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CERIMONIAL E PROTOCOLO
As regras protocolares fazem parte da nossa sociedade. Desta forma, o
cerimonial e o protocolo regem as relações e a civilidade entre as autoridades
constituídas nos âmbitos jurídico, militar, eclesiástico, diplomático, universitário,
privado e em todas as instâncias do Poder Público.
Estas práticas existem com o objetivo de determinar os procedimentos e evitar
embaraços. No Brasil são, basicamente, condutas norteadas por leis municipais,
estaduais e federais que resguardam características culturais, sob normas
internacionais; sem esquecer, contudo, que enquanto linguagem são passíveis de
transformação e atualização.
Protocolo
É o conjunto de normas jurídicas, regras de comportamento, costumes e ritos de
uma sociedade em um dado momento histórico, geralmente utilizadas nos três
níveis de governo (federal, estadual e municipal).
O Protocolo regula a conduta nas cerimônias públicas ou privadas. São normas a
serem cumpridas por um membro de qualquer corporação.
Trata-se, ainda, de instrumento de suporte ao cerimonial, em que são
estabelecidas regras a serem seguidas, com o propósito de ordenar e evitar
constrangimento entre os participantes do evento.
Na área pública ou oficial, o protocolo rege os cerimoniais, através de
regulamentação específica, que estabelece a ordem ou regime das ações aplicadas
no evento.
Cerimonial
É a aplicação prática do protocolo, ou seja, é o evento, atividade ou cerimônia
que segue certos procedimentos e formalidades, com o objetivo de promover a
harmonia entre os participantes da atividade, respeitando as características do ato e
estabelecendo uma ordem para os acontecimentos.
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Tipos de Cerimoniais
Todo o processo de Protocolo e Cerimonial segue uma lógica. A maior parte das
regras e ritos tem um porquê, nada é estabelecido aleatoriamente. Todo o processo
de Protocolo e Cerimonial segue uma lógica. A maior parte das regras e ritos tem um
motivo, nada é estabelecido aleatoriamente.
Enquanto o cerimonial formal é uma organização do ritual baseada
principalmente em leis, o cerimonial informal não possui legislação específica
escrita, mas se baseia em uma sequência de rituais implícitos em um evento.
O roteiro escrito do evento, o conjunto de informações colocadas em um papel
para servir de orientação da condução do evento, também costumamos denominar
cerimonial. Dessa forma, cerimonial é o acontecimento, mas também o roteiro.
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Hierarquia
É a ordem e subordinação dos poderes civis, militares e eclesiásticos; é a série
contínua de graus ou escalões, em ordem crescente ou decrescente; é ainda a
ordenação da autoridade, em diferentes níveis, dentro de uma estrutura própria.
Quebra de Protocolo
Quando as normas, regras e disciplinas são interrompidas por alguma razão pessoal
do sujeito principal da ação.
Em alguns casos, o abandono ou relaxamento do cerimonial e do protocolo que gera
a ‘quebra de protocolo’ é, muitas vezes, um desejo de agradar, de se fazer simpático
ou ainda da própria maneira, geralmente humana, de se portar frente a outro ser
humano. Sempre consciente por parte de quem faz a ação.
Etiqueta
É um conjunto de normas de comportamento social, profissional e familiar, que
retrata a sociedade em cada época distinta. A etiqueta também indica os costumes e
hábitos dos povos.
Observação: O Distrito Federal (DF), embora não tenha sido o último estado ou
unidade federativa a ser formada, é colocado sempre em último lugar como forma
de destaque, por tratar-se da capital da República (LUKOWER, 2008).
Nos Municípios
O Prefeito, dentro dos limites do território de seu município, sempre terá
precedência sobre as demais autoridades Federais, Estaduais e Municipais (quando
o evento for responsabilidade do Executivo Municipal, exceto quando a ele
comparecem o Presidente da República e/ou Governador de Estado).
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Dicas:
Em toda e qualquer situação são seguintes as adoções de precedência:
- o mais velho tem precedência sobre o mais jovem;
- as senhoras têm precedência sobre os homens;
- Na falta de critérios usuais, pode-se aplicar a ordem alfabética.
A precedência é exercida como uma questão de arte de viver, sujeita às
circunstâncias específicas no protocolo.
SÍMBOLOS NACIONAIS
Os símbolos nacionais são as mais importantes representações da pátria, e
expressam o espírito cívico da nação brasileira. Conforme a Lei nº 5.700/71, e
reforçado pelo Decreto nº 70.274/72, são eles:
- O Hino Nacional;
- A Bandeira Nacional;
- O Brasão das Armas Nacionais;
- O Selo Nacional.
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Hino Nacional
É composto pela música de Francisco Manoel da Silva e pelo poema de
Joaquim Osório Duque Estrada, conforme o decreto nº 117 de 20 de janeiro de
1890.
Geralmente executa-se o Hino Nacional, nas cerimônias de abertura ou
encerramento de eventos. Em eventos cívicos a participação do Hino Nacional e da
Bandeira são obrigatórios; em evento social, são opcionais.
Nas cerimônias em que se tenha que executar um Hino Nacional Estrangeiro,
este deve, por cortesia, preceder o Hino Nacional Brasileiro. Nas solenidades oficiais
do Estado executa-se o Hino Nacional na abertura do evento e, o Hino do Estado,
no encerramento.
Para todo e qualquer evento, a postura durante a sua audição é igual. O
público deve estar de pé, em silêncio, mantendo postura formal em sinal de respeito.
Oficialmente, seguindo a regra, não se aplaude o Hino Nacional, mas nos
tempos atuais esse gesto é visto como euforia e amor à Pátria.
O Hino Nacional quando apenas instrumentado, não é repetido; somente será
repetido quando for cantado, para que os versos da segunda parte também possam
ser cantados.
Os Hinos podem ser executados por músicos, instrumentistas, bandas de
música, orquestras sinfônicas, CD’s, conforme a ocasião e o bom senso.
Bandeira Nacional
Selo Nacional
4 2 1 3 5
Plateia
Caso haja um número par de bandeiras, o local de honra é o mastro central mais
à direita, seguido pelo mastro central a sua esquerda, depois a sua direita, etc.
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5 3 1 2 4 6
Plateia
Mesas Retangulares
Quando a mesa for composta por número par de convidados, não existe um centro,
então o local de honra ficará a direita de um centro hipotético.
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Mesa em Formato de T
X
Mesa Redonda
A mesa redonda é um formato que combina com vários tipos de ambientes. No
entanto, é um modelo de mesa que dificulta o estabelecimento de precedência, pois
não existe um centro fixo. Dessa forma, o local que decidirmos como o que será
ocupado pela pessoa principal do evento é que determinará a posição dos demais
convidados.
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Plano de Mesa
Em eventos sociais, conforme a formalidade da ocasião, também será preciso
observar algumas questões na organização das mesas.
Em banquetes muito formais costuma-se indicar o lugar de cada convidado
com uma sinalização (plaquinha) com nome.
Costuma-se intercalar homens e mulheres na distribuição da mesa,
permitindo uma conversação mais ampla e melhor efeito para fotos. Os anfitriões
ocupam os lugares nas cabeceiras ou centro das mesas.
Geralmente não deixa-se mulheres nas pontas das mesas, com exceção dos
eventos profissionais, onde a hierarquia por gênero não é considerada para
precedência.
Atenção:
- A disposição das pessoas deve seguir a ordem de precedência hierárquica
(importância).
- O lugar que cada convidado irá ocupar deve estar indicado/marcado na mesa
através de etiqueta ou placa, ou uma recepcionista deverá auxiliar os componentes
da mesa.
- Em solenidade de abertura, com início dos trabalhos logo após, reservar a primeira
fila do auditório para as pessoas que compõem a mesa.
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FORMAS DE TRATAMENTO
O emprego dos pronomes de tratamento obedece a uma tradição já
consagrada. Para cada função ou grupo de funções existe a maneira correta de
nominar e se dirigir a cada pessoa.
As formas de tratamento são aplicadas como vocativo (quando nos dirigimos
a alguém), como tratamento (a maneira usada quando fazemos referência a alguém)
e para endereçamento de correspondência.
a) Do Poder Executivo:
- Presidente da República; Vice-Presidente da República; Ministros de Estado; -
Governadores e Vice-Governadores de Estado e do Distrito Federal;
- Oficiais-Generais das Forças Armadas;
- Embaixadores; Secretários-Executivos de Ministérios e demais ocupantes de
cargos de natureza especial;
- Secretários de Estado dos Governos Estaduais; Chefe da Casa Civil da
Presidência da República; Chefe do Gabinete de Segurança Institucional; Chefe da
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b) Do Poder Legislativo:
- Deputados Federais e Senadores;
- Ministros do Tribunal de Contas da União;
- Deputados Estaduais e Distritais; Conselheiros dos Tribunais de Contas Estaduais;
- Presidentes das Câmaras Legislativas Municipais.
c) Do Poder Judiciário:
- Ministros dos Tribunais Superiores;
- Membros de Tribunais;
- Juízes;
- Auditores da Justiça Militar.
A Sua Excelência,
o Senhor Fulano de Tal
Cargo ocupado
Atenção!
O termo doutor não é forma de tratamento, e sim, título acadêmico. Evite usá-
lo indiscriminadamente. Como regra geral, deve ser empregado apenas em
comunicações dirigidas as pessoas que tenham tal grau por terem concluído curso
universitário de doutorado. É costume designar por doutor os bacharéis,
especialmente, os bacharéis em Direito e em Medicina. Nos demais casos, o
tratamento Senhor confere a desejada formalidade às comunicações.
Os Reitores de universidades são tratados com a forma Vossa Magnificência,
empregada por força da tradição. O vocativo correspondente é Magnífico(a)
Reitor(a).
CONVITES
A elaboração do convite é uma parte simples, porém essencial do evento, e
requer atenção, objetividade e clareza.
São informações básicas que compõem um convite: quem convida, tipo de
evento ou solenidade, local, data, horário e forma de contato para confirmação
(telefone e/ou e-mail). Conforme o tipo de evento, pode haver menção a presença
de alguma personalidade e no caso de convites de recepções informa-se o tipo de
traje a ser usado.
Os convites formais usam o termo “honra” e os menos formais “prazer”. A
indicação das letras R.S.V.P., que é abreviação de “Répondez S'il Vous Plaît”,
expressão francesa que significa “Responda por favor”, é usada para solicitar que os
convidados confirmem presença ou não no evento.
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Dicas de Etiqueta:
- Atenção ao uso correto do pronome de tratamento, quando necessário.
- Para convites entregues em mãos “EM”, não deve ser colocado o endereço no
envelope, apenas o nome e forma de tratamento.
- No envelope, ou no próprio convite, deve constar o nome do convidado e
acompanhantes, se for o caso. Importante:
- Apenas os nomes indicados são os convidados para o evento;
- Se o convite apresentar a indicação “Fulano e Família”, significa que o núcleo
familiar da residência é convidado.
DISCURSO
Os discursos são ações presentes em vários tipos de eventos e realizados
por diversos motivos. De acordo com o tipo, formato e participantes, serão definidos
momento e pessoas que devem discursar.
Local do Discurso
Caso o evento não apresente uma mesa de honra, é importante que as pessoas
que serão convidadas a discursar estejam localizadas em espaço acessível no local
do evento, ocupando a primeira fila de assentos por exemplo, para evitar de
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Tempo de Discurso
Não existe, até o momento, uma regra específica quanto ao tempo de duração
dos discursos. No entanto, ao organizar a fala, é importante pensar no público e na
sequência lógica das informações. O tempo de 3 a 5 minutos costuma ser
considerado o ideal para os discursos.
Para que os discursos não se tornem cansativos e alcancem seu objetivo, o ideal
é pensá-lo e organizá-lo com antecedência. Preparar a fala ajuda a manter o foco do
tema, cumprir o tempo estipulado e, também, é uma demonstração de respeito com
o público.
Discurso Estrangeiro
Estrutura de Discurso
MESTRE DE CERIMÔNIAS
É importante iniciar esclarecendo que existe diferença entre Cerimonialista,
Mestre de Cerimônias, Apresentador e Animador.
Ceriminialista
É a pessoa que trabalha nos bastidores do evento. Cabe a este profissional
montar o roteiro da cerimônia.
Apresentador
Animador
É aquele que dá vivacidade e movimento ao ambiente, responsável por manter a
empolgação do público. De maneira geral, costuma atuar com aqueles que
conduzem o evento (MC ou Apresentador), agindo de forma conjunta a eles, de
acordo com o que é expresso no cerimonial.
solenidade do início ao fim. Este profissional irá estabelecer uma ligação entre os
atos do evento e o público presente (comissão organizadora, convidados e
participantes).
Deve manter postura imparcial, não interferir com improvisos (exceto em casos
especiais) e conhecer o meio em que está atuando. A atuação do MC segue um
roteiro escrito por profissionais da empresa ou da área específica do evento. Por
vezes, ele próprio escreve em comum acordo com os organizadores do evento.
- Ter discrição.
Saber entrar e sair do púlpito nas horas precisas. De maneira discreta, acompanhar
pelo roteiro o que está acontecendo para manter o ritmo do evento e estabelecer
critérios do pré-evento, para duração das falas.
A abertura de uma cerimônia é sempre muito delicada e tem que ser planejada
anteriormente, principalmente se houver composição de mesa diretora. As duas
primeiras filas da plateia devem ser reservadas para os que farão parte da mesa.
Os recepcionistas trabalham com discrição atentos as laterais da mesa e outro na
lateral, abaixo do MC para apoiá-lo, se preciso.
Cabe ao MC encerrar a solenidade, com as últimas informações, agradecimentos e
saudação final.
ROTEIRO DE CERIMONIAL
Todo evento possui um roteiro a ser seguido. No caso dos eventos sociais ou
não-oficiais, esse roteiro costuma ser algo implícito ao tipo de evento, mas não
segue um roteiro escrito, e é o anfitrião que estabelece as atividades e momentos.
se adéqua ao tema que está sendo tratado. No entanto, existe uma estrutura que
costuma ser seguida para elaborar estes textos.
Se o evento tiver apenas um Mestre de Cerimônias, o texto do cerimonial será
lido na íntegra por este apresentador. No entanto, se o evento tiver mais de uma
pessoa no comando, será necessário informar no corpo do texto que parte cada MC
deverá ler, evitando, assim, atribulações ou silêncios imprevistos durante a
apresentação. Outro recurso utilizado é separar o texto em cores diferentes.
Dicas:
1. Escolha uma letra clara e fácil, como a fonte Arial, por exemplo, ajuda a minimizar
confusões.
2. Palavras estrangeiras devem ser escritas da forma como devem ser
pronunciadas, isso evita situações embaraçosas.
3. Escreva o texto todo na ordem em que deve ser lido, nada de informações com
asterisco (*) e nota de rodapé.
4. Numere as páginas de acordo com a ordem da fala, isso ajudará a evitar erro na
organização do texto impresso.
5. Use espaçamento 1,5 entre linhas, o texto não ficará amontoado, facilitando a
leitura.
6. Escreva usando fonte tamanho 14 ou mais.
7. Pode-se colocar todo o texto em letra maiúscula.
Dados do Evento
Evento:
Local:
Data:
Mestre de Cerimônias:
REFERÊNCIAS
FREITAS, Maria Iris Teixeira. Cerimonial e Etiqueta: Ritual das recepções. Belo
Horizonte: UMA Editora, 2001.