no centro da Bandeira Nacional, tendo em volta as palavras República
Federativa do Brasil. É usado para autenticar os atos do Governo, diplomas e
certificados expedidos por estabelecimentos de ensino, oficiais ou reconhecidos.

ORGANIZAÇÃO DAS BANDEIRAS


Em todas as apresentações em território brasileiro, a Bandeira Nacional
obedece a ORDEM GERAL DE PRECEDÊNCIA e deve ocupar sempre o lugar de
honra. A posição da bandeira deve ser:
- Central ou a mais próxima do centro;
- Destacada à frente de outras bandeiras quando conduzida em formaturas ou
desfiles;
- À direita de tribunas, púlpitos, mesas de reunião ou de trabalho.

- As embaixadas de outros países no Brasil, por constituírem território estrangeiro,


são os únicos lugares em que a Bandeira Nacional fica em segunda posição.

Atenção: A ordem de precedência para organização das bandeiras dos estados


brasileiros segue a ordem cronológica de criação do respectivo estado, conforme a
tabela da página 05.
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Em eventos com presença de bandeiras estrangeiras, as bandeiras de outros


países são posicionadas em ordem alfabética do nome do país, de acordo com o
idioma do país sede do evento. Todas as bandeiras nacionais devem ter tamanho
igual.
Como primeira bandeira, a Bandeira Nacional, é colocada no local de honra,
seguida pela segunda no segundo local de honra e escalando as demais, uma de
cada lado.
Caso haja um número ímpar de bandeiras, o local de honra é o mastro central
e o segundo local de honra é à sua direita, depois à esquerda e assim
sucessivamente.

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Plateia

Imagine que o suporte de bandeiras é um pódio, posicionado de frente para a


plateia. No centro, fica a pessoa mais importante, a sua direita a segunda pessoa de
maior expressão, e à esquerda de quem ocupa a posição central a terceira pessoa
mais importante, e assim sucessivamente.

Caso haja um número par de bandeiras, o local de honra é o mastro central mais
à direita, seguido pelo mastro central a sua esquerda, depois a sua direita, etc.
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Plateia

A Bandeira do MERCOSUL foi hasteada pela primeira vez no Brasil em 9 de julho


de 2004. A Lei 12 157, de 23 de dezembro de 2009, modificou o artigo 13 da Lei
5700, e passou a ser obrigatório o hasteamento da bandeira do MERCOSUL junto a
Bandeira Brasileira nos lugares citados no artigo. De um lado é escrita em
português, conforme exemplo abaixo:

Ainda não existe uma regulamentação específica sobre a precedência da


bandeira do Mercosul. Por isso ela pode ser disposta das seguintes formas:
ocupando a segunda precedência (quando colocada logo após a do Brasil) ou
ocupar a colocação após a bandeira da cidade, quando esta também for hasteada.
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Regulamento da Utilização da Bandeira:


- Sendo a bandeira um símbolo do país, não deve estar suja ou rasgada.

- Deve-se levantar a bandeira até o topo do mastro. Em caso de hasteamento em


tripé, a bandeira nunca deve tocar o chão.

- Em caso de hasteamento simultâneo de 2 bandeiras nacionais, elas devem ter o


mesmo tamanho (o mesmo ocorre quando são colocadas na parede).

- Não é permitido hastear 2 bandeiras em um mesmo mastro.

- Normalmente, bandeiras de associações e entidades não são hasteadas em


conjunto com as bandeiras nacionais. Caso isso ocorra, as bandeiras nacionais
devem ser maiores e devem ser posicionadas em lugar mais alto dos que as
demais.

- Em caso de hasteamento de bandeiras de diversas categorias, a bandeira de


maior importância deve ser hasteada em primeiro lugar.

- As bandeiras devem ser hasteadas com o nascer do sol, ou no início do evento, e


arriadas ao pôr do sol, ou no final do evento. À noite a bandeira deve estar
devidamente iluminada.

- Em caso de luto, costuma-se hastear a bandeira a meio mastro. Nesses casos, a


bandeira deve ser hasteada até o topo e abaixada até a metade do mastro. Para
arriá-la, é necessário hasteá-la novamente até o topo para depois poder abaixá-la.

- Faz parte do protocolo internacional, ficar em sentido ereto, em sinal de respeito à


bandeira durante o seu hasteamento.

TIPOS DE MESAS EM EVENTOS

Alguns eventos possuem, como parte de seu desenvolvimento, uma


composição de mesa.

De acordo com o tipo de cerimonial, a composição da mesa poderá ocorrer de


formas diferentes:
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1. O evento poderá iniciar com a mesa de honra já composta;


2. A composição da mesa poderá ocorrer no decorrer do cerimonial.

Outra situação a ser observada é que, de acordo com o tipo de cerimonial, a


composição da mesa:

1. Será dissolvida em momento determinado; ou


2. Permanecerá íntegra durante as atividades.
Independente da situação existe um aspecto muito importante a considerar: a
hierarquia. A ordem geral de precedência de apresentação ou de chamada dos
componentes da mesa segue a forma tradicional, iniciando pela pessoa mais
importante até aquela de menor expressão.
Existem formatos diversos de mesa que são aplicados nos eventos, tudo
dependerá do tipo de atividade que será realizada. O profissional de eventos estará
atento ao tipo de mesa, decoração e ordem de organização (hierarquia) dos
convidados para a composição da mesa, sempre com rigorosa observância da
precedência.

Os lugares na mesa são organizados a partir do centro, onde fica a pessoa


mais importante, para as laterais, de forma alternada. Também será preciso observar
o formato e o número de pessoas que irão compor a mesa (par ou ímpar).

Mesas Retangulares

Em situações de número ímpar, segue abaixo a ordem correta de organização.

Quando a mesa for composta por número par de convidados, não existe um centro,
então o local de honra ficará a direita de um centro hipotético.
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Mesa em Formato de U Invertido


O lugar de honra é o centro da parte mais comprida da mesa.

Mesa em Formato de T
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Mesa Redonda
A mesa redonda é um formato que combina com vários tipos de ambientes. No
entanto, é um modelo de mesa que dificulta o estabelecimento de precedência, pois
não existe um centro fixo. Dessa forma, o local que decidirmos como o que será
ocupado pela pessoa principal do evento é que determinará a posição dos demais
convidados.
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Existem vários outros tipos de formato de mesa usados em eventos.


Conforme a programação prevista e o tipo de evento, será a definição do tipo de
mesa ideal a ser aplicado.
Também é importante considerar se o evento inclui algum tipo de
alimentação, pois isso influenciará no número de pessoas por mesa.

Plano de Mesa
Em eventos sociais, conforme a formalidade da ocasião, também será preciso
observar algumas questões na organização das mesas.
Em banquetes muito formais costuma-se indicar o lugar de cada convidado
com uma sinalização (plaquinha) com nome.
Costuma-se intercalar homens e mulheres na distribuição da mesa,
permitindo uma conversação mais ampla e melhor efeito para fotos. Os anfitriões
ocupam os lugares nas cabeceiras ou centro das mesas.
Geralmente não deixa-se mulheres nas pontas das mesas, com exceção dos
eventos profissionais, onde a hierarquia por gênero não é considerada para
precedência.

Decoração das Mesas em Eventos


Arranjos florais são usados tanto em centros de mesa, quanto nas laterais. Devem
ser baixos para que não “escondam” os integrantes da mesa. O cuidado com a
altura da decoração é fundamental.

Atenção:
- A disposição das pessoas deve seguir a ordem de precedência hierárquica
(importância).
- O lugar que cada convidado irá ocupar deve estar indicado/marcado na mesa
através de etiqueta ou placa, ou uma recepcionista deverá auxiliar os componentes
da mesa.
- Em solenidade de abertura, com início dos trabalhos logo após, reservar a primeira
fila do auditório para as pessoas que compõem a mesa.
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- O número de cadeiras junto a mesa de honra deve ser igual ao número de


componentes.
- Quando as cadeiras tiverem alturas diferentes de espaldar, a mais alta destina-se à
pessoa mais importante.
- Durante um mesmo evento, a mesa poderá ser composta mais de uma vez.
- É desaconselhável compor a mesa diretiva com um grande número de convidados.
Para uma ocasião como essa, pode-se deslocar os convidados que têm precedência
para a primeira fila do auditório. Dentro do protocolo, considera-se esta fila uma
extensão da mesa principal.
Em eventos com a organização de mesa de honra, é aconselhável ter uma
recepcionista à disposição para atender os componentes da mesma.

FORMAS DE TRATAMENTO
O emprego dos pronomes de tratamento obedece a uma tradição já
consagrada. Para cada função ou grupo de funções existe a maneira correta de
nominar e se dirigir a cada pessoa.
As formas de tratamento são aplicadas como vocativo (quando nos dirigimos
a alguém), como tratamento (a maneira usada quando fazemos referência a alguém)
e para endereçamento de correspondência.

A forma de tratamento Vossa Excelência (V. EXª), é usada quando fazemos


referência às seguintes autoridades:

a) Do Poder Executivo:
- Presidente da República; Vice-Presidente da República; Ministros de Estado; -
Governadores e Vice-Governadores de Estado e do Distrito Federal;
- Oficiais-Generais das Forças Armadas;
- Embaixadores; Secretários-Executivos de Ministérios e demais ocupantes de
cargos de natureza especial;
- Secretários de Estado dos Governos Estaduais; Chefe da Casa Civil da
Presidência da República; Chefe do Gabinete de Segurança Institucional; Chefe da
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Secretaria-Geral da Presidência da República;


- Advogado-Geral da União e Chefe da Corregedoria-Geral da União.

b) Do Poder Legislativo:
- Deputados Federais e Senadores;
- Ministros do Tribunal de Contas da União;
- Deputados Estaduais e Distritais; Conselheiros dos Tribunais de Contas Estaduais;
- Presidentes das Câmaras Legislativas Municipais.

c) Do Poder Judiciário:
- Ministros dos Tribunais Superiores;
- Membros de Tribunais;
- Juízes;
- Auditores da Justiça Militar.

O vocativo a ser empregado em comunicações dirigidas aos Chefes de Poder


é: Excelentíssimo Senhor, seguido do cargo respectivo: Excelentíssimo Senhor
Presidente da República; Excelentíssimo Senhor Presidente do Congresso Nacional;
etc.
As demais autoridades serão tratadas com o vocativo Senhor, seguido do
cargo respectivo: Senhor Senador; Senhor Juiz; Senhor Ministro; Senhor
Governador, etc.

No envelope, o endereçamento das comunicações dirigidas às autoridades


tratadas por Vossa Excelência, terá a seguinte forma:

A Sua Excelência,
o Senhor Fulano de Tal
Cargo ocupado

Em comunicações oficiais, está abolido o uso do tratamento digníssimo (DD),


às autoridades apontadas na lista anterior. A dignidade é pressuposto para que se
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ocupe qualquer cargo público, sendo desnecessária a sua repetida evocação.

Vossa Senhoria é empregado para as demais autoridades que não constam


na lista e para particulares. O vocativo adequado é Senhor Fulano de Tal.

No envelope, deve constar do endereçamento:


Ao Senhor Fulano de Tal
Endereço

Também é dispensado o emprego do superlativo ilustríssimo para as


autoridades que recebem o tratamento de Vossa Senhoria e para particulares. É
suficiente o uso do pronome de tratamento Senhor.

Atenção!
O termo doutor não é forma de tratamento, e sim, título acadêmico. Evite usá-
lo indiscriminadamente. Como regra geral, deve ser empregado apenas em
comunicações dirigidas as pessoas que tenham tal grau por terem concluído curso
universitário de doutorado. É costume designar por doutor os bacharéis,
especialmente, os bacharéis em Direito e em Medicina. Nos demais casos, o
tratamento Senhor confere a desejada formalidade às comunicações.
Os Reitores de universidades são tratados com a forma Vossa Magnificência,
empregada por força da tradição. O vocativo correspondente é Magnífico(a)
Reitor(a).

As formas de tratamento para religiosos, de acordo com a hierarquia


eclesiástica, são:
- Vossa Santidade, em comunicações dirigidas ao Papa. O vocativo correspondente
é: Santíssimo Padre.
- Vossa Eminência (V. Emª) ou Vossa Eminência Reverendíssima, em comunicações
aos Cardeais. Corresponde-lhe o vocativo: Eminentíssimo Senhor Cardeal, ou
Eminentíssimo e Reverendíssimo Senhor Cardeal.
- Vossa Excelência Reverendíssima (V.Exª.Revmª) é usado em comunicações
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dirigidas a Arcebispos e Bispos;


- Vossa Reverendíssima ou Vossa Senhoria Reverendíssima para Monsenhores,
Cônegos e superiores religiosos.
-Vossa Reverência é empregada para sacerdotes, clérigos e demais religiosos.

Outros exemplos por função ou cargo:

- Para Juízes, a forma tratamaneto correta é Vossa Excelência. O vocativo aplicado


é Excelentíssimo Senhor (Exmº.Sr) e Meritíssimo (MM).

- Para a realeza, o vocativo utilizado é Vossa Alteza (V.A.) para Príncipes e


Princesas, e Vossa Magestade (V.M.) para Reis e Rainhas.

CONVITES
A elaboração do convite é uma parte simples, porém essencial do evento, e
requer atenção, objetividade e clareza.
São informações básicas que compõem um convite: quem convida, tipo de
evento ou solenidade, local, data, horário e forma de contato para confirmação
(telefone e/ou e-mail). Conforme o tipo de evento, pode haver menção a presença
de alguma personalidade e no caso de convites de recepções informa-se o tipo de
traje a ser usado.
Os convites formais usam o termo “honra” e os menos formais “prazer”. A
indicação das letras R.S.V.P., que é abreviação de “Répondez S'il Vous Plaît”,
expressão francesa que significa “Responda por favor”, é usada para solicitar que os
convidados confirmem presença ou não no evento.
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É preciso atenção ao tempo de envio dos convites. Para eventos formais, os


convites devem ser entregues com antecedência de 10 à 15 dias, enquanto que
para as atividades menos formais de 5 à 8 dias de antecedência é suficiente. Essas
indicações servem para todas a formas de envio: impresso, virtual ou via telefone.
No caso de convites para autoridades, os mesmos devem ser enviados
acompanhados de um ofício.
Não há nenhuma norma oficial que determine o tamanho certo de convites,
gramatura do papel, corpo e fonte de letra. No entanto, o uso do Brasão é permitido,
exclusivamente, em convites oficiais.
Além disso, percebe-se que os convites formais costumam ser elaborados de
maneira mais sóbria e discreta, enquanto os convites menos formais são
confeccionados em cores e formatos criativos. Porém, todos os modelos devem
manter os elementos básicos de informação.
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Dicas de Etiqueta:
- Atenção ao uso correto do pronome de tratamento, quando necessário.
- Para convites entregues em mãos “EM”, não deve ser colocado o endereço no
envelope, apenas o nome e forma de tratamento.
- No envelope, ou no próprio convite, deve constar o nome do convidado e
acompanhantes, se for o caso. Importante:
- Apenas os nomes indicados são os convidados para o evento;
- Se o convite apresentar a indicação “Fulano e Família”, significa que o núcleo
familiar da residência é convidado.

DISCURSO
Os discursos são ações presentes em vários tipos de eventos e realizados
por diversos motivos. De acordo com o tipo, formato e participantes, serão definidos
momento e pessoas que devem discursar.

Em cerimônias oficiais, em que as autoridades realizarem alguma fala, a ordem


dos discursos seguirá a ordem inversa da precedência dos respectivos oradores,
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usando a palavra em primeiro lugar a autoridade de menor hierarquia e,


subsequentemente, os demais oradores, até o de precedência mais alta, cabendo
ao governador encerrar a solenidade, se for no Estado. Na Nação, o presidente da
república.

Nas cerimônias não oficiais ou particulares a precedência será a seguinte: se


pronunciará em primeiro lugar o anfitrião ou o presidente da empresa. A seguir
discursará a pessoa de precedência menor em ordem crescente e, em último lugar o
de maior precedência.

Atenção: Em eventos com mesa de honra, não há obrigatoriedade de todos os


componentes discursarem, ou seja, a presença na mesa de honra não impõe a
necessidade de falar. Ficará a critério do organizador do evento e do convidado a
definição sobre a realização do discurso ou não.

Quando houver discursos, o organizador de eventos deve prever esta


necessidade e tomar algumas providências, com o intuito de manter o bom
andamento do evento e evitar transtornos ou embaraços.

Comunicado com Antecedência

Todos os convidados que serão chamados a discursar devem ser contatados


previamente. As pessoas devem estar preparadas para falar, bem como cientes do
tema do evento e tempo de disponível. Isso ajudará a evitar falhas e mal-entendidos.

Local do Discurso

Em eventos com composição de mesa, os pronunciamentos para sessão de


abertura de eventos podem ser feitos na própria mesa. A pessoa pode ficar em pé.
Fica a critério da organização do cerimonial o uso do púlpito.

Caso o evento não apresente uma mesa de honra, é importante que as pessoas
que serão convidadas a discursar estejam localizadas em espaço acessível no local
do evento, ocupando a primeira fila de assentos por exemplo, para evitar de
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percorrer um longo caminho ao serem chamadas.

Tempo de Discurso

Não existe, até o momento, uma regra específica quanto ao tempo de duração
dos discursos. No entanto, ao organizar a fala, é importante pensar no público e na
sequência lógica das informações. O tempo de 3 a 5 minutos costuma ser
considerado o ideal para os discursos.

Para que os discursos não se tornem cansativos e alcancem seu objetivo, o ideal
é pensá-lo e organizá-lo com antecedência. Preparar a fala ajuda a manter o foco do
tema, cumprir o tempo estipulado e, também, é uma demonstração de respeito com
o público.

Discurso Estrangeiro

Discursos proferidos em outros idiomas requerem tradução simultânea. Neste


caso, os organizadores do evento devem providenciar os tradutores e o sistema de
áudio com fones de ouvidos para os participantes que necessitem deste recurso.

Estrutura de Discurso

1. Os discursos iniciam com uma saudação;


2. Em seguida, devem ser nominadas as autoridades presentes e convidados de
honra, e fazendo referência ao público geral;
3. Logo após, inicia o conteúdo programado para fala, obedecendo o tema e tempos
acordados;
4. Para finalizar o pronunciamento é feito um agradecimento pela atenção de todos.

Atenção: Em caso de evento com a existência de mesa de honra, quem for


discursar deve se reportar a todos os membros desta mesa, utilizando a forma de
tratamento adequada para cada um.

Se o evento prevê mais de um discurso e a primeira pessoa já nominou todos os


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componetes da mesa, os demais podem fazer referência a isso através da frase


“Meus cumprimentos aos componentes da mesa já nominados pelo protocolo”, e
prosseguir com sua fala a partir deste ponto, evitando repetições que possam cansar
o público.

MESTRE DE CERIMÔNIAS
É importante iniciar esclarecendo que existe diferença entre Cerimonialista,
Mestre de Cerimônias, Apresentador e Animador.

Ceriminialista
É a pessoa que trabalha nos bastidores do evento. Cabe a este profissional
montar o roteiro da cerimônia.

Mestre de Cerimônias (MC)


Conduz a cerimônia de forma linear, seguindo exatamente aquilo que está no
roteiro (script), sua voz e sequência de condução são no mesmo tom ou com
entonações discretas quando necessário. É uma pessoa presente durante todo o
evento, mas neutra durante sua aparição.

Apresentador

Também é a pessoa que, como o mestre de cerimônias, conduz o evento, mas


com um tom mais informal, mesmo respeitando todas as convenções, pode
acrescentar um toque pessoal a sua condução.

Animador
É aquele que dá vivacidade e movimento ao ambiente, responsável por manter a
empolgação do público. De maneira geral, costuma atuar com aqueles que
conduzem o evento (MC ou Apresentador), agindo de forma conjunta a eles, de
acordo com o que é expresso no cerimonial.

O Mestre de Cerimônias (MC) é o responsável pela apresentação do evento,


procedendo a leitura do roteiro e conduzindo, com segurança, o andamento da
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solenidade do início ao fim. Este profissional irá estabelecer uma ligação entre os
atos do evento e o público presente (comissão organizadora, convidados e
participantes).

Em determinados tipos de solenidade, é comum usar um casal para conduzir o


evento. Nesse caso, a dupla divide a lista de nomes a serem chamados ou alterna o
repasse das informações, tornando a cerimônia mais atraente.

Deve manter postura imparcial, não interferir com improvisos (exceto em casos
especiais) e conhecer o meio em que está atuando. A atuação do MC segue um
roteiro escrito por profissionais da empresa ou da área específica do evento. Por
vezes, ele próprio escreve em comum acordo com os organizadores do evento.

Pode, também, o Mestre de Cerimônias elaborar a relação com os nomes das


autoridades presentes, das autoridades que deverão ser citadas pelo presidente ou
anfitrião da solenidade, conferir o som, orientar as recepcionistas quanto a formação
da mesa, coordenar os garçons no serviço de água para a mesa. Conduzir a
cerimônia com bom desempenho.

O MC deve ter o cuidado de treinar a pronúncia correta de nomes, sobrenomes e


marcas. A leitura do cerimonial antes do evento é fundamental para evitar situações
embaraçosas.

Características do Mestre de Cerimônias


- Ter conhecimento de normas do Cerimonial Público;
- Boa impostação de voz (boa dicção);
- Desenvoltura para falar em público;

- Facilidade para improvisar (eventualidades);

- Ser cuidadoso com a aparência;

- Trajar roupas discretas e/ou de acordo com o evento;

- Ter discrição.

O MC deve ter postura rígida de comportamento enquanto estiver em ação.


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Saber entrar e sair do púlpito nas horas precisas. De maneira discreta, acompanhar
pelo roteiro o que está acontecendo para manter o ritmo do evento e estabelecer
critérios do pré-evento, para duração das falas.
A abertura de uma cerimônia é sempre muito delicada e tem que ser planejada
anteriormente, principalmente se houver composição de mesa diretora. As duas
primeiras filas da plateia devem ser reservadas para os que farão parte da mesa.
Os recepcionistas trabalham com discrição atentos as laterais da mesa e outro na
lateral, abaixo do MC para apoiá-lo, se preciso.
Cabe ao MC encerrar a solenidade, com as últimas informações, agradecimentos e
saudação final.

ROTEIRO DE CERIMONIAL
Todo evento possui um roteiro a ser seguido. No caso dos eventos sociais ou
não-oficiais, esse roteiro costuma ser algo implícito ao tipo de evento, mas não
segue um roteiro escrito, e é o anfitrião que estabelece as atividades e momentos.

Em eventos formais, de qualquer área ou espécie, os cerimoniais são mais


rígidos, por esse motivo, existe um roteiro escrito e um Mestre de Cerimônias que irá
conduzi-lo.

De acordo com as características do evento será determinado o número de


Mestres de Cerimônias que deverão atuar e a forma como este ou estes irão
conduzir as atividades.

Alguns eventos combinam com uma apresentação mais descontraída, em geral,


atividades ligadas ao meio artístico. Já os eventos oficiais, empresariais e
acadêmicos pedem uma apresentação mais formal, tanto na apresentação pessoal
como na linguagem usada.

O Mestre de Cerimônias (MC) é o profissional que seguirá o roteiro do evento,


procedendo a leitura do cerimonial escrito. Cada evento tem um texto específico que
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se adéqua ao tema que está sendo tratado. No entanto, existe uma estrutura que
costuma ser seguida para elaborar estes textos.
Se o evento tiver apenas um Mestre de Cerimônias, o texto do cerimonial será
lido na íntegra por este apresentador. No entanto, se o evento tiver mais de uma
pessoa no comando, será necessário informar no corpo do texto que parte cada MC
deverá ler, evitando, assim, atribulações ou silêncios imprevistos durante a
apresentação. Outro recurso utilizado é separar o texto em cores diferentes.
Dicas:

1. Escolha uma letra clara e fácil, como a fonte Arial, por exemplo, ajuda a minimizar
confusões.
2. Palavras estrangeiras devem ser escritas da forma como devem ser
pronunciadas, isso evita situações embaraçosas.
3. Escreva o texto todo na ordem em que deve ser lido, nada de informações com
asterisco (*) e nota de rodapé.
4. Numere as páginas de acordo com a ordem da fala, isso ajudará a evitar erro na
organização do texto impresso.
5. Use espaçamento 1,5 entre linhas, o texto não ficará amontoado, facilitando a
leitura.
6. Escreva usando fonte tamanho 14 ou mais.
7. Pode-se colocar todo o texto em letra maiúscula.

Atenção: Para começar a escrever um cerimonial é preciso ter acesso a algumas


informações do evento: Tipo de evento; Público e Programação. Estes dados
permitirão a compreensão da dinâmica do evento e a determinação do texto mais
adequado.

Um cerimonialista conseguirá escrever um bom cerimonial se tiver conhecimento


sobre protocolo. É fundamental entender sobre ordem de precedência para
organização de mesas e discursos e formas de tratamento, por exemplo. O Decreto
nº 70.274/72 é o documento que auxilia no desenvolvimento do cerimonial.
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Modelo de Roteiro de Cerimonial

Dados do Evento
Evento:
Local:
Data:
Mestre de Cerimônias:

1. Inicia com uma saudação.


2. Texto introdutório alusivo ao evento.
3. Se houver composição da mesa diretiva ou de honra apresentá-la (a chamada é
do mais importante para o menos, usando as formas de tratamento
correspondentes).
4. Convite a todos para, em posição de respeito ou em pé, cantar ou entoar o hino
nacional.
5. Passar a palavra para o coordenador da mesa ou maior autoridade presente, para
fazer uma breve acolhida aos presentes e dar por aberto o evento.
6. Registrar a presença de outras autoridades.
7. Convidar para o pronunciamento a menor autoridade e seguir esta ordem até a
pessoa mais importante.
8. Terminada a fase de pronunciamentos e/ou discursos, dependendo do tipo de
evento, nesse momento a mesa é desfeita.
9. Agradecer a presença daqueles que se pronunciaram.
10. Dar prosseguimento de acordo com a necessidade do tipo do evento.
11. Agradecer aos patrocínios, apoios e todos que fizeram o evento acontecer.
12. Agradecer a presença de todos ao evento.
13. Finalizar com frase de despedida.
Basicamente, o roteiro apresentado serve de base para qualquer tipo de
evento, sendo necessário realizar as adaptações que a atividade exige, por
exemplo: observar se o evento é com ou sem composição de mesa; havendo
composição de mesa se todos os componentes deverão falar; se as autoridades
presentes farão discurso ou somente serão anunciadas; dentre outras situações.
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REFERÊNCIAS

Bandeira do Brasil. Disponível em:


<http://www.brasilescola.com/brasil/bandeiradobrasil.htm>. Acesso em junho de
2015.

CESCA, Cleuza G. Gimenes. Organização de Eventos: manual para


planejamento e execução. 9 ed. São Paulo: Summus, 2008.

Decreto n° 70.274/72: Normas do Cerimonial Público e Ordem Geral de


Precedência.

FREITAS, Maria Iris Teixeira. Cerimonial e Etiqueta: Ritual das recepções. Belo
Horizonte: UMA Editora, 2001.

LUKOWER, Ana. Cerimonial e Protocolo. São Paulo: Contexto, 2008.

Ministério Público Federal. Manual de Cerimonial do MPF. Brasília: Procuradoria


Geral da República, 2008. Disponível em:
<http://noticias.pgr.mpf.mp.br/comunicacao-mpf/publicacoes/07-043-manual-
cerimonial-127.pdf> . Acesso: janeiro de 2016.

Presidência. Manual de Redação da Presidência da República. Disponível em:


http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/manual/manual.htm. Acesso: agosto de 2015.

Símbolos Nacionais. Lei nº 5.700/71.

TERRA, Elisa; RHODEN, Valmor. Manual de Cerimonial Público. São Borja:


Câmara de Vereadores, 2014.

VELLOSO, Ana. Cerimonial Universitário. Brasília: Editora Universidade de


Brasília, 2001.

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