A Conotação e a Denotação são as variações de significados que ocorrem no signo linguístico. O signo
linguístico é composto de um significante (letras e sons) e um significado (conceito, ideia).
Sentido conotativo é a linguagem em que a palavra é utilizada em sentido figurado, subjetivo ou expressivo.
Ele depende do contexto em que é empregado, sendo muito utilizado na literatura. Isso porque, no meio
literário, muitas palavras têm forte carga de sensações e sentimentos.
Sentido denotativo é a linguagem em que a palavra é utilizada em seu sentido próprio, literal, original, real,
objetivo.
Nesse exemplo, podemos notar que a palavra cachorro é utilizada em dois sentidos diferentes: conotativo e
denotativo.
Na primeira frase, o termo refere-se ao caráter do homem "cachorro", numa linguagem conotativa que
indica que o homem é mulherengo ou infiel.
Na segunda frase, o termo está empregado de forma denotativa, ou seja, no sentido real e original da
palavra cachorro: animal doméstico.
O sentido denotativo é muito vezes caracterizado como o sentido do dicionário, ou seja, a primeira acepção
da palavra.
Contudo, depois da acepção denotativa, há uma abreviação, normalmente entre parênteses (fig), que indica
o sentido figurado da palavra, ou seja, o sentido conotativo.
"Significado de Cachorro
s.m. Cão novo.
Cria da loba, da leoa e de outros animais parecidos com o cão.
Bras. Qualquer cão.
Construção. Peça saliente de madeira ou pedra para sustentação de cimalha ou sacada; modilhão.
Escora de navio em estaleiro.
Fig. Pop. Homem desaforado, de mau caráter ou mau gênio; indivíduo desprezível, canalha."
Fonte:
https://www.todamateria.com.br/conotacao-e-denotacao/
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Passar uma mensagem usando apenas as regras do português e de sua gramática é relativamente simples,
e, às vezes, muito monótono. Existem estratégias usadas pelo autor ou falante que dão ao texto mais
originalidade e expressividade, as chamadas figuras de linguagem. É quase impossível participarmos de uma
conversa sem recorrer a uma ou outra dessas figuras, algumas já estão profundamente incorporadas à nossa
língua, tanto que mal notamos que são figuras de linguagem. São artifícios muito comuns em obras literárias,
musicais e poéticas, e o uso destes recursos pode transformar uma frase ordinária em algo original.
Classificação
As figuras de linguagem podem ser classificadas em quatro grandes grupos, e a divisão se dá em relação a
aspectos fonológicos, semânticos ou sintáticos das palavras em que o recurso foi utilizado. Elas podem ser
figuras de palavra, de pensamento, de som ou de construção.
Figuras de Palavra
Às vezes é possível usar uma palavra ou expressão com o significado de uma outra. Este empréstimo de
significado torna-se possível devido a alguma semelhança existente entre os dois termos, que é reforçada
pela figura de linguagem, produzindo uma sentença mais expressiva.
Comparação – Aproximação do significado de dois ou mais elementos com uso de termos comparativos:
“como” , “assim como”, “tal que”, “que nem”, entre outros.
Exemplo: Linda como uma flor.
Metáfora – Substituição de um termo por outro devido a uma semelhança subjetiva entre os dois.
Exemplo: Mário é uma porta! Nunca vi tanta estupidez.
Metonímia – Substituição de um termo por outro devido a uma semelhança ou relação real entre os dois.
Exemplo: Ele leu Ariano Suassuna todo! (A obra de Ariano Suassuna)
Catacrese – Metáforas que já se tornaram habituais.
Exemplos: Perna da mesa; Cabeça de alho.
Sinestesia – Combinação de sensações físicas (tato, audição, paladar, visão, olfato) na mesma expressão.
Exemplo: Sua voz era áspera e azeda.
Antonomásia – Reconhecimento de uma pessoa por uma característica ou fato. Conhecido como apelido.
Exemplo: O poeta dos escravos era um bom poeta. (Castro Alves)
Figuras de Pensamento
As figuras de pensamento também estão relacionadas à estrutura semântica da palavra, e são utilizadas
para causar impacto ou contradição no receptor da mensagem. Caracterizam-se pela aproximação de
termos opostos, repetição de uma ideia em diferentes palavras e a utilização estratégica de palavras para
representar uma ideia contrária.
Figuras de som
Conhecidas também como figuras de harmonia, estão intimamente relacionadas à fonologia. A sonoridade
das palavras, sílabas ou fonemas são usadas de uma forma peculiar para criar um sentido expressivo único,
seja construindo um ritmo na frase, imitando sons de animais ou máquinas, ou ainda relacionando palavras
com sonoridade parecida. São figuras de som:
São as figuras de linguagem ligadas à estrutura da frase, também conhecidas como figuras de criação. Se
relacionam com a parte sintática da frase. Omissões, repetições e alterações nas ordens e concordâncias
das frases são as características das figuras de linguagem deste tipo. A mudança da estrutura sintática que
corresponde à norma culta é o resumo das figuras de sintaxe.
Assíndeto – Ocorre quando há uma sequência de termos separados por vírgulas, e inclusive os possíveis
conectivos são substituídos por ela.
Exemplo: Cheguei, pedi, paguei, bebi tudo o que pude.
Polissíndeto – Repetição proposital e enfática de conjunções.
Exemplo – Olho e pé e mão e cabelo e unhas e dentes.
Elipse – Omissão de um termo ou oração facilmente identificável.
Exemplo: (Ele) Falou besteira, estava nervoso,(de) cabeça quente.
Zeugma – Omissão de um termo que seria repetido.
Exemplo: Atravessei o oceano e o deserto também. (omissão de “atravessei”)
Anáfora – Repetição proposital de um termo ou expressão no início de uma frase ou verso.
Exemplo: Fui à cidade grande. Fui a lugares jamais vistos.
Pleonasmo – Repetição de uma mesma ideia. Redundância.
Exemplos: Subir para cima. Ver com os olhos.
Hipérbato ou Inversão – Inversão completa de elementos da frase.
Exemplo: Contra a correnteza, os salmões nadam. (Os salmões nadam contra a correnteza)
Anacoluto – Interrupção da estrutura sintática de uma oração seguida de outra expressão complementar.
Exemplo – Esta televisão, sempre que chego, está ligada.
Silepse – Concordância ideológica. As palavras concordam com suas ideias, e não com gênero e número
expressos.
Exemplo: São Paulo é linda. (São Paulo = A cidade de)
• silepse de número
Os Lusíadas glorificou nossa literatura.
• silepse de pessoa
“O que me parece inexplicável é que os brasileiros persistamos em comer essa coisinha verde e
mole que se derrete na boca.”
Fonte:
QUESTÃO 01
Coloque “D” quando o texto for predominantemente denotativo e “C” quando for conotativo.
a) Técnico realiza treino tático e repete formação que empatou o último jogo. (_____)
b) Cuidado, as paredes têm ouvidos. (______)
c) Este medicamento é indicado para o alívio das manifestações inflamatórias das dermatoses, quando
complicadas por infecção secundária. (______)
d) Meu pai é meu espelho. (______)
e) Quebrei o espelho do banheiro. (______)
f) Estava tudo em pé de guerra. (______)
g) Ela estava com os pés inchados. (______)
QUESTÃO 02
(A) Antítese
(B) Comparação
(C) Hipérbole
(D) Eufemismo
(E) Metáfora
QUESTÃO 03
(A) Perífrase
(B) Metonímia
(C) Ironia
(D) Hipérbole
(E) Catacrese
QUESTÃO 04
Com relação ao anúncio acima, assinale a figura de linguagem que o melhor caracteriza no geral:
QUESTÃO 05
(A) Comparação (B) Elipse (C) Eufemismo (D) Perífrase (E) Hipérbole
QUESTÃO 06
Nessa tirinha, a personagem faz referência a uma das mais conhecidas figuras de linguagem para:
QUESTÃO 08
Leia as frases abaixo, identificando as figuras de linguagem em: ELIPSE, ZEUGMA ou PLEONASMO.
QUESTÃO 09
Na frase: "O pessoal estão exagerando, me disse ontem um camelô", encontramos a figura de
linguagem chamada:
a) Catacrese
b) Hipérbole
c) Pleonasmo
d) Eufemismo
e) Personificação