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SEMINÁRIO DE CASA
IBET-MANAUS
Questões
2º) Que é taxa? Que se entende por o “serviço público” e “poder de polícia”? (Vide
anexo II). Há necessidade de comprovação da efetiva fiscalização para cobrança da
taxa de poder de polícia? (Vide anexos III, IV e V).
Resposta - Taxas são tributos que possuem com o fato gerador o exercício regular do
poder de polícia, ou a utilização, efetiva ou potencial, de serviço público específico e
divisível, prestado ao contribuinte ou posto à sua disposição. A diferenciação entre
prestação de serviço público e o poder de polícia é tarefa difícil, pois há sempre uma
utilização do serviço público em sentido lato. Contudo, o CTN estabelece a diferença
entre os fatos geradores do tributo, onde poder de polícia é a atividade da administração
pública que, limitando ou disciplinando direito, interesse ou liberdade, regula a pratica
de ato ou abstenção de fato, em razão de interesse público concernente a segurança,
higiene, ordem ,aos costumes, disciplina da produção e do mercado, ao exercício de
atividades econômicas dependentes de concessão ou autorização do poder público, à
tranquilidade pública ou ao respeito a propriedade e aos direitos individuais e coletivos.
3º) Que diferencia taxa de preço público? (Vide voto do Min. Carlos Velloso na ADI
447). Os serviços públicos de energia elétrica, água e esgoto, quando prestados
diretamente pelas pessoas jurídicas de direito público, são remuneráveis por taxa? E
no caso de concessão desses serviços? (Vide anexos VI e VII). E os serviços que, embora
prestados pelo Poder Público, são suscetíveis de prestação pela iniciativa privada em
regime concorrencial? (Vide anexo VIII).
- Serviços públicos propriamente estatais: são inerentes ao estado, são reflexos de sua
soberania. Estes serviços são indelegáveis e por isso não remunerados por taxa.
Já o serviço de água e esgoto, sua essencialidade se faz clara quando não for possível a
sua dispensa, sendo cobrado através de taxas. Quando o serviço for prestado através de
concessão será remunerado por tarifa. Em relação aos serviços que embora prestados
pelo poder público sejam suscetíveis de prestação pela iniciativa privada em regime
concorrencial, depende da compulsoriedade do serviço.
4º) Há necessidade do valor exigido a título de taxa referir-se ao custo do serviço
prestado? Caso essa referibilidade não seja verificada, é possível a restituição? No
caso de excessiva dificuldade de mensurar o custo do serviço prestado, como fixar a
base de cálculo da taxa? (considerar em sua resposta o exemplo das taxas judiciais –
vide anexos IX, X e XI)
Caso haja dificuldade na mensuração da base de cálculo da taxa, poderá ser usado com
o alternativa a adoção dos valores fixos retirados da atividade econômica do
contribuinte específico, não podendo ter base de cálculo própria de imposto, tendo
em vista o posicionamento do STF no seguinte sentido: “é constitucional a adoção de
valores fixos retirados da atividade econômica do contribuinte para a mensuração do
'quantum debeatur' de taxa”.
Para cada obra é necessária um a lei especifica para tratar sobre a cobrança do tributo.
Não é possível um a lei genérica tratar sobre as contribuições de melhoria e depois por
meio do edital ser exigido a contribuição. O edital tem a finalidade de apresentar os
dados relativos à obra, seus custos e o respectivo plano de rateio. Quanto ao momento
de apresentação do edital não há previsão legal, assim, é necessário apresentação do
edital apenas na conclusão da obra. O STJ decidiu que o momento de conclusão da obra
para a cobrança da contribuição de melhorias, uma vez eu, somente após a obra, se
concretizo um dos elementos do fato gerador, que e a definição da valorização
imobiliária. A única exceção é quando a obra esteja parcialmente concluída e com a
possibilidade de já apurar a valorização dos imóveis. Desta forma, é possível que, caso a
obra esteja parcialmente concluída e laudo seja apresentado demonstrando a
valorização, o tributo seja exigido antes da conclusão da obra. Contudo, se não ocorrer
a comprovação da valorização não é possível a cobrança do tributo.
6º) Os adicionais ao IPI, ICMS e ISS sobre supérfluos destinados ao Fundo de Combate
a Erradicação da Pobreza, constantes do Ato das Disposições Constitucionais
Transitórias (art. 79, introduzido pela EC n. 31/00), se enquadram em qual espécie?
Pode o “adicional” de imposto ter destinação específica? E ser de natureza tributária
diversa do tributo adicionado? (Vide anexos XV e XVI e XVII)