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AGLOMERANTES Ministério da Educação TC 030 Materiais de Construção I AGLOMERANTES TC 030 Materiais de Construção I
Universidade Federal do Paraná
Setor de Tecnologia
Departamento de Construção Civil
AGLOMERANTES
DEFINIÇÃO
São produtos capazes de provocar a aderência dos materiais.
AGLOMERANTES AGLOMERANTES
CLASSIFICAÇÃO QUANTO AO MODO DE ENDURECER: CLASSIFICAÇÃO QUANTO A RELAÇÃO COM A ÁGUA:
• Necessitam da presença do ar para endurecer; Depois de endurecidos, não resistem bem quando imersos na água.
Devem ser usados apenas em contato com o ar.
• Hidráulicos –
Ex.: Cal aérea, Gesso de Paris
Paris..
• Não necessitam da presença do ar para endurecer;
• Hidráulicos simples; AGLOMERANTES HIDRÁULICOS:
Depois de endurecidos, resistem bem a água.
• Hidráulicos compostos;
O endurecimento dos aglomerantes hidráulicos se dá por ação exclusiva da água (reação
• Hidráulicos mistos;
de hidratação).
• Hidráulicos com adições.
Ex.: Cal hidráulica, Cimento aluminoso, Cimento Portland.
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AGLOMERANTES CLASSIFICAÇÃO
AGLOMERANTES CLASSIFICAÇÃO
AGLOMERANTES HIDRÁULICOS:
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Classificação (AFNOR):
Massa Específica: ME = Massa / volume real Massa Específica: ME = Massa / volume real
NBR 16605:2017
Massa Unitária: MU = Massa / volume aparente Massa específica de materiais em pó é determinada 60 g de
(Volume aparente inclui os vazios entre os grãos) utilizando o frasco de cimento Frasco de Le
“Le Chatelier” e balança de precisão. Châtelier
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(F.Bauer)
(Alécio Mattana Jr., Marienne do Rocio de Mello Maron da Costa)
CAL = Cal Aérea É um aglomerante aéreo CAL = Cal Aérea Extinção da cal
Etapas da cal:
b) Extinção da cal
CaO + H2O → Ca(OH)2 + calor
Muitíssimo
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Paraná
Paraná Mina de calcário Britagem do calcário
C = Calcário - CaCO3
D = Dolomito - CaCO3.MgCO3 Separação do
material menor Forno de barranco
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www.metso.com
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(Aulas USP)
Dissolução em HCl (20%)
(Aulas USP)
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Preparo da pasta
de cal com água Aplicação de calfino
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gipsita
Relação estequeométrica água/hemidrato = 0,19
Usual >0,45 para dar trabalhabilidade à pasta
GESSO
GESSO no BRASIL
ou GESSO DE PARIS
Extração da gipsita
Prosseguindo o aquecimento além dos 200 0C:
200 0C
anidrita solúvel - muito higroscópica, (absorve umidade ao ar, transformando- Britagem da Gipsita
se em hemidrato.
600 0C
anidrita insolúvel - praticamente inerte, endurecendo lentamente quando em
contato com água.
1.000 a 1.200 0C
GESSO DE PAVIMENTACAO endurece em 12 a 14 h, também chamado
GESSO LENTO ou GESSO HIDRÁULICO, resistência 100% superior ao Jazidas de Gipsita
gesso de Paris.
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www.gessofortedobrasil.com.b
Tubo giratório de aço, revestido
Forno Tipo Marmita internamente com material refratário,
de grande extensão e pequena
inclinação.
Tipos de fornos
amassamento reduz a
resistência.
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Jazidas de
Gipsita
3.000 km frete p/
regiões SE e Sul
Chapas de gesso
acartonado
www.placo.com.br
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GESSO Chapas de gesso acartonado GESSO ou GESSO DE PARIS Chapas de gesso acartonado –
“Drywall” “Drywall”
ou GESSO DE PARIS
Chapas fabricadas por processo de laminação contínua de uma mistura de gesso, água e aditivos
entre duas lâminas de cartão.
NBR 14715:2010
www.drywall.org.br
(Coutinho,J. S.)
Divisórias em
blocos
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Reservas:
Depois de endurecidos, resistem bem a água.
• Muito amplas; O endurecimento dos aglomerantes hidráulicos se dá por
• Duração ........ ação exclusiva da água (reação de hidratação).
Consumo de Energia:
• O menor dentre os aglomerantes; Exemplos principais:
CO2 – Efeito estufa : • Cimento Portland,
• Queima de Combustíveis - 0,15 a 0,20 kcal/g gesso; • Cimento aluminoso
• 1 tonelada de gesso gera 400 Kg de CO2 • Cal hidráulica
• Desidratação parcial libera H2O.
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Coimbra--Portugal
Coimbra CIMPOR
“cimento amarelo”
CIMPOR
CIMPOR
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www.cimentfondu.com
www.cimentfondu.com
resistência química para proteção de
em instalações de
tubos de esgoto siderurgia
www.cimentfondu.com
Argamassas para
Endurece em baixas temperaturas. assentamento de tijolos
Concreto em fundações de refratários em
www.cimentfondu.com
base francesa na Antártida churrasqueiras e lareiras
Pisos industriais para suportar o calor
Rápido endurecimento
e cura (6 horas) Apresenta excelentes propriedades a altas temperaturas, estabilidade volumétrica e resistência ao
choque térmico. Sofre ataque químico de cloretos, resultando em amolecimento da superfície.
(Lord, 2017)
Classe de cimentos que podem ser produzidos com emissões de gases de • argila (metacaulim) + ativador
www.cimentfondu.com
www.cimentfondu.com
efeito estufa muito baixas.
(Lord, 2017)
www.cimentfondu.com
(Lord, 2017)
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Material obtido pela cozedura até a fusão incipiente de uma mistura calcário-
calcário-
argilosa (clínquer).
www.cimentoitambe.com.br
endurecesse na presença de água, para facilitar o trabalho de
reconstrução do farol de Eddystone, na Inglaterra.
Verificou que mistura calcinada de calcário e argila tornava-se,
depois de seca, tão resistente quanto as pedras utilizadas nas
construções.
https://www.economiaemdia.com.br/EconomiaEmDia/pdf/infset_cimento.pdf
80,0 71,3
65,3
70,0
57,6
em milhões de toneladas
60,0
49,7
50,0
40,0
30,0
20,0
Produção mundial
10,0
0,0
2014 2015 2016 2017
Fonte: www.snic.org.br
https://www.economiaemdia.com.br/EconomiaEmDia/pdf/infset_cimento.pdf
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90,0 % de Calcário
9,50 % de Argila
0,50 % de Minério de Ferro
Chegada do
Saída para
Mina de argila calcário britado
moagem
Britagem do calcário
Cia Cimento Rio Branco (Votorantin)
Cia Cimento Itambé
(1,5 a 3%)
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ARGILAS
Al2O3 Fe2O3 Si O2
Moagem da farinha
VAI P/ MOINHO DE
FORNO FORNO
Cia Cim. Rio Branco Votorantin
clínquer
Arquivo: Filmes concreto / Cimentos/ Non Infrared Video Footage inside a very hot kiln
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clínquer moído
Interior do
moinho de bolas
Ensacadeira
Moinho de bolas
automática
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67% CaO (C
C), 22% SiO2 (S
S), 5% Al2O3 (A
A), 3% Fe2O3 (F
F) e
Alita
3% de outros óxidos.
Estrutura de um clínquer de Belita
cimento Portland relativamente Fases cristalinas anidras metaestáveis na temperatura ambiente e estáveis
comum observado ao ao serem hidratados
microscópio ótico:
Alita (C3S): 42-60%
Belita (C2S): 14-35%
Aluminato tricálcico (C3A): 6-13%
(Donald A. St John, Alan W. Poole and Ian Sims, 1998) Ferroaluminato tetracálcico (C4AF): 5-10%
Alita (silicato tricálcico): cristais amarelados, de forma aproximadamente hexagonal.
Outros compostos em menor quantidade
Belita (essencialmente silicato dicálcico) – cristais, arredondados.
Na2O, MnO, K2O, magnésio, enxofre, fósforo
( K. Luke)
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SEQUÊNCIA DE HIDRATAÇÃO E
ENDURECIMENTO
Belita
A B C
Belita
Alita C3S 49 30 56
C2S 25 46 15
C3A 12 5 12
Alita
C4AF 8 13 8
(Zampieri, 1989)
Temperatura e finura
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constantes
(Aulas USP)
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(Domone, 1994)
C2S Lenta Baixo Inicial baixa, final alta Baixa
C3A + CSH2 Rápida Muito alto Baixa Muito alta
C4AF + CSH2 Moderada Moderado Baixa Moderada
(Weiss, J.; 2005)
Tempo de dormência depende da quantidade de gesso
Pasta pura - 1,5 a 2,0 mm/m • Dimensões das peças – mais volumosas, mais retração;
Argamassas - 0,6 a 1,5 mm/m
• Procedimentos de Cura - mais tempo, menor retração;
Concretos -0,2 a 0,7 mm/m
• Umidade média do ar – mais seco, mais retração.
(Granato-BASF)
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Estruturas – CSH
• Estruturas C-S-H
• Estruturas fibrilares;
• Formadas pela hidratação dos silicatos;
• Cristais de hidróxido de
• Altíssima resistência mecânica;
cálcio – CH
• Quimicamente bastante estáveis;
• Baixa porosidade;
• 50 a 60 % do volume da pasta.
• Etringita
• Produto da hidratação dos aluminatos e do gesso; Pó proveniente de fornos que queimam carvão mineral (termoelétricas)
• Cristais porosos em forma de “pétalas de rosa”; AÇÃO POZOLÂNICA = SiO2 + Ca(OH)2 + H2O → Estruturas C-S-H
• Quimicamente instáveis;
Propriedade NBR 12653
• Forma-se sob concentração baixa de sulfatos (SO3 do gesso);
CLASSE C
• Porosos;
SiO2+Al2O3+Fe2O3 (% mínimo) 70,0
• Baixíssima resistência mecânica;
SO3 (% máximo) 5,0
• Solúveis em água. Teor de umidade (% máximo) 3,0
Perda ao fogo (% máximo) 6,0
Álcalis disponível em Na2O (% máximo) 1,5
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Cinzas volantes
Cinzas volantes: aumentadas 5.500
vezes.
“FLY ASH”
Escória Granulada
Agregado de escória (Escória
Aciaria C3S C2S ....
resfriada ao ar)
(conversor) (José Freitas Jr.)
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Clínquer
Cimento Escória
Sigla Classe + Pozolana (Z) Carbonato (F)
Portland (E)
Gesso
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CP I 32 95-100 0-5
40
Comum
25
6-10
CP I-S 32 90-94
40
25
CP II-E 32 51-94 6-34 0 0-15
40
25
Composto CP II-Z 32 71-94 0 6-14 0-15
40
25
CP II-F 32 75-89 0 0 11-25
40
Tempos de Expansibilidade
Tipo de cimento
Clínquer
Classe
Cimento
Sigla Classe + Escória (E) Pozolana (Z) Carbonato (F)
específica
A quente
Resíduo
Portland
peneira
(m2/kg)
Gesso
75 µm
28dias
3 dias
7 dias
Início
A frio
1 dia
Área
(%)
Fim
25
Alto Forno CP III 32 25-65 35-75 0 0-10
40 25 ≤ 12,0 ≥ 240 ≥8 ≥ 15 ≥ 25
CPI
32 ≤ 10,0 ≥ 260 ≥1 ≤ 10 ≤5 ≤5 -- ≥ 10 ≥ 20 ≥ 32
CPI-S
25 40 ≥ 280 ≥ 15 ≥ 25 ≥ 40
Pozolânico CP IV 45-85 0 15-50 0-10 25 ≤ 12,0 ≥ 240 ≥8 ≥ 15 ≥ 25
32 CPII-E
CPII-Z 32 ≤ 10,0 ≥ 260 ≥1 ≤ 10 ≤5 ≤5 -- ≥ 10 ≥ 20 ≥ 32
CPII-F 40 ≥ 280 ≥ 15 ≥ 25 ≥ 40
90-100 25 ≥8 ≥ 15 ≥ 25
Ari CP V --- 0 0 0-10 CPIII
32 ≤ 8,0 -- ≥1 ≤ 12 ≤5 ≤5 -- ≥ 10 ≥ 20 ≥ 32
CPIV
40 ≥ 12 ≥ 23 ≥ 40
CPV-ARI ≤ 6,0 ≥ 300 ≥1 ≤10 ≤5 ≤5 ≥ 14 ≥ 24 ≥ 34 --
Fonte: NBR 16697, 2018 Fonte: NBR 16697, 2018
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29/08/2019
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CIMENTO PORTLAND (CP) Impacto Ambiental: CIMENTO PORTLAND (CP) Impacto Ambiental:
Coprocessamento de resíduos:
• Fonte de Receita para as cimenteiras;
Emissões de CO2 por tipo de cimento: • Queima no forno de resíduos diversos;
Resíduos com poder calorífico;
Tipo Adição kg CO2/tonelada
Resíduos altamente tóxicos.
CP II F 10% Filer 820
CP II Z 24% Pozolana + Filer 700
CP II E 40% Escória + Filer 580
CP III 75% Escória 290
CP IV 45% Cinzas Volantes 530
CP V 5% Filer 860
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CO-PROCESSAMENTO DE RESÍDUOS EM FORNOS ROTATIVOS DE clínquer Em quanto a bomba de concreto não vem....
(Cimento Portland)
Químicos
Plásticos
Análises de laboratório de cada resíduo asseguram que nada
possa afetar o cimento ou aumentar a emissão de gases
Borras Ácidas
PUC - RJ Arquivo: Filmes concreto / Flmes engraçados/ cementing_in_africa_02
Materiais de Construção I
AGLOMERANTES
Referências bibliográficas:
Apostilas USP – Aglomerantes
CONCRETE, Microstucture, Properties and Materials, P. Kumar Mehta e Paulo J. M.
Monteiro, McGraw-Hill, 2006
Cia. Cimento Itambé
Cia. Cimento Rio Branco – Votorantim
Cimento Geopolimérico
Lord, M. Zero Carbon Industry Plan - Rethinking Cement. Published by Beyond Zero Emissions
Inc. Kindness House, Fitzroy, Victoria 3065, Australia, August, 2017.
ROADMAP TECNOLÓGICO DO CIMENTO - Potencial de redução das emissões de carbono
da indústria do cimento brasileira até 2050. Coordenação: Gonzalo Visedo e Marcelo Pecchio.
Rio de Janeiro: SNIC, 2019. 64 p.
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