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Recensão Crítica do Texto:

GUERREIRO, Augusto Deodato (2014). “O Desenvolvimento da Imanência Pensante


no Relacionamento e Interação, na Oralidade e na Escrita”
In: História Breve dos Meios de Comunicação: Da Imanência Pensante à
Sociedade em Rede. Almada:
EDLARS - Educomunicação e Vida; pp. 13-38.

UNIVERSIDADE LUSÓFONA DE HUMANIDADES E TECNOLOGIAS

ESCOLA DE COMUNICAÇÃO, ARQUITETURA, ARTES E TECNOLOGIAS DA


INFORMAÇÃO

DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS DA COMUNICAÇÃO

CURSO: 1º Ciclo em Comunicação Aplicada, Marketing, Publicidade e Relações


Públicas

Unidade Curricular: História dos Meios de Comunicação

DOCENTE: Professor Doutor Augusto Deodato Guerreiro

15 de Novembro de 2019

Alunos:
Alice Martins – 21805075
Inês Borges – 2180
Maria Soares - 21803578
Introdução

O presente trabalho surge no âmbito da unidade curricular História Dos Meios de


Comunicação. Tem como objetivo a realização de uma análise crítica da matéria
mencionada da página 13 à 38, pertencente ao capítulo I – “O Desenvolvimento da
Imanência Pensante no Relacionamento e Interação, na Oralidade e na Escrita”.
Nesta parte da obra, o autor procura apresentar factos para explicar a génese da
comunicação, oral e escrita, e a sua consequente evolução. Consideramos um tema
com extrema relevância visto que também é realçada a importância da história dos
meios de comunicação como consequência da evolução da comunicação, desde os
povos primitivos até à sociedade em rede, na qual nos encontramos nos dias de hoje.
Para abordar da melhor forma possível este tema, realizamos uma cuidadosa e
relevante pesquisa bibliográfica, de modo a enriquecer, com citações de outros
autores e com base na informação disponibilizada em aula, o desenvolvimento do
nosso trabalho.
Antes mesmo da linguagem como conhecemos atualmente ser criada, os nossos
ancestrais mais primitivos, como os homens das cavernas, já comunicavam entre si
por meio de linguagens rudimentares desenvolvidas através de gestos, sons,
expressões e grunhidos. Já na Pré – História o homem sentia a necessidade de viver
em comunidade, o que implicava que interagisse e se relacionasse com o seu grupo,
sendo obrigado a desenvolver formas de verbalizar (ou pelo menos, formas de
demonstrar) aquilo que sentia ou pensava. Com o tempo, a comunicação foi
adquirindo formas mais claras e evoluídas, facilitando assim a compreensão não
só entre os indivíduos da mesma tribo, como entre tribos diferentes. 
Seguida a esta necessidade de comunicar, há também a necessidade de gravar o
dia-a-dia e armazenar informações. Desta forma, surge o primeiro tipo de registo: as
pinturas rupestres. Esse tipo de escrita era, além de pictórica, ideográfica, ou seja,
utilizava símbolos simples para representar tanto objetos materiais, como ideias
abstratas. Encontramo-nos já na História, onde cada sociedade criou uma forma
particular de escrita, mas foram os sumérios (uma das mais antigas civilizações do
mundo, que ocupava a região da Mesopotâmia) que transformaram os sons em
símbolos, ou seja, os caracteres passaram a representar silabas - este foi o primeiro
passo para a escrita fonética. Os fenícios, devido à grandiosidade do seu comércio
marítimo, inventam o alfabeto por volta de 1.200 a.C, facilitando ainda mais o processo
comunicativo. Alfabeto esse que é concluído pelos gregos dando origem à escrita
alfabética no Ocidente.
“(..) Veio a desenvolver-se a pré-escrita, a escrita, os diferentes suportes em que
a fixava (como por exemplo, o papiro, o pergaminho, o papel e o digital), a impressão
manual e mecânica (na China a partir de 1041 e na europa a partir de 1450) e
tecnológica (...)” surgindo assim, um enorme fluxo de informação pelo mundo,
disponibilizando conhecimento a um numero de pessoas progressivamente crescente.
Consequentemente, inventam-se os meios de comunicação de massa, começando
pelo jornal, seguindo da revista, o telégrafo, o código Morse, o telefone, a rádio, a
televisão, o computador, o micro computador e acabando nos computadores portáteis.
Juntamente com a criação dos computadores, nasce a Arpanet em 1969, que quando
deixa de se destinar apenas para fins militares e começa a ser utilizado para fins
académicos e profissionais, origina a Internet. Ergue-se uma nova sociedade –
Sociedade de Redes – onde a Internet é “um mundo indispensável na nossa vida,
visto a conexão à rede mundial ser uma fonte de conhecimentos, interatividade,
diversão e, principalmente, de comunicação.”
A origem da linguagem foi sempre um tema de discussões acadêmicas há já
alguns séculos. Apesar disso, não há consenso sobre a definitiva origem ou a idade da
linguagem humana. A falta de evidências diretas faz com que o tema seja difícil de ser
estudado. Consequentemente, os especialistas que tencionam estudar a génese da
linguagem, têm de o fazer a partir de outros tipos de provas, tais como os registros
fósseis, evidências arqueológicas, a partir da atual diversidade linguística, a partir de
estudos sobre aquisição de linguagens, e das comparações entre a linguagem humana
com sistemas de comunicação existentes entre outros animais. Max Muller argumenta
que a origem da linguagem está relacionada com as sensações e sentimentos que
pretendemos exteriorizar, ou seja, “o “homo loquens” faz corresponder uma expressão
a cada impressão que recebe do exterior” – baseada na teoria da origem imitativa; “O
soviético Marr (1865-1934) admite que a “linguagem articulada” viria,
progressivamente, substituir a “linguagem por gestos”. O Francês Renan (…) afirma
que a “linguagem” se constituiu de uma só vez. Steinthal (1823-1899) adianta que
(como na criança) a “linguagem” surge só no momento em que se atinge um certo
desenvolvimento da vida psíquica”.
Segundo o autor, Deodato Guerreiro, a significação que atribuímos às palavras
está nas pessoas, ou seja, aprendemos a interpretar e a atribuir sentido e não é algo
inato, caso contrário “qualquer pessoa compreenderia qualquer linguagem”. Desta
forma, é importante que hajam regras e convenções definidas para que as significações
sejam comuns aos indivíduos da mesma comunidade. A experiência é essencial para
que o processo comunicativo seja eficaz.
Outra questão, que também é importante quando se estuda a linguagem é saber
de onde ou de que troncos linguísticos derivam todas as línguas. Até aos finais do
século XVII, acreditava-se que a “língua original da humanidade” era o hebreu (teoria
fortemente contrariada por Leibniz). Mais tarde, fruto de vários estudos, J.-J. Scaliger
concluiu que as línguas europeias têm onze fontes, sendo as principais: a “latina”, a
“grega”, a “germânica” e a “eslava”.
“O homem que inventou
a linguagem também a
recebe em herança. (…)
E esta não é um luxo,
porque sem história um
povo é como um
amnésico, sem
existência consciente,
mas andando à
toa.” (Fabre, 1980: 16 “O homem
que inventou a linguagem também a recebe em herança. (…) E esta não é um luxo,
porque sem história um povo é como um amnésico, sem existência consciente, mas
andando à toa.” (Fabre, 1980:

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“O homem que inventou
a linguagem também a
recebe em herança. (…)
E esta não é um luxo,
porque sem história um
povo é como um
amnésico, sem
existência consciente,
mas andando à
toa.” (Fabre, 1980: 16)
Conclusão
A história da comunicação humana transpõem-se à historia da própria humanidade e
do processo evolutivo de todos nós - “O homem que inventou a linguagem também a
recebe em herança. (…) E esta não é um luxo, porque sem história um povo é como
um amnésico, sem existência consciente, mas andando à toa.” (Fabre, 1980: 16)
Dentro de todos os sistemas de signos criados pelo homem, a linguagem é essencial
no processo de desenvolvimento humano, sem a qual não seria possível todos os
avanços culturais obtidos pela humanidade. É através da linguagem que o homem
comunica, organiza o seu pensamento e compartilha acontecimentos. Sendo que, a
linguagem e o pensamento estão intimamente relacionados.
Concluindo, com o decorrer dos anos, foram notórias as diversas evoluções a
diferentes níveis da comunicação, desde o aperfeiçoamento dos meios de
comunicação (cada vez de maior alcance e rapidez), até à alteração sonora e gráfica
da língua. Estamos hoje na Era da tecnologia e da informação onde a sociedade
apresenta uma grande dependência da tecnologia, não prescindido desta no seu dia a
dia.
Referências Bibliográficas
Fabre, M. (1980). História da Comunicação. Portugal: Morais
Goody, J. (1986). A lógica da escrita e a organização da sociedade. Portugal: Edições
70.
Guerreiro, A. (2004). História Breve dos Meios de Comunicação: Da Imanência
Pensante à Sociedade em Rede. Portugal: CICANT.
Leroi – Gourhan, A. (1983). Os Caçadores da Pré-História. Portugal: Edições 70.
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“O homem que inventou
a linguagem também a
recebe em herança. (…)
E esta não é um luxo,
porque sem história um
povo é como um
amnésico, sem
existência consciente,
mas andando à
toa.” (Fabre, 1980:
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“O homem que inventou
a linguagem também a
recebe em herança. (…)
E esta não é um luxo,
porque sem história um
povo é como um
amnésico, sem
existência consciente,
mas andando à
toa.” (Fabre, 1980: 16)

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