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limites de um discurso
Students with Disabilities on Regular Schools: the boundaries
of a discourse
1 A propaganda social não governamental pode ter como anunciantes típicos entidades assistenciais, organizações não governamen-
tais ou outras agências institucionais do chamado Terceiro Setor, o que faz da Sociedade Civil igualmente um campo relacional.
2 Para que fosse completa e o mais abrangente possível, a caracterização das relações com o campo da publicidade deveria considerar,
ainda, a existência de um outro tipo de relação de dependência para com o Estado, a saber, aquela que se estabelece no âmbito da
normatização e da regulamentação da profissão na forma de códigos e conselhos de classe e que instrui tarifas e taxas, bem como
limites ao exercício da propaganda. Não sendo este o nível da relação de campo Estado/Agências de Publicidade que se interessa
explorar, sendo aqui apenas superficialmente referido.
3 “O Ministério da Educação foi o órgão do governo que mais investiu em publicidade (mais de R$ 52 milhões) no ano passado, segundo
a publicação Agências & Anunciantes, da Editora M&M. Mais de 99% do investimento foi feito na mídia TV, sendo o restante distribu-
ído entre revistas e jornais.[...] O Ministério da Justiça (R$ 30 milhões), o Banco do Brasil (R$ 29 milhões), a Petrobras (R$ 26 milhões)
e a Caixa Econômica Federal (R$ 25 milhões), que em 1998 liderou os investimentos em publicidade na área do governo, completam as
outras quatro posições do ranking.” (Calza & Andrade, 2000) (grifo nosso).
4 A Secretaria do MEC referida especificamente à política de inclusão chamava-se Secretaria de Inclusão Educacional (SECRIE). Foi
criada em 2003 e extinta em menos de um ano. A atual chama-se Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade
(SECAD). Por “diversidade” entende-se o atendimento educacional prestado a grupos populacionais, como, indígenas, quilombolas,
ciganos, grupos fixados em assentamentos rurais, e pessoas deficientes. Mais recentemente, a despeito da sigla originalmente não
contemplar a palavra “inclusão”, esta foi acrescida à denominação desta Secretaria do MEC.
5 Neste sentido, alguns teóricos engajados com a causa da Educação Inclusiva, contudo distanciados de uma perspectiva doutrinária
de abordar a questão, perguntam-se: “Qual o significado da luta pela educação inclusiva – ou da luta pela educação para Todos – diante
do movimento atual de valorização das instituições ‘públicas não-estatais’?” (Kassar, 2004, p. 39)
6 Apesar disso, estimou-se que, daquelas pessoas com a síndrome e em idade escolar que freqüentavam algum tipo de escola, 53,8% o
faziam no ensino especial, não atendendo assim aos anseios da inclusão (Federação Brasileira das Associações de Síndrome de Down
1999, p.61).
7 Tendo a pasta do Ministério da Educação acumulado dois mandatos de quatro anos sob a direção de um mesmo ministro, o relato
pessoal de sua gestão conta, senão com a versão mais fidedigna dos fatos, ao menos com razoável senso de continuidade administra-
tiva. Assim, é de seu testemunho o reconhecimento de que “(...) particularmente relevantes para essa política [de educação especial]
foram as medidas para a edição em massa dos livros didáticos em braile e o treinamento de professores para a inclusão por meio da
TV Escola, além das campanhas na mídia para aumentar na sociedade a consciência de que a inclusão do portador de necessidades
especiais é positiva para toda a comunidade escolar.” (Souza, 2005, p. XII) (grifo nosso).
8 O testemunho dos sujeitos de pesquisa foi colhido oralmente, por meio de entrevistas realizadas por telefone e de questionários
encaminhados por e-mail.