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UNILESTE - CENTRO UNIVESITÁRIO DO LESTE DE MINAS GERAIS

BRENDER VITOR CAETANO VICENTE


MARIANY STEFANE TEODORO DE ALMEIDA
ALAN PAULO VIEIRA

POTENCIAIS DE FONTES ALTERNATIVAS PARA GERAÇÃO DE ENERGIA


ELÉTRICA NO BRASIL E NO MUNDO

Prof. Jorge Sussumu Yamana


Engenharia Mecânica – 2° Semestre de 2020

CORONEL FABRICIANO
2020
UNILESTE - CENTRO UNIVESITÁRIO DO LESTE DE MINAS GERAIS
BRENDER VITOR CAETANO VICENTE
MARIANY STEFANE TEODORO DE ALMEIDA
ALAN PAULO VIEIRA

TRABALHO AVALIATIVO DO CURSO DE ENGENHARIA MECÂNICA


COM FOCO NA DISCUSSÃO DO CENÁRIO MUNDIAL PARA GERAÇÃO
DE ENERGIA ELÉTRICA UTILIZANDO AS FONTES MAIS
CONHECIDAS E AS TENDÊNCIAS FUTURAS COM FOCO NA
GERAÇÃO POR BIOMASSA.

CORONEL FABRICIANO
2020
LISTA DE FIGURAS

Figura 1 – Exemplos de fontes não renováveis de energia 8


Figura 2 – Formação de combustíveis Fósseis no planeta 9
Figura 3 – Reservas de Hidrocarbonetos 10
Figura 4 – Esquema simplificado Energia nuclear 12
Figura 5 – Esquema Típico de Hidrelétrica 14
Figura 6 – Potencial de geração Solar no Brasil 15
Figura 7 – Esquema de Usina heliotérmica 16
Figura 8 – Ilustração de um Aerogerador 17
Figura 9 – Obtenção de Biomassa 17
Figura 10 – Ciclo de geração por Biomassa 18
Figura 11 – Ciclo de geração por Biomassa 19
Figura 12 – Esquema das camadas Terrestre 21
Figura 13 – Esquema de Erupção no manto terrestre 22
Figura 14 – Geração geotérmica 22
Figura 15 – Energia Oceânica ou maremotriz 23
Figura 16 – Esquema de Célula de Hidrogênio 24
Figura 17 – Repartição da oferta interna de energia em 2019 26
Figura 18 – Participação das renováveis no Brasil 27
Figura 19 – Quem utiliza a energia no brasil 28
ACRESCENTAR DE 20 A 26
Figura 26 – Central Hidroelétrica de Acumulação 34
Figura 27 – Central Hidroelétrica à Fio D’água 34
Figura 28 – Central Hidroelétrica Reversível 35

LISTA DE GRÁFICOS E TABELAS

Gráfico 01 – Matriz Energética mundial2019 22


Gráfico 02 – Participação das renováveis no Brasil 23
Gráfico 03 – Matriz Elétrica Brasileira 2018 24
Gráfico 04 - Gráfico para seleção de Turbinas 33
Tabela 01 - Turbinas de acordo com Vazão e Pressão. 33
Tabela 02 - Categorias de Usinas Hidroelétricas 35
RESUMO

Este trabalho tem por propósito identificar os tipos de geração de energia elétrica mais
utilizada em todo o mundo e em comparação direta com o Brasil, levando em
consideração os potenciais de geração para cada tipo de fonte de geração utilizada,
dentre elas o potencial hidráulico, eólico, energia das ondas, biomassa, gás natural entre
outros. Buscamos identificar os pontos positivos e negativos de cada fonte utilizada na
geração e relatando também os aspectos positivos para o estudo de tendências futuras
em fontes renováveis de geração de energia com foco na geração por biomassa.

Palavras-chave: Energia. Fontes Renováveis. Fontes não renováveis.


ABSTRACT

This work aims to identify the types of electric power generation most used worldwide
and in direct comparison with Brazil, taking into account the generation potentials for
each type of generation source used, among them the hydraulic and wind potential, wave
energy, biomass, natural gas, among others. We seek to identify the positive and
negative points of each source used in generation and also reporting the positive aspects
for the study of future trends in renewable sources of energy generation with a focus on
biomass generation.

Keywords: Energy. Renewable sources. Non-renewable sources.


Sumário

RESUMO........................................................................................................................................................4
ABSTRACT......................................................................................................................................................5
1- INTRODUÇÃO.........................................................................................................................................7
2- FUNDAMENTAÇÃO TEÒRICA..................................................................................................................8
2.1- Energia renováveis e não renováveis......................................................................................................8
2.2 - Fontes não renováveis de energia.........................................................................................................8
2.3 - Fontes fósseis........................................................................................................................................9
2.4 - Energia Nuclear....................................................................................................................................11
2.4.1 - Mais usos da energia nuclear............................................................................................................12
2.5 - Fontes de energia renováveis..............................................................................................................12
2.6 - Energia hidráulica................................................................................................................................13
2.7 - Energia solar........................................................................................................................................14
2.8- Energia eólica........................................................................................................................................16
2.9 - Biomassa..............................................................................................................................................16
3 - Energia geotérmica.................................................................................................................................18
3.1 - Energia oceânica..................................................................................................................................20
3.2 - Hidrogênio...........................................................................................................................................20
4 - Matriz energética....................................................................................................................................22
4.1- Matriz energética brasileira..................................................................................................................22
5 - Geração de Energia a partir das Marés e suas tecnologias.....................................................................25
5.1 – Algumas Usinas Maremotrizes Existentes...........................................................................................31
6 - Geração de Energia a partir de Hidrelétricas..........................................................................................32
6.1- Tipos de turbinas..............................................................................................................................32
6.2 – Tipos de Hidroelétricas.............................................................................................................35
7- Obtenção da Biomassa............................................................................................................................37
7.1– Tecnologias de conversão de biomassa...............................................................................................40
7.2– Usina de biomassa...............................................................................................................................42
7.3 GERAÇÃO DE ENERGIA GEOTÉRMICA E SUAS TECNOLOGIAS.................................43
Conversão..........................................................................................................................................45
8 - ENERGIA EÓLICA.....................................................................................................................................48
Eixo Horizontal Gerador eólico 3KW turbina eólica.....................................................................................49
4 - CONCLUSÃO............................................................................................................................................54
5- Bibliografia...............................................................................................................................................55
1- INTRODUÇÃO

São determinadas como fontes de energia as matérias-primas que indiretamente ou


diretamente executam energia para movimentar os transportes, o comércio, as
máquinas, a agricultura, a indústria, as casas, entre outros. Sem energia não a
desenvolvimento econômico e nem industrialização. Existe basicamente dois tipos de
fonte de energia: energia renováveis e não renováveis. Fontes de energia renováveis
possuem um ciclo de renovação em escala humana, elas não se esgotam e estão
sempre acessível para utilização, a principal delas é a energia solar que vem da luz do
sol, além das biomassas, maremotriz, fonte eólica, geotérmica e hídrica.

Fontes de energia não renováveis são conhecidas também como fontes de


energia convencionais, ela depende de como se forma o sistema solar e também de
processos em escala de tempo geológico. As fontes de energias são muito importantes
para o desenvolvimento do mundo. As fontes de energia facilitam o trabalho de toda
humanidade, utiliza-se energia para basicamente tudo, quanto maior a renda do país
maior será o consumo de energia.

No Brasil não é diferente, as principais fontes de energia no Brasil são: energia


hidrelétrica, petróleo, carvão mineral e os biocombustíveis, têm algumas com menores
escalas como o gás natural e a energia nuclear. Os recursos energéticos classificados
como não-renováveis geralmente produzem poluentes superiores aos renováveis. Os
impactos podem surgir a partir da emissão de gases dos veículos automotores,
vazamentos em oleodutos, vazamentos de navios petroleiros e muitos outros.
2- FUNDAMENTAÇÃO TEÒRICA

2.1- Energia renováveis e não renováveis

As fontes de energia fornecidas pela natureza são classificadas em não


renováveis, que podem se esgotar com o seu tempo de uso ou seja elas são finitas na
natureza, e em renováveis, que podem renovar-se ao longo do tempo. Fontes não
renováveis e renováveis de energia representam recursos naturais que possibilitam a
obtenção de energia utilizando um meio conhecido. As fontes não renováveis,
representadas principalmente pelos combustíveis fósseis, são esgotáveis, ou seja, não
se regeneram a curto prazo na natureza. Já as fontes renováveis de energia,
representadas, por exemplo, pela energia solar e a eólica, são formas de obtenção de
energia por meio de recursos naturais capazes de se regenerar na natureza em um
curto período.

2.2 - Fontes não renováveis de energia

São as fontes de energia que possuem reserva limitada, podendo chegar aos
seus esgotamentos, visto que seu processo de formação é lento comparado à demanda
de uso pois foram formadas por pressões , temperaturas e também condições
específicas ao longo de milhares de anos, são também consideradas fontes de energia
“sujas”, pois a sua utilização provoca danos ao meio ambiente gerando gases que
aumentam o aquecimento global por interferirem na camada de ozônio, geram poluição
dos rios dentre outros aspectos ambientais não favoráveis. Atualmente, grande parte
de energia consumida no mundo é proveniente de fontes não renováveis, porque as
características dessas fontes são bem conhecidas, possuem um rendimento energético
elevado ,poucas perdas de energia no processo de transformação, preços atrativos,
geram muitos empregos e possuem infraestrutura construída para geração e
distribuição como usinas, dutos, ferrovias e rodovias. Os principais usos das fontes não
renováveis são:
 Na geração de eletricidade.
 Como combustível nos transportes de cargas e de pessoas.
 No aquecimento de casas.
 Na geração de subprodutos e seus derivados como o petróleo

Algumas fontes não renováveis de energia, como o petróleo e o carvão mineral, são


responsáveis por grande parte da emissão de gases de efeito estufa na atmosfera, visto
que estas fontes são combustíveis e logo precisam ser queimadas para gerar energia e
liberam gases poluentes devido aos processos físico- químicos em que eles devem
passar, que geram impacto a saúde e o meio ambiente. A figura abaixo mostra as fontes
primárias de energias não renováveis.

Figura 1 – Exemplos de fontes não renováveis de energia

Fonte– COBENGE, 2018

2.3 - Fontes fósseis

Algumas das fontes fósseis de geração de energia são: o carvão mineral, o gás
natural e o petróleo e seus subprodutos. Estes recursos foram formados há milhões de
anos, a partir do depósito de matéria orgânica como plantas e animais mortos submetida
a condições especiais de temperatura e pressão.

Figura 2 – Formação de combustíveis Fósseis no planeta


Fonte - EPE, 2018

O petróleo é uma substância oleosa ( do latim petra oleum – “ óleo de pedra”)


inflamável e menos densa que a água juntamente com o gás natural podem ser
formados em regiões segundo os geólogos de bacias sedimentares ou depósitos de
hidrocarbonetos, que são áreas sob a superfície terrestre que por terem sido mais
baixas e planas que o terreno em volta permitiram o depósito de matéria orgânica, além
de sedimento de fragmentos de rochas. Estas bacias podem ser marinhas ou terrestres,
onde o petróleo e o gás natural são encontrados em poros (buracos muito pequenos)
dentro de rochas sedimentares (também chamadas de rochas reservatórios). Dentre
os maiores produtores atuais de petróleo e gás natural estão Rússia, Arábia Saudita,
Estados Unidos e Iraque em alguns locais, como no Canadá, pode ser encontrado
petróleo em areias próximas à superfície. No Brasil, o petróleo tem sido produzido
principalmente no litoral da região Sudeste. O carvão mineral se encontra em "jazidas”,
locais onde haviam florestas e pântanos que deram origem a esse recurso, que se
formaram há mais de 200 milhões de anos atrás.

Figura 3 – Reservas de Hidrocarbonetos

Fonte – ANEEL, 2018

As principais jazidas se localizam nos Estados Unidos, Rússia e China, e


no Brasil o carvão mineral ocorre predominantemente na região Sul. As fontes
fósseis são utilizadas em equipamentos especiais, como caldeiras e motores, onde
a energia armazenada nas suas ligações químicas é convertida em formas de energia
útil (elétrica - nas termelétricas ou cinética - nos veículos). No Brasil, utilizamos o gás
natural também como fonte de energia térmica (calor) para cozinhar e aquecer a água
do banho. Ao queimarmos carvão mineral, petróleo ou gás natural produzimos
alguns gases poluentes e gases do efeito estufa, além disso pode haver outros impactos
ambientais ao longo da cadeia do petróleo, por exemplo, vazamentos de óleo na
extração ou no transporte por dutos, caminhões ou embarcações como um dos maiores
acidentes ambientais dos EUA em 2010 que contou com vazamento de
aproximadamente 4,9 milhões de barris de petróleo no golfo pérsico, No caso do carvão,
a mineração ou extração do carvão da terra tem que ser feita com muito cuidado, para
que a chuva não leve resíduos para os rios e também vegetações. Também deve se dar
atenção à saúde de quem trabalha na extração de petróleo, gás natural e carvão, para
evitar acidentes e contaminações.

2.4 - Energia Nuclear

A energia nuclear é proveniente de reações que ocorrem no núcleo de certos


átomos chamados de radioativos. Estas reações, em geral, dividem um átomo de um
elemento químico em dois átomos diferentes liberando uma grande quantidade de
energia. Quando isso acontecesse, dizemos que ocorreu a "fissão nuclear". Na
natureza, o único elemento natural que encontramos para realizar a fissão nuclear é
o que é um mineral encontrado na natureza com relativa abundância e antes de ser
usado passa por processos de purificação e concentração denominado de
enriquecimento. A energia liberada durante o processo de fissão aquece um líquido,
geralmente a água, produzindo vapor, que em alta pressão movimenta as turbinas que
por sua vez, acionam geradores elétricos, em comparação uma grama de urânio-235
libera tanta energia que pode ser comparada a como uma queima de 1000 Kg de carvão
ou 69 Kg de óleo. Em 2007, havia no mundo 439 reatores nucleares em funcionamento
levando a geração de energia nuclear, em 2600 TWh, fornecendo cerca de 15% da
eletricidade mundial. As usinas nucleares são projetadas
especialmente para o aproveitamento eficiente do calor gerado na fissão nuclear pois
estas fontes são esgotáveis e não renováveis. É considerada uma fonte de energia
limpa, pois não produz gases de efeito estufa. Após o aproveitamento
da energia do urânio, o rejeito material que sobra da reação química deve ser
armazenado para evitar contaminação das pessoas e do ambiente, porque
continua radioativo por longo tempo, outra preocupação é com
possíveis acidentes de vazamento de radiação na usina, mas essa possibilidade é muito
reduzida, devido as tecnologias atuais que dispõem de diversos mecanismos de
segurança. Existem duas usinas nucleares brasileiras em operação (Angra I e Angra II)
e uma em construção (Angra III), todas em Angra dos Reis, estado do Rio de Janeiro e
está em 3 lugar no ranking mundial de geração Nuclear, em primeiro destaca se a
França com 78 % do seu potencial de geração estabelecido por energia Nuclear.

Figura 4 – Esquema simplificado Energia nuclear

Fonte – EPE, 2019

2.4.1 - Mais usos da energia nuclear

Dentro do reator ocorrem reações que podem transformar parte do urânio em


outro elemento, o Plutônio, que pode ser utilizado também para obter energia ou em
armamentos atômicos. A radiação nuclear pode ser empregada ainda na medicina
(Raio-X e radioterapia, por exemplo), na indústria, particularmente a farmacêutica, na
agricultura e na arqueologia, datação de objetos antigos, por exemplo. Um outro tipo de
reação nuclear é a fusão ela ocorre no sol e ao contrário da fissão, ela funde (une) dois
átomos de hidrogênio para formar outro elemento, o Hélio e este processo também
libera muita energia na forma de calor, mas necessita de condições muito especiais para
acontecer. Atualmente, existem pesquisas em desenvolvimento para aproveitamento da
energia gerada pelo processo de fusão.

2.5 - Fontes de energia renováveis

As fontes de energia que pertencem a este grupo são consideradas inesgotáveis


no seu uso, pois suas quantidades se renovam constantemente ao serem usadas. São
exemplos de fontes renováveis: hídrica(que utiliza a água dos rios como fonte principal
de geração), solar (energia do sol), eólica (energia obtida pelo vento através de
equipamentos denominados aerogeradores), biomassa (energia de matéria
orgânica), geotérmica (energia do interior da Terra), oceânica (energia das marés e das
ondas) e hidrogênio (energia química da molécula de hidrogênio).Algumas dessas
fontes apresentam variação na geração de energia elétrica ao longo do dia ou do ano,
como é o caso da eólica, que não é usada quando não há ventos e a energia solar, à
noite pois necessita de incidência de raios solares nas placas coletoras. No caso da
fonte hídrica, podem ocorrer estiagens (secas) dos rios o que diminui o potencial de
geração. As fontes renováveis de energia são consideradas limpas, pois emitem
menos gases de efeito estufa (GEE) que as fontes fósseis e, por isso, estão
conseguindo uma boa inserção no mercado brasileiro e mundial.

2.6 - Energia hidráulica

A energia gerada por esta fonte vem do aproveitamento da água dos rios.
Nas usinas hidrelétricas, as águas movem turbinas que transformam a energia
potencial (da água) em energia mecânica e, por fim, em elétrica. Esta fonte é variável ao
longo do ano, porque depende do quanto chove nas cabeceiras dos rios, afinal, é essa
água que irá mover as turbinas e para que haja bom funcionamento de uma usina
hidrelétrica, a ação de conservação ambiental na bacia hidrográfica é essencial. Para
diminuir a variação na produção de energia ao longo do ano, algumas usinas são
construídas com os chamados reservatórios de acumulação. Eles servem para guardar
a água no período chuvoso para usar durante a seca. A água guardada não só
gera energia, mas também pode ajudar no abastecimento das cidades, na irrigação das
lavouras, na navegação, entre outros usos. A construção de uma barragem prejudica os
peixes que se deslocam ao longo do rio em busca de locais para reprodução, mas para
diminuir esse problema, podem ser construídas passagens artificiais. Além disso, o
alagamento de áreas pode causar o deslocamento de pessoas que moram por ali e
atrair outras pessoas que vem trabalhar na construção da usina. O quanto essas
questões serão importantes vai depender do tamanho da usina e das características do
rio e da região onde for construída. Por isso, antes da instalação de grandes
empreendimentos, realizam-se os Estudos de Impacto Ambiental, que preveem os
impactos e quais as ações necessárias para mitigá-los ou diminuí-los.
Figura 5 – Esquema Típico de Hidrelétrica

Fonte –ANEEL, 2019

A Usina hidrelétrica de Itaipu, localizada em Foz do Iguaçu/PR, é a maior hidrelétrica do


Brasil e a que mais gera energia elétrica no mundo. Ela é responsável por boa parte da
energia elétrica utilizada na região sudeste do, é líder mundial em produção de energia
limpa e renovável, tendo produzido mais de 2,6 bilhões de Megawatts-hora (MWh)
desde o início de sua operação, em 1984. Com 20 unidades geradoras e 14.000 MW de
potência instalada, fornece 11,3% da energia consumida no Brasil e 88,1% no Paraguai.

2.7 - Energia solar

A energia solar é uma fonte inesgotável que pode ser aproveitada na forma de


calor ou na forma de luz. Para aproveitamento do calor, os raios do sol atingem a
superfície dos painéis coletores térmicos geralmente feitos de silício, que aquecem a
água no seu interior, esta água quente pode ser utilizada nas residências (chuveiros,
piscinas, torneiras, máquina de lavar, etc.), em processos industriais ou na geração de
eletricidade. A eletricidade pode ser gerada diretamente a partir da luz
utilizando painéis fotovoltaicos ou através do aproveitamento do calor por produção
numa usina heliotérmica, pois nos painéis fotovoltaicos, a radiação solar (luz) interage
com um material semicondutor (geralmente o silício), gerando eletricidade diretamente.
Os sistemas fotovoltaicos não geram eletricidade à noite pois dependem diretamente de
incidência de raios solares nos painéis para a produção de energia elétrica. As áreas no
Brasil com melhor incidência de radiação solar estão localizadas na região Nordeste,
segue o mapa de irradiação solar do Brasil:
Figura 6 – Potencial de geração Solar no Brasil

Fonte – EPE, 2019

As usinas solares fotovoltaicas que são formadas por um conjunto de painéis


denominados de fotovoltaicos precisam ser instaladas em áreas sem cobertura vegetal,
portanto as áreas já desmatadas podem ser escolhidas, diminuindo a degradação
do meio ambiente. Painéis solares também podem ser instalados em telhados de casas,
shoppings e estacionamentos, em rios e represas. Isto é chamado de Geração
Distribuída ou microgeração. O custo das placas solares ainda é elevado, mas está cada
vez mais acessível no Brasil. Nas usinas solares chamadas de usinas heliotérmicas é
utilizada a energia solar concentrada, que é produzida com a ajuda de diversos espelhos
que direcionam a energia do sol em um ponto para aquecer a água, que será
transformada em vapor. Este vapor irá girar uma turbina, gerando eletricidade.

Figura 7 – Esquema de Usina heliotérmica

Fonte –Brasil Escola, 2018


2.8- Energia eólica

A energia eólica é obtida através do aproveitamento do vento, que é o movimento


das massas de ar transformando a sua energia cinética em energia elétrica através do
uso de aerogeradores, que possuem imensas hélices que se movimentam de acordo
com a quantidade de vento no local. Essas hélices, em geral, possuem o tamanho de
uma asa de avião e são instaladas em torres de até 150 metros de altura. Uma usina
eólica utiliza um recurso energético renovável e não polui a atmosfera durante sua
operação. Esta fonte só pode ser aproveitada nos momentos em que há vento
suficiente. No sul e no nordeste do Brasil, os ventos são abundantes e permitem a
instalação de vários “parques eólicos” (conjuntos de aerogeradores; equivalentes às
usinas), no entanto deve-se tomar cuidado ao instalar parques eólicos em locais que
ofereçam muito risco às aves, que podem bater nas hélices dos aerogeradores.
Também se deve cuidar para não prejudicar os ambientes naturais com as obras para
implantação do parque.

Figura 8 – Ilustração de um Aerogerador

Fonte – EPE, 2018 ( Adaptado )

2.9 - Biomassa

O termo “Biomassa" é definido pela Agência Internacional de Energia (AIE) como:


"Qualquer orgânico, seja em decomposição, matéria derivada de plantas ou animais
disponíveis em uma base renovável. Biomassa inclui madeira e culturas agrícolas,
herbáceas e culturas de energia amadeirada, resíduos orgânicos municipais, bem como
estrume".
Figura 9 – Obtenção de Biomassa – Fonte –Handbook IEA p. 12, 2018

Toda a matéria vegetal e orgânica existente, biomassa, pode ser utilizada


na produção de energia. A lenha, bagaço de cana-de-açúcar, cavaco de
madeira, resíduos agrícolas, algas, restos de alimentos e até excremento animal que,
após sua decomposição, produzem gases que são usados para gerar energia. A
biomassa também pode ser queimada diretamente, como no fogão a lenha, para
aproveitamento do calor. Ou ainda pode ser utilizada para aquecer água e produzir
vapor em alta pressão, que é usado para acionar turbinas e geradores elétricos.
No Brasil, a biomassa mais utilizada para geração de eletricidade atualmente é
oriunda da cana-de-açúcar, plantada e processada principalmente nas regiões Sudeste
e Centro-oeste, a biomassa pode também originar compostos tais como álcool (etanol),
óleos vegetais e gorduras, que são processados e usados como biocombustíveis. Os
materiais mais usados vêm da soja, cana-de-açúcar, mamona e milho. Assim como para
a biomassa, a produção de biocombustíveis ocorre principalmente nas regiões Sudeste
e Centro-oeste. O cultivo de produtos agrícolas usados como fonte de geração de
energia requer cuidados conservacionistas, como: evitar o desmatamento de áreas
naturais para iniciar novas áreas de plantio, uso controlado de agrotóxicos e fertilizantes
e controle de resíduos.

Figura 10 – Ciclo de geração por Biomassa – Fonte – COBENGE, 2017


Por ser uma fonte de energia renovável, por meio da intervenção humana
adequada como o reflorestamento, a biomassa é uma alternativa viável para a
substituição dos combustíveis fósseis e poluentes, como o petróleo e o carvão, por
exemplo. A renovação da biomassa ocorre através do ciclo do carbono. Sua queima ou
de seus derivados para a geração de energia nas indústrias provoca a liberação de
CO2 na atmosfera que por sua vez, as plantas, através da fotossíntese, captam e retiram
esseCO2 da atmosfera, fixando-o novamente na matéria orgânica e liberando oxigênio
para atmosfera, assim, diferentemente da utilização de combustíveis fósseis a utilização
da biomassa pelas indústrias, desde que não seja de forma predatória, não altera a
composição da atmosfera.

3 - Energia geotérmica

A energia geotérmica ou energia geotermal é a energia obtida do calor presente


no interior da Terra. Circundando o núcleo existe uma camada chamada manto que é
formada por magma que é muito semelhante à lava dos vulcões e rocha, e a última
camada, mais externa é a crosta terrestre, onde habitamos.

Figura 12 – Esquema das camadas Terrestre – Fonte – EPE, 2018

A crosta terrestre tem espessura variável e é fraturada em vários "pedaços"


(fissuras), conhecidos como placas tectônicas. O magma formado no manto pode
emergir para a superfície próximo dos limites dessas placas, como por exemplo,
em erupções vulcânicas. Essas rochas que absorvem o calor do magma estão em alta
temperatura, aquecendo também as águas subterrâneas que podem emergir
como gêiseres (nascente termal ou minas de água quente) como na figura abaixo:

Figura 13 – Esquema de Erupção no manto terrestre – Fonte – EPE, 2018

Para a geração de energia elétrica, perfura-se o subsolo onde há grande


quantidade de vapor e água quente, os quais devem ser retirados por dutos e
conduzidos a um gerador na superfície da terra para a transformação da energia
geotérmica em elétrica. É uma fonte de energia renovável porque o calor é produzido
continuamente nessas camadas internas da Terra.

Figura 14 – Geração geotérmica – Fonte – EPE, 2018

Esta fonte é utilizada geralmente em regiões com alta atividade vulcânica ou encontros


de placas tectônicas. São exemplos os países: Islândia, Itália e Estados Unidos.
3.1 - Energia oceânica

A energia gerada a partir desta fonte vem dos oceanos, de onde se aproveita


o movimento das águas. Essa energia pode vir das ondas, das marés e das correntes
marinhas, transformando a energia mecânica dos oceanos em energia elétrica. O
aproveitamento dessa fonte ainda está em desenvolvimento, havendo poucas usinas em
operação no mundo.Para o aproveitamento desta energia, é construída uma barragem
em locais de grande amplitude de maré, onde a passagem da água gira uma turbina,
transformando a energiacinética em eletricidade (maremotriz).De maneira muito similar
ao que ocorre numa usina eólica, o movimento da correntemarinha gira uma turbina,
transformando energia cinética em eletricidade. O movimento das ondas provoca
oscilação de cilindros internos. Esses cilindros pressionam óleo a passar por motores. A
rotação desses motores aciona geradores elétricos, produzindo eletricidade.O
movimento das ondas empurra os flutuadores para cima e para baixo e permite
acumular água sob alta pressão numa câmara interna. Essa câmara libera jatos d'água
sobre uma turbina ligada a um gerador de eletricidade. Dessa forma, há transformação
da energiacinética das ondas em energiaelétrica. 

Figura 15 – Energia Oceânica ou maremotriz – Fonte – USP – Eficiência Energética, 2010

3.2 - Hidrogênio
O hidrogênio é o menor elemento químico conhecido e está muito presente no
nosso dia-a-dia, principalmente combinado com outros elementos, formando, por
exemplo, água, plásticos, pães, seres vivos, etc. Já sua forma pura, gasosa, encontra-se
em pequena quantidade na atmosfera. O hidrogênio para ser uma fonte de energia,
precisa ser gerado, por isso, ele é considerado uma fonte secundária de energia e não é
naturalmente reposto pela natureza.Atualmente, o hidrogênio é aplicado como matéria
prima na síntese de diversos produtos e seu uso como fonte combustível ainda está em
desenvolvimento. O processo de geração de energia ocorre a partir da reação do
hidrogênio com oxigênio, produzindo calor sem a emissão de poluentes atmosféricos e
geração de resíduos. Além disso, o hidrogênio pode também ser convertido
em eletricidade por meio de células combustíveis.

Figura 16 – Esquema de Célula de Hidrogênio – Fonte – EPE, 2018

As células combustíveis são equipamentos onde ocorre uma reação química


semelhante à que ocorre em pilhas e baterias, mas nas células combustíveis, deve-se
sempre fornecer hidrogênio, seja na forma pura ou em um composto (geralmente
gasoso oulíquido) riconesseelemento.
Dentro da célula combustível o hidrogênio se separa em duas partes: uma delas se
associa ao oxigênio (gás importante para a nossa respiração), liberando calor e tendo
como produto a água; a outra parte do hidrogênio, passa por um fio metálico, gerando a
corrente elétrica.No entanto, para obter hidrogênio na sua forma gasosa, deve-se
utilizar energia. O hidrogênio pode ser produzido a partir de várias fontes e a forma mais
comum é a partir de combustíveis fósseis, como o gás natural e carvão mineral.
Pesquisas tentam viabilizar sua obtenção a partir da quebra das moléculas de água
usando eletricidade de fontes renováveis (solar, vento) e também a partir da biomassa.
4 - Matriz energética

A matriz energética de um país pode ser definida como o total de recursos


disponíveis para geração de energia elétrica de um local, país e o mundo, pode ser
também definida por um conceito chamado de Total Primary Energy Supply, conceito
utilizando pela Agência Internacional de Energia, ou oferta total de energia primária.
Muitas pessoas podem confundir matriz energética com matriz elétrica, que é extraída
dos dados contidos na matriz energética, pelo contrário ela traz as fontes de geração
mais utilizadas em um determinado lugar do mundo.
A matriz energética mundial é composta de inúmeros recursos, no entanto as
fontes não renováveis estão em maior escala de utilização, dentre as fontes estão o
petróleo e gás natural.

Gráfico 01 – Matriz Energética mundial2019 – Fonte – EPE, 2019

4.1- Matriz energética brasileira

A matriz energética do brasil é bem diversificada e conta com o potencial de


geração com a maior parte em hidráulica e pode ser considerada como a maior matriz
com energias renováveis do planeta pois conta com sua matriz elétrica com 43,5 % de
fontes de hidrelétricas e detêm uma das maiores usinas hidrelétricas do mundo com
potencial de 14 MW de potencial de geração. A quem diz que as usinas hidrelétricas não
são fontes renováveis pois elas ainda assim contribuem para a emissão de Co² na
atmosfera, assoreação dos leitos dos rios, desmatamento e relocação de ribeirinhos,
mais ainda não é uma definição concreta, logo é assunto discutível em academias em
todo o mundo.
A matriz energética do Brasil é bem diferente o restante do mundo, por aqui,
apesar do consumo de energia de fontes não renováveis ser maior do que o de
renováveis, usamos mais fontes renováveis que no restante do mundo. Somando lenha,
carvão vegetal, biomassa da cana, hidráulica, lixívia, eólica, nossas renováveis totalizam
45,3%, quase metade da nossa matriz energética.

Figura 17 – Repartição da oferta interna de energia em 2019 – Fonte EPE ,2019

Segundo a empresa de pesquisa energética (EPE, 2019) nota-se ainda um


crescimento na utilização de fontes renováveis na matriz energética brasileira como
mostra o gráfico abaixo:

Gráfico 02 – Participação das renováveis no Brasil


Fonte – EPE, 2019

É possível também observar que as renováveis têm pequena parcela na geração


de energia na matriz mundial, contando apenas com 13,7% com base em 2016, e que
apesar deste número estar aumentando consideravelmente as fontes renováveis são
preferencialmente mais utilizadas por todo o mundo, dentre elas o carvão, petróleo e o
gás. O setor que mais demanda de geração de energia no brasil é o de transporte, como
mostra a figura abaixo, somado ao setor industrial elas detêm aproximadamente 65% de
toda energia gerada no Brasil, que gira em torno de 168 Mtep de potência consumida.

Figura 18 – Quem utiliza a energia no brasil

Fonte – EPE, 2019

Gráfico 3 – Matriz Elétrica Brasileira 2018


Fonte – EPE, 2019

5 - Geração de Energia a partir das Marés e suas tecnologias

Um dos principais problemas relacionados às fontes alternativas de energia está


na intermitência, associada à dificuldade de previsibilidade, ou seja, além da fonte
primária não ser constante, existe ainda a dificuldade de se prever exatamente em que
momento estará disponível, como ocorre com a energia eólica, por exemplo. Embora a
energia maremotriz também seja intermitente, esta possui a grande vantagem de ser
previsível, ou seja, é possível conhecer em que momento e em que quantidade uma
usina maremotriz poderá produzir energia. Isto se deve ao fato de que as marés estão
relacionadas principalmente a fenômenos astronômicos, que embora complexos, são
bastante conhecidos e previsíveis.
O principal fenômeno relacionado com a origem das marés é a força
gravitacional exercida pela Lua e pelo Sol sobre a Terra. De maneira mais especifica,
quando a Lua está em conjunção ou oposição com o Sol, ou seja, durante a Lua Nova
ou Lua Cheia, ocorrem as marés de grandes amplitudes-marés de sizígia. Por outro
lado, quando a Lua está em quadrante, ou seja, durante a Lua Quarto Crescente ou
Quarto Minguante, ocorrem as marés de menores amplitudes-marés de quadratura.
Figura 18 - Representação dos fenômenos astronômicos que dão origem às marés

Fonte – Brasilescola – Acessado em 03/05/20

Sabe-se que os fenômenos astronômicos relacionados com a Terra, Sol e Lua são
bastante irregulares, portanto, vários outros fenômenos devem ser levados em
consideração. Um exemplo disso são os Equinócios, que ocorrem nos meses de março
e setembro, que, quando combinados a uma Lua Cheia ou Lua Nova, resultam em
marés bem maiores do que as de Sizígia comuns, chamadas de Marés Equinociais.
Abaixo é apresentada a variação dos níveis de marés durante o mês de setembro de no
porto de Itaqui, na cidade de São Luís-Brasil.
Embora os aspectos astronômicos sejam amplamente conhecidos e previsíveis, nem
sempre é possível prever com exatidão o comportamento das marés em longo prazo.
Isto se deve ao fato de que as marés podem ser afetadas significativamente pelas
condições meteorológicas no local: aumento da pressão atmosférica ou ventos soprando
da terra para o mar podem reduzir os níveis de marés, por exemplo. Além dos aspectos
meteorológicos, as características geomorfológicas da costa também representam um
papel importante na modelagem das marés.
Figura 19 - Variação dos níveis de marés durante o mês de setembro de no porto de Itaqui, em
São Luís

Fonte – Brasilescola – Acessado em 03/05/20

A quantidade de energia captável a partir das marés é imensa, estima-se que


o potencial mundial disponível seja em torno de 3 TW (KEMPENER, NEUMANN,
2014, p. 19).
Atualmente o meio mais utilizado são as barragens para produzir energia a
partir das marés. Nestes sistemas o movimento de cheia e vazante das marés gira
turbinas para produção de energia elétrica. Estes sistemas podem ser de bacia
simples ou bacia dupla, gerando energia na vazante, cheia ou geração nos dois
sentidos.

Figura 20 - Vista de corte de uma barragem de Maré


Fonte: Power Generation Technologies (2014) (Adaptado).

Na modalidade Vazante, a água proveniente da cheia da maré ao atingir certo


patamar de altura, é permitida a passagem para dentro da barragem e então é presa
através de comportas. Assim que o nível da maré do lado de fora da barragem
abaixa, as comportas são abertas e a água passa através das turbinas gerando
energia, sendo esta a modalidade mais utilizada, por ser a mais amigável do ponto
vista ambiental em comparação com a geração na cheia ou nos dois sentidos

Na modalidade de geração através da Cheia, ocorre o contrário do modo


vazante, com a bacia vazia, espera-se até que a água do lado externo da barragem
atinja certa altura, quando alcançada, as comportas são abertas e a água entra na
barragem, acionando as turbinas
Na modalidade de geração nos dois Sentidos, as turbinas são acionadas no
momento que a água está enchendo a barragem e posteriormente no momento em
que é aberta para a vazante. No entanto este modelo não é comumente
utilizado,deivido os cálculos econômicos indicarem que não há grandes vantagens
em relação a produzir somente na vazante, pois são gerados vários custos extras,
além do que as turbinas têm que ser projetadas para operar nos dois sentidos e a
passagem de água tem que ser maior para absorver energia nos dois sentidos.
Outro desenho possível é o da Bacia Dupla, na qual uma turbina é colocada
entre as duas bacias, sendo que uma está aberta para a maré alta e a outra aberta
para a maré baixa. A água então é bombeada entre as bacias, fazendo com que o
nível de água seja sempre constante, garantindo a capacidade de geração de
energia
Figura 23 - Esquema de Bacia Dupla

Fonte: Power Generation Technologies (2014).

Também é possível extrair energia a partir das correntes marinhas, embora


gerem menos energia que outros métodos, possuem a vantagem de terem um
impacto ambiental reduzido. Este tipo de tecnologia pode ser adotado para fornecer
energia para consumidores no local, possuindo um preço acessível neste caso, pois
o custo de investimento e benefício a curto prazo é bem atrativo.

Figura 24 - Esquema de Corrente Marinha

Fonte: Energy Harvesting: Solar, Wind and Ocean Energy Conversion Systems (2019).
Os dispositivos usados para gerar energia a partir das correntes marinhas
possuem um princípio de funcionamento bastante similar ao das turbinas eólicas, e
assim como as turbinas eólicas podem ser divididos em turbinas horizontais e
verticais. A água possui uma massa específica muitas vezes maior do que a do ar, o
que requer turbinas muito mais resistentes, mas que em contrapartida, entregam
uma quantidade de energia muito maior

5.1 – Algumas Usinas Maremotrizes Existentes 

Embora o potencial energético global das marés seja enorme, apenas alguns
poucos projetos de usinas maremotrizes se tornaram realidade até o momento. Algumas
das principais referências em termos de projetos já implementados são a França (La
Rance), Canadá (Annapolis Royal) e Rússia (Kislaya Guba), além de inúmeros
pequenos projetos de pequeno porte em operação na China.

Usina Maremotriz de La Rance

A usina maremotriz de La Rance - é atualmente a maior do mundo em potência


instalada - 240 MW. A estratégia de operação da usina é uma combinação de efeito
duplo e bombeamento. A produção anual da usina pode chegar a 544 GWh, sendo que
10 % deste total é usado para fins de bombeamento

A usina é composta de 24 grupos-geradores do tipo bulbo, cada um com potência


nominal de 10 MW. As turbinas possuem sistema de reversão das hélices para permitir a
geração em ambos os sentidos, além do bombeamento, que é feito pelo mesmo grupo
de máquinas. No estuário de La Rance, as marés podem alcançar até 14 m, portanto, o
bombeamento geralmente é utilizado em marés abaixo de 9 m. Além da geração de
eletricidade, outros benefícios provenientes da construção da usina foram observados: a
usina tornou-se um atrativo turístico na região.
Usina Maremotriz de Annapolis Royal

A usina maremotriz de Annapolis Royal foi construída na década de 80 utilizando-se


uma barragem já existente no rio Annapolis. Ao contrário de La Rance e Kislaya Guba, o
modelo de turbina utilizado é STRAFLO e não bulbo. A potência instalada da usina é de
17, 8 MW. Devido a questões ambientais, o nível do reservatório deve ser mantido a
níveis abaixo do que foi inicialmente planejado. Desta forma, a produção anual da usina
é menor do que os 50 GWh estimados inicialmente. Apesar desta restrição operacional,
a usina é despachada comercialmente e sendo, portanto, considerada um projeto bem
sucedido.

Usina Maremotriz de Kislaya Guba

A usina maremotriz de Kislaya Guba é considerada um caso especial de exploração da


energia maremotriz. Construída na década de 60 no mar de Barents, a usina possui 400
kW de potência instalada e foi idealizada para fins experimentais apenas: condições
climáticas bastante severas e pequenas amplitudes de marés (1,3 a 3,9 m) tornaram a
usina inviável para fins comerciais. Além disso, a usina permaneceu quase uma década
fora de operação. Isto fez com que as características ambientais do estuário fossem
profundamente alteradas durante aquele período.

6 - Geração de Energia a partir de Hidrelétricas

6.1- Tipos de turbinas

Existem dois tipos principais de turbina: de impulso ( ação) e as de reação.


As turbinas de ação ou turbinas de impulso são aquelas em que um jato de água é
direcionado para o conjunto de pás da turbina, promovendo o movimento do rotor e
subsequentemente do eixo ligado do rotor ao gerador, nesta classe a mais utilizada
é a do tipo pelton.
As Turbinas pelton são turbinas de impulso porque utilizam a velocidade do
fluxo de água para provocar o movimento de rotação. A sua constituição física
consiste numa roda circular que na sua periferia possui um conjunto de copos ou
conchas sobre os quais incidem, tangencialmente,jatos de água dirigidos por um ou
mais chamados de bicos injectores distribuídos de forma uniforme na periferia da
roda. A potência mecânica fornecida por estas turbinas é regulada pela actuação
nas válvulas de agulha dos injectores. Estas turbinas podem ser de eixo vertical ou
horizontal e são utilizadas em aproveitamentos hidroeléctricos caracterizados por
pequenos caudais e elevadas quedas úteis (250 a 2500 m). São turbinas
caracterizadas por terem um baixo número de rotações, tendo, no entanto, um
rendimento até 93%.

Figura 25 – Representação de turbina Pelton

Fonte: Hidroenergia, acessado em (2020) (Adaptado).


As turbinas de Reação são aquelas que estão submersas na água e reagem a sua
passagem, em decorrência da variação de pressão quando a água entra em
movimento. Entre os tipos mais usados de turbinas de reação estão a Francis, que
se caracteriza por ter fluxo radial; a Kaplan, que tem o formato de uma hélice de
navio e que possui a capacidade de mudar o ângulo de ataque de suas pás; a
turbina de Hélice, muito similar a Kaplan, mas com a diferença de ter o ângulo de
ataque de suas pás fixo; e as de Bulbo, em que não só o rotor, mas também todos
os aparatos eletroeletrônicos estão submersos, sendo que estes estão envoltos por
um bulbo para sua proteção. Também devem ser mencionados outros tipos de
turbinas desta categoria, como é o caso da Deriaz e a Gorlov.
Mundo afora o tipo mais utilizado de turbina é a Francis, pois opera em
médias alturas e médias vazões, em seguida vêm a Pelton para pequenas vazões e
alturas elevadas, e por fim as Kaplan, as de Hélice e as de Bulbo, para situações
que requerem pequenas alturas e grandes vazões. Assim sendo o fator
determinante de qual tipo de turbina que será adotado para o projeto de uma
hidroelétrica é a altura de água disponível no reservatório e a vazão existentes.

Grafico 4 - Gráfico para seleção de Turbinas

Fonte: Hidroenergia – 2015 (Adaptado).


6.2 – Tipos de Hidroelétricas

Hidroelétricas dependem fortemente de um regime de chuvas com certa


constância para manterem seu funcionamento, principalmente quando estas são o
meio principal de fornecimento de eletricidade. Além deste fator importante, há que
se considerarem também fatores geográficos que podem influir nas estruturas que
serão erigidas para fazer uso da massa de água. Analisando este fato, classificam-
se as hidroelétricas em três tipos: de Acumulação, que usam de grandes
reservatórios para produção de energia elétrica, Fio D’água, que desviam o fluxo de
água e o canaliza para um pequeno reservatório (pode possuir ou não barragem) e
Reversível, que pode agir tanto como turbina ou como bomba, sendo tanto produtora
quando usuária de energia.

Tabela 01 - Gráfico para seleção de Turbinas de acordo com Vazão e Pressão.


Figura 26 – Central Hidroelétrica de Acumulação

Fonte: Hydroeletric Power (2017) (Adaptado).

Figura 27 – Central Hidroelétrica à Fio D’água

Fonte: Hydroeletric Power (2017) (Adaptado).


Figura 28 – Central Hidroelétrica Reversível

Fonte: Hydroeletric Power (2017) (Adaptado).

As hidroelétricas também podem ser classificadas quanto a sua capacidade


produtiva, ou em outros termos, o quanto de eletricidade tem o potencial de gerar

Tabela 02 - Categorias de Usinas Hidroelétricas

Micro 1-100 kW
Mini 100 kW a 1 MW
Pequena 1 MW a 10-30
MW
Grande Acima de 30 MW

Fonte: Power Generation Technologies (2014).

7- Obtenção da Biomassa

Biomassa é todo o tipo de material oriundo de fonte animal ou vegetal. As


fontes para a biomassa são amplas, sendo que usualmente estas são oriundas da
agricultura, das florestas, dos dejetos municipais e industriais, de culturas de
biomassa e dos animais .
Em 2017 a biomassa foi responsável por 69,5% de toda a produção de
energia a partir de fontes renováveis, sendo que a maior parte dessa biomassa
(62,4%) foi oriunda de combustíveis sólidos (IEA, 2016).
A biomassa botânica é produzida pelas plantas no processo de fotossíntese
nele o dióxido de carbono junto com os nutrientes do solo, a água, a luz, e a clorofila
presente nas plantas e algas, produzem açúcares e oxigênio através de inúmeros
processos bioquímicos que ocorrem no interior das células das plantas. Outro
resultado decorrente do processo de fotossíntese é o ganho de massa que ocorre na
planta, massa essa também chamada de Biomassa.

Figura xx – Processo de Fotossíntese

Fonte: Google images (2020) (Adaptado).

O processo bioquímico da fotossíntese é explicado pela seguinte equação

6𝐶02 + 6𝐻2𝑂 + (𝐿𝑈𝑍) → 𝐶6𝐻1206 + 6𝑂2

A biomassa tem fontes diversas e estas podem ser agrupadas em dois


grandes grupos: Biomassa virgem (plantas, madeira, entre outros) e Biomassa de
dejetos (lixo, esgoto, fezes de animais, entre outros).
A primeira forma de produção de energia a partir de biomassa são as ditas
fazendas de energia, para geração direta de energia ou de combustíveis que
possuem como uma desvantagem o conflito com a biodiversidade, como já atestado
na Malásia e Indonésia, onde florestas foram destruídas para dar lugar a plantações
de óleo de palma. Outro empecilho é o fato de que a biomassa pode vir a substituir
as plantações de alimentos para dar lugar a plantações dedicas à geração de
energia, o que constitui um problema. Por este e outros motivos, diferentes tipos de
biomassa têm sido considerados para fins de produção de energia como eucalipto,
salgueiro e o álamo.
No que tange culturas dedicadas para a produção de energia podem ser
destacadas as lignocelulósicas, oleosas e os alcoólicos. As lignocelulósicas são
caracterizadas pelas espécies herbáceas e madeireiras, possuem uma produção
anual ou de longo prazo, dentro destas estão o eucalipto, o pinheiro e o salgueiro.
Nas oleosas podem ser inclusos todos os cultivos cujo produto principal são
óleos, que após passarem por processos químicos, são extraídos combustíveis,
dentro destes estão: soja, canola, sementes de girassol e o óleo de palma.
Por fim têm-se os alcoólicos, que possuem alta concentração de carboidratos
fermentáveis, cuja finalidade principal é a produção direta de combustíveis, o mais
notável é a cana de açúcar, amplamente explorada no Brasil para produção de
etanol e também de açúcar.
A segunda forma de produção é a partir de dejetos oriundos das indústrias de
madeira, papel e celulose, agro-alimentar e de origem urbana. A indústria de papel e
celulose produz restos de madeira que não são processados e podem ser
transformados em combustível (cavaco, serragem, entre outros). A área de papel e
celulose gera em grande quantidade materiais químicos que passam por processos
adequados para serem reutilizados para fins de geração de energia. A indústria
agro-alimentar produz lixo a partir de restos orgânicos de seus processos, sendo a
principal forma de reaproveitamento destes restos para produção de bio-metano. E
dentre os dejetos urbanos são citados os restos de componentes lignocelulósicos e
de materiais orgânicos úmidos.

7.1 - Combustão de biomassa

Várias tecnologias de fogão foram desenvolvidas, especialmente no


desenvolvimento de países. As tecnologias da combustão de biomassa foram
exaustivamente revisadas.
O principal conceito para melhorar a combustão é o armazenamento de ar ou
combustível estar em fogão pequeno ou em caldeiras industriais. Princípio do
estadiamento convencional (ar ou combustível)
durante a combustão. A preparação do ar permite uma boa mistura do ar de
combustão com os gases combustíveis formado por pirólise e gaseificação do leito
de combustível. Essa boa mistura permite uma operação com baixo excesso de ar (λ
<1,5) e, portanto, maior eficiência e alta temperatura. Portanto, as concentrações de
poluentes não queimados podem ser reduzidas. O estadiamento também foi
desenvolvido para reduzir a formação de NOx de combustível (NOx formado
oxidação de N espécies presentes na biomassa). As figuras abaixo
apresentamalgumas tecnologias de combustão. Caldeiras de corrente descendente
(Figura 2.7) com fluxo inverso foram desenvolvidos para obter alta eficiência na
combustão em pequena escala no princípio da combustão em duas etapas.

7.1– Tecnologias de conversão de biomassa

A biomassa possui muitos empecilhos ao seu manejo, como transporte e


armazenamento, sendo, portanto mais prático que esta seja convertida em algum
produto de mais fácil manuseio. Adotam-se assim duas formas majoritárias para a
conversão de biomassa que são a Bioquímica e a Termoquímica. Na conversão
termoquímica a matéria é convertida através de altas temperaturas em gases
e nos produtos químicos desejados através dos processos de combustão,
torrefação, pirolise, gaseificação e liquefação .

Figura xx – Diagrama dos processos de conversão de Biomassa

Fonte: Biomass Gasification, Pyrolysis and Torrefaction (2010).

A queima de biomassa em uma atmosfera é chamada de Combustão, neste


processo a temperaturas que variam entre 800 a 1000ºC, são produzidos gases,
sendo este o processo mais antigo. Diferentemente da combustão, a Pirolise é um
processo onde o calor é utilizado para quebrar as ligações químicas, é usada para
produzir biodiesel na ausência de atmosfera, com temperaturas de 450-600 ºC .
Na Gaseificação a biomassa é convertida em uma mistura de gases que
podem ser utilizados posteriormente como combustíveis, este mesmo processo é
muito utilizado para combustíveis fósseis.
A liquefação se dá em baixa temperatura (300 à 350 ºC) e alta pressão (12 à
20 Mpa), junto com água e converte a biomassa em óleos, sendo economicamente
menos interessante que outros processos.
Torrefação é um processo onde a biomassa é aquecida lentamente, 200 à
300ºC, com pouco contato com o ar, sendo que através desta é aumentada a
quantidade de carbono.
Na conversão bioquímica enzimas e bactérias quebram as moléculas em
moléculas menores, sendo um processo mais lento que o termoquímico, mas que
possui um custo energético menor. Os principais processos bioquímicos são:
Digestão (aeróbica e anaeróbica), Fermentação, e Enzimática ou Hidrólise ácida. Na
digestão anaeróbica bactérias produzem metano e dióxido de carbono, retirando
oxigênio da biomassa; em um processo aeróbico, contrariamente, o ar é retirado da
atmosfera. Já na fermentação a biomassa é convertida em açúcares, através de
enzimas e ácidos, e que posteriormente, com adição de fermento, é convertida em
álcool, podendo ser usado como combustível. Na hidrólise são utilizadas enzimas
(hidrólise enzimática) ou compostos químicos (hidrólise química) para decompor os
açúcares contidos na biomassa em açúcares mais simples.

7.2– Usina de biomassa

Está sendo construída, na China, a maior usina de produção de bioenergia a


partir do lixo. A planta fica na cidade de Shenzhen, no sul do país, e tem a capacidade
de processar cerca de 5 mil toneladas de resíduos por dia. A previsão é que a usina
comece a operar ainda em 2020.

A nova instalação será capaz de transformar em energia um terço do lixo


produzido diariamente pela população da região metropolitana de Shenzhen — onde
vivem cerca de 20 milhões de habitantes. A China vem investindo, cada vez mais, na
geração de energia a partir de resíduos. Atualmente, o país tem mais de 300 plantas em
operação. Com isso, o gigante asiático viu sua capacidade instalada de produção de
energia a partir de resíduos crescer 26% por ano nos últimos cinco anos. No mesmo
período, os países da OCDE tiveram aumento médio de 4% por ano na geração.

Segundo o Conselho Mundial de Energia (WEC, na sigla em inglês), esse é um


setor que terá valor de mercado de cerca de US$ 40 bilhões em 2023. A usina
de Shenzhen irá capturar o calor gerado a partir da incineração de resíduos indesejados
esse calor será usado para acionar uma turbina que gera eletricidade. Além disso, a
planta também produzirá energia solar, já que possui cerca de 40 mil m² de painéis
solares instalados em seu teto.
Figura xx – Projeto Arquitetônico da Usina de Shenzen

Fonte: WEC (2020) (adaptado)

7.3 GERAÇÃO DE ENERGIA GEOTÉRMICA E SUAS TECNOLOGIAS

Atualmente, cerca de 25 países do planeta utilizam a energia geotérmica, sendo o Brasil


um país que não apresenta grande potencial de energia geotérmica, uma vez que ela é
explorada, em maior parte, nos locais do planeta onde surgem as áreas de transição
entre as placas tectônicas.

Nos processos geotérmicos existe uma transferência de energia por convecção


tornando útil o calor produzido e contido no interior da terra. O aproveitamento também
pode ser feito utilizando a tecnologia de injecção de água a partir da superfície em
maciços rochosos quentes.
A utilização ideal da energia geotérmica é em cascata, a temperaturas progressivamente
mais baixas, até cerca dos 20ºC (Diagrama de Lindal).
] Esquema Central Geotérmica

Atualmente existe também a utilização de ciclos binários na produção de energia


eléctrica e de bombas de calor (BCG) no caso de utilizações directas.

7.3.1 Central energética “hot dry rock”

1. Injeção perfurante com bomba perfuradora


2. Sistema de fratura estimulada (profundidade aproximada de 4,000 a 6,000 m,
200ºC)
3. Produção da perfuração longa (“borehole”)
4. Permutador de calor
5. Edifício da turbina
6. Arrefecimento
7. Reservatório de calor, subterrâneo, para excesso de calor
8. Observatório da perfuração longa (“borehole”)
9. Cargas eléctricas e calor
7.3.2 Futuro da energia geotérmica

A energia geotérmica tem o potencial de desempenhar um papel significativo na


mudança para um sistema energético mais limpo e sustentável. É uma das poucas
tecnologias de energia renovável que pode fornecer energia de carga de base contínua.
Além disso, ao contrário das usinas de carvão e nucleares, as usinas geotérmicas
binárias podem ser usadas como uma fonte flexível de energia para equilibrar a oferta
variável de recursos renováveis, como eólica e solar. As plantas binárias têm a
capacidade de subir e descer a produção várias vezes ao dia, de 100% da potência
nominal para um mínimo de 10%.

Conversão
Este recurso pode ser classificado em duas categorias:

 Alta temperatura (T>150 ºC): este recurso está geralmente associado a áreas
de actividade vulcânica, sísmica ou magmática.
 A estas temperaturas é possível o aproveitamento para a produção de energia
eléctrica.
 Baixa temperatura (T<100 ºC): resultam geralmente da circulação de água de
origem meteórica em falhas e fracturas e por água residente em rochas
porosas a grande profundidade.

Aproveitamento

O calor da terra pode ser usado como uma fonte de energia de muitas maneiras, desde
grandes e complexas estações de energia até sistemas de bombeamento pequenos e
relativamente simples. O aproveitamento deste calor pode ser realizado directamente
para aquecimento ambiente, de águas, piscicultura ou processos industriais. Nesses
casos, utiliza-se a água quente para abastecimento de residências e, principalmente,
para o aproveitamento turístico, a exemplo do que ocorre nas cidades de Caldas Novas
(GO) e Poços de Caldas (MG). Em outros casos, a energia geotérmica é utilizada para a
geração de eletricidade, que são os casos mais comuns, embora não existam no Brasil
nesse aspecto.
Aspectos ambientais 

embora a energia geotérmica seja uma energia menos poluente, se retirada de maneira
irregular pode causar danos ao planeta, alterando assim sua geologia.

Muitas regiões do mundo já estão utilizando a energia geotérmica como uma solução
acessível e sustentável para reduzir a dependência de combustíveis fósseis e o
aquecimento global e os riscos à saúde pública que resultam de seu uso.

Além do cuidado necessário com a perfuração do solo, a água encontrada abaixo da


superfície terrestre deve ser tratada antes de ser lançada nos rios e nos mares, uma vez
que muitos minérios encontrados são prejudiciais à saúde, além de diversos gases
dissolvidos, por exemplo o ácido sulfídrico (H2S).

Usinas

Uma usina geotérmica funciona através da drenagem da água quente existente no


subsolo, geralmente aproveitada em forma de vapor. A emergência desse vapor ocorre
em uma pressão tão elevada que ele emerge na superfície em alta velocidade e com
grande força, o suficiente para fazer girar a turbina onde se liga o gerador responsável
por transformar o giro da turbina em eletricidade.
O país que mais possui usinas geotérmicas é a Suíça, com mais de 50 obras para a
exploração. Já os três países com maior produção de energia geotérmica no mundo
são: os Estados Unidos, as Filipinas e a Indonésia. 

A usina de Ngatamariki, que é a maior usina de produção de energia geotérmica do


mundo, encontra-se na Nova Zelândia e possui uma produção total de 100 MW. 

Usina Geométrica de Operação

A itália foi a primeira a produzir eletricidade a partir do calor da terra utilizando uma
usina geotérmica, no dia 4 de julho de 1904, em Larderello, na Toscana, lâmpadas
foram acesas graças à transformação do vapor vindo do interior da terra em energia
elétrica. Diante dos resultados daquelas experiências, iniciou-se a construção da
primeira central de energia geotérmica do mundo.

8 - ENERGIA EÓLICA

È a energia proveniente da força dos ventos, por isso é considerada como uma das
formas em que se manifesta a energia do sol, pois o vento é o movimento do ar em
decorrência do aquecimento irregular da atmosfera pela radiação solar. Essa energia
contida no vento pode ser usada para a geração de eletricidade. É uma energia limpa e
renovável, por isso é cada vez mais utilizada em todo o mundo.

A utilização de energia eólica na geração de eletricidade depende principalmente da


velocidade do vento. Um sistema eólico tem seu rendimento máximo em uma
determinada velocidade do vento e pequenas alterações nessa velocidade podem gerar
grandes mudanças no desempenho econômico de um parque eólico. Por isso,
informações detalhadas sobre a velocidade e direção do vento são fundamentais para
instalação de um sistema eólico. A partir dessas informações é possível determinar o
tipo de aero gerador que será utilizado e o melhor local para sua instalação.

A transformação da energia dos ventos em energia elétrica é realizada através de um


equipamento chamado de aero gerador (ou turbina eólica). Os aero geradores
apresentam hélices que se movimentam com a força dos ventos. Inicialmente a energia
cinética do vento é transformada em energia mecânica e em seguida em energia
elétrica. Geralmente um sistema eólico pode ser utilizado em três aplicações distintas:

 Sistemas isolados: são de pequeno porte, utilizados para abastecer certas


regiões nas quais não é viável fazer uma extensão da rede elétrica;
  Sistemas híbridos: utilizam mais de uma fonte para a geração de energia, por
exemplo, pode ser composto por turbinas eólicas e painéis fotovoltaicos, entre
outras fontes. São utilizados para atender uma maior quantidade de usuários;
  Sistemas interligados à rede: utilizam um grande número de aerogeradores,
como nos parques eólicos. Toda a energia produzida é entregue diretamente à
rede elétrica.
8.1 TIPOS DE TURBINAS EÓLICAS

As turbinas eólicas podem ser classificadas em:

 Horizontais;
 Verticais.

 Turbina Eólica de Eixo Horizontal

são o tipo de turbinas mais comuns, de accionamento por forças sustentadoras e


aplicadas na maior parte dos parques de produção de energia eléctrica.
Actualmente a maior parte são constituídas com três pás, no entanto é possível e
existem turbinas com duas e apenas uma pá (eventualmente com menor custo em
material). A principal desvantagem, destas turbinas com duas ou uma pá é a menor
estabilidade da turbina.

Eixo Horizontal Gerador eólico 3KW turbina eólica


 Turbina Eólica de Eixo vertical
 baseiam-se num princípio semelhante as clássicas noras de água, onde a água chega
perpendicularmente em relação ao eixo de rotação da nora. Utilizadas também para a
produção de energia eléctrica, e tem como principal vantagens teóricas:

1. A independência da direcção do vento, no entanto os esforços nas pás exercidos pela


força centrífuga limita a sua velocidade.

2. Maior rendimento em comparação com as turbinas de eixo horizontal.

3. Uma forma da diminuir este efeito é dar uma forma arqueada, ou “C” as pás (turbina
de "Darius" de Georges Darrieus, desenhadas em 1931), no entanto reduz o existe uma
redução do rendimento.

4. O gerador pode estar no solo e pode-se prescindir de uma torre, para a máquina.

8.1.1 As principais desvantagens das turbinas de eixo vertical são:

1. Velocidades junto do solo baixas (junto da parte inferior do rotor).

2. Arranque “forçado”, i.e., a ,máquina necessita de um “empurrão” antes de arrancar.

3. Em alguns casos existe a necessidade de cabos tensores, aumentado a área de


ocupação.

4. Em caso de substituição do rolamento principal é necessário desmontar toda a


turbina.

A última grande máquina deste tipo de turbinas, a Eole C com 4.200 kW e diâmetro de
rotor 100m, instalada no Canadá, já deixou de funcionar em 1998, devido a problemas
de manutenção.

No entanto, em aplicações de pequena escala, este tipo de turbinas podem ser


alternativas às turbinas de eixo horizontal.
4 - CONCLUSÃO

Esse trabalho teve como objetivo esclarecer um pouco mais sobre as


tendências futuras com foco na geração de energia por biomassa, saber como
ela funciona e sua importância. É uma energia obtida através da combustão de
matérias orgânicas, as vantagens da produção dessa energia são o baixo custo
e a baixa emissão de gases poluentes, sendo uma fonte de energia renovável
podendo reutilizar a matéria orgânica produzida pela natureza. As matérias
orgânicas mais utilizadas são: madeira, bagaço da cana de açúcar, resíduos
agrícolas, papeis e papelão já utilizados. Embora a utilização da energia por
biomassa traga muitas vantagens, deve-se ter um controle sobre as áreas
desmatadas para a produção de matérias orgânicas, como desmatamento de
florestas para obter lenha ou para plantação da cana de açúcar. Por isso a
preocupação ambiental deve ser prioridade na utilização da biomassa que
deverá ser uma fonte de energia muito utilizada futuramente por causa dos
seus benefícios.
5- Bibliografia

http://www.epe.gov.br/pt/abcdenergia/fontes-de-energia
http://www.epe.gov.br/pt/abcdenergia/fontes-de-energia#ENERGIA-NAO-
RENOV
http://www.epe.gov.br/pt/abcdenergia/matriz-energetica-e-eletrica
http://www.epe.gov.br/sites-pt/abcdenergia/Paginas/MAPA-PRODUTORES-
MUNDIAIS-DE-PETROLEO-E-GAS-NAURAL.aspx
http://www.epe.gov.br/pt/abcdenergia/energia-e-aquecimento-global

https://www.greenpeace.org/brasil/blog/planejamento-energetico-para-2027-
projeta-um-brasil-mais-sujo-e-ameacado/?
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https://beduka.com/blog/materias/geografia/fontes-de-energia-nao-renovaveis/
https://alunosonline.uol.com.br/geografia/matriz-energetica-brasileira.html

http://epe.gov.br/pt/abcdenergia/matriz-energetica-e-eletrica

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