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Arrefecimento

Mecânico de automóvel III


Arrefecimento

SENAI-SP - INTRANET
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Arrefecimento

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004578 (46.25.13.437-6)

© SENAI-SP, 2007

2ª Edição

Trabalho editorado por Meios Educacionais da Gerência de Educação da Diretoria Técnica do SENAI-SP.

Coordenação editorial Gilvan Lima da Silva

1ª Edição, 1992
Trabalho elaborado e editado pela Divisão de Recursos Didáticos da Diretoria de Ensino do SENAI-SP.

Equipe de laboração
Coordenação Adilson Tabain Kole
Elaboração Benjamin Prizendt
Conteúdo técnico Antônio Luiz Geovani (CFP 1.13)
José Ruiz Gomes (CFP 1.20)
Equipe de editoração
Fotografia Heloísa Cobra Silva
Ilustração Hugo Campos Silva

S47b SENAI - SP. DMD. Arrefecimento. Por Benjamin Prizendt et alii. São
Paulo, 1992. (Mecânico de automovel I, 4).

1. Mecânica de automóvel 2. Arrefecimento. I.t. II.s.

629.133
(CDU, IBICT, 1976)

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SENAI Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial


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Sumário

Apresentação 7
Sistemas de arrefecimento 11
Substituir radiador e válvula termostática 25
Bomba d’ água 27
Substituir bomba d’ água 31
Tabela de conversões 33
Referências bibliográficas 35

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Apresentação

O motor de um veículo é uma máquina térmica. Isto quer dizer que ele utiliza o calor
resultante da queima de combustível para produzir movimento.

A queima ou combustão ocorre com a reunião, em condições adequadas, de três


componentes básicos:
• Combustível
• Oxigênio ( existente no ar )
• Calor

O combustível aquecido combina-se com o oxigênio, através de um processo químico,


produzindo gases como o gás carbônico, o monóxido de carbono e outros, e altas
temperaturas.

Esses gases, produzidos na combustão dentro do motor do veículo, exercem uma


pressão muito grande. Como eles estão presos dentro do cilindro do motor, com a
pressão produzida vão empurrar o êmbolo. O movimento do êmbolo é transmitido à
biela e, desta, vai para a árvore de manivelas.

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O movimento de rotação da árvore é transmitido ao volante do motor, à transmissão e


ás rodas motrizes que vão, finalmente, mover o veículo.

1 - válvula de escapamento
2 - vela de ignição
3 - válvula de admissão
4 - êmbolo
5 - cilindro
6 - biela
7 - árvore de manivelas

Os veículos automotores em geral utilizam motor de 4 tempos. Cada tempo equivale a


uma fase no funcionamento do motor.

Admissão Compressão Combustão Escapamento


Entrada da mistura A mistura é O gás comprimido é O êmbolo sob e
de combustível e ar. comprimida inflamado e expande-se e expulsa os gases
empurra o êmbolo resultantes da
combustão.

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Com toda máquina térmica, o motor de combustão interna trabalha dentro de uma
faixa de temperaturas. Seu funcionamento não é normal se estiver muito frio ou muito
quente.

Por esse motivo, os veículos possuem um conjunto de peças que formam o sistema de
arrefecimento, cuja finalidade é manter a temperatura do motor dentro de
determinados limites.

Arrefecer significa esfriar. É o que se consegue nos veículos automotores, utilizando


ar ou um líquido apropriado ( composto de água e aditivos ). Atualmente, poucos
veículos são arrefecidos exclusivamente a ar. É que o líquido de arrefecimento
garante uma temperatura mais controlada no motor, independentemente do dia estar
mais quente ou mais frio.

Nesta unidade você estudará:


• Sistemas de arrefecimento a ar ou com circulação forçada de líquido de
arrefecimento;
• Bomba d’ água;
• Válvula termostática;
• Radiador.

As operações que você executará são:


• Substituir radiador e válvula termostática;
• Substituir bomba d’ água.

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Sistema de arrefecimento

O sistema de arrefecimento destina-se a manter a temperatura do motor dentro de


uma determinada faixa de valores.

Há dois tipos básicos de sistemas de arrefecimento:


• A ar, colocado em circulação por uma turbina e pela própria velocidade
desenvolvida pelo veículo;

• Por circulação forçada do líquido de arrefecimento.

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Vantagens e desvantagens de cada sistema


a) Vantagens

Sistema com líquido de arrefecimento Sistema de arrefecimento a ar

Mantém a temperatura do motor mais • Não há líquido de arrefecimento


uniforme, independentemente da para ser examinado.
temperatura externa. • Defeitos são mais raros.

O motor é mais silencioso: • Menor peso por não ter radiador


A camada de líquido entre os cilindros age e líquido de arrefecimento.
como amortecedor de ruídos. • Atinge a temperatura normal de
trabalho do motor mais
rapidamente.

b) Desvantagens

Sistema com líquido de arrefecimento Sistema de arrefecimento a ar

Exige verificação periódica do nível do • A temperatura externa influi no


líquido. sistema.

Manutenção mais cara. • Motor mais ruidoso: as aletas


formam pequenos
Veículo mais pesado por ter radiador e amplificadores sonoros.
líquido.

Atinge a temperatura de trabalho mais


lentamente.

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Sistema de arrefecimento a ar

É um sistema que controla a temperatura do motor utilizando a circulação de ar. Seus


componentes básicos estão enumerados na ilustração a seguir.

1 - turbina
2 - dutos de ar
3 - aletas de arrefecimento
4 - válvula termostática

A turbina força a circulação do ar por todas as partes do motor para retirar o calor
produzido pela combustão interna e pelo atrito das peças em movimento.

Os dutos de ar são partes do motor que dirigem a corrente de ar produzida pela turbina
para as aletas de arrefecimento. As aletas, saliências fundidas na própria carcaça do
motor, aumentam sua área de contato com o ar. Maior área permite, ao motor, maior
dissipação de calor.

A válvula termostática controla o arrefecimento do motor através de uma tampa que


fica fechada quando o motor está frio. Fechada, a tampa impede que o ar circule e o
motor vai se aquecendo até atingir a temperatura correta. Atingida a temperatura
apropriada no motor, abre-se a tampa e assim, ocorre a circulação do ar para refrigerá-
lo.

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Sistema de arrefecimento por líquido

Os componentes básicos do sistema de arrefecimento por líquido são vistos no


desenho a seguir.

1 - bomba d’ água
2 - radiador
3 - ventilador
4 - mangueiras
5 - válvula termostática

A bomba d’ água é acionada pelo motor através de uma correia. Sua função é forçar o
líquido de arrefecimento a circular entre o radiador e o motor.

O líquido de arrefecimento circula no motor pelas câmaras de água, ao redor dos


cilindros e pelo cabeçote.

1 - câmara d’água
2 - cilindros
3 - cabeçote

O líquido, circulando por esses componentes, retira parte do calor do motor.

Enquanto a válvula termostática fica fechada, o líquido não circula entre o radiador e o
motor. Nessa etapa, o motor é pouco arrefecido, aquecendo-se rapidamente.

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A válvula só se abre quando o líquido atinge a temperatura ideal para o funcionamento


do motor. A abertura da válvula permite que o líquido de arrefecimento entre no
radiador para resfriar-se e, novamente, ser enviado ao motor pela ação da bomba d’
água.

Portanto, com o motor aquecido, o líquido de arrefecimento passa, repetidamente, pelo


mesmo ciclo :
• É bombeado para envolver partes do motor, aquecendo-se;
• Atravessa a válvula termostática aberta e dirige-se ao radiador para resfriar-se;
• Volta para o motor pela ação da bomba d’ água, e assim por diante.

Radiador

A peça fundamental do sistema


com líquido de arrefecimento é
o radiador que é, basicamente,
um trocador de calor.

O radiador é uma peça


composta de um tanque
superior, um núcleo e um
tanque inferior.

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O núcleo do radiador possui pequenos canais ou canaletes, paralelos entre si, feitos de
material metálico não - ferroso, resistentes à corrosão e bons condutores de calor ( por
exemplo: latão ou alumínio ).

Em toda a extensão dos canaletes são fixadas chapas metálicas muito finas, formando
as aletas.

O líquido de arrefecimento entra nos canaletes para ser resfriado pelo ar que passa
entre as aletas. Em parte, esse ar é forçado por um ventilador. Entretanto, o radiador já
é colocado na frente do veículo para aproveitar o ar que ele desloca com seu
movimento.

Em alguns veículos, o ventilador é fixado ao eixo da bomba d’ água.. Seu acionamento


é feito por uma correia de aço em “ V “, pela polia da árvore de manivelas.

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O acionamento do ventilador poderá ser feito por meio de uma embreagem


eletromagnética, que permanece desacoplada até o motor atingir uma determinada
temperatura, ocasião em que o ventilador será ligado.

Outra forma de montagem do ventilador encontrada nos veículos é através de um


motor elétrico. Nesse caso, há um sensor térmico instalado no radiador ou no motor. O
sensor liga e desliga o ventilador toda vez que a temperatura do líquido de
arrefecimento atingir um determinado valor.

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Como o radiador trabalha com líquido aquecido, vindo do motor, sua tampa é especial.
A tampa do radiador, além de permitir a colocação do líquido de arrefecimento, dispõe
de válvulas para controlar a pressão no sistema. São duas as válvulas da tampa do
radiador: válvula de pressão e válvula de depressão.

1 - corpo da tampa
2 - mola
3 - válvula de pressão
4 - válvula de depressão

A válvula de pressão permite que o vapor, acumulado no sistema, saia pela derivação
de descarga. Possibilita, também, que o líquido de arrefecimento atinja temperaturas
mais elevadas, sem entrar em ebulição.

A válvula de depressão
permite que entre ar ou
líquido de arrefecimento no
radiador. Essa entrada deve-
se à diminuição da pressão,
que ocorre com o esfriamento
do motor.

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A ligação entre o radiador e o motor deve ser flexível, o que é conseguido com
mangueiras de borracha afixadas por braçadeiras apropriadas. É que o radiador está
preso á carroçaria, enquanto o motor apresenta torções e vibrações em seu
funcionamento.

As mangueiras são encontradas em vários formatos e diâmetros. São constituídas de


borracha sintética, reforçada em seu interior com cordonéis de náilon ou de lonas, para
evitar que se rachem com as vibrações entre o motor e o radiador.

A medida da mangueira é tomada em relação ao seu diâmetro interno. Para a fixação


das mangueiras nos bocais do radiador e do motor e para evitar vazamentos na junção
dos bocais, usam-se braçadeiras.

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Há vários tipos de braçadeiras, porém


as mais usadas são as dos tipos
parafuso-porca e parafuso sem-fim.

Manutenção do radiador

O radiador deve ser limpo, periodicamente, para a retirada de impurezas do seu


interior. Essas impurezas são provenientes da corrosão e de materiais estranhos que
existem no líquido de arrefecimento.

Como o radiador está na parte dianteira do veículo, recebe o impacto de pedriscos e


de outros corpos minúsculos. Deve-se, então, examinar sempre o radiador para corrigir
trincas, amassamentos e perfurações.

É recomendado o uso de um aparelho de teste de pressão para efetuar os seguintes


testes:
• Vazamentos no radiador, mangueiras e suas conexões;
• Vazamentos externos ou internos do motor;
• Teste de pressão da válvula do tampão do radiador.

Ao se efetuarem os testes mencionados deve-se observar as instruções do fabricante


do aparelho e nunca exceder a pressão máxima, especificada para o sistema de
arrefecimento.

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O recondicionamento de radiadores deve ser feito em oficinas especializadas. Os


principais defeitos dos radiadores constam do quadro abaixo.

Defeitos Causas
O radiador comporta menos água do • Canaletes obstruídos
que a quantidade especificada • Tanques amassados
Vazamento • Canaletes perfurados
• Soldas rachadas
• Tampa danificada

Válvula termostática

Apesar de ser conhecida como “ termostato “, a válvula termostática não mantém


constante a tempertura do líquido de arrefecimento. Ela apenas controla a temperatura
mínima, ao bloquear a passagem desse líquido para o radiador.

Dependendo das condições de deslocamento do veículo ( subida, serra prolongada,


etc. ), a temperatura do motor e do líquido de arrefecimento vai aumentando. O
ventilador e a válvula impedem que o aumento, ou a diminuição, da temperatura
fiquem sem controle e se tornem prejudiciais ao motor.

A válvula abre a uma temperatura determinada pelas características técnicas do motor.


Se houver superaquecimento do motor, deve-se inspecionar essa válvula.

Para tanto, ela deve ser colocada em um recipiente, resistente à água fervente, sem
tocar em seu fundo ou em sua paredes.

1 - termômetro
2 - válvula termostática
3 - aquecedor elétrico

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A água do recipiente deve ser aquecida, de forma gradual, verificando-se sua


temperatura com o termômetro constantemente. A válvula deverá começar a abrir na
temperatura recomendada pelo fabricante, e deverá ficar totalmente aberta quando a
água atingir a temperatura ideal para o seu funcionamento. No caso de válvula
emperrada aberta, o motor demora para atingir essa temperatura.

A válvula deve ser substituída, tanto no caso de superaquecimento como na situação


de ficar emperrada aberta.

Sistema de arrefecimento selado

É um sistema planejado para apresentar pouca, ou nenhuma, perda de líquido de


arrefecimento, durante um longo período e tempo. Utiliza-se uma de água e aditivo,
normalmente à base de etileno-glicol, em porcentagem adequada.

Esse aditivo proporciona:


• Maior resistência a baixas temperaturas, isto é, o líquido não congela nas
temperaturas baixas dentro da faixa prevista;
• Elevação do ponto de ebulição do líquido de arrefecimento;
• Uma diminuição da corrosão, ajudando a manter limpo o sistema.

O sistema de arrefecimento selado não libera o excesso de pressão para a atmosfera,


como ocorre nos sistemas comuns. Nele, o líquido de arrefecimento, expandindo-se
com o calor, vai para um depósito separado do radiador: o depósito de expansão.

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O líquido de arrefecimento aquecido pelo motor entra na parte superior do reservatório


de expansão. Na parte inferior desse reservatório, uma mangueira reconduz o líquido
de arrefecimento ao radiador.

Na medida em que o líquido de arrefecimento se aquece, aumenta de volume e se


expande no reservatório. Com isto, ocorre um aumento de pressão do ar na parte
superior do reservatório que, ao atingir um certo valor, abre a válvula da tampa. Com a
abertura da válvula o excesso de pressão é liberado.

Inversamente, quando o motor esfria e a pressão do sistema cai, o volume do líquido


diminui no reservatório. Há uma diminuição da pressão do ar na parte superior do
reservatório e, com isso, a pressão atmosférica externa consegue abrir a válvula de
vácuo da tampa.

O ar entra no reservatório e a pressão interna se iguala à pressão atmosférica externa,


provocando o fechamento da válvula. Novamente, com o aquecimento do sistema, a
pressão volta a subir e repete-se o funcionamento descrito anteriormente.

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Manutenção do sistema de arrefecimento

Na maioria dos veículos, os problemas existentes no sistema de arrefecimento são


acusados por um indicador de temperatura existente no painel.

Esse aparelho serve para indicar se o motor:


• Atingiu ou não sua temperatura normal de funcionamento;
• Está superaquecido, devido a falhas no arrefecimento.

O quadro abaixo registra os principais defeitos do sistema de arrefecimento e suas


prováveis causas

Defeitos Causas
Superaquecimento do motor • Válvula termostática emperrada, fechada ou fora de
especificação;
• Falta de líquido ( solução ) no sistema ;
• Vazamentos;
• Correia do ventilador frouxa ou quebrada;
• Radiador obstruído;
• Termostato defeituoso ( sensor );
• Oxidação e acúmulo de sedimentos no sistema ;
• Defeito na bomba d’ água;
• Porcentagem errada de aditivo na solução de arrefecimento;
• Defeito na embreagem eletromagnética do ventilador;
• Defeito no interruptor do ventilador elétrico;
• Defeito no motor ou ligação do ventilador elétrico.
O motor não atinge a • Válvula termostática fora de especificação ou emperrada
temperatura normal de ( aberta );
funcionamento. • Termostato defeituoso ( sensor ).
Vazamento do líquido de • Vazamento no radiador.
arrefecimento • Mangueiras ou braçadeiras danificadas;
• Vazamento na bomba d’ água;
• Juntas do cabeçote danificadas;
• Vazamento nos tampões ( selos do bloco ) ;
• Bloco ou cabeçote trincados ou empenados.

Dentro das preocupações atuais de controle da poluição, vale lembrar que todas
soluções de arrefecimento, além de tóxicas, são poluentes.

Deve-se seguir, portanto, as recomendações normais de não ingerir esses produtos e


nem de jogá-los no meio ambiente.

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Arrefecimento

Substituir radiador e válvula


termostática

Essa operação é praticada quando há irregularidades no sistema de arrefecimento,


como superaquecimento do motor, vazamento de líquido de arrefecimento, etc.

Processo de execução

1. Drene o líquido de arrefecimento do sistema.

Precaução
O motor deverá estar frio.

2. Retire o radiador e a válvula termostática.


3. Inspecione radiador, válvula termostática, mangueiras e sistemas de fixação.

Observação:
Repare ou substitua as peças defeituosas.

4. Instale o radiador e a válvula termostática.


5. Abasteça com líquido de arrefecimento.
6. Coloque o motor em funcionamento.
7. Verifique se há vazamentos no sistema.

Observação:
Consulte o manual do fabricante do veículo.

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Arrefecimento

Bomba d’água

A bomba d’ água é um conjunto de peças montadas em uma carcaça de ferro fundido


ou de ligas leves. Essas peças recebem a rotação do motor através de uma correia.

Sua finalidade é manter o líquido de arrefecimento em circulação forçada, através dos


dutos d’ água do motor, das mangueiras e do radiador.

A bomba d’ água é sempre acoplada ao motor, podendo ficar dependendo da marca e


do tipo do veículo, na frente ou do lado do motor.

Os componentes básicos de uma bomba d’ água são os ilustrados abaixo.

Em alguns veículos a válvula termostática está alojada no corpo da bomba d’ água.

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Arrefecimento

A árvore da bomba d’ água está ajustada na carcaça por intermédio de rolamentos,


como se observa na ilustração seguinte.

Uma polia está afixada em um cubo, fora da carcaça da bomba d’ água. Essa polia é
movida pelo motor e sua rotação é transmitida à árvore que, por sua vez, faz o rotor
girar.

O rotor gira dentro de uma câmera, movimentando o líquido de arrefecimento no


sistema. Uma gaxeta ( vedador ) impede que o líquido vaze.

São três os fatores principais que influem no funcionamento da bomba d’ água:


• O movimento de rotação
• O rotor;
• O formato da carcaça da bomba.

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Arrefecimento

O movimento de rotação é transmitido do motor à polia por uma correia trapezoidal


(conhecida como ” correia em V “ ) . Essa correia pode ter a superfície de contato lisa
ou dentada.

Os dentes da correia permitem maior flexibilidade, que resulta em maior aderência da


correia às polias.

A correia se encaixa em um canal, também de forma trapezoidal, existente na polia. A


correia deve apenas apoiar-se nos flancos do canal sem ter contato com seu fundo.

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Arrefecimento

Para que a correia possa transmitir a rotação do motor para a polia, sem deslizamento,
sua tensão deve estar correta. Se a correia estiver com pouca tensão deslizará sobre a
polia, causando superaquecimento; se, pelo contrário, sua tensão for excessiva,
danificará os rolamentos da bomba d’ água e do gerador de energia elétrica.

A manutenção da bomba d’ água é feita verificando-se, periodicamente, folgas, ruídos,


vazamentos e a tensão da correia.

O quadro abaixo apresenta os defeitos mais comuns que ocorrem na bomba d’ água.

Defeitos Causas

Ruídos • Falta de lubrificação


• Rolamentos danificados
• Correia com tensão inadequada
• Atrito da gaxeta com o rotor

Vazamentos • Gaxetas ( vedadores ) danificadas


• Junta avariada
• Carcaça trincada, empenada e
tampões defeituosos.

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Arrefecimento

Substituir bomba d’água

A substituição da bomba d’ água é feita quando são notadas certas irregularidades no seu
funcionamento ou para facilitar a execução de outros serviços.

Processo de execução

1. Drene o líquido de arrefecimento com o motor frio.


2. Retire a correia.
3. Retire a bomba d’ água.
4. Inspecione a bomba d’ água.
5. Instale a bomba d’ água.

Observação:
Use junta nova.

6. Instale a correia.
7. Regule a tensão da correia.
8. Reabasteça o sistema com líquido de arrefecimento.

Observação:
Consulte o manual do fabricante.

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Arrefecimento

Tabela de conversões
para obter multiplicar por
COMPRIMENTO
milímetro polegada 25,4
metro pé 0,3048
metro jarda 0,9144
quilômetro milha 1,609
ÁREA
milímetro2 polegada2 645,2
centímetro2 polegada2 6,45
metro2 pé2 0,0929
metro 2 jarda2 0,8361
VOLUME
3
milímetro polegada3 16387,0
centímetro3 polegada3 16,387
litro polegada3 0,01639
litro galão 3,7854
metro3 pé 0,02832
MASSA
quilograma libra (lb) 0,4536
gramas onça (oz) 28,35
FORÇA
newton (N) quilograma força (kgf) 9,807
newton (N) onça (oz) 0,278
newton (N) libra (lb) 4,448
TORQUE
newton.metro . (N.m) libra . polegada (lb . pol) 0,11298
quilograma força . centímetro
(kgf . cm) libra . polegada (lb . pol) 1,152
newton.metro . (N.m) libra . pé (lb . pé) 1,3558
quilograma força . metro libra . pé (lb . pé) 0,13826
newton . metro (n . m) quilograma força . metro (Kgf . m) 9,806
newton . metro (n . m ) quilograma força . centímetro (Kgf . m) 0,098

POTÊNCIA
quilowatt (Kw) hp 0,746
quilowatt (Kw) cv 0,736

PRESSÃO
quilograma / centímetro2 libra / polegada2 (lb/pol2) 0,0703
quilopascal (KPa) libra / polegada2 (lb/pol2) 6,896
quilopascal (KPa) quilograma / centímetro (Kg / cm2 ) 98,1
bar (bar) libra / polegada2 (lb/pol2) 0,069
bar (bar0 quilograma / centímetro2 ( Kg / cm2) 0,981

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Referências

Seleções de Reader´s Digest. O livro do automóvel. Lisboa, 1981.

SENAI - SP, SMD: Mecânico de automóveis. São Paulo, 1977

SENAI - ON , SMD: Mecânico de automóvel. Rio de Janeiro, 1984

Volkswagem, Manual de reparações do motor Passat = 03/88

SENAI 35
Arrefecimento

SENAI 36
Aprendizagem industrial
Mecânico de automóvel

Mecânico de automóvel I
004576 (46.25.11.433-8) Fascículo introdutório
032241 (46.25.11.433-8) Ferramentas
032242 (46.25.11.433-8) Metrologia
032243 (46.25.11.433-8) Ajustagem mecânica
032244 (46.25.11.433-8) Suspensão e direção

Mecânico de automóvel II
004577 (46.25.12.435-7) Freios
032245 (46.25.12.435-7) Transmissão

Mecânico de automóvel III


004578 (46.25.13.437-6) Arrefecimento
032246 (46.25.13.437-6) Alimentação
032247 (46.25.13.437-6) Eletricidade do motor

Mecânico de automóvel IV
004579 (46.25.14.439-5) Lubrificação
032248 (46.25.14.439-5) Motor

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