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Não, não, eu não sou hipocondríaca, eu não sou, mas

eu fico temerosa. Fico nervosa quando eu tenho que ir


a casa lá dessa, dessa Vitória, compreende? No
bairro, não sei, eu tenho a sensação, a impressão de
que eu estou entrando em uma zona endêmica.
Pobreza pega. Pega, pega como sarna. Pega como
um vírus. Entra pela pele, pela respiração. Eu controlo
a minha respiração. Eu prendo o meu ar sem querer.
Não toco em nada para não me contagiar. Nada! Nos
biscoitinhos! Tem uns biscoitinhos daquela pobre
diaba daquela emprega! São letais. Letais!
Resistentes a qualquer antídoto. Eu não sei como eu
não morri!

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