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Manual do professor
O professor-mediador é uma figura fundamental, sobre-
tudo nos primeiros anos de contato com a leitura, porque mul-
tiplica as chances de letramento, amplia a capacidade de com-
preensão dos textos e compartilha com seus alunos a paixão
pelas leituras, abrindo espaço para a autonomia futura, o prota-
gonismo e a interação entre crianças e livros. Recursos de apoio
são bem-vindos quando se pautam na expansão de conheci-
mentos, motivação interpessoal e elaboração de rotinas peda-
gógicas adequadas às diversidades nacionais.
O Manual do Professor correlaciona tais argumentos às
obras literárias, destaca gêneros e temáticas, organiza propostas,
atividades e orientações capazes de potencializar habilidades e
competências, assim como de suprir dificuldades detectadas.
Sumário 7 Síntese da obra
8 Sobre a autora
10 Temas abordados
16 Atividades propostas #1
19 Atividades propostas #2
20 Atividades propostas #3
21 Atividades propostas #4
23 Interlocuções culturais
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Síntese da obra
Era uma vez um simpático monstrinho que por vezes não
sabia ao certo o que estava sentindo... Nesses dias ele fazia uma
bagunça com as emoções e ficava sem saber como arrumá-las
ou identificá-las. Como saber se dentro dele há espaço para a
raiva, tristeza, calma, felicidade ou medo? E quanto ao amor?
Este sucesso criado pela autora Anna Llenas convida as crian-
ças e os leitores de todas as idades a observarem, intimamente,
a riqueza e a variação das nossas emoções. Um delicioso conto
ilustrado sobre o funcionamento da mente, o efeito das emo-
ções e dos pensamentos em nosso sentir e viver.
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Sobre a autora
Anna Llenas nasceu em Barcelona. Possui graduação em
Publicidade e Relações Públicas pela Universidade Autônoma
de Barcelona e em Desenho Gráfico pela Escola Llotja. Por anos
atuou em Direção de Arte até que começou a criar seus pró-
prios produtos editoriais. Anna se especializou em Ilustração na
Escola Eina e em Psicoterapia pela Arte na Universidade Pom-
peu Fabra. Hoje atua como professora e arte-terapeuta espe-
cializada em arte e educação emocional. É autora e ilustradora
de livros que ajudam grandes e pequenos a se encontrarem
em meio às suas emoções.
Atualmente é um sucesso em vendas infantojuvenis, suas
obras romperam fronteiras e viajaram muitos países do mundo.
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Temas abordados co melhor o que se passa não só com elas, mas também com as
pessoas de convívio mais próximo. Desenvolvem, assim, mais em-
patia e respeito por seus colegas e familiares e pelo que sentem.
A descoberta de si:
O conto promove o autoconhecimento por meio da edu- Tema e desafios: aumentar o vocabulário expressivo das
cação emocional. A partir da leitura do livro, as crianças são crianças sobre suas emoções; gerar mais facilidade na comuni-
capazes de identificar as emoções trabalhadas: raiva, alegria, cação de sentimentos; desenvolver habilidades sociais. Aprender
tristeza, medo, calma e amor. Podem também expandir o co- a administrar as emoções, aceitar receber ajuda diante de confli-
nhecimento para muitas outras emoções que vão surgindo tos e melhorar a convivência social.
com o diálogo. Aprendem a se conhecer e a confiar mais em si
mesmas, desenvolvendo mais autonomia e independência na
hora de solucionar seus conflitos.
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Adequação e desenvolvimento ▶ Cria interação pela identificação leitora a situações retra-
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Gênero: narrativo
emocional na escola
O livro O monstro das cores se tornou um recurso imprescin-
dível na educação emocional pela simplicidade com que adapta
Ensinar a criança a administrar suas emoções e a aplicá-las o conceito abstrato das emoções ao público infantil, assim como
em diferentes contextos é fundamental tanto para a aprendiza- pela facilidade (acessibilidade) com que exemplifica efeitos emo-
gem dentro da escola, como para enfrentar as diversas situações cionais diretos no comportamento. O conto propicia o diálogo com
que se apresentam ao longo de sua vida. Se entendemos a edu- as crianças e convida o mediador literário a lhes fazer perguntas, a
cação como um processo de aprendizagem para a vida, a educa- escutá-las, a entender o que sentem, com o que se identificam no
ção emocional mostra-se imprescindível porque contribui para o livro e se agora, após a leitura, se sentem capazes de ajudar os cole-
bem-estar pessoal e social. Os programas sistemáticos de edu- gas em alguma situação (raiva e medo, por exemplo) retratada pelo
cação emocional auxiliam o desenvolvimento integral dos estu- monstrinho. Iniciar o trabalho de uma consciência emocional para
dantes: diminuem os problemas de disciplina; fazem com que que possam ir administrando suas emoções dia a dia.
os alunos se sintam mais motivados para o estudo e obtenham Eis uma maneira de tratar um tema tão necessário à infância,
melhores resultados escolares; demonstrem atitudes mais posi- o equilíbrio emocional, de modo lúdico e por meio do personagem
tivas; melhorem suas relações. fantasioso e divertido que ilustra as páginas desse livro.
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Como utilizar em sala de aula e, oralmente, com as sugestões das crianças, criar uma legenda
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Atividades propostas #1
EMOCIONÔMETRO
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▶ Fase 2: criar um círculo dividido em 8 triângulos, cada um ATIVIDADE INTERDISCIPLINAR QUE REÚNE CONHECI-
com uma cor. Ao centro do círculo, prender uma seta rotativa em MENTOS COGNITIVOS, SOCIAIS E VOCABULARES
EVA, por exemplo, por ilhós ou botão de pressão, de modo que
cada criança possa definir seu estado no dia. Cada triângulo colo- ▶ Fase 1: criar uma experiência recreativa associada à mudan-
rido representará uma emoção, por exemplo: felicidade, tristeza, ça de emoções. Levar um jogo lúdico para a classe e deixar que os
medo, vergonha, raiva, cansaço etc. Inserir essa atividade na rotina alunos joguem, formando grupos de 5 crianças, por exemplo. Su-
das aulas. gerimos Pula Pirata ou Pula Macaco, mas a escolha é livre. Observar
na atividade o nível de satisfação, contrariedade, motivação ou in-
quietude dos alunos diante das vitórias e derrotas. Observar o exer-
cício do autocontrole e o empenho livre das crianças.
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▶ Fase 3: Uns diante dos outros, pedir que relembrem seus hora dos jogos todos os colegas são bem-vindos no seu grupo?”.
sentimentos quando jogaram juntos. Instigar que as crianças ga- Objetivo: Trabalhar o tema inclusão pela harmonia social e psico-
nhem consciência sobre como se sentem quando conseguem lógica.
algo e quando não conseguem. Então, dialogar sobre o tema: “na
▶ Criar um MOMENTO RECREATIVO DE ADIVINHAÇÕES após
conversação sobre a expressão das emoções. Atividade prática: um
aluno vai para a frente da sala e, diante dos colegas, faz uma ence-
nação: modo de andar, de olhar, de pisar no chão (suavemente ou
fortemente), uso de gestos delicados, rápidos ou nervosos, um jeito
de andar de cabeça baixa ou um olhar animado etc.
Objetivo: desenvolver a corporeidade como instrumento relacio-
nal, a síntese de ideias, a adivinhação pela associação, a criativi-
dade, a abstração e a formação de ideias.
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Atividades propostas #2
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Atividades propostas #3
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Atividades propostas #4
▶ Narrar oralmente o que é possível interpretar pela leitura das imagens (apre-
sentar duas folhas ilustradas): as crianças verão que o Monstrinho vai dormir muito
feliz à noite, depois de arrumar uma bolsa com coisas típicas de praia; no dia se-
guinte, quando ele abre a janela do quarto de manhã, já vestido com roupa de pas-
seio, fica cabisbaixo olhando lá para fora, assim que constata que está chovendo.
▶ Atividade: Descrever as situações (detalhes), perceber a passagem no tempo
(antes e depois), criar hipóteses de forma criativa (O Monstrinho mudou de humor?
Por quê? Abrir o diálogo para possíveis soluções – a exemplo de “sua mamãe apare-
ce e sugere um delicioso banho de bacia ou banheira com os brinquedos favoritos”,
“seu vovô se aproxima e conta uma linda memória de passeio” etc.). Estabelecer
conclusões lógicas e criativas na interação das opiniões manifestas oralmente.
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Interlocuções culturais amor, dentre outros sentimentos. Atendendo às singularidades
da criança, a obra motiva a expressão e o autoconhecimento.
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Autora deste manual: Ana Paula Mathias de Paiva
Doutora em Educação pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)