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Aprovada por:
_____________________________________________________
Prof. José Paulo Soares de Azevedo, Ph.D.
_____________________________________________________
Prof. Webe João Mansur, Ph.D.
_____________________________________________________
Prof. José Antonio Fontes Santiago, D.Sc.
_____________________________________________________
Eng. Francisco Manoel Salgado Carvalho, D.Sc.
ii
Para Carolina e Pedro
iii
Agradecimentos
A secretaria do PEC em especial a Beth, Jairo, Ivone e Raul pelo apoio nos tratos
administrativos.
A minha esposa Simone e ao pai Ewaldo Ruy pela paciência e força demonstrado
durante todo o trabalho.
iv
Resumo da Tese apresentada à COPPE/UFRJ como parte dos requisitos necessários
para a obtenção do grau de Mestre em Ciências (M. Sc.).
Fevereiro/2005
v
Abstract of Thesis presented to COPPE/UFRJ as a partial fulfillment of the
requirements for the degree of Master of Science (M. Sc.)
February/2005
Finally, results and analyses are presented in order to validate the proposed
numerical technique.
vi
Lista de Principais Símbolos e Constantes
vii
ÍNDICE
CAPÍTULO 1 - Introdução 1
CAPÍTULO 2 - Problemas de Potencial e Campo Eletrostático 4
2.1 Introdução 4
2.2 Equações de Maxwell e o Problema Eletrostático 6
2.3 Equações de Laplace e Poisson 7
2.4 Métodos Numéricos aplicados à solução de problemas elétricos 9
CAPÍTULO 3 - O Método dos Elementos de Contorno 14
3.1 Introdução 14
3.2 Equação Integral do Contorno 15
3.2.1 Soluções Fundamentais 17
3.2.2 Sentenças de Resíduos Ponderados para Equação de Laplace 19
3.2.3 Equação Integral de Contorno para Pontos Fonte no Contorno 21
3.2.4 Valor do potencial e do campo elétrico para pontos internos 22
CAPÍTULO 4 - Implementação Computacional 24
4.1 Discretização do Contorno 24
4.2 Expressão Matricial 26
4.3 Cálculo de U e P nos pontos internos 30
4.4 Integração numérica 31
4.4.1 Nó duplo e recuado 32
4.5 Solução do Sistema 34
CAPÍTULO 5 - Sub-regiões 35
5.1 Introdução 35
5.2 Soluções com montagem do sistema global 36
5.3 Acoplamento Iterativo 37
5.3.1 Principais Algoritmos para implementação 38
CAPÍTULO 6 - Programas Computacionais 43
6.1 Entrada de Dados 43
6.1.1 Descrição do Contorno 44
6.1.2 Geração dos Elementos 45
6.1.3 Identificação das Sub-regiões 46
6.1.4 Definição das Condições de Contorno 47
6.1.5 Definição dos Pontos Internos 48
6.2 Programa MEC2Dq 48
6.2.1 Definição do Arquivo de Saída 49
6.3 Casos para teste do programa MEC2Dq 50
6.3.1 Capacitor de Placas Paralelas 50
6.3.2 Testes de Convergência 55
6.3.3 Teste de consistência do acoplamento iterativo 58
CAPÍTULO 7 - Conclusões 64
7.1 Aspectos Gerais 64
7.2 Desenvolvimentos Futuros 65
CAPÍTULO 8 - Referências Bibliográficas 66
viii
ANEXO 1 - Arquivos de entrada de dados 72
ix
CAPÍTULO 1 - Introdução
1
Este trabalho tem como o objetivo a aplicação do MEC à análise de problemas lineares
de potencial bidimensionais governados pela equação de Laplace. O método consiste,
basicamente, na transformação da equação diferencial que governa o problema de
potencial em uma equação integral que relaciona somente valores no contorno; este é
discretizado em elementos onde são calculados o potencial e o campo elétrico a partir de
condições de contorno estabelecidas. Em seguida pode-se calcular o potencial e o
campo elétrico em pontos internos ao domínio, em função apenas dos valores
calculados no contorno.
2
Na seqüência do trabalho são apresentados os principais aspectos matemáticos da
metodologia, vários itens relacionados com a sua implementação computacional e o
programa computacional desenvolvido.
3
CAPÍTULO 2 - Problemas de Potencial e Campo Eletrostático
2.1 Introdução
Os conceitos teóricos são descritos por leis fundamentais formuladas durante o século
19 por vários cientistas - Faraday, Ampere, Gauss, Coulomb, e outros. O físico-
matemático James Clerk Maxwell, reuniu estas leis em um grupo de equações em
derivadas parciais que estabelecem relações entre cargas, correntes elétricas e campos
elétricos e magnéticos, este grupo de equações é chamado de Equações de Maxwell,
(Popovic, 1971).
4
• -Definição de níveis de campo elétrico e potencial na vizinhança das linhas
de transmissão e subestações com objetivo de respeitar os limites
estabelecidos, Moss et al. (1999).
5
2.2 Equações de Maxwell e o Problema Eletrostático
∂B
∇×E = −
∂t
∇⋅D = ρ (2.1)
∂D
∇×H = J +
∂t
∇⋅B = 0
D = ε ⋅E
B = µ ⋅H (2.2)
J = σ ⋅E
6
∇×E = 0
∇⋅D = ρ
B (2.3)
∇× =J
µ
∇⋅B = 0
ρ
∇.E = (2.4)
ε
Como o campo elétrico E pode ser definido em termos de um potencial escalar elétrico:
7
E = - ∇V (2.5)
ρ
∇2V = − (2.6)
ε
e ainda para os problemas que não envolverem cargas elétricas dentro do dielétrico,
ρ = 0 em (2.6), tem-se a equação de Laplace.
∇2V = 0 (2.7)
Pode-se ainda definir, Silvester (1968), para problemas regidos pela equação de Laplace
(2.7), envolvendo meios lineares com propriedades dielétricas diferentes, as
componentes normais de D e E, e o potencial V, condições de equilíbrio e continuidade,
na interface destas regiões,
D1 = D 2 (2.8)
ε 1 E1 = ε 2 E 2 (2.9)
e ainda,
V1 = V2
8
O problema que envolve a solução das equações de Poisson e Laplace sujeita às
condições de contorno, envolvendo geometrias complexas e com meios com diferentes
materiais dielétricos em sua maioria não apresentam solução analítica. Para se encontrar
a solução para estes problemas podem-se aplicar técnicas de solução numéricas como às
apresentadas no próximo item.
A aplicação dos métodos numéricos pode ser definida como a criação de um processo
numérico que pode ser resolvido com o uso do computador. Este processo é definido a
partir de uma discretização, reduzindo um problema físico, contínuo, com um número
infinito de incógnitas, a um problema discreto com um número finito de incógnitas.
9
é um grupo de equações algébricas lineares acopladas, sendo o número de equações
igual ao número de potenciais desconhecidos. O MEF nos permite encontrar a solução
numérica aproximada para problemas de contornos curvos a partir da discretização do
domínio em elementos de formas geométricas diversas – elementos quadráticos ou
cúbicos - melhorando a representação do problema.
Para solucionar este problema tem sido utilizado o MSC, Singer at al. (1974),
desenvolvido diretamente para aplicações em problemas de engenharia elétrica; nele
substitui-se a distribuição real de carga na superfície de um eletrodo por uma
distribuição fictícia de cargas discretas, colocadas no interior do eletrodo, cujos valores
são calculados ao serem satisfeitas as condições de contorno para um determinado
número de pontos escolhidos. Uma vez determinado o valor das cargas, o campo
elétrico e o potencial num ponto qualquer da região de interesse pode ser calculado por
superposição.
10
O MSC vem sendo muito utilizado para solução dos mais variados problemas elétricos,
em especial quando se esta trabalhando com um problema de apenas um material
dielétrico, Domingues et al. (1989). Ainda que alguns trabalhos apresentem a aplicação
do MSC para mais de um material, Malik (1989), grande parte da literatura aponta o
MEC para solução de problemas que envolvem fronteira aberta e mais de um material
dielétrico, Steinbigler e Haller (1991).
11
• preparação de dados pode tornar-se relativamente simples, mediante uma
adequada implementação computacional gráfica dos dados de entrada e
apresentação de resultados;
12
Figura 2.3 – Ensaio de um isolador de vidro.
A partir deste ponto são apresentados os conceitos básicos da aplicação do método dos
elementos de contorno na resolução de problema de potencial.
13
CAPÍTULO 3 - O Método dos Elementos de Contorno
3.1 Introdução
Até a década de 70 o MEC era utilizado quase somente por matemáticos e físicos e
muito pouco em problemas de engenharia.
Em especial nos problemas de engenharia elétrica onde a região de interesse fosse muito
extensa, infinita ou semi-infinita, durante as décadas de 70 e 80, várias publicações que
utilizam métodos integrais, em particular o MSC, foram desenvolvidas, como pode ser
observado em uma revisão destas aplicações apresentada em Malik (1989). A partir da
década de 90 o MEC começou a ser mais utilizado nas aplicações elétricas aproveitando
a experiência adquirida com MSC, em especial no desenvolvimento da malha de
elementos a partir de figuras geométricas primitivas (plano, esfera, toróide,etc.), como
já utilizadas para representar a distribuição das cargas no MSC, Gutfleish et al. (1994).
Convém observar que na maioria dos trabalhos desenvolvidos para a aplicação tanto do
MSC quanto do MEC a problemas elétricos, os programas computacionais foram
desenvolvidos para um determinado tipo de problema e sua geometria específica.
14
Deve-se ressaltar que todas as aproximações numéricas são feitas no contorno, assim
trabalha-se com uma dimensão a menos, ou seja, o problema bidimensional que será
desenvolvido reduz-se a apenas uma dimensão, implicando em uma significante
redução da quantidade de dados necessária para a caracterização do problema,
conseqüentemente reduzindo o tempo computacional gasto, fazendo que os sistemas de
equações, apesar de serem cheios e não simétricos, sejam, geralmente, menores que os
encontrados quando da utilização dos métodos de discretização de domínio.
∇ 2 u ( X) = 0 (3.1)
15
sujeita as condições de contorno essenciais ou de Dirichlet
_
u (x) = u (x) em Γu , x ∈ Γu (3.2)
∂ u(x) _
p( x) = = p(x) em Γp , x ∈ Γp (3.3)
∂n
n
n
Γu
t
u(x) = u(x) Ω
p(x) = p(x)
Γp
16
3.2.1 Soluções Fundamentais
q(ξ , X)
∇ 2 u * (ξ , X) + = 0 onde , X ∈ Ω * (3.4)
K
sendo u * singular em ξ = X.
Existem infinitas soluções para a equação (3.4) que dependem do domínio Ω* e das
condições de contorno. A solução fundamental do potencial para problemas
bidimensionais em meios infinitos é apresentada a seguir:
1
u * (ξ , X) = − ln R (3.6)
2Kπ
17
onde R é a distância entre x e ξ.
Y n
x
y r
t
Ω R
ξ
ξy Ω∗
X
x
ξx
1
p * (ξ , x) = − ∇ R •n (3.7)
2πKR
18
3.2.2 Sentenças de Resíduos Ponderados para Equação de Laplace
~
R Ω ( X) = ∇ 2 u ( X) , X∈Ω
~ _
R u ( x) = u ( X) - u ( x) , x ∈ Γ u (3.8)
~ _
R p ( x) = p( x ) - p( x) , x ∈ Γp
− =
- =
Sendo Wl ( X) = u * (ξ , X) , W l (x) = - u * (ξ , x) e W l (x) = p* (ξ , x) , funções de
ponderação, onde X ∈ Ω , x a Γ P e a Γ u respectivamente. Substituindo-se (3.8) em (3.9)
tem-se:
~ ~ _ ~ _
∫ (∇ u )u dΩ = ∫ (p - p) u dΓ P - ∫ (u - u ) p dΓ u
2 * * *
(3.10)
Ω ΓP Γu
19
Aplicando a 2 a identidade de Green, (3.10) e escolhendo a solução fundamental para a
função φ , tem-se:
⎡ * 2 2 * ⎤ ∂u * ∂u *
∫ ⎢u (∇ u ) − u(∇ u )⎥⎦ dΩ = ∫Γ ( ∂n u − ∂n u ) dΓ
Ω⎣
(3.10a)
∫ u (∇ u * ) dΩ = ∫ p * u dΓ - ∫ u * p dΓ
2
(3.11)
Ω Γ Γ
Onde Γ = Γ u + Γ p tem-se:
∫ p u dΓ = ∫ p u dΓ P + ∫ p u dΓ u
* * *
Γ Γp Γu
(3.12)
_
∫ u p dΓ = ∫ u p dΓ P + ∫ u p dΓ U
* * *
Γ ΓP ΓU
20
Substituindo agora (3.14) em (3.11), podemos escrever:
Γc
n
ξ
rξ
Γ
Ponto do contorno
Figura 3.3 - Definição do domínio para cálculo de pontos no contorno.
21
Estando o ponto ξ no centro de um círculo, ao fazer-se o raio rξ → 0 , Ω − Ωε tende a
Por fim pode-se escrever a equação integral para pontos no contorno de problemas
definidos pela equação de Laplace que dá origem ao processo de discretização do
método dos elementos de contorno:
onde,
⎧0 se ξ é um ponto externo
⎪
C(ξ ) = ⎨β / 2 π se ξ é um ponto no contorno
⎪1 se ξ é um ponto interno
⎩
sendo β o ângulo interno formado pelas tangentes a ξ em Γ . Cabe observar que para
contornos suaves em ξ , β = π e C = 0,5 .
Para terminar basta definir-se a equação integral que nos fornece os valores de campo
elétrico para pontos no interior do contorno, já que a equação (3.15) já fornece o
potencial nos pontos internos da região de interesse. O campo elétrico pode ser definido
pela diferenciação da equação (3.15), Mansur et al. (1995):
⎧ ∂ u * (ξ, x) ∂ p * (ξ, x) ⎫
p l = - ⎨∫ p(x) dΓ(x) - ∫ u(x) dΓ ( x ) ⎬ (3.17)
⎩Γ ∂ l( ξ ) Γ
∂ l( ξ ) ⎭
Sendo l o vetor unitário na direção que se deseja conhecer a derivada direcional tem-se:
22
∂ u * (ξ , x) 1
= r•l (3.18)
∂ l(ξ ) 2 π R2
∂ p* (ξ , x ) 1
=− (2(r • n)(r • l ) − (l • n)) (3.19)
∂ l(ξ ) 2 π R2
23
CAPÍTULO 4 - Implementação Computacional
A Figura 4.1 representa a geração de malha para o elemento constante ou linear. Ambos
têm sua geometria linear definida por dois pontos nodais geométricos.
24
extremos do elemento.
N1 (η ) = 1 / 2η (1 − η )
N 2 (η ) = (1 + η ) (1 − η ) (4.1)
N 3 (η ) = 1 / 2η (η + 1)
25
mesmo número total de elementos, geralmente, representa melhor o contorno do
problema.
3 3
U(x) = ∑ N t (η ) U et e P(x) = ∑ N t (η )Pte (4.2)
t =1 t =1
sendo U et e Pte o potencial e a componente normal do campo elétrico nos pontos nodais
“t”.
26
devem ser substituídas por somatórios de integrais sobre cada elemento e. Adotando
uma forma matricial,
Ne Ne
C(ξ ) U(ξ ) + ∑{ ∫ P * (ξ , x) N(η ) dΓ e (x)} u e = ∑{ ∫ U * (ξ , x) N(η ) dΓ e (x)} p e (4.3)
e =1 Γe e =1 Γe
Os valores do potencial e campo nos nós funcionais pertencentes aos elemento “e”:
u ( x) = N u e
(4.4)
p ( x) = N p e
e e
⎡u 1 ⎤ ⎡p1 ⎤
onde, N = [ N1 (η ) N 2 (η ) N 3 (η )] , u e = ⎢u 2 ⎥ e p e = ⎢⎢p 2 ⎥⎥
⎢ ⎥ (4.5)
⎢⎣u 3 ⎥⎦ ⎢⎣p 3 ⎥⎦
3 2 1
y
η =1 η =0 η = −1
sentido de integração
N1 1
2
1
3 N2
Domínio 1
N3
x 1
27
Figura 4.3 – Elemento isoparamétrico quadrático – representação da transformação para
coordenadas naturais.
Ne 1 Ne
C(ξ ) U(ξ ) + ∑ { ∫ P * (ξ , x ) N(η ) J(η ) e dη} u e =∑ { ∫ U * (ξ , x ) N(η ) J(η ) e dη} } p e (4.6)
e =1 −1 e =1 Γe
dx dN1 dN 2 dN 3
= x1 + x2 + x3
dη dη dη dη
(4.8)
dy dN1 dN 2 dN 3
= y1 + y2 + y3
dη dη dη dη
n = 1 / J [dx / dη i + dy / dη j] (4.9)
Ne ∧ Ne
C(ξ ) U(ξ ) + ∑ h e (ξ ) u e = ∑ g e (ξ ) p e (4.10)
e =1 e =1
28
∧
onde os coeficientes genéricos das matrizes h e (ξ ) e g e (ξ ) (k = 1, 2, 3) são dados por:
∧ 1
h ek (ξ ) = ∫ P * (X, x) N k (η ) J(η ) e dη
−1
1
(4.11)
g (ξ ) = ∫ U * (X, x) N k (η ) J(η ) e dη
e
k
−1
Ne ∧ Ne
Ci U i + ∑ h e u e = ∑ g e p e (4.12)
e =1 e =1
Nnos ∧ Nnos
C i U i + ∑ H ij u j = ∑G ij pj ` (4.14)
j=1 j=1
Hu =G p (4.15)
29
∧
H ij = H ij se i≠ j
e (4.16)
∧
H ij = C i + H ij se i= j
A x1 = B x 2 (4.17)
sendo,
30
Nnos Nnos
Ui = ∑
j=1
G ij Pj − ∑ H ij U j
j=1
(4.18)
⎧Nnos ∂ U* Nnos
∂ P* ⎫
Pl i = - K ⎨ ∑ ∫ Pj dΓ - ∑ ∫ U j dΓ ⎬ (4.19)
⎩ j=1 Γ
∂l j=1 Γ ∂l ⎭
1 NG
I = ∫ A(η ) dη = ∑ A g Wg (4.18)
−1 g =1
sendo,
31
Aplicando a um ponto x g no interior do elemento de correspondente coordenada η g ,
tem-se.
1 NG
h (ξ ) = ∫ P * [ξ , x(η )]N k (η ) J(η ) e dη = ∑ Pg* (ξ )(N k ) g ( J e ) g Wg
e
k
−1 g =1
1
(4.19)
NG
g ek (ξ ) = ∫ U * [ξ , x(η )]N k (η ) J(η ) e dη = ∑ U *g (ξ )(N k ) g ( J e ) g Wg
−1 g =1
O resultado obtido com este esquema de integração foi bastante bom, como pode ser
visto nos resultados apresentados no capítulo 6.
32
descontinuidades na derivada, como as apresentadas na aplicação numérica,
desenvolvida no capítulo 6, representando um capacitor de placas paralelas.
33
4.5 Solução do Sistema
No próximo capítulo são apresentados mais alguns detalhes desta implementação nos
algoritmos especificamente elaborados para a implementação do acoplamento iterativo.
34
CAPÍTULO 5 - Sub-regiões
5.1 Introdução
Para problemas de domínio não homogêneo, Figura 5.1, mas composto por regiões
homogêneas, Figura 5.2, é indicado à técnica das sub-regiões, Mansur et al., (1995),
Wrobel (2002). Esta técnica consiste em escrever a equação (4.15), para cada região
separadamente e montar um sistema para todo o problema agregando as equações de
compatibilidade e de equilíbrio nas fronteiras das regiões.
S1 S2
35
5.2 Soluções com montagem do sistema global
Considere uma região Ω formada por duas regiões Ω1 e Ω 2 , Figura 5.3, tendo as
constantes dielétricas K 1 e K 2 , como propriedades dos materiais.
{P } {U }c
1
c 2
{P }
c
{U } c
1 {P }
I
2
{U }
I 2
1
{P }I ΓI {U }
I
2
1
Ω2
Ω1
Γ2
Γ1
⎧⎪U1C ⎫⎪ ⎧⎪P1C ⎫⎪
[ C
1
I
1 ]
H H ⎨ I ⎬ = G 1C G 1I [ ]⎨ I⎬ (5.1)
⎪⎩U1 ⎪⎭ ⎪⎩P1 ⎪⎭
⎧⎪U C2 ⎫⎪ ⎧⎪P2C ⎫⎪
[ C
2
I
2 ]
H H ⎨ I ⎬ = G C2 G I2 [ ] ⎨ I⎬ (5.2)
⎪⎩U 2 ⎪⎭ ⎪⎩P2 ⎪⎭
36
Associando as sub-regiões e aplicando as condições de continuidade e equilíbrio, têm-
se,
U1I = U I2 = U I (5.3)
K2 I
P1I = − P2 = P I (5.4)
K1
Assim (5.1) e (5.2) são escritas numa única expressão matricial (matriz global),
⎧U1C ⎫ ⎡G C G 1I 0 ⎤ ⎧P1 ⎫
C
⎡H C
1 H I
1 0 ⎤⎪ I ⎪ ⎢ 1
⎥ ⎪P I ⎪
⎢ C⎥ ⎨
U ⎬=⎢ K2 I C⎥ ⎨ ⎬ (5.5)
⎣⎢0 H I2 H 2 ⎦⎥ ⎪ C ⎪ 0 - G2 G2 ⎪ C ⎪
⎢ ⎥
⎩U 2 ⎭ ⎣ ⎦ ⎩P2 ⎭
K1
A montagem das matrizes das sub-regiões em uma única matriz global pode ser
realizada de diversas maneiras. Na implementação desenvolvida por Santiago (1987),
monta-se o sistema de solução em sub-matrizes que interligam as sub-regiões, isolando
contornos e interfaces. Em Valentim (1995), na matriz global, procura-se concentrar os
coeficientes não nulos (matriz banda) de forma a armazenar a menor quantidade
possível e necessária de coeficientes.
37
de U ou P calculados na interface entre as sub-regiões, Figuras 5.3.
Nos últimos anos a técnica de acoplamento iterativo tem sido aplicada, em especial,
para problemas em que precisamos desenvolver soluções híbridas, ou seja, com a
utilização de mais de um método numérico, Elleithy e Tanaka (2003) e Soares Júnior
(2004). Como a técnica permite que o sistema de equações resultantes de cada sub-
região seja resolvido de forma independente, pode-se modelar cada região com a técnica
numérica mais apropriada, por exemplo na Figura 5.3, pode-se aplicar o MEF e o MEC
em cada sub-região, assim como, escolher o método de solução do sistema de equações
mais adequado para cada sub-região, tendo o cuidado de manter a correta
correspondência entre os nós da interface.
38
podem-se ressaltar os dois principais algoritmos desenvolvidos. O primeiro estabelece a
troca dos valores de U e P nas interfaces do problema e o segundo prepara, de forma
automática, o problema, definindo as condições de contorno iniciais para todas as suas
interfaces.
______________________________________________________________________
U Ii+1 − U Ii
III – Checagem de convergência: < tolerância
U Ii+1
PiI+1 − PiI
VI – Checagem de convergência: < tolerância
PiI+1
______________________________________________________________________
O loop continua até que a convergência seja atingida para um valor de tolerância pré-
definido, em todas as interfaces do problema.
39
‘curvas’ e não por elementos individualmente, utilizado neste trabalho. Este conceito
para a entrada de dados, definido na arquitetura do sistema PHENIX, desenvolvido no
CEPEL e que já tem incorporado o programa MEFE, foi escolhido por ser de fácil
implementação e também para uma futura incorporação dos módulos do MEC2Dq,
programa desenvolvido neste trabalho, ao PHENIX. Na curva são gerados os elementos
para discretização do problema (malha) e é também a curva que recebe as condições de
contorno e delimita as sub-regiões. Um exemplo de desenho do problema por curvas
pode ser observado na Figura 5.4. No exemplo temos duas curvas, nas cores preta e
vermelha, definindo o contorno do problema e a curva azul a interface entre as sub-
regiões.
Na interface a curva ora pertence a uma sub-região ora a outra, curva azul. Desta forma,
quando para uma sub-região A, a condição de contorno escolhida é U, para a sub-região
B a condição tem de ser P. Cabe lembrar que P tem sentido oposto em cada sub-região.
Durante o processo iterativo, por exemplo, a sub-região A que tem como condição de
contorno escolhida U, calcula e atualiza valores de P para a próxima iteração e vice-
versa.
40
O segundo algoritmo parte do princípio que as interfaces não têm condição de contorno
definidas. Lembrando que cada sub-região constituirá um sistema próprio a ser
resolvido, tem-se obrigatoriamente que “escolher” pelo menos uma condição de
contorno para as interfaces dentro de cada sub-região, tendo o cuidado de não alterar as
condições de contorno prescritas inicialmente e garantir que pelo menos uma ‘curva’ em
cada sub-região tenha condição de contorno de potencial. Desta forma, na Tabela 5.2 é
apresentado o processo de escolha.
Sendo:
_
U – condição inicial do problema
_
P – condição inicial do problema
U – potencial escolhido
SB – sub-região
_
O primeiro loop vai privilegiar as curvas com U prescrito para serem escolhidas como
U. O segundo garante que pelo menos uma curva será marcada com U. O terceiro marca
_
as curvas ainda não escolhidas, garantindo que as curvas com P prescrito não sejam
erradamente marcadas.
41
Tabela 5.2 – Algoritmo para escolha das condições de contorno (CC) nas interfaces
_____________________________________________________________________
_
Primeiro passo: verificar se existe uma curva com CC de U prescrito
i ← 1, NSB
_
Se o SBi possuir alguma curva não escolhida com U prescrito então
escolhe apenas uma curva (a primeira encontrada)
marca com U
Próximo i
Fim-se
Fim i
_
Segundo passo: verificar se alguma SB não tem uma curva com U
i ← 1, NSB
Se o SBi não tem curva com U então
Se possui curvas sem CC então
escolhe a primeira curva sem CC
marca com U
Senão
escolhe a primeira curva que ainda não foi escolhida
marca com U
Fim-se
Fim-se
Fim i
i ← 1, NSB
j ← 1, NcurvasSB
Se curva j não possui CC então
escolhe curva e marca com U
Senão Se possui U já escolhido por outro SB
escolhe a curva e marco com P
Senão
_
Se (não possuir) P prescrito
escolhe a curva e marco U
Senão
_
escolhe a curva e marca com P
Fim-Se
Fim-Se
Fim-Se
Fim j
Fim i
______________________________________________________________________
42
CAPÍTULO 6 - Programas Computacionais
Neste trabalho a geração dos arquivos de dados para teste do programa MEC2Dq, foi
definida a partir de uma modificação realizada nos módulos do programa PHENIX,
permitindo a geração de todos os dados de entrada conforme os formatos definidos no
Anexo 1. Estes arquivos têm o formato de entrada definidos em detalhe para permitir
que o usuário, entre com os dados do caso em estudo. Como o arquivo para definição de
pontos internos, que é gerado somente para o MEC2Dq, e o arquivo de saída são
apresentados no presente capítulo.
43
campo elétrico.
Vale lembrar que a geometria é definida pelo desenho do problema dividido em curvas,
conceito apresentado no capítulo anterior.
44
6.1.2 Geração dos Elementos
Na Figura 6.2 é apresentada a tela de entrada do programa que gera a malha dos
elementos no contorno – arquivo nome-do-caso.DN. A discretização do problema é
realizada de forma automática a partir da escolha do número de nós de cada curva.
45
6.1.3 Identificação das Sub-regiões
46
6.1.4 Definição das Condições de Contorno
Na Figura 6.4 é apresentada a tela de entrada do programa que permite a definição das
condições de contorno – arquivo nome-do-caso.CC1.
47
6.1.5 Definição dos Pontos Internos
Para esta versão do programa MEC2Dq o arquivo para definição de pontos internos –
nome-do-caso.POI – é um arquivo formato texto e tem a sua formatação definida na
Tabela 6.1.
48
Tabela 6.2 – Descrição dos módulos do programa MEC2Dq.
MÓDULO DESCRIÇÃO
Para esta versão do programa MEC2Dq o arquivo de saída com a solução do caso em
estudo – nome-do-caso.OUT – é um arquivo formato texto e tem a sua formatação
defina na Tabela 6.2.
49
Tabela 6.2 – Formato do Arquivo de Solução.
Para validar o programa MEC2Dq foram desenvolvidos dois casos teste, apresentados
nos itens a seguir.
50
simulação realizada utilizando o MEC2Dq com a modelagem realizada utilizando-se o
programa baseado no MEF, do sistema PHENIX, que não utiliza a técnica de sub-
regiões iterativas. É importante ressaltar que as condições de contorno da interface são
escolhidas e calculadas durante o processo de solução.
PHENIX: mesmo número de nós nas curvas de contorno, Figura 6.8, gerando uma
malha de 1310 elementos triangulares de primeira ordem, Figura 6.9.
51
P=0
U=1kv U=0
P=0
52
Figura 6.8 – Nós para geração de malha da solução MEF.
53
Nas Figura 6.10 é apresentado o gráfico com as diferenças percentuais, em escala
logarítmica, das soluções MEC e MEF em relação à solução analítica para o potencial
na fronteira das sub-regiões.
Foi utilizado para o MEC o valor de 0.5 para o parâmetro de relaxação e uma tolerância
de 1.0E-10. O caso convergiu em 35 iterações. Já para o MEF, que utiliza um “solver”
baseado no Método de Sobre-relaxação, Mpalantinos Neto et al., 1989, o alfa foi de 1.7
a tolerância de 1.0E-6 e o caso convergiu em 76 iterações.
1.0E+00
1.0E-02
Diferença percentual (%)
MEF
1.0E-04
MEC
1.0E-06
1.0E-08
1.0E-10
0.00 0.20 0.40 0.60 0.80 1.00
Distância na interface (m)
Distância na inteface (m)
54
Campo Elétrico - MEC
5.00
4.50
4.00
Diferença Percentual (%)
3.50
3.00
2.50
2.00
1.50
1.00
0.50
0.00
0.00 0.10 0.20 0.30 0.40 0.50 0.60 0.70 0.80 0.90 1.00
Distância na fronteira (m)
55
A aplicação tem como objetivo testar a influência de alfa na velocidade da convergência
da solução.
56
300
280
260
240
220
200
numero de iteraçoões
180 k2 = 1
k2 = 10
160 k2 = 20
140 k2 = 100
k2 = 1000
120 k2 = 10000
100
80
60
40
20
0
0.00 0.10 0.20 0.30 0.40 0.50 0.60 0.70 0.80 0.90 1.00 1.10 1.20 1.30 1.40 1.50 1.60 1.70 1.80 1.90 2.00
Alfa
No gráfico apresentado na Figura 6.12 pode-se observar que mesmo para valores da
ordem de K2 = 1.0E4, a convergência é atingida. O gráfico sugere que para maiores
valores de K2, menor é a influência da sub-região 2 na solução global, o campo elétrico
se concentra então na sub-região de menor K, equação (2.9). Pode-se ainda ressaltar que
é possível a solução de problemas com materiais de propriedades dielétricas bastante
diferentes, tendo-se o cuidado de escolher o valor ótimo de Alfa.
57
Cabe observar que na literatura pesquisada, os trabalhos tratam, em geral, de valores de
k2 da ordem do dobro de k1. Para aplicações elétricas, no entanto, como por exemplo o
isolador apresentado no item 2.4, podem ocorrer valores de k2 (cimento) 30 vezes
maiores que k1 (ar).
Valor inicial
350
300
250
Numero de Iterações
200 zero
0.5 Sol.
150 0.75 Sol.
100
50
0
0.00 0.20 0.40 0.60 0.80 1.00 1.20
Alfa
A partir de um caso de um domínio homogêneo, Figura 6.14, são construídas duas sub-
regiões fictícias com as constantes dos materiais iguais a 1, Figura 6.15, e desenvolvidas
modelagens para os dois casos, Figura 6.16 e 6.17.
58
O objetivo é verificar se, quando da aplicação do acoplamento entre as duas sub-regiões
fictícias, surgiriam valores de potencial e campo elétricos espúrios nos “cantos” criados
dentro do domínio inicial.
Nas Figuras 6.19 e 6.20, são apresentados os gráficos desenvolvidos para o erro
percentual entre os valores calculados, com e sem a sub-região fictícia (quadrado
central), para o potencial e o campo elétrico.
59
Figura 6.15 – Sub-regiões fictícias.
60
Figura 6.17 – Malha para sub-regiões fictícias.
P=0
U=1kv Curva 2
S2 U=0
S1 Curva 1
P=0
61
Se existisse apenas o domínio S1 (S2 = cavidade), Figura 6.18, a solução apresentaria
problemas nos ‘cantos’ internos. Novamente, como as sub-regiões são resolvidas
separadamente, buscou-se averiguar se uma interface fictícia causaria perturbação no
processo de convergência para a solução.
0.10
0.09
0.08
0.07
0.06
ERRO (%)
com quadrado
0.05
sem quadrado
0.04
0.03
0.02
0.01
0.00
0 3 6 9 12 15 18 21
Nós
62
ERRO PERCENTUAL NO CAMPO
5.0
4.5
4.0
3.5
3.0
ERRO (%)
com quadrado
2.5
sem quadrado
2.0
1.5
1.0
0.5
0.0
0 3 6 9 12 15 18 21
Nós
63
CAPÍTULO 7 - Conclusões
Neste trabalho foi desenvolvida uma aplicação do MEC à análise de problemas lineares
de potencial bidimensionais governados pela equação de Laplace.
64
bom desempenho da técnica do acoplamento iterativo. Contudo, a técnica precisa ser
mais testada para confirmar o seu bom desempenho, principalmente em configurações
com a geometria mais complexa e um maior número de sub-regiões com propriedades
dielétricas dos materiais diferentes.
65
CAPÍTULO 8 - Referências Bibliográficas
CHAPMAN, S. J., 1998, “Fortran 90/95 for scientists and engineers”, USA,
McGraw-Hill.
66
O., PESSOA NETO, A., 1999, “Validação de uma tecnologia para
transmissão em 500 kV” Em: XV SNPTEE – Seminário Nacional de
Produção e Transmissão de Energia Elétrica, grupo III, GLT, Foz do Iguaçu,
Paraná, Outubro.
67
ELLEITHY, W. M., TANAKA, M., 2003, “Interface relaxation algorithms for
BEM-BEM and BEM-FEM coupling”, In: “Computer methods in applied
mechanics and engineering”, ELSEVIER, v. 192, p.p 2977-2992, February.
KAMIYA, N., IWASE, H., KITA, E., 1997, “Parallel computing for the
combination method of BEM and FEM”, In: “Engineering Analysis with
Boundary Elements”, ELSEVIER, v. 18, p.p 223-229.
LIE, S. T., YU, G. Y., 2002, “Stability improvement to BEM/FEM coupling scheme
for 2D scalar wave problems”, In: “Advances in Engineering Software”,
ELSEVIER, v. 33, p.p 17-26.
MALIK, N. H., 1989, “A Review of the Charge Simulation Method and its
Applications”, In: “IEEE Transactions on Electrical Insulation”, vol. 24, No.
1, p.p 1-20, February.
68
subestação Austa – 138 kV da CPFL” Em: XV SNPTEE – Seminário
Nacional de Produção e Transmissão de Energia Elétrica, grupo XI, GIA,
Foz do Iguaçu, Paraná, Outubro.
SINGER, H., STEINBIGLER, H., WEISS, P., 1974, “A charge simulation method
for the computation of high voltage fields”, In: IEEE Power Apparatus and
Systems”, vol. PAS-93, pp. 1660-1668, Sept/Oct.
69
Elements”, ELSEVIER, v. 24, p.p 161-167.
SOARES JÚNIOR, D., 2004, “Análise de Sistemas Não Lineares com Acoplamento
do Tipo Solo-Fluido-Estrutura por Intermédio do Método dos Elementos
Finitos e do Método dos Elementos de Contorno”, Tese de D.Sc.,
COPPE/UFRJ, Rio de Janeiro, RJ, Brasil.COPPE.
SOARES JÚNIOR, D., VON ESTORFF, O., MANSUR, W. J., 2004, “Iterative
Coupling of BEM and FEM for nonlinear dynamic analyses”, In:
“Computational Mechanics”, vol. 34, p.p 67-73, March.
70
ZIENKIEWICZ, O. C., MORGAN, K., 1983, “Finite Elements and
Approximation”, NY, USA, John Wiley and Sons, Inc.
71
ANEXO 1 - ARQUIVOS DE ENTRADA DE DADOS
72
Na tabela A3 é apresentado o arquivo de característica dos materiais. A opção válida
para esta versão do programa se restringe a materiais lineares, código do material = 1.
73
Tabela A3 – Formato do arquivo de condições de contorno.
74
ANEXO 2 - TRANSFORMAÇÃO DE TELLES
Neste trabalho foi implementado o esquema proposto por Telles, item 4.4, em conjunto
com a quadratura de Gauss, para resolver as integrais quase-singulares que aparecem no
processo de integração do MEC. Neste anexo é apresentado, de forma resumida, a
formulação da transformação de Telles.
η (γ ) = aγ 3 + b γ 2 + cγ + d (A2.1)
G (γ ) = 3 aγ 2 + 2 b γ + cγ (A2.2)
−
a = (1 − r ) / Q
− −
b = −3(1 − r ) γ / Q
− −
c = (r + 3γ 2 )/ Q (A2.3)
d = −b
−
Q = 1 + 3γ 2
_ _ _
Onde γ é tal que η (γ ) = η , calculado por,
75
_
_
[ ] [
γ = 3 − q + 2 (q 2 + p 3 + 3 − q − 2 (q 2 + p 3 + ] η
_
(A2.4)
1+ 2 r
⎡⎛ _
_ ⎞
⎤
⎢⎜ 3 ⎟ _⎥
2η ⎟
⎢⎜η ⎛⎜ 3 − 2 r ⎞⎟ −
1 _ _
1
q= −η ⎥ (A2.5)
_
⎢⎜ ⎝ ⎠
_ ⎟ _
⎥
2(1 + 2 r ) ⎜ 1 + 2 r ⎟ 2(1 + 2 r )
⎢⎝ ⎠ ⎥
⎣ ⎦
1 ⎡ _ _ _
⎤
p= _ ⎢
4 r (1 − r ) + 3(1 − η 2
)⎥ (A2.6)
3(1 + 2 r ) ⎣ ⎦
onde
_
r depende da D:
_
r=0 se 0,0 ≤ D < 0.05
_
r = 0,85 + 0,24 ln(D) se ,05 ≤ D < 1,3
_
(A2.7)
r = 0.893 + 0,0832 ln(D) se 1,3 ≤ D < 3,618
_
r =1 se 3,618 ≤ D
NG
h ek (ξ ) = ∑ Pg* (ξ )( N k ) g ( J e ) g G Wg
g =1
NG
(A2.8)
g ek (ξ ) = ∑ U *g (ξ )( N k ) g ( J e ) g G Wg
g =1
76