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FISIOLOGIA

FISIOLOGIA DO SISTEMA RESPIRATÓRIO

Alexandre Alvares Martins Msc

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DISCIPLINA: FISIOLOGIA

Visão geral do sistema circulatório


Pressão, volume, fluxo e resistência
O músculo cardíaco e o coração
O coração como uma bomba
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Mestrado em Ciências e Tecnologias em Saúde - UNB Conselheiro Regional pelo CRF/DF 2018-2021
Especialista em Farmácia Hospitalar - UNB Presidente da Comissão de Tomada de Contas
Especialista em Gestão da Assistência Farmacêutica – UFSC Membro da Comissão assessora de empreendedorismo
Farmacêutico – Universidade Federal de Ouro Preto - UFOP
Consultor no Departamento de Assistência
Gestão de Farmácia Comunitária Farmacêutica do Ministério da Saúde – Gabinete
Farmacêutico Clínico em Unidade de Terapia Intensiva DAF/SCTIE/MS
Manipulação em Oncologia – Hospital da Criança de Brasília
Farmácia Ambulatorial – Hospital da Criança de Brasília Professor de cursos de Pós-graduação
Consultório Farmacêutico em pediatria Palestrante e Coach
Membro da comissão assessora de farmácia clinica – Docente UDF
CRF/DF
061 991765941 @alexandremartins.oficial
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Fisiologia da
respiração
Organização do sistema respiratório
Fisiologia respiratória
Ventilação e mecânica pulmonar
Trocas gasosas nos alvéolos e nos tecidos
Transporte de O2 e de CO2 pelo sangue
Controle da Respiração

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As quatro funções primárias
do sistema respiratório

1. Troca de gases entre a atmosfera e o sangue. O corpo traz o O2 e o


distribui para os tecidos, eliminando o CO2 produzido pelo
metabolismo.
2. Regulação homeostática do pH do corpo. Os pulmões podem alterar
o pH corporal retendo ou eliminando seletivamente o CO2.
3. Proteção contra patógenos e substâncias irritantes inalados. Assim
como todos os outros epitélios que têm contato com o meio externo,
o epitélio respiratório é bem suprido com mecanismos de defesa que
aprisionam e destroem substâncias potencialmente nocivas antes que
elas possam entrar no corpo.
4. Vocalização. O ar move-se através das pregas vocais, criando
vibrações usadas para falar, cantar e outras formas de comunicação.
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O SISTEMA RESPIRATÓRIO

◉ A respiração celular refere-se à


reação intracelular do oxigênio
com moléculas orgânicas para
produzir dióxido de carbono,
água e energia na forma de ATP.

◉ A respiração externa, é o
movimento de gases entre o
meio externo e as células do
corpo.
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Organização do
sistema
respiratório
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Divisão estrutural

◉ O trato respiratório superior, que consiste


em boca, cavidade nasal, faringe e laringe.

◉ O trato respiratório inferior, que é


formado pela traqueia, pelos dois
brônquios principais, suas ramificações e
pelos pulmões.
◉ O trato inferior também é conhecido
como a porção torácica do sistema
respiratório, devido à sua inclusão
anatômica no tórax.
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Classificação funcional

◉ A parte condutora é constituída por tubos e cavidades que


apresentam conexões tanto fora, como também dentro dos pulmões.
Essa parte do sistema respiratório tem a função de filtrar, aquecer e
umedecer o ar, e é constituído por nariz, faringe, laringe, traqueia,
brônquios, bronquíolos e bronquíolos terminais.

◉ A segunda parte é chamada de parte respiratória e é composto por


tecidos localizados no interior dos pulmões onde ocorre a troca
gasosa As estruturas que compõe esse sistema são os bronquíolos
respiratórios, ductos alveolares, sacos alveolares e alvéolos, e são os
principais locais de troca gasosa entre o ar e o sangue.
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Nariz ou Fossas Nasais

◉ Sendo o primeiro
componente do sistema
respiratório, as fossas
nasais são o principal
canal de entrada do ar
no organismo humano.
Nelas, o ar é aquecido,
umedecido e filtrado.
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Faringe

◉ É o órgão comum aos


sistemas respiratório e
digestório e está
conectado à boca e às
fossas nasais. O ar
inspirado pelas narinas
ou pela boca passa
necessariamente
pela faringe antes de
atingir a laringe.

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Laringe

◉ A laringe conduz o ar
que se dirige aos
pulmões, além de ser
o local onde
as cordas vocais,
capazes de produzir
sons durante a
passagem de ar e
fundamentais para a
fala, se localizam.

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Laringe

◉ A entrada da laringe denomina-


se glote. Acima dela há um tipo
de “lingueta” de cartilagem
denominada epiglote, que
funciona como válvula.
◉ Ao ingerir algum alimento, a
laringe “sobe” e sua entrada é
fechada pela epiglote. Isso
permite que o alimento ingerido
não penetre nas vias
respiratórias.
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Traqueia

◉ A traqueia é um tubo elástico de


aproximadamente 1,5 cm de diâmetro
e 12 cm de comprimento, cujas
paredes são revestidas por anéis de
cartilagem.
◉ Possui um epitélio de revestimento
mucociliar, onde são aderidas
bactérias presentes e partículas de
poeira que podem estar presentes no
ar inalado.
◉ Conduzem o ar que vem da laringe até
se bifurcarem em sua região inferior,
formando os brônquios. 17
Brônquios

◉ Os brônquios são
formados por
2 ramificações da
traquéia, que se
ramificam em
tubos cada vez
mais finos e
chegam até os
pulmões, os
bronquíolos.

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Alvéolos Pulmonares

◉ Os alvéolos pulmonares são pequenos


sacos formados por células epiteliais
achatadas (tecido epitelial
pavimentoso) e cobertas por capilares
sanguíneos, no final dos menores
bronquíolos.
◉ É o local onde ocorre a hematose
pulmonar, a troca de oxigênio e
dióxido de carbono entre o meio
ambiente e o organismo, através da
membrana alvéolo-capilar, que separa
o ar do sangue.
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Vasos sanguíneos em torno dos alvéolos pulmonares 23
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Pulmões

◉ Os pulmões são órgãos


esponjosos, com 25 cm de
comprimento,
aproximadamente, sendo
envoltos por uma camada de
tecido denominada pleura.
◉ É nos pulmões onde
os brônquios se ramificam,
dando origem a tubos cada vez
mais finos, os bronquíolos.
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Diafragma

◉ O diafragma é um fino
músculo que separa o tórax do
abdômen.
◉ Nele, a base de cada pulmão
se apoia proporcionando, em
conjunto com os músculos
intercostais, os movimentos
respiratórios.

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Ventilação e
mecânica pulmonar
Ventilação pulmonar
Inspiração

◉ A inspiração, que promove a


entrada de ar nos pulmões, dá-se
pela contração da musculatura do
diafragma e dos músculos
intercostais.

◉ O diafragma abaixa e as costelas


elevam-se, promovendo o aumento
da caixa torácica, com consequente
redução da pressão interna (em
relação à externa), forçando o ar a
entrar nos pulmões.
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Ventilação pulmonar
Expiração

◉ A expiração, que promove a saída de ar


dos pulmões, dá-se pelo relaxamento
da musculatura do diafragma e dos
músculos intercostais.

◉ O diafragma eleva-se e as costelas


abaixam, o que diminui o volume da
caixa torácica, com consequente
aumento da pressão interna, forçando
o ar a sair dos pulmões.

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Transporte de gases
respiratórios

◉ O transporte de gás oxigênio está


a cargo da hemoglobina, proteína
presente nas hemácias.

◉ Cada molécula de hemoglobina


combina-se com 4 moléculas de
gás oxigênio, formando a oxi-
hemoglobina.

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Transporte de gases
respiratórios - HEMOSTASE

◉ Nos alvéolos pulmonares o gás


oxigênio do ar difunde-se para
os capilares sanguíneos e
penetra nas hemácias, onde se
combina com a hemoglobina,
enquanto o gás carbônico (CO2)
é liberado para o ar (processo
chamado hematose).

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Transporte de gases
respiratórios

◉ Nos tecidos ocorre um processo inverso: o gás


oxigênio dissocia-se da hemoglobina e difunde-
se pelo líquido tissular, atingindo as células.
◉ A maior parte do gás carbônico (cerca de 70%)
liberado pelas células no líquido tissular penetra
nas hemácias e reage com a água, formando o
ácido carbônico, que logo se dissocia e dá origem
a íons H+ e bicarbonato (HCO3-), difundindo-se
para o plasma sanguíneo, onde ajudam a manter
o grau de acidez do sangue.

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Transporte de gases
respiratórios -

◉ Cerca de 23% do gás


carbônico liberado pelos tecidos
associam-se à própria
hemoglobina, formando
a carbohemoglobina.
◉ O restante dissolve-se no
plasma.

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Monóxido de carbono

◉ OBS: O monóxido de carbono, liberado pela “queima”


incompleta de combustíveis fósseis e pela fumaça dos
cigarros entre outros, combina-se com a hemoglobina de uma
maneira mais estável do que o oxigênio, formando
o carboxiemoglobina.

◉ Dessa forma, a hemoglobina fica impossibilitada de


transportar o oxigênio, podendo levar à morte por asfixia.

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Controle da respiração

◉ Em relativo repouso, a frequência


respiratória é da ordem de 10 a 15
movimentos por minuto.
◉ A respiração é controlada
automaticamente por um centro nervoso
localizado no bulbo. Desse centro partem
os nervos responsáveis pela contração dos
músculos respiratórios (diafragma e
músculos intercostais).
◉ Os sinais nervosos são transmitidos desse
centro através da coluna espinhal para os
músculos da respiração.
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Diafragma – nervo frênico

◉ O mais importante
músculo da respiração, o
diafragma, recebe os sinais
respiratórios através de
um nervo especial, o nervo
frênico, que deixa a
medula espinhal na
metade superior do
pescoço e dirige-se para
baixo, através do tórax até
o diafragma.
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Estímulo nervoso - pulmão

◉ Os sinais para os músculos


expiratórios, especialmente os
músculos abdominais, são
transmitidos para a porção baixa
da medula espinhal, para os
nervos espinhais que inervam os
músculos. Impulsos iniciados
pela estimulação psíquica ou
sensorial do córtex cerebral
podem afetar a respiração.

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Centro respiratório (CR)

◉ Em condições normais, o centro


respiratório (CR) produz, a cada 5 segundos,
um impulso nervoso que estimula a
contração da musculatura torácica e do
diafragma, fazendo-nos inspirar.

◉ O CR é capaz de aumentar e de diminuir


tanto a frequência como a amplitude dos
movimentos respiratórios, pois possui
quimiorreceptores que são bastante
sensíveis ao pH do plasma.

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Regulação da respiração

◉ Essa capacidade permite que os tecidos recebam a


quantidade de oxigênio que necessitam, além de
remover adequadamente o gás carbônico.
◉ Quando o sangue torna-se mais ácido devido ao
aumento do gás carbônico, o centro respiratório induz a
aceleração dos movimentos respiratórios.
◉ Dessa forma, tanto a frequência quanto a amplitude da
respiração tornam-se aumentadas devido à excitação
do CR.
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Controle do pH sanguíneo

◉ Em situação contrária, com a depressão do CR, ocorre diminuição da


frequência e amplitude respiratórias.

◉ A respiração é ainda o principal mecanismo de controle do pH do sangue.

◉ O aumento da concentração de CO2 desloca a reação para a direita,


enquanto sua redução desloca para a esquerda.

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Controle do pH sanguineo

◉ Dessa forma, o aumento da concentração de CO2 no sangue provoca


aumento de íons H+ e o plasma tende ao pH ácido. Se a concentração
de CO2 diminui, o pH do plasma sanguíneo tende a se tornar mais
básico (ou alcalino).

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Acidose

◉ Se o pH está abaixo do normal (acidose), o


centro respiratório é excitado, aumentando a
frequência e a amplitude dos movimentos
respiratórios. O aumento da ventilação
pulmonar determina eliminação de maior
quantidade de CO2, o que eleva o pH do
plasma ao seu valor normal.

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Alcalose

◉ Caso o pH do plasma esteja acima do normal


(alcalose), o centro respiratório é deprimido,
diminuindo a frequência e a amplitude dos
movimentos respiratórios. Com a diminuição
na ventilação pulmonar, há retenção de CO 2 e
maior produção de íons H+, o que determina
queda no pH plasmático até seus valores
normais.
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Ansiedade e respiração

◉ A ansiedade e os estados ansiosos promovem


liberação de adrenalina que, frequentemente
levam também à hiperventilação, algumas
vezes de tal intensidade que o indivíduo torna
seus líquidos orgânicos alcalóticos (básicos),
eliminando grande quantidade de dióxido de
carbono, precipitando, assim, contrações dos
músculos de todo o corpo.
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Tetania

◉ Se a concentração de gás carbônico cair a valores muito


baixos, outras consequências extremamente danosas
podem ocorrer, como o desenvolvimento de um
quadro de alcalose que pode levar a uma irritabilidade
do sistema nervoso, resultando, algumas vezes, em
tetania (contrações musculares involuntárias por todo o
corpo) ou mesmo convulsões epilépticas.

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Altitudes e oxigênio

◉ Existem algumas ocasiões em que a concentração de oxigênio


nos alvéolos cai a valores muito baixos. Isso ocorre
especialmente quando se sobe a lugares muito altos, onde a
pressão de oxigênio é muito baixa ou quando uma pessoa
contrai pneumonia ou alguma outra doença que reduza o
oxigênio nos alvéolos.
◉ Sob tais condições, quimiorreceptores localizados nas artérias
carótida (do pescoço) e aorta são estimulados e enviam sinais
pelos nervos vago e glossofaríngeo, estimulando os centros
respiratórios no sentido de aumentar a ventilação pulmonar.
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A capacidade e os volumes
respiratórios

◉ O sistema respiratório humano comporta um


volume total de aproximadamente 5 litros de
ar – a capacidade pulmonar total.

◉ Desse volume, apenas meio litro é renovado


em cada respiração tranquila, de repouso.
Esse volume renovado é o volume corrente
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Volume residual

◉ Se no final de uma inspiração forçada, executarmos


uma expiração forçada, conseguiremos retirar dos
pulmões uma quantidade de aproximadamente 4 litros
de ar, o que corresponde à capacidade vital, e é dentro
de seus limites que a respiração pode acontecer.

◉ Mesmo no final de uma expiração forçada, resta nas


vias aéreas cerca de 1 litro de ar, o volume residual.

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Ventilação pulmonar.

◉ Nunca se consegue encher os pulmões com ar


completamente renovado, já que mesmo no
final de uma expiração forçada o volume
residual permanece no sistema respiratório.
◉ A ventilação pulmonar, portanto, dilui esse ar
residual no ar renovado, colocado em seu
interior

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Volume respiratório

◉ O volume de ar renovado por minuto (ou volume-


minuto respiratório) é obtido pelo produto da
frequência respiratória (FR) pelo volume corrente
(VC): VMR = FR x VC.
◉ Em um adulto em repouso, temos:
◉ FR = 12 movimentos por minuto
◉ VC = 0,5 litros
◉ Portanto: volume-minuto respiratório = 12 x 0,5 = 6
litros/minuto
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O que é Hematose?

◉ A hematose é o processo que acontece nos alvéolos


pulmonares e garante que o sangue rico em gás carbônico
seja oxigenado. O oxigênio é utilizado pelas células para a
realização da respiração celular, o processo no qual a célula
produz energia.

◉ Nos alvéolos pulmonares, o gás oxigênio difunde-se para o


sangue nos capilares sanguíneos ao seu redor e o gás
carbônico, que está no sangue dos capilares, difunde-se para
o interior dos alvéolos.
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O que é hematose?

◉ O oxigênio que passa para o sangue entra nas


hemácias e se liga à hemoglobina. Ao se ligar à
ela, a oxi-hemoglobina é formada. Esta
garante o transporte de oxigênio para as
células. O sangue oxigenado segue em direção
ao coração, onde será impulsionado para o
corpo.

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Obrigado!
Alguma dúvida ?
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