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Índice pág.
1. INTRODUÇÃO ......................................................................................................... 2
2. OBJETIVOS .............................................................................................................. 2
2.1. Objetivo geral ..................................................................................................... 2
2.2. Objetivos específicos ........................................................................................... 2
3. METODOLOGIA ...................................................................................................... 3
4. JUSTIFICATIVA ...................................................................................................... 3
5. PROBOLEMATIZAÇÃO .......................................................................................... 4
6. HIPÓTESES .............................................................................................................. 4
7. REVISÃO BIBLIOGRÁFICO ................................................................................... 5
7.1. Conceitos ............................................................................................................ 5
7.2. Barragem na mineração ..................................................................................... 6
7.3. Concepção do projeto de barragem de rejeitos ................................................... 7
7.3.1. Espessamento ............................................................................................ 10
7.3.2. Transporte ................................................................................................ 10
7.3.3. Descarga .................................................................................................... 12
7.4. Métodos Construtivos de Alteamento ............................................................... 14
7.4.1. Método à montante.................................................................................... 14
7.4.2. Método à jusante ....................................................................................... 15
7.4.3. Método da linha de centro ......................................................................... 16
7.4.4. Sistema de drenagem ................................................................................. 17
7.4.5. Comparação dos métodos de alteamento ................................................... 18
7.4.6. Principais problemas associados ao método construtivo ............................ 19
9. CONCLUSÃO ......................................................................................................... 22
10. BIBLIOGRAFIA .................................................................................................. 23
11. ANEXO ................................................................................................................ 24
1. INTRODUÇÃO
2. OBJETIVOS
2.1. Objetivo geral
Descrever os processos de planejamento e construção de barragens de rejeitos.
3. METODOLOGIA
4. JUSTIFICATIVA
Esta atividade tem sido negligenciada durante muito tempo na área de mineração, e como
consequência, acidentes de grandes proporções causados especificamente por
rompimento de barragens de rejeito de mineração tem demonstrado consequências
socioambientais catastróficas.
Será importante este trabalho cientifico, em realçar método viável para construção de
rejeito de modo a prevenir a ruptura.
5. PROBOLEMATIZAÇÃO
6. HIPÓTESES
As falhas que ocorrem e levam barragens a ruptura são devidas a uma aplicação
inadequada de métodos de engenharia, falta de experiência adequada dos profissionais e
falha na supervisão de construção.
7. REVISÃO BIBLIOGRÁFICO
7.1.Conceitos
Edraki et al. (2014) definem os rejeitos da mineração como grãos finos de rocha oriundos
de processos de beneficiamento mineral que envolvam água, podendo conter metais
dissolvidos e reagentes previamente utilizados.
Abreu (2012) relembra que tanto os estéreis quanto os rejeitos são dispostos na superfície
de terrenos, em locais pré-selecionados e onde não exista minério em subsuperfície. As
mineradoras, independente da lavra a céu aberto ou subterrânea, são responsáveis pela
disposição dos seus resíduos.
Edraki et al. (2014) salientam que os resíduos sólidos podem conter finos e lamas que
afetam/prejudicam a estabilidade das instalações do seu próprio armazenamento.
7.2.Barragem na mineração
Este material por ter passado por processos de beneficiamento, no qual normalmente
envolve reações químicas, apresentam composições iônicas variadas. As quais além de
por vezes serem nocivas ao homem e meio ambiente são de um ponto de vista construtivo
negativas pela possibilidade de interação e reação química com os materiais construtivos
do aterro, assim alterando a permeabilidade. Davies, Lighthall, Rice e Martin (2002), em
um amplo trabalho de revisão sobre barragens de rejeito, salienta a necessidade de
consideração da relação geoquímica dos rejeitos.
A disposição controlada dos rejeitos parece causar um aumento do custo de produção sem
trazer benefícios imediatos para a empresa mineradora. Ademais, a tecnologia aplicada
ao projeto e construção de barragens não acompanha a evolução tecnológica dos projetos
de mineração, inclusive a evolução dos projetos e construção de barragens convencionais.
Como consequência, esta atividade tem sido negligenciada durante muito tempo na área
de mineração.
1972 Buffalo Creek/West - Não definida 110 mortos, 1.100 feridos, 1.500
Virginia casas destruídas – 595.000 m3 de
lama.
1985 Cerro Negro/Chile Sismo induzido e Lama dos rejeitos fluiu até 85 km a
liquefação jusante.
Registra-se, ainda, que entre 1970 e 1998 ocorreram 25 grandes acidentes com barragens
de contenção de rejeitos. A maioria resultou de condicionantes geológicos e geotécnicos
(sismos, fundações, entubamento ou piping, liquefação e materiais de construção, entre
Liquefação 21 46,7
Entubamento 11 24,4
TOTAL 45 100,0
Fonte: Arnez, 1999.
7.3.1. Espessamento
Quase sempre o projeto de mineração prevê a recuperação da água para sua reutilização
no processo. É comum, a utilização de espessadores e hidrociclones. Nesta etapa do
processo, os hidrociclones possuem baixa competitividade, em decorrência dos seus
elevados custos operacionais e por não recuperarem diretamente a água de circulação.
7.3.2. Transporte
O transporte de polpa é feito com auxílio da gravidade, por meio de calhas abertas ou
valetas e, mais comumente, por tubulação, com ou sem bombeamento. Este é
determinado, basicamente, pela diferença de cota entre a usina de beneficiamento e a área
onde se dará a disposição dos rejeitos e, ainda, pelo comprimento da tubulação e das
perdas de carga resultantes. Este método permite o transporte do rejeito a grandes
distâncias, por um custo operacional relativamente baixo.
A velocidade mínima da polpa é peculiar a cada situação, porém, a maioria das tubulações
opera com velocidades entre 1,5 a 3,0 m/s, dependendo da densidade da polpa, sua
7.3.3. Descarga
A descarga da polpa pode ocorrer por um ou vários pontos, segundo plugues (spigots)
que controlam a descarga da polpa. No primeiro caso, as tubulações de transporte devem
ser desconectadas e relocadas, de modo a possibilitar a formação sequencial de depósitos
adjacentes (Figura 2A), enquanto os plugues realizam as mesmas funções, isto é, lançar
os rejeitos em áreas contíguas. Os spigots ficam posicionados ao longo da tubulação,
normalmente espaçados entre 15 e 45 m. O emprego desses dispositivos possibilita, ainda,
o controle do lançamento dos rejeitos por válvulas individuais em cada um deles (Figura
2B).
1. Método à montante;
2. Método à jusante;
3. Método da linha de centro.
alteamento, estes executados com o próprio material de rejeito. O processo é repetido até
atingir à cota de ampliação prevista (figura 3).
Se, por um lado, o método à montante apresenta como vantagens a simplicidade e o baixo
custo de construção, por outro está associado à maioria das rupturas em barragens de
rejeitos em todo o mundo. Rupturas por percolação e erosão (piping) também são
possíveis quando a distância entre o lago de decantação e o talude de jusante da barragem
não for suficientemente grande, propiciando a ocorrência de gradientes hidráulicos
elevados.
A melhor forma de diminuir este risco é ter uma vasta praia entre a crista da barragem e
o reservatório, além de contar com um sistema de drenagem interno eficiente para
abatimento da superfície freática. Excessos na velocidade do alteamento pode também
induzir o mecanismo de liquefação estática.
A tabela 2.2 lista e compara as principais vantagens entre estes métodos de alteamento de
barragens de rejeito.
Por ser construída sobre o material de rejeito depositado, o método de montante nos leva
a uma maior dificuldade de controle das propriedades geotécnicas da zona em que é
realizada o alteamento, ou seja, rejeito adensado. De acordo com Araújo (2006) e Martin
e McRobert (1999), pelo fato dos alteamentos serem realizados sobre materiais
previamente depositados e não consolidados, estes estão em condição saturada e tendem
a apresentar baixa resistência ao cisalhamento e susceptibilidade à liquefação por
carregamentos dinâmicos e estáticos. Araújo (2006), também comenta os problemas
decorrentes do sistema de drenagem interno referentes a este método.
Para a análise geotécnica Rafael e Romanel (2014), apresentam metodologia útil a ser
seguida para retroanálise em barragem onde correlacionam os valores de SPT (Standard
Penetration Test) para inferir parâmetros geotécnicos dos materiais, os quais seriam de
difícil aquisição direta por serem necessários ensaios laboratoriais em amostras
indeformadas, ou seja, sob condições especificas. Quanto à inferência de parâmetros
geotécnicos pelo ensaio de SPT, Schnaid (2000) apresenta diversas metodologias de
associações de parâmetros geotécnicos com os valores obtidos por este ensaio.
A mana Alumina é responsável na extração de bauxita e gibpsita, uma rocha a de cor branco
a vermelhado, dependendo do seu teor de ferro como rejeito. Elas opera a ceu a berto, e devido
o relevo que se encontra do tipo planalto e montanhosa, o método usado na sua extração é em
flanco de encosta (bancadas).
A mina possui diversas frentes de lavra umas de Bauxita e outras de gipsita, e o seu
tratamento de minério inicia da cominação, peneiramento até a secagem. Porém, no
peneiramento usam equipamento “tambor rotativo (Trommel)”, um equipamento que
separa o material em três frações de granulometria diferentes (Fino, Médio e Grosso). No
seu funcionamento usa-se agua como componente auxiliar de modo a evitar o
Trommel
Área ínsito
Bancada
Área encerada
Dique
9. CONCLUSÃO
Talvez seja necessária uma mudança ideológica no setor mineral. Onde os riscos
referentes a falha em barragem sejam mais estudados para que se pondere quanto ao
desprendimento de recursos para investigação geotécnica, construção, operação e
manutenção de barragens de rejeito. Os custos diretos provenientes de uma falha de
barragem são da ordem de milhões, sendo que os custos indiretos são ainda muito
superiores a esses. Isto mostra e evidencia a necessidade de estudos aprofundados da
metodologia construtiva a ser adotada e da análise de estabilidade previa e concomitante
a operação.
10. BIBLIOGRAFIA
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11. ANEXO