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Quelimane 2020
INSTITUTO SUPERIOR DE CIÊNCIAS E EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
DEPARTAMENTO DE CIENCIAS DE EDUCAÇAO
LICENCIATURA EM ENSINO DE GEOGRAFIA
Quelimane 2020
Índice
INTRODUÇÃO...............................................................................................................................4
DESENVOLVIMENTO DO TRABALHO................................................................................................6
Degradação dos Solos......................................................................................................................6
Recuperação de Áreas Degradadas..................................................................................................9
Estratégias em Longo Prazo.............................................................................................................9
Estratégias em Médio Prazo.............................................................................................................9
Estratégias em Curto Prazo............................................................................................................11
CONCLUSÃO...................................................................................................................................12
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS......................................................................................................14
INTRODUÇÃO
Moçambique é um país onde maioritariamente pratica-se a agricultura, pois é uma
actividade tida como a base do desenvolvimento. Importa salientar que a agricultura
praticada em Moçambique é uma agricultura tradicional, ou seja feita utilizando meios e
técnicas rudimentares. O sector agrário em Moçambique é constituído essencialmente
pelo sector familiar, que pratica uma agricultura de subsistência, a qual depende
principalmente das chuvas.
Nos últimos anos, o país, registou uma melhoria significativa da produção agrícola, essa
melhoria tem sido atribuída fundamentalmente a expansão das áreas de cultivo e ou a
melhoria das condições climáticas em algumas zonas do país; não há ainda evidências
empíricas de que o crescimento da produção no país, poderá ter a ver com o aumento da
produtividade agrícola; aliás esta tem sido uma questão frequentemente ignorada
quando se analisa a agricultura em Moçambique.
São muitos e variados os processos que levam à degradação dos sistemas de produção.
Em geral, ocorrem em duas fases: a primeira denominada degradação agrícola e, a
segunda, degradação biológica (WADT et al, 2003).
A erosão é o principal processo que remove os nutrientes depositados no solo logo após
a queimada descontrolada que é um dos métodos comummente usado na agricultura
tradicional, conduzindo-o à degradação biológica em poucos anos. Os processos
erosivos são intensificados pela exposição directa do solo ao contacto com a água das
chuvas e pela mineralização da biomassa vegetal logo após o uso do fogo para a
limpeza das áreas. Por esse motivo, aconselha-se a evitar o uso do fogo em áreas que
pretendem ser cultivadas, pois isso é fundamental para diminuir a intensidade dos
processos erosivos.
A perda de nutrientes é especialmente crítica para o fósforo, um elemento importante
para as plantas e que se encontra em baixas reservas nos solos. Nos sistemas naturais, a
maior parte do fósforo mais rapidamente disponível para as plantas está retida na
biomassa vegetal e, no processo de derrubada e queima, esse nutriente é incorporado às
cinzas, actuando como o principal responsável pelos melhores índices de produtividade
nos primeiros anos após a derrubada. Entretanto, a rápida diminuição das quantidades
de fósforo assimilável no solo conduz invariavelmente à perda de capacidade produtiva
das áreas cultivadas (TEXEIRA, et al, 2000).
Por esse motivo, as práticas conservacionistas, que visam diminuir a intensidade dos
processos de erosão, fundamentam-se na manutenção da cobertura do solo.
O impacto directo das gotas de chuva no solo causa a desagregação das suas partículas,
tornando-as mais vulneráveis ao arraste mecânico causado pelo escoamento superficial
das águas. Esse processo, chamado de erosão laminar, ainda retira a matéria orgânica do
solo, prejudicando as características físicas do terreno, notadamente a porosidade e a
capacidade de retenção da água. O entupimento dos poros do solo pelas partículas
desagregadas dificulta a infiltração das águas das chuvas e, assim, aumenta o volume
do escoamento superficial, facilitando ainda o próprio transporte dessas partículas pela
enxurrada. Por sua vez quanto maior a declividade do terreno e maior a extensão da
rampa (encosta) por onde a chuva irá escorrer, maior será o volume da enxurrada.
Portanto, mais graves serão os danos causados pela erosão, podendo inclusive ocasionar
sulcos ou voçorocas.
No plantio directo algumas medidas de ordem geral são consideradas regras fundamentais
(PACHECO & MARINHO, 2001):
Essa vegetação secundária passa a absorver água de camadas mais profundas do solo, actuar
como sumidouro de carbono atmosférico e transferir nutrientes do solo para a biomassa, onde
ficam menos susceptíveis à erosão. Existem vários factores que podem comprometer ou
dificultar a formação da vegetação secundária, como baixo estoque de sementes de plantas
nativas, efeito alelopático da vegetação cultivada (principalmente gramíneas de pastagens),
alto nível de compactação do solo, baixa fertilidade do solo ou efeitos residuais de herbicidas e
pesticidas.
Estratégias em Médio Prazo
Para os ecossistemas de pastagens, as estratégias de recuperação de áreas degradadas em
médio prazo consistem na integração lavoura-pecuária e na introdução de sistemas
silvipastoris. Para os demais ecossistemas agrícolas, a principal estratégia é a introdução de
sistemas agro-florestais. Essas estratégias permitem a recuperação em um menor tempo e o
aproveitamento económico da área é quase imediato. (OLIVEIRA, et al, 2004).
CONCLUSÃO
Contudo se pode concluir dizendo que a agricultura tradicional é feita com meios rudimentares
e técnicas precárias e ineficazes, técnicas essas que muitas vezes acaba pondo em causa a
fertilidade do próprio solo, nessa vertente podemos destacar as queimadas descontroladas que
para além de fustigar as espécies vegetais existentes naquele lugar também danifica as outras
espécies animais e contribui para o comprometimento do efeito de estufa, influenciando o
micro-clima para que este apresente por exemplo um aumento de temperaturas.
Praticas como a monocultura quando exercida por muito tempo também pode danificar o solo
fazendo com que ele perca suas propriedades nutritivas, ou seja reduz o índice de
produtividade, daí que aconselha-se a optar de vez em quando pelo pousio ou pela rotação de
culturas de modo a evitar transtornos na produtividade por conta da infertilidade do campo que
se pretende cultivar.
Moçambique é um país com bastante potencial para a pratica da agricultura, pois apresenta
terras aráveis bastante férteis e propícias para a pratica desta actividade que para além de gerar
alimentos também gera alimentos para as industrias, no entanto é preciso levar em
consideração as medidas de conservação dos solos usando boas
praticas de cultivo e se porventura houver desgaste dos solos por razões de má conservação é
necessário que se criem mecanismos de minimizar esses problemas
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
TEIXEIRA NETO, J. F.; SIMAO NETO, M. ; COUTO, W. S„; DIAS FILHO, M. B.; SILVA,
A. B.; DUARTE, M. L. R.; ALBUQUERQUE, F. C. Prováveis causas da
morte do capimbraquiarão (Brachiaria brizantha cv. Marandu) na Amazônia Oriental. Belém,
PA. Embraoa-CPATU, 2000. o. 1-20. ÍEmbraoa - CPATU. Documentos. 361.
WADT, Paulo Gulherme Salvador, PEREIRA, Jonny Everson, GONÇALVES, Rivadalve Coelho,
SOUZA, Celiana Barbosa da Costa de., ALVES, Luciene da Silva- Praticas de Conservação do
Solo e Recuperação de Áreas Degradadas, Brasil, 2003.