Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Volume Básico
Os autores visam instrumentar e possibilitar aos leitores a construção de ambientes saudáveis e sustentáveis, além de gerar
autonomia e qualidade dos tratamentos de água e saneamento.
1. Saneamento. 2.Construção Civil. 3.Água. 4.Tratamento de Águas. 5.TEVAP. 6.Sustentabilidade. 7.Meio Ambiente.
8.Salubridade 9. Tratamento de efluentes. 10.Efluentes. 11.Águas cinzas. 12. Águas negras. 13.Águas servidas. 14.Saude.
15.Estação tratamento de esgoto. 16.Tanque de Evapotrasnpiração (TEVAP). 17. Reuso. 18.Sanitario compostavel.
19.Compostagem. 20.Irrigação.
Nenhuma parte dessa publicação poderá ser reproduzida, por qualquer meio, sem autorização prévia, por escrito, de seus
autores.
Prefácio
A sustentabilidade, a saúde ambiental e publica tem relação direta com
a geração e tratamento de esgotos líquidos gerados pelas edificações.
As edificações, desde a obra e uso, são responsáveis por boa parte pelo
consumo e poluição da agua. A maioria dessa agua consumida retorna
para o ambiente natural e urbano em forma de esgoto liquido, os
efluentes.
Esse e-book tem como principal objetivo, apresentar opções de tratamento descentralizado, já normatizados e
consolidados, para efluentes com o mínimo de impacto possível.
Os sistemas que abordaremos nas páginas seguintes propõe tratamento eficaz, realizado no local em que o esgoto é
produzido, sem necessidade de estrutura urbanas onerosas, sem poluição do subsolo e lençóis freáticos, e com reuso
dos efluentes para irrigação e produção de alimento
Ficha Técnica
Autoria
Flávio Duarte
Bruno Azevedo
Imagens e Fotos
Arquivo Biohabitate
Organização
Fabiana Scalabrini
Karen Guedes
Fabrício Machado
www.biohabitate.com.br
Biohabitate
@biohabitate
Sumário 1. Saneamento ecológico e doméstico no jardim........................................ 9
2. Tratamento Biológico descentralizado de Efluentes................................. 10
Os ítens 2.1. Fluxograma - Círculo de Bananeiras........................................................ 11
cortados estão 2.2. Fluxograma - Valas de Infiltração............................................................ 12
presentes 3. Tratamento biológico das águas cinzas.................................................... 13
apenas no 3.1. Caixa de passagem e inspeção................................................................ 13
3.2. Caixa de gordura................................................................................... 14
Volume Avançado 3.3. Círculo de bananeiras............................................................................. 16
3.4. Valas de Infiltração................................................................................. 20
4. Tratamento biológico das águas negras................................................... 24
para mais informações
4.1. Tanque séptico....................................................................................... 24
http://www.biohabitate.com.br/ 4.2. TEVAP.................................................................................................... 30
produto/e-book-saneamento-
5. Dimensionamento - memória de cálculo................................................. 36
ecologico-vol-avancado/
6. Tabelas....................................................................................................51
7. Referências............................................................................................. 54
9
1. Saneamento Ecológico e Doméstico
Conceituação e contextualização
Em pesquisa realizada pelo IBGE em 2002 (PNSB – Pesquisa Nacional de Saneamento Básico), constatou que:
47,8% das cidades brasileiras não contam com serviço primário de esgoto (coleta e tratamento); e apenas 20,2%
dos municípios tratam seus esgotos. Ou seja, total de 11 bilhões de litros de esgoto gerado por residências,
aproximadamente 3/4 desse volume são lançados nos cursos d'água sem nenhum tratamento.
De acordo com o plano mundial de metas ambientais da Eco92: "aproximadamente 80% de todas as doenças de
origem hídrica (cólera, disenteria, hepatite, intoxicação alimentar entre outras) e mais de um terço das mortes em
países em desenvolvimento são causadas pelo consumo de água contaminada".
No Brasil a situação também é alarmante, em pesquisa feita em 1994 constatou que 85% da população urbana tinha
acesso a água potável e apenas 55% dessa parcela tinha cobertura de saneamento. A população rural apenas: 31%
com acesso a água e 3% a saneamento.
Na distribuição e divisão da água e saneamento, a renda e classe social são decisivas, sendo a população de baixa
renda a menos favorecida.
Uma solução para os problemas de tratamento de esgoto é o tratamento descentralizado dos efluentes gerados, no
qual consiste em tratá-los no local sem a necessidade de dispendiosas redes públicas de coleta e sistemas de
tratamentos centralizados. Podem ser instalados tanto em locais onde não há saneamento básico como também nos
locais onde há rede de esgoto e deseja-se reaproveitar as águas servidas.
Basicamente os sistemas de tratamento descentralizados atendem aos pressupostos da Agenda 21, quando propõem
uma solução local para os problemas ambientais causados pela geração de esgotos.
O sistema e nível de tratamento das águas residuais dependem diretamente da qualidade das águas servidas
disponíveis e da qualidade desejada para o reuso.
1
10
2. Tratamento Biológico descentralizado de Efluentes
Segue abaixo os sistemas e componentes que a Biohabitate utiliza em seus projetos e obras.
NBR 13969 - Tanques sépticos - Unidades de tratamento complementar e disposição final dos efluentes líquidos -
Projeto, construção e operação
RS
CG
Cp4
LEGENDA CÍRCULO
Esgoto Cinza BANANEIRAS
Esgoto Negro
Cpx Caixa de passagem/inspeção
CG Caixa de Gordura
CD Caixa de Distribuição
RS Ralo Sinfonado
12
2.2 Fluxograma
Valas de infiltração
TEVAP 1
CD
TANQUE
SÉPTICO
Cp1
TEVAP 2 Cp3
RS
CG
Cp4
LEGENDA
Esgoto Cinza
Esgoto Negro
Cpx Caixa de passagem/inspeção VALAS DE
CG Caixa de Gordura INFILTRAÇÃO
CD Caixa de Distribuição
RS Ralo Sinfonado
13
9
3. Tratamento biológico de águas cinzas
O tratamento biológico consiste na decomposição de matéria orgânica presente na água. Para tratamento biológico das águas
cinzas e negras podemos usar meios filtrantes alternados que geram diferentes ambientes propícios para que os contaminantes,
sujeiras e os patógenos sejam retidos, retirados e decompostos por microorganismos anaeróbios e aeróbios.
É destinada para permitir a inspeção, limpeza, desobstrução, junção, mudanças de declives e/ou direção das tubulações dentro
da planta do sistema de tratamento. As caixas de inspeção tem dimensões de 20cm altura x 20cm comprimento x 20cm
profundidade conforme o corte esquemático abaixo.
30cm
14
3.2- Caixa de gordura
A caixa de gordura atua na retenção de gorduras e óleos provenientes da pia da cozinha, recebendo óleos do
preparo de alimentos, evitando assim o entupimento dos ramais e tubulações de esgoto e também a colmatação dos
leitos filtrantes dos sistemas de tratamento que o efluente com gordura irá passar.
Além disso, a retenção da gordura é essencial para evitar um alto índice de contaminação dos efluentes, o que
diminui a eficiência dos sistemas de tratamento.
30 a 40cm
40 a 60cm
CAIXA DE GORDURA CAIXA DE GORDURA
CORTE ESQUEMÁTICO SEPTO FEITO COM CONEXÕES DE PVC
16
3.3 Círculo de bananeiras
O círculo de bananeiras tem como função o tratamento e Parte da terra que foi retirada é colocada às margens
destinação final dos efluentes provenientes das águas do próprio buraco, conformando uma borda mais
cinzas. São criadas condições ambientais específicas para alta que o nível do terreno em pelo menos 30cm,
que os organismos decompositores possam se impedindo que as águas de enxurradas façam o
desenvolver e decompor a matéria orgânica e outros sistema transbordar, levando material ainda não
componentes indesejáveis do efluente. A estrutura deste decomposto para outras partes do terreno. No
sistema permite que as raízes das bananeiras tenham entorno dessas bordas é feito o plantio das mudas de
contato direto com os efluentes, possibilitando a bananeiras, que crescerão lançando suas raízes no
absorção dos contaminantes no esgoto, aproveitando buraco central.
para se “alimentarem” dos nutrientes encontrados no
efluente.
A técnica consiste em cavar um buraco redondo com
diâmetro de boca e profundidade variando entre 1m e
1,5m, sendo necessário forrar o fundo do buraco com
brita 4 ou seixos, formando uma camada de 40cm de
altura, impedindo a compactação de maneira indesejável.
Após a camada de brita, coloca-se uma camada de tocos,
pedaços de bambus, talos de bananeiras, troncos, ou
outros pedaços bem grosseiros de matéria orgânica,
formando uma camada de aproximadamente 50 cm de
altura. E, por último, acrescenta-se a camada final de
material orgânico seco (mulch) capim, palha, aparas ou
outro material orgânico que possa cobrir toda boca do
buraco, formando uma pilha aproximadamente40cm de
altura acima do nível do terreno natural. Tampando a
boca do buraco e impedindo a aproximação de insetos e
animais.
17
3.3 Círculo de bananeiras | Planta
Para que este sistema funcione, é necessário “alimentar” o buraco com matéria orgânica sempre que o nível descer,
devido à decomposição do material anteriormente colocado no buraco. Antes de iniciar o uso do círculo de
bananeiras deve-se alimentá-lo com materiais orgânicos, para quando o efluente for lançado, o ambiente já possa
favorecer o crescimento dos microorganismos que se alimentarão dos contaminantes presentes no efluente.
Usa-se o buraco do círculo de bananeiras até que o nível do material
orgânico depositado dentro dele pare de baixar, significando que o
processo de decomposição (e tratamento do efluente) chegaram no
ponto de saturação para aquele círculo de bananeiras. Com isso, BORDA ALTA PARA DRENAGEM
ENXURRADA (CHUVA)
cobre-se o buraco com material orgânico seco e desvie
o efluente para o outro circulo de bananeira
previamente executado.
CÍRCULO BANANEIRAS
PLANTA | SEM ESCALA
TAMPA CAIXA DE PASSAGEM E INSPEÇÃO
TUBULAÇÃO DE 100mm
PARA ENTRADA EFLUENTE
MUDAS BANANEIRAS
18
3.4 Círculo de bananeiras | Corte
CÍRCULO BANANEIRAS
CORTE | SEM ESCALA
MATERIAL ORGÂNICO DE
TUBULAÇÃO DE 100mm PORTE MÉDIO GALHOS, CAULES
PARA ENTRADA DO EFLUENTE DE BANANEIRAS, ETC.
BRITA 4 OU SEIXOS
VALAS DE INFILTRAÇÃO
20
3.4- Valas de Infiltração
TUBO 100mm
SOLDÁVEL ESGOTO
VEM DA CX. DISTRIBUIÇÃO
TUBO 100mm
ÁREA PREENCHIDA COM VENTILAÇÃO E INSPEÇÃO
BRITA 3
CAIXA DE DISTRIBUIÇÃO
TUBO DRENO
DISTRIBUIÇÃO HELEICODAL 100mm
INCLINAÇÃO DE 3mm A CADA METRO
TUBO 100mm, ENTRADA
EFLUENTE. VEM DA
CAIXA DE GORDURA
22
3.4- Valas de Infiltração | Corte
VALA DE INFILTRAÇÃO
ÁREA PREENCHIDA COM BRITA 3
VALA DE INFILTRAÇÃO
CORTE LONGITUDINAL | SEM ESCALA
TEVAP - MG
54
7. Referências
Livros e artigos
Sites
- Biohabitate – www.biohabitate.com.br
- IBN – Institut für Baubiologie + Ökologie - www.baubiologie.de/site/institut/grundregeln.php
- Pegada Ecológica - www.wwf.org.br/
-Ministerio do Meio mabiente - www.mma.gov.br/
Espelho - BA