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É livre a reprodução para fins não comerciais, desde que o autor e a fonte
sejam citados e esta nota seja incluída.
Em memória às vítimas da COVID-19.
Agradecemos ao artista plástico Anchieta Rolim que, em gesto de
solidariedade, concebeu a capa deste nosso trabalho. Estendemos o
reconhecimento aos escritores Oreny Júnior e Thiago Gonzaga: sem o
apoio de ambos, certamente naufragaríamos.
Apresentação
11 | Alexandre Filho
15 | Anchella Monte
22 | Ângela Rodrigues Gurgel
28 | Bárbara Fonseca
29 | Caio César Muniz
33 | Camila Paula
38 | Carlos Guerra Júnior
40 | Carmen Vasconcelos
44 | Cefas Carvalho
48 | Cellina Muniz
50 | Clauder Arcanjo
55 | David de Medeiros Leite
57 | Demétrio Diniz
60 | Dulce Cavalcante
66 | Gessyka Santos
69 | Gonzaga Neto
74 | Gustavo Luz
78 | Humberto Hermenegildo
80 | Iara Maria Carvalho
85 | Jeanne Araújo
88 | João Andrade
94 | José de Castro
96 | Junior Dalberto
99 | Kalliane Amorim
103 | Leonam Cunha
107 | Lívio Oliveira
108 | Lucas Rafael
111 | Marcos Ferreira
114 | Marcos Medeiros
119 | Margareth Freire
123 | Maria Maria Gomes
127 | Marina Rabelo
130 | Nivaldete Ferreira
133 | Rizolete Fernandes
136 | Salizete Freire Soares
139 | Theo G. Alves
148 | Thiago de Goés
152 | Thiago Medeiros
155 | Vanda Maria Jacinto
158 | Wescley J. Gama
Cena
Alexandre Filho
Anchella Monte
Retrato 1
A morte viaja
visita a China e seus rios deslumbrantes
o sol sobre muralhas, seus picos nevados.
E mata.
A morte viaja
visita a Itália e suas catedrais
os sinos tocando sobre a história e a hóstia.
E mata.
A morte viaja
visita a França e se lança sobre perfumes
torres e praias, música e poesia.
E mata.
A morte visita o Brasil e surpresa encontra um rei
que não se importa com a viajante
para o rei só interessa o espelho, o cetro e a coroa.
A morte se instala com avidez
A gente do país já não pode acompanhar
os mortos, postos nas covas sem canto e cortejo
sem cruz e último beijo.
Quando irá embora a morte, para viajar
Somente a distâncias no tempo?
As orações das mães são alimento
Antologia Poética quarenta em quarentena 19
A magia da ciência, a esperança.
A morte não abre as malas, não se cansa.
É tempo de reclusão,
isolamento, medo, tensão
tempos cinzas, assustadores…
É tempo de desacelerar os “motores”,
não temos para onde ir,
melhor pararmos para refletir…
É tempo de olhar em volta, reconhecer
o lugar que habitamos,
quem sabe refazer alguns planos!?…
Mas, também podemos
permanecer doentes, atingidos
pelos já conhecidos vírus
e nada de novo, a nossa vida, acrescentar…
Não é apenas a COVID-19
que precisamos derrotar,
há, mais, muito mais,
que precisamos recuperar,
ou, morre
em nós, toda a humanidade…
Bárbara Fonseca
De Wuhan à Cabrobó,
De Codó ao Reino Unido,
Segue o Homem apavorado
Com seu peito dolorido,
Aturdido e acuado,
Preso em casa, assustado
Num planeta adoecido.
Do tamanho de um nada,
Mas feroz feito um tufão,
Surge um vírus poderoso
Que nem toda evolução
Da pesquisa e inteligência,
Tomaram ainda ciência
Desta sua dimensão.
Camila Paula
Este mundo…
Drummond disse vasto.
E ainda que digam: — tá gasto
E que não vale a minha poesia,
Meu suor,
Minha lágrima
E a minha utopia,
Neste mundo há você!
Então que seja neste mundo que façamos o outro.
O nosso.
Que valha mais a fé, o amor e o encanto.
Que não fique pra tanto depois.
Que este mundo um dia seja o mundo
Que mereça todo mundo
E nós dois.
C aminhar C onvívio é
O misso O pressão
V ivendo V endo :
I nformado da I nocentes
D estruição? D espedindo
C omece
O bedecendo o
V eto:
I sole-se
D iariamente!
Carmen Vasconcelos
Cefas Carvalho
às vezes
a alma sai do corpo
e no limbo se demora
às vezes
os gritos são sussurros
e não querem ir embora
às vezes
o vinho vira água
não mata a sede, nem embriaga
às vezes
a mão que apedreja
não é a que afaga
de desgosto, de passamento
em fundo poço caio
cá me demoro
em agosto, abril ou maio
mas não me apavoro
Cellina Muniz
Clauder Arcanjo
Prelúdio
Na porta da dor,
há sempre o capacho da esperança.
Na janela do sofrer,
trina o canto do pássaro temporão.
No alpendre da desventura,
surge a lua cheia da ventura.
Na sala de estar da saudade,
revelam-se o abraço e o afago.
No quarto principal,
abeirado ao leito, o amor em espera.
Na noite, afinal, sem estrelas nem brilho,
a certeza do batismo da alvorada.
E surgem
murmúrios de brisa
a balançar o escuro véu,
soprando vida,
despedaçando a solidão,
Antologia Poética quarenta em quarentena 55
em tímidos veios de cor.
O dia avança,
com a liberdade de um condor,
sabendo que outra vez morrerá.
Púrpuras tardes,
prelúdios e presságios,
que outros passos e espelhos
urdirão de mistérios
outras noites sem estrelas…
Demétrio Diniz
Da janela do hospital
Milhares de prédios de cor cinza
Por onde a vista não alcança.
Um ou outro helicóptero sobrevoa distante a cidade monstruosa.
Um pequeno sobrado
De duas janelas e uma árvore na frente que dá flores amarelas
Se espreme entre dois arranha-céus.
As janelas são da cor de ferrugem, de tão velhas.
Entre cimento e pedra
Entre cimento e ferro
Um encantamento.
Dulce Cavalcante
A minha alma
não se quer emparedada.
Trespassa o muro
e cinza de tinta sai por aí
a alçar voos brancos
Que ardem nos olhos…
E lépidos varam paredes de mil anos luz
Invólucros de lembranças e vontades
Senhor!
Congela por favor a pandemia
num planeta inóspito
onde não quero ir
onde ninguém, ninguém possa ir
e, minha alma não ultrapasse
pela lei do não pode: é proibido seguir
hoje
vejo o céu pela moldura do quarto
as nuvens não tem mais
o formato do teu rosto
na fumaça ansiosa
que vai até meus brônquios semiabertos
respirar é difícil quando se divide espaços
duas pessoas
ocupando doze centímetros de um peito
dois corpos
sem caber inteiro
que respiram
só
quando estão fora
eu mesmo
só quero dar a volta nele
sem pressa
e me encontrar por aí
perdido em alguma esquina
Gustavo Luz
De tantos dias
existem aqueles acidentados
passei pelas avenidas endereçadas ao futuro
deveria compor frases e formar palavras-chaves
Sento na mesma cama e o comentário
é coisa conhecida
não consigo renovar minha paciência
carrego das avenidas o pó preto
e bebo em goles a paixão — fumo o dia
O sol não mudou sua estrutura
a cor é de chumbo
e as calçadas, as árvores, os idosos, as motos,
o vento sem iniciativa, a menina que eu deveria
enamorar, os trechos, as linhas e os sonhos
são apenas diálogos
mas vidas que tentam ser
Na fala alheia soluço
e sinto o cansaço roncar no peito
A música não consegue a gratidão
encontra-se viajando na menina
da casa da esquina
Humberto Hermenegildo
Eu isolado
Eu conformado
Eu intocado
Eu imolado.
Porta cerrada
Asas nas brechas.
Janela aberta
Giro nas trevas.
Tão longe o próximo
De antes da quebra.
Eu renascido
Eu ressurgido
Eu insurgido
Eu conseguido.
Fênix perdida
No agora pronto.
Antologia Poética quarenta em quarentena 78
Alma inventada
No reencontro
Perto a lonjura
De um grave sonho?
Um perfume de flor
que não existe
no meu canto de
aqui.
Não me cure.
Jeanne Araújo
Ouça.
Não quero lápide.
A palavra imortaliza.
Quando vens
liberta-me do medo
dos tropeços
dos desertos
tudo é névoa
naufrágio
rios de areia nos olhos
tudo é silêncio
nada ouço
apenas percebo tua sombra
escrevendo em pergaminhos
minha angústia velada
minha alma frívola
e minha condenação.
João Andrade
Eu canto
os humanos-helmintos
encharcados de não,
os famintos de amor e pão,
os que trazem, no corpo
e na alma, chagas e cicatrizes.
A única qualidade
que lhe justifica um poema
é que suas águas imundas empestam
o cínico e indecente azul-turquesa
do mar de minha aldeia.
José de Castro
um vírus me condena
salva-me!
suplico ao poema
Junior Dalberto
Somos instantes
Explodimos em coisas
Refletimos ocasos
Multiplicamos viventes
Conflitantes amores
Somos sabores e cores
Errantes estranhos
Elegantes passantes
Somos terráqueos
Eternos ausentes
Luzeiros nessa escuridão
Que chamamos vida.
Kalliane Amorim
Dá-me flores,
quando meus olhos só virem pedras,
ainda que sejam
essas pétalas ressequidas,
lembranças de sol e vento
que na curva da estrada
ficaram,
à beira de meu olhar peregrino.
Dá-me flores,
quando minhas mãos só guardarem o pó
de meus próprios passos
e meus braços se estenderem, abertos,
esperando, quase inutilmente,
uma resposta,
vinda de qualquer lugar,
de onde nem ouso imaginar…
Dá-me flores,
que minhas sandálias já estão gastas,
que meus lábios já entoam canções antigas,
suspensão
Leonam Cunha
Lívio Oliveira
No planeta um vírus
invade casas, abrigos
reinos vãos: exílios.
Marcos Ferreira
Marcos Medeiros
Vá idosa conversar
Com a mesa e o frigobar,
Sem pensar que está caduca.
Isso é fruto do momento,
Do profundo isolamento,
Tão longe de uma muvuca.
Se estiver descabelada,
Finja ser bem penteada
Por sua cabelereira,
Ou coloque uma bandana
Só pra ver se ela engana
Numa selfie de primeira.
Na maratona insisti,
Livros já li e reli.
Visitei novo universo.
Refleti bem de repente.
Pensei mais em minha gente,
Retratando em cada verso.
Margareth Freire
Eu te desafio
A me mostrar
Quem neste mundo
Te ame mais que eu
Que seja capaz de se dar
Fazer loucuras
Ter coragem suficiente
De mostrar sem medo
Sem vergonha
O querer palpável
O desejo latente
O amor gritante
Que sinto por você
Eu te desafio
A me mostrar
Quem neste mundo
Te ame sem frescura
Te queira com loucura
Mais que eu.
Os gatos se confundem
ante as situações
—nada triviais—
e rompem a escuridão
da noite seridoense
:
ambígua e solitária.
Preciso urgentemente de
um pintor:
que retoque,
toque,
pinte
o meu coração.
Preciso de um construtor
para ressurgir as ruínas
Um sino do vento
Pendurado à janela,
preciso!
Preciso reconstruir
meu coração
com uma cama para amar
O instante
às vezes me atormenta:
toca-me o ombro,
desembala meu sono,
acorda o parceiro que dorme,
mexe na minha loucura,
rouba-me a solidão,
tira-me, escondido,
todos os meus sentidos.
O instante se afoga
nos fonemas da palavra.
Marina Rabelo
ao fechar os olhos
meu quarto gira
num redemoinho
de sensações indeléveis
mãos entrelaçam-se
à espera de uma luz
de ventos verdes
de esperança
que acolherão meus medos
para a roda-vida-gigante
continuar a girar
entre os prédios
ouço um ressoar de pássaros.
Nivaldete Ferreira
Rizolete Fernandes
Inda pensada
a dor
é ferroada
Quando sorrateira
se instala
gota à gota
vira enxurrada
Se de repente
aguda inteira
fica
sendo passageira
A dor
faz inclemente
quem a sente
na mudança de rotina
rodei na rota caseira
lava, passa e cozinha
igual uma lançadeira.
Theo G. Alves
as ruas da cidade
morta
operam silêncios
como máquinas
de empilhar
tempo e
vazio
as noites
acordam os gatos
mecânicos
às noites
mortos
silenciosos
como o ventre duro
de um besouro
— pedra
brota o silêncio
Antologia Poética quarenta em quarentena 139
morto
das ruas
mortas
da cidade cancerígena
— carcinoma
antes de haver
a poesia
o uivo ancestral dos cães
os passos metálicos dos gatos
a vidraça pedra estilhaçada enquanto correm os calcanhares
dos meninos rua abaixo
e ninguém viu nada
antes de haver
a poesia
o ganido arfante de um velho safado
o gemido mouco da puta que lhe toma uns tostões
o uivo
o grito
o silvo
as raízes fracas dos pés de manjericão
afundadas sob a terra:
só perfume/nenhum som
antes de haver
a poesia
antes de haver
a poesia
o mito
o trágico
o eco
o drama
a sinopse
a hipótese
o clown
o take
o fade
in/out
Antologia Poética quarenta em quarentena 142
o reverso
o nervo
dormente
antes de haver
a poesia
o álbum de retratos
o pé de goiaba carregado
os banhos de mangueira
a areia do rio
a roda de meninos a correr sob a chuva
a chuva
a chuva
a chuva
as cinzas da fogueira de são joão
a tesoura aberta jogada à rua
o chão riscado à faca
a chuva
a chuva
a chuva
à noitinha
antes de haver
a poesia
Antologia Poética quarenta em quarentena 143
o estampido
o soco
o tiro
o bumbo
o braço
o golpe
a faca
a foice
a cana
a cama
a cama
a cama
sempre a cama
antes de haver
a poesia
o copo quebrado
o corpo esgarçado
a queda do clero
o grito de guerra
o grito de horror
o grito de dor
o grito abafado
o sol
o acorda
ou o fim de seu sono
desperta o dia?
sorve
em silêncio seu café
e seu olhar
para as coisas
sozinho
arrasta os passos
pela casa imóvel
toda povoada de silêncios
organiza
lentamente suas estantes
e os livros
que se deitam em sua cama
sozinho
Thiago de Goés
E, no entanto, lá estavas
Solenemente imune
Às manchetes do jornal das dez
Fica instituído
Que a partir de hoje
Todo dia é hoje
Eu nasci hoje
Vou morrer hoje
E já sou pai de duas filhas
A partir de hoje
Ficam revogados
Para todos os fins
Relógios e calendários
Virá o dia
Que a vida vai virar a mesa
Que o mundo vai virar a página
E quem viver virá
Virá o dia
Que o povo vai virar o jogo
Que o joio vai virar o trigo
E quem viver virá
Virá o dia
Viral dia
Viral
Thiago Medeiros
Vibremos a luz
Para que o planeta
Volte a viver!
Acalantarás
No refúgio do meu lar
A minha alma.
Através da janela
vasculho cada centímetro
com olhos de gazela.
A euforia de outrora
já não é mais visível
só o pavor nos controla.
Wescley J. Gama
aves em revoada.
na américa do Sul.
eles conversando
animados
muito cedo
ao pé do fogão a lenha.
162
Sobre os autores
163
Bárbara Fonseca nasceu em São Rafael, RN, a 19 de
maio de 1998. Participante ativa de batalhas de poesia falada,
representou a cidade de Currais Novos durante o Slam
Mossoró, torneio ocorrido em outubro de 2019.
164
Carlos Guerra Júnior (mais conhecido
como Carlos Mossoró ou Mossoró
RAPentista) nasceu em Mossoró, RN, a 13
de novembro de 1988. Doutor em Ciências
da Comunicação pela Universidade de
Coimbra, é jornalista, rapper e ativista
cultural, sendo fundador do Slam de
Mossoró.
165
Cellina Muniz nasceu em Brasília, DF, a
22 de janeiro de 1978. Pós-doutora em
Linguística pela Universidade Estadual de
Campinas, é autora d’O livro de contos de
Alice N. (Sebo Vermelho, 2012), Uns contos
ordinários (ED!BAR, 2014), Contos do
mundo delirante (ED!BAR, 2018) e O
bombo: Natal, 1945 (Sebo Vermelho, 2020).
166
Demétrio Diniz nasceu em Alexandria,
RN, a 28 de junho de 1946. Graduado em
Psicologia pela Faculdade de Ciências e
Letras de Olinda e Bacharel pela Faculdade
de Direito da Universidade Católica de
Pernambuco, é autor dos livros Um homem
sem poesia (Edição do autor, 1996), Haveres
(Barriguda, 2004), FerroVia (Bagaço, 2007), Sob o céu de Natal (Sarau das Letras,
2012), Idas e vindas de São Serapião (Edição do Autor, 2013), Nuno Labaredas e sua
paixão por Baba Yaga (Offset, 2018), entre outros.
167
Gonzaga Neto nasceu em Natal, RN, a 29 de agosto de
1993. Graduado em Comunicação Social pela Universidade
Federal do Rio Grande do Norte, é autor do livro Hipérbole
(Jovens Escribas, 2016)
168
Iara Maria Carvalho nasceu em Currais Novos, RN, a 24
de dezembro de 1980. Mestra em Estudos da Linguagem pela
Universidade Federal do Rio Grande do Norte, é autora dos
livros Milagreira (Casarão da poesia, 2011) e Saraivada (Sarau
das Letras, 2015).
169
José de Castro nasceu em Resplendor,
MG, a 23 de março de 1948. Graduado em
Comunicação pela Universidade de Brasília
e Mestre em Tecnologia da Educação pelo
Instituto de Pesquisas Espaciais, é autor dos
livros A marreca de Rebeca (Paulus, 2002),
O mundo em minhas mãos (Bagaço, 2005),
A cozinha da Maria Farinha (Paulinas, 2007), Poemares (Dimensão, 2007), Poetrix –
para adolescentes (Dimensão, 2012), Poemas brincantes (CJA, 2015) Brincadeiras
poemantes (CJA, 2019), entre outros.
170
Leonam Cunha nasceu em Areia
Branca, RN, a 01 de maio de 1995.
Graduado em Direito pela Universidade
Federal do Rio Grande do Norte e Mestre
em Estudos de Gênero pela Universidad de
Salamanca, é autor dos livros Gênese
(2012), Dissonante (2014) e Condutor de
tempestades (2016), todos pela Sarau das Letras.
171
Marcos Ferreira nasceu em Mossoró, RN, a 10 de abril de
1970. Na imprensa, foi revisor, copidesque, repórter e editor de
cultura. Fundador do selo Verboletras, é autor dos livros Um
poema de presente (Coleção Mossoroense, 1996),
Encantamento (Coleção Mossoroense, 1999) e A hora azul do
silêncio (Editora da Universidade Federal do Amazonas, 2006).
172
Maria Maria Gomes nasceu em Currais Novos, RN, a 15
de outubro de 1966. Graduada em Letras pela Universidade
Federal do Rio Grande do Norte e Especialista em Literatura
Luso-Brasileira, é autora dos livros O despertar da crisálida
(Edição da Autora, 2006), Outônicas (Sebo Vermelho, 2011),
Proposta de chuva (8 Editora, 2014), TEMPORALIBUS: o
tempo das nuvens (8 Editora, 2019), entre outros.
173
Rizolete Fernandes nasceu em Caraúbas, RN, a 09 de
abril de 1949. Graduada em Ciências Sociais pela Universidade
Federal do Rio Grande do Norte, é autora dos livros A história
oficial omite, eu conto – Mulheres em luta no RN (EDUFRN,
2004), Luas nuas (Una, 2006), Canções de abril (Una, 2010),
Cotidianas (Sarau das Letras, 2012), Vento da tarde (Sarau das
Letras, 2013), e Tecelãs (Sarau das Letras, 2017).
174
Thiago de Goés nasceu em Natal, RN, a 19 de julho de
1978. Graduado em Jornalismo pela Universidade Federal do
Rio Grande do Norte e Especialista em Mídias Sociais, é autor
dos livros Contos bregas (Jovens Escribas, 2006), Lobas,
deusas e ninfetas (Banco do Nordeste, 2007) e Cavalo Negro e
outras histórias fabulosas (Jovens Escribas, 2017).
175
Wescley J. Gama nasceu em São Vicente, RN, a 10 de
junho de 1981. Graduado em Letras pela Universidade Federal
do Rio Grande do Norte e em Serviço Social pela Universidade
Potiguar, é autor dos livros Com a força das folhas que
estiverem vivas (Coleção Mossoroense, 2015) e Nove contos
serranos (Offset, 2017).
176
Este livro foi composto nas fontes Arial e Times New Roman, durante a pandemia
por SARS-CoV-2.