Este documento apresenta questões sobre diversas ações tributárias como: declaratória, anulatória, consignação em pagamento, embargos à execução e exceção de pré-executividade. As questões abordam temas como competência, prazos, fundamentos e efeitos dessas ações.
Este documento apresenta questões sobre diversas ações tributárias como: declaratória, anulatória, consignação em pagamento, embargos à execução e exceção de pré-executividade. As questões abordam temas como competência, prazos, fundamentos e efeitos dessas ações.
Este documento apresenta questões sobre diversas ações tributárias como: declaratória, anulatória, consignação em pagamento, embargos à execução e exceção de pré-executividade. As questões abordam temas como competência, prazos, fundamentos e efeitos dessas ações.
CONSIGNAÇÃO EM PAGAMENTO, EMBARGOS À EXECUÇÃO E EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE
SEMINÁRIO III
PRESIDENTE Paulo de Barros Carvalho
COORDENADOR Marcelo de Lima Castro Diniz
LONDRINA-PR, 10 DE AGOSTO DE 2019
Questões 1. Quanto à ação declaratória de inexistência de relação jurídica tributária, pergunta-se: a) Quando nasce o interesse processual para sua propositura? O manejo do referido instrumento processual em momento anterior à constituição do crédito configura questionamento de “lei em tese”? - O interesse processual nasce diante da instituição do tributo, existindo interesse de agir por parte do demandante em relação a um possível evento que venha acontecer ensejando na incidência do tributo ora combatido pela ADIRJ, se precavendo assim o demandante.
- Configura-se um questionamento a lei no que se refere a sua
incidência diante da “possível” aplicabilidade em um evento determinável praticado pelo contribuinte, sabe-se que diante da inexistência de crédito o que se tem é apenas possibilidade de um evento que terá um consequente enquadrado na hipótese da norma jurídica ora combatido.
b) Há interesse jurídico na sua propositura após a
expedição do ato constitutivo do crédito tributário? Em caso afirmativo, quais seriam os efeitos da referida tutela jurisdicional? (Vide anexos I e II) - Não, sabe-se que a partir da constituição do crédito não existe interesse em declarar a inexistência de relação jurídico tributária, mas sim de anular o crédito existente.
2. Quanto à ação anulatória de débito fiscal, pergunta-se:
a) É viável a propositura de ação anulatória para desconstituição de relação jurídica constituída pelo próprio contribuinte por meio de DCTF, cujo recolhimento do tributo ainda não tenha ocorrido? - É viável, no exemplo em tela nota-se que não houve recolhimento do tributo, no entanto, não há qualquer distinção entre as obrigações constituídas por lançamento ou autolançamento, sendo ambos os casos veículos introdutores de norma jurídica individual e concreta passível de anulação.
b) E para a desconstituição de crédito tributário inserido em
parcelamento, onde houve confissão da dívida por parte do contribuinte? Em caso de resposta positiva, indaga-se: qualquer tipo de questão poderá ser objeto desta ação anulatória (questões de fato e/ou questões de direito)? - A confissão da dívida realizada para o fim de parcelamento tributário não é impedimento para discussão do conteúdo objeto do parcelamento, inclusive, o questionamento em tela já foi discutido pelo STJ no Recurso Especial n.º 927097.
- Nem toda questão será objeto de discussão, esse é o entendimento
de Leandro Paulsen, que explica que a confissão de dívida tem um valor, e que o valor faz referencia aos fatos, assim, haverá discussão de matéria de direito, vejamos:
"isso não significa que a confissão seja desprovida de
valor. Terá valor, sim, mas quanto aos fatos, que não poderão ser infirmados por simples reconsideração do contribuinte, mas apenas se demonstrado vício de vontade. A irrevogabilidade e a irretratabilidade terá apenas essa dimensão. Assim, e.g., se confessada dívida relativamente a contribuição sobre o faturamento, será irrevogável e irretratável no que diz respeito ao fato de que houve, efetivamente, o faturamento no montante consignado; entretanto, se a multa era ou não devida, se a legislação era ou não válida, são questões que poderão ser discutidas" (PAULSEN, Leandro. Direito Tributário: Constituição e Código Tributário à luz da doutrina e da jurisprudência, Livraria do Advogado, 9ª ed. p. 608).
c) Qual o prazo prescricional para a ação anulatória de
débito fiscal? É possível ingressar com ação anulatória de débito após a propositura da ação executiva fiscal? E após o transcurso do prazo para apresentação dos embargos à execução? - O prazo prescricional é de 05 anos contados a partir do lançamento. Sim, é possível ingressar com ação anulatória após propositura da ação executiva, desde que não haja atingido prescrição.
d) O depósito do valor do débito fiscal discutido na ação
anulatória é condição dessa específica ação? - Não, o depósito do valor do débito fiscal não é requisito para propor ação anulatória.
3. Que relações podem existir entre as ações anulatória de débito,
executiva fiscal e embargos à execução: conexão, continência ou prejudicialidade (ou nenhuma das alternativas)? Qual o juízo competente para julgá-las? Deverão ser reunidas para julgamento conjunto? Responder a essa pergunta, com base nas disposições do código de processo civil de 2015 que tratam da modificação da competência. (Vide anexos III e IV – aplicam-se tais precedentes?)
4. Você é procurado pela empresa AZT Foods do Brasil Ltda. em
função do seguinte caso que lhe foi colocado por ela: CASO CONCRETO – Em função de sua atividade a empresa AZT Foods do Brasil Ltda. está sujeita ao pagamento de determinado tributo pela venda de seu produto. Nos últimos 3 anos, em função de algumas dificuldades financeiras, ela não o pagou (e sequer informou seus débitos ao Fisco), pretendendo fazê-lo agora por se encontrar em melhores condições financeiras. Contudo, em função do inadimplemento, a confissão do débito para fins “denúncia espontânea” está sujeita a multa de 45%, cuja instituição por ato normativo infralegal, de 45% do valor da operação (venda de seu produto). A AZT solicita um parecer em que você deverá apontar: (a) a estratégia processual (a medida judicial ou medidas judiciais) a ser adotada para a defesa dos seus interesses, devendo ser justificada a opção da(s) medida(s), com a indicação do dispositivo de lei que determina o seu cabimento; (b) o(s) fundamento(s) jurídico(s) que poderá(ão) ser(em) utilizado(s) para afastar a exigência dessa multa – causa de pedir; (c) o pedido da ação (ou ações); (c) o pedido da ação (ou ações); (d) o efeito da sentença pretendido com a ação (ou ações). 5. Quanto à exceção de pré-executividade, pergunta-se: (a) Em que consiste a exceção de pré-executividade? É uma ação ou meio de defesa? (b) Qual seu fundamento legal? (c) Há limite temporal no processo executivo para o seu oferecimento? (d) E limite lógico- processual para o seu oferecimento? (e) Quais matérias são passíveis de arguição? (f) A oposição de exceção de pré- executividade tem o condão de suspender o trâmite do processo de execução? (g) A oposição de exceção de pré-executividade impede o ajuizamento de embargos à execução fiscal? Ao responder justifique suas respostas. 6. Na ação de consignação em pagamento, o que extingue a obrigação tributária: (i) a consignação em pagamento; (ii) a conversão em renda do valor consignado; (iii) a sentença que julga procedente a ação de consignação em pagamento; (iv) a decisão judicial de procedência da ação transitada em julgado? Fundamente sua resposta. 7. Contribuinte sediado no Estado de São Paulo tem lavrado em seu desfavor auto de infração de ICMS pelo Estado do Mato Grosso (problemas atinentes à documentação fiscal que acompanhava a mercadoria, bem como ao não destaque do diferencial de alíquotas supostamente devido ao Estado do Mato Grosso). Inconformado com essa situação, referido contribuinte lhe procura para que ajuíze ação anulatória, questionando-se acerca do foro competente no qual deva ser processada a referida ação. Apresente, de forma fundamentada, sua resposta a esse questionamento, analisando a redação do parágrafo único do artigo 52 do Código de Processo Civil. 8. Observadas as situações concretas abaixo descritas, identifique o(s) instrumento(s) processual(is) judicial(is) adequado(s) para a defesa dos interesses do sujeito passivo da obrigação tributária: a) Exercício da competência tributária pelo ente político com a edição e publicação da regra-matriz de incidência tributária, mas antes da constituição da obrigação tributária; b) Constituição da obrigação tributária sem que tenha havido a intimação do sujeito passivo da obrigação tributária; c) Dúvida a respeito do sujeito ativo da obrigação tributária; d) Inscrição do crédito tributário em dívida ativa; e) Constituição da obrigação tributária com a intimação do sujeito passivo da obrigação tributária; f) Ajuizamento de execução fiscal cobrando crédito tributário prescrito; g) O sujeito ativo da obrigação tributária está condicionando o pagamento do tributo ao pagamento de uma multa instituída por instrução normativa; h) Intimação de penhora de bens nos autos de execução fiscal.