Da Ação Monitória: A ação monitória compete a quem pretender, com base em prova
escrita sem eficácia de título executivo, pagamento de soma em dinheiro, entrega de
coisa fungível ou de determinado bem móvel ou imóvel (Art. 700, I e II do CPC). Assim verificada a admissibilidade de preposição da ação monitória contra a Fazenda Pública (súmula 339 STJ), mostra-se adequada a via eleita no presente caso, com previsão no Art. 700, §6º CPC; Da incompetência do juízo: Quanto a limitação do valor alegada pelo Estado, fica a critério da parte autora a escolha do juízo, pois o Juízo comum não possui nenhuma limitação quanto ao valor mínimo ou máximo, já o Juízo Especial possui uma limitação de até 60(sessenta) salários mínimos, observadas as características de cada unidade federada, sendo esta a interpretação adequada para compatibilizar o art. 2º e o art. 23 da Lei 12.153/2009 com o art. 125 da CRFB e Resolução 11/2009 TJ/AL; Da cumulação do pedido: Pelo princípio da instrumentalidade das formas, temos que a existência do ato processual é um instrumento utilizado para se atingir determinada finalidade. Assim, ainda que com vício, se o ato atinge sua finalidade sem causar prejuízo às partes, não se declara sua nulidade, tal princípio está insculpido nos art. 188 e 277 do CPC Art. 188. Os atos e os termos processuais independem de forma determinada, salvo quando a lei expressamente a exigir, considerando-se válidos os que, realizados de outro modo, lhe preencham a finalidade essencial. Art. 277. Quando a lei prescrever determinada forma, o juiz considerará válido o ato se, realizado de outro modo, lhe alcançar a finalidade.