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Defesa de Autuação
6-8 minutos

Ilustríssimo (a) Senhor (a) Diretor (a) do Departamento Estradas


e Rodagem - DER – São Paulo, Estado de São Paulo.

Defesa de autuação

(nome), brasileira, solteira, (profissão), portador do RG nº


xxxxxxxxxx, inscrita no CPF/MF sob o nº xxxxxxxxxxxxx,
residente e domiciliada na Rua xx xx, nº 276, Centro, São
Simão/SP, Registro de CNH nº xxxxxxxxx, proprietária do veículo
VW/Saveiro 1.6 CE CROSS, placa EYF-1394, cor preta,
licenciado na cidade de São Simão/SP (em anexo), categoria
CAR/CAMINHONETE, SP, vem com o devido respeito a Vossa
Senhoria, apresentar Defesa da Autuação (Auto de Infração nº.
Xxxxxx) e solicitar a anulação e consequente seu arquivamento,
tendo a alegar em sua defesa o seguinte:

DA INFRAÇÃO

Em 07 de fevereiro de 2015, às 07h55min, na Rodovia


Anhanguera, SP-330, KM 305, sentido Norte, Município de
Ribeirão Preto, a Recorrente foi supostamente autuado por
infringir o art. 167, do CTB, ou seja: Deixar o Condutor ou
Passageiro de Usar Cinto de Segurança.

Primeiramente, observe-se o dispositivo do Código de Trânsito


Brasileiro abaixo transcrito:

"Art. 281. A autoridade de trânsito, na esfera da competência

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estabelecida neste Código e dentro de sua circunscrição, julgará


a consistência do auto de infração e aplicará a penalidade
cabível.

Parágrafo único. O auto de infração será arquivado e seu


registro julgado insubsistente:

I - Se considerado inconsistente ou irregular". (grifo meu)

A medida administrativa do art. 167, CTB, é clara, precisa e


concisa quando determina a retenção do veículo até a colocação
do Cinto de segurança.

Posto isso, o Agente de Fiscalização foi arbitrário na autuação


da Recorrente (art. 37 da Constituição Federal), não parando o
condutor para efetuar a referida autuação.

Como poderia o agente de trânsito constatar de forma precisa


que o condutor ou o passageiro estava sem o cinto de
segurança se o veículo não foi parado? Não foi assinado
nenhum Auto de Infração e, somente foi tomado conhecimento
do fato quando do recebimento da Notificação no dia 03 de
março de 2015.

A Coordenação Geral Instrumental Jurídico e de Fiscalização do


Ministério da

Justiça, em seu Parecer n.º 011/1999, concluiu pela


obrigatoriedade da Medida Administrativa prevista no Art. 167 do
CTB. Esse mesmo posicionamento é mantido no parecer
044/2000/CGIF/DENATRAN. Transcreve-se, “ipsis litteris”, a
conclusão do DENATRAN sobre a matéria:

"Face ao exposto, entendemos que há necessidade da


abordagem do condutor do veículo para que seja constado pelo
agente de trânsito a utilização do cinto de segurança, uma vez
que se o mesmo não estiver usando este equipamento e

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também não estando em condições de funcionamento, lhe


deverá ser aplicado, tanto a penalidade da multa, como a
medida administrativa de retenção do veículo até a colocação do
cinto em perfeito funcionamento, conforme prevê o artigo acima
transcrito, tendo em vista que o objeto primordial dessa
obrigatoriedade é a de proteger a integridade física dos
ocupantes dos veículos". (grifo nosso)

O parecer do DENATRAN só veio confirmar o que já é explícito


no CTB em seu art. 167:

“Deixar o condutor ou passageiro de: usar o cinto de segurança,


conforme previsto no art. 65:

Infração – Grave

Penalidade – multa

Medida Administrativa - Retenção do veículo até colocação do


cinto pelo infrator.” (grifo meu)

A lei determina a retenção do veículo, isto é, parar o veículo,


portanto, cabe ao Agente Fiscalizador simplesmente seguir tal
determinação. A abordagem do condutor, que só se pode
realizar com a retenção do veículo, é necessária não só para
que o agente de trânsito exercite o seu papel de conscientizar o
motorista sobre a importância da utilização do cinto, como
também para se confirmar a irregularidade, posto que uma série
de fatores poderiam levar o agente de trânsito a cometer
injustiças. Como exemplos desses fatores cita-se eventual
reflexo do vidro, a velocidade do veículo, a posição do batente
da porta, a posição do banco, o tipo e cor do vestuário, etc., visto
que no presente caso a autuação foi em uma Rodovia.

Não há como negar que tais condições poderiam levar o agente


de trânsito a autuar erroneamente a condutora. No caso em

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apreço, foi o que aconteceu, haja visto que a proprietária do


veículo nunca recebeu nenhuma multa de trânsito, pois, sempre
anda em conformidade com a Lei.

Disso se conclui que o sistema de sanções existe não com um


propósito arrecadatório, mas sim, com escopo educativo. O
intuito do sistema de sanções é educar. Daí a indignação diante
da atuação, pois, à luz do que prescreve à Medida
Administrativa, a autuação somente deve ser feita com a devida
abordagem do condutor.

Todavia, ainda quanto ao ônus da prova, é bom que se diga que


ele não é absolutamente da condutora. À administração cabe
demonstrar o fato constitutivo de seu direito (materialidade da
conduta ilícita praticada pelo agente). A simples lavratura do
auto de infração, que nada mais é que a formalização de uma
avaliação subjetiva do agente, não confere a devida e
necessária materialidade ao ato para a justa imposição da
sanção. Eis aí o ponto onde justamente reside a "presunção" dos
atos administrativos, cujo ônus das provas é do Estado, que não
dispensa à administração de produzir provas que justifiquem seu
direito de impor sanções.

Dos Pedido

Isto posto, requer a Vossa Senhoria, diante dos fatos acima

aludidos, a Requerente solicita a anulação e o arquivamento do


Auto de Infração nº. Xxxxxxx, por inconsistente e irregular
aplicação, conforme o disposto no artigo 281, parágrafo único,
inciso I, do Código de Trânsito Brasileiro, eis que o condutor
portava o cinto de segurança, como já elucidado, e o policial
deixou de autuá-lo no devido e hipotético flagrante em que teve
a oportunidade.

A Recorrente encontra-se a disposição para quaisquer

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informações.

Nestes Termos,

Pede-se Deferimento

São Simão/SP, 13 de março de 2015.

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Condutora/Proprietária do Veículo

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