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21/09/2016
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Sumário
1. Introdução........................................................................................................................................3
2. Metodologia.....................................................................................................................................5
2.1 Materiais..........................................................................................................................................5
2.2 Equipamentos..................................................................................................................................5
4. Conclusões.....................................................................................................................................13
5. Referências....................................................................................................................................14
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1. Introdução
Após a fabricação de lingotes na aciaria, o aço (em forma de blocos, placas ou tarugos) é
submetido a processos de conformação mecânica, como laminação. Esse processo tem como objetivo
principal transformar o lingote, que possui microestrutura bruta, em produtos semielaborados, com
microestrutura refinada. Isso se dá através de ciclos sucessivos de deformação plástica e recozimento
do material, e fornece produtos com dimensões finais ou quase finais. É um procedimento de alta
velocidade de operação que produz grandes volumes com controle dimensional dos produtos
acabados bastante preciso, sendo assim, um processo muito utilizado.
Na laminação, os lingotes passam entre dois rolos giratórios que operam com mesma
velocidade, mas em sentidos opostos, e que promovem a compressão do material, que têm sua
espessura diminuída e seu comprimento aumentado, conforme a figura 1. Neste processo, o aço é
submetido a altas tensões compressivas, resultante da ação dos rolos, e a tensões cisalhantes
superficiais, resultante do atrito entre os rolos e o metal.
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O processo de laminação pode ser realizado a quente ou a frio. Considera-se como processo a
quente aquele em que a laminação é realizada em temperaturas acima da temperatura de
recristalização do material. Já a laminação a frio é realizada em temperaturas ambientes.
O objetivo do presente relatório é calcular o alargamento teórico de três barras do aço SAE
1020 laminadas a quente e comparar com os resultados experimentais, calcular o ângulo de agarre,
calcular o comprimento do ângulo de contato, calcular a força e a potência de laminação, bem como
verificar a constância de volume para as duas reduções.
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2. Metodologia
2.1 Materiais
Os materiais utilizados foram três barras de aço SAE 1020 com a seguinte composição:
0,20 %C
0,45 %Mn
2.2 Equipamentos
Os equipamentos utilizados foram:
Forno Sanchis, utilizado para aquecer as barras até uma temperatura de 1000°C.
Laminadora DEMAG com as seguintes especificações:
Diâmetro dos cilindros (lisos): 178,8 mm
Comprimento da mesa dos cilindros (lisos): 200,0 mm
Abertura máxima entre os cilindros (luz): 16,8 mm
Rotação dos cilindros: 27,0 rpm ou 0,45 rps
Velocidade periférica dos cilindros: 252,8 mm/s
Material dos cilindros: aço
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Figura 2: Forno Sanchis, modelo igual ao utilizado no experimento. Disponível em:
< http://www.sanchis.com.br/index.php/produtos/forno-para-laboratorio-34>
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Figura 4: Barra de aço aquecida a 1000°C.
Após passarem pelos rolos, figura 6, as barras foram resfriadas em água a temperatura
ambiente por aproximadamente cinco minutos e então mediram-se as dimensões das barras. Devido
ao curto comprimento, há um empenamento acentuado das barras no final do processo.
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Figura 6: Barra de aço após a passagem pelo laminador.
b1 h1 l1 b2 h2 b3 h3
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Tabela 2: Medida média das amostras, em milímetros.
b h l
Análise de Agarre
Para análise de agarre, se faz necessário conhecer o coeficiente de atrito, que é calculado pela
seguinte fórmula:
=1,05 – 0,0005
h 0−h 1
cos ¿ 1−
2R
Que nos fornece como ângulo de agarre para amostra 1 de 12,03°, para amostra 2 de 10,58° e
para amostra 3 de 12,07°.
Para existir agarre, a tangente do ângulo deve ser menor que o coeficiente de atrito. Nesse
caso, as tangentes dos ângulos são iguais a 0,213, 0,187 e 0,214 indicando que existe agarre para as
três amostras.
Cálculo do alargamento
O alargamento de um material pode ser calculado com o uso de diversas teorias, mas segundo
o método de Siebel, tem-se:
∆h
∆ b=C . ld .
h0
ld =√ R . Δh
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Os valores de arco de contato calculados são: ld1=18,74, ld2= 16,49, ld3=18,79.
∆b1 = 1,357mm
∆b2 = 0,923mm
∆b3 = 1,367mm
Esse alargamento pode ser medido também, de uma forma bastante simplificada, como a
variação de largura da seção transversal do material laminado:
Δ b=b 1−b 0
Δb₁ = 2,55 mm
Δb₂ = 2,82 mm
Δb3 = 2,15 mm
F= Ad . Kω
Ad =ld . bm
∆b
b m=
2
η=0,10 .(14−0,01 .T )
Δh
φ̇=
2. ν .
R
h ₀+ h ₁
√
kf =( 14−0,01 .T ) . ( 1,4+ %C+%Mn+0,3 . %Cr ) . 10
10
1,6 . μ . √ R . Δh−1,2. Δh
[
K w = 1+
h ₀+ h₁ ]
. [kf + η . φ]
Kf=61,5 N/mm2
η=0,3 N/mm2
F1= 30,88 kN
F2= 26,69 kN
F3= 30,67 kN
Md .n
P=
974
M d =F . ld
P₁ = 16,04 kW
P₂ = 12,20 kW
P3 = 18,97 kW
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Resumindo, os valores obtidos na prática foram:
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4. Conclusões
O alargamento na laminação a quente depende de vários fatores que atuam simultaneamente
no processo e que, por vezes, acabam se sobrepondo. Por isso, o alargamento final é uma soma de
todas as influências, o que impossibilita cálculos precisos.
Dentre os fatores que influenciam o alargamento, podemos citar: a redução em altura (quanto
maior a redução em altura, maior é o alargamento); diâmetro dos cilindros (grandes diâmetros
possibilitam maiores alargamentos); velocidade de laminação (aumento da velocidade diminui o
alargamento); temperatura (aumento da temperatura diminui o alargamento).
No experimento, notou-se que o alargamento medido foi semelhante ao calculado pelo método
de Siebel, principalmente para as amostras 2 e 3. A diferença apresentada pela amostra 1 pode ser
resultado do empeno da amostra, devido ao contato com o ar frio por mais tempo que as outras
amostras.
A amostra 2 foi a que apresentou menor alargamento e também menor redução em altura,
comprovando a relação direta entre alargamento e redução em altura.
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5. Referências
SCHAEFFER, Lírio. Conformação Mecânica. Porto Alegre: Imprensa Livre, 1985.
Slides aulas teóricas da disciplina de conformação mecânica – CEFET 2009/2. Disponível em:
ftp://ftp.cefetes.br/cursos/EngenhariaMetalurgica/Marcelolucas/Disciplinas/Conformacao/Apres_Lam
inacao.pdf
Slides aulas teóricas da disciplina de conformação mecânica – UFRGS 2016/1. Disponível em:
file:///C:/Users/Usuario/Downloads/Laminacao_apresentacaoResumida.pdf
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