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LEGITIMA
MILITANCIA
Clavio J. Jacinto
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“E foi-lhe permitido fazer guerra aos santos, e vencê-
los...”(Apocalipse 13:7)
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triunfalismo religioso é um rotulo já bem desgastado que
se usa para atrair pessoas aos seguimentos desse tipo de
fé cristã. Assim, a solução para os problemas
psicoemocionais e outros seria a pratica de um
cristianismo eclesiástico configurado no templo e na
pessoa do pastor ou “apostolo” como um pajé curandeiro
que da ressonância aos apelos da libertação de todos os
problemas humanos. Tudo isso é pura ficção religiosa,
fabulas de uma religião supersticiosa.
Seria um escândalo notório se um pregador subisse hoje
em um púlpito dessas igrejas modernas para pregar um
sermão em torno do assunto de que os santos podem
sofrer uma derrota do inimigo de nossas almas; o diabo.
A maioria dos cristãos atuais foram treinados pela
eloqüência das musicas triunfalistas que funcionam como
mantras, uma enorme quantidade de chavões
verbalizados com o intuito de persuadir o ouvinte de que
a entrada para a fé cristã é um fim absoluto de todos os
problemas na presente era aqui nesse mundo. O
treinamento psicológico e o tratamento por lavagem
cerebral com “letras” vagas sobre “vitórias” em todos os
segmentos da vida, além de invenções tipo “culto da
vitória” e outras demandas psicológicas a fim de conduzir
as vitimas para dentro de uma religião quase psicodélica.
De fato seria uma ofensa pregar algo em torno de um
assunto tão controverso quanto a derrota dos santos num
conflito cósmico contra a Igreja de Cristo.
Assim desejo falar algo, não por puro pessimismo, mas
por ser um tanto realista, e acima de tudo invocar a
sensatez e demonstrar que não consigo me aparelhar com
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o sistema evangélico vigente por causa de controvérsias
como essa.
Os santos sofrem derrotas. Na guerra espiritual as coisas
não funcionam muito diferentes das coisas físicas. Por
isso já de antemão duas coisas preciso deixar claro, a
primeira é que não sou um derrotista, considero a obra
consumada e perfeita de Cristo na cruz como um triunfo
definitivo contra o pecado, o inferno o diabo e os
demônios (Hebreus 2:14 ) a segunda é que sendo
realista, entendo que perder uma batalha não é perder
uma guerra, assim desejo acrescentar que cada vez que os
santos possam por momentos de conflitos e perdem uma
batalha, isso se dá debaixo da soberania divina, Deus no
controle permite que algo aconteça para o bem de todo o
corpo de Cristo e para que seus propósitos elevados se
estabeleçam no universo. Durante a segunda guerra
mundial, o exercito nazista ocupou a Rússia e ganharam
muitas batalhas, até chegar às portas de Moscou, quando
foram derrotados pelos russos e então mais tarde em
uma batalha quase que decisiva na operação Bagration,
os alemães sofreram uma derrota pavorosa e desde então
foram expulsos do território soviético.
Passamos para o tema central desse assunto, porque
estamos em um conflito, desde cedo foi assim, a começar
pelo Jardim do Éder, onde o diabo desarmado e usando
palavras bem articuladas, travou uma batalha no coração
de Eva e venceu. Ali temos a primeira derrota de pessoas
santas, e talvez você apenas tente argumentar que não
nas Escrituras qualquer versículo que define que Adão e
Eva eram santos, mas preciso antes afirmar que eles
sendo criado a imagem e semelhança de Deus não
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poderiam deixar de ter essa virtude, de outra forma não
teriam sidos criados a imagem e semelhança de Deus,
mas bíblia afirma que Deus é santo, faz parte da sua
natureza espiritual ser santo, e assim essa condição
virtuosa foi passada para os primeiros seres humanos
que foram criados diretamente pelas mãos santas do
Criador.
Sei o quanto esse assunto é espinhoso, talvez o amado
leitor foi treinado a ouvir só sobre vitoria, quem sabe
durante anos vem cantando “agora é só vitória, agora é só
vitória...” enquanto que nas Escrituras entendemos que
nem sempre vencemos batalhas embora todo o fiel
cristão vença a guerra, no final entrará com a coroa da
vida no reino celestial, mas aqui, travamos uma batalha,
ela está bem definida na exposição de Paulo em Efesios
6;10 a 18, toda a igreja em todo o tempo que perdura a
sua marcha sobre esse mundo, sempre houve esse
conflito e ele se acentuará muito nos últimos dias antes
da vida triunfante do nosso Senhor e Salvador Jesus
Cristo para buscar a sua igreja. Entender essa verdade
nos capacita a vivermos em sobriedade e plena
dependência de Deus. Talvez não haja muitos pregadores
que falem sobre isso, e nem meso muitos escritores que
escrevam sobre isso, mas não me importo, estou
escrevendo, e não tenho nenhum prejuízo se poucos se
interessam por esse tipo de pregação ou leitura, porque
não vivo de pregação e nem ganho a vida escrevendo
livros, portanto não me importo se o que escrevo é
comercial e agradável a essa geração. Nenhum de meus
escritos está focado no sucesso literário, porque não
escrevo de modo comercial. A maioria dos púlpitos é
inacessível para mim, a impopularidade do que falo
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torna-me um quase solitário, mas o que me interessa é
que desejo falar e escrever o que tem respaldo bíblico,
isso me interessa muito! Não me interessa se ninguém
deseja ler ou ouvir meus sermões.
A derrota dos santos não é o fim absoluto da sua
existência e nem o triunfo total do inimigo. Há um
estranho processo que se manifesta quando a igreja é
perseguida e quando cristãos tornam-se mártires, a
historia revela muito bem isso! Ainda assim, nem todos
realmente serão reduzidos ao martírio. Mas é fato
histórico que quando entramos no confronto, muitos
sofrem uma derrota imediata seguida de uma coroação
magnífica, porque todos que perdem a sua vida por causa
de Cristo ganham a vida eterna por amor a Ele.
Apresento um exemplo, as palavras de Cristo em João
16:33 onde ele diz que no mundo seus seguidores
sofreriam com as aflições, e lá no grego, denota que as
aflições são triturações ou como o amassar, do barro nas
mãos do oleiro, e então temos a personagem de Estevão,
quando seus algozes lançam mãos em pedras e jogam
sobre o santo homem, ali está ele sendo rasgado e ferido e
sofrendo uma derrota física, quando seu corpo está sendo
dilacerado pelas pedradas e ele sucumbe no campo de
batalha e cai seu cadáver inerte e sem respirar naquela
guerra, seu cadáver está diante dos olhos de seus
inimigos, e então eles podem festejar pelo soldado
celestial que tombou diante deles, todavia olhe ao
contexto do capitulo 7 de Atos e então você verá que o céu
está aberto, enquanto o corpo ferido de Estevão caia,
Cristo se levantava do seu trono e de braços abertos
recebia o espírito daquele santo mártir que sofria uma
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derrota presencial face aos seus inimigos mas que essa
breve derrota se tornou em grande vitoria para o céu e
para a igreja e para sempre se perpetuará esse martírio
pela causa santa do evangelho, e a eternidade selará o
memorial desse grande evento em que te Estevão deu a
sua própria vida no campo de batalha a pregação do
evangelho, na sua verdade mais pura, sem se importar em
agradar os ouvintes que furiosos ouviam de modo a se
sentirem insultados pela pregação de Estevão que com
ousadia pregava o Evangelho e anunciava a Cristo.
Todo cristão tem um chamado de lutar de forma legitima,
Paulo compara cada um de nós como soldados, e estamos
em uma batalha. Não é contra o carne e o sangue, o diabo,
porém usa seus instrumentos carnais contra nós, de
modo que quase sempre aquelas que se levantam contra
nós são instrumentos que o diabo usa para lançar seu
ódio contra a igreja de Cristo. (Veja I Timóteo 6:11 e 12) e
assim ao deparamos nas paginas do Novo Testamento
vimos os santos sendo perseguidos, esse mundo é um
lugar inóspito para o verdadeiro cristão enquanto
estamos aqui, o presente século lançará seus dados
contra a igreja, não há tréguas, só os apostatas se sentem
bem no sistema, o espírito do anticristo opera no mundo
desde a época do apostolo João de modo que sua fúria
aumentará contra os santos na medida em que o fim de
aproxima. O triunfalismo materialista e uma religião de
conforto e muita prosperidade financeira é uma ofensa ao
Espírito que redigiu as cartas do Novo Testamento,
justamente porque nossa pátria está nos céus e importa
que com muitas tribulações entremos no Reino de Deus
(Atos 14:22). Toda a historia da vida cristã está marcado
por essas batalhas em que o cristão cai morto fisicamente
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diante de seus algozes enquanto que sua alma se ergue
perante o Deus vivo nos céus. Aos olhos profanos dos
inimigos do evangelho, cada pregador que foi queimado,
cada cristão jogado as férias, cada mártir que padeceu na
Sibéria, cada cabeça decapitada no estado islâmico
parece uma vitoria sobre os santos, até o dia da
ressurreição quando receberão corpos glorificados para
reger a nova Criação com Cristo e marcar presença no
grande trono branco para servir de testemunha contra os
inimigos de Cristo que ganharam uma batalha,
supostamente venceram uma pequena guerra contra a
igreja, mas de maneira extraordinária o fim desmontará
que os inimigos do evangelhos estavam completamente
derrotados desde a cruz de Cristo.
Mas hoje em dia os cristãos não estão habituados a
entender a questão da guerra contra o mundo e o diabo, é
preferível uma paz, um acordo de ambas as partes para
que se faça uma trégua e todos fiquem em paz. Só que
nessa trégua sempre quem perde é a igreja, e as
conseqüências são terríveis, nada mais angustiante do
que a tomada de ataque por surpresa, quando todos estão
fingindo a paz e a segurança, vem a repentina destruição.
Meu amado leitor, nessa hora tão sonífera, onde a tibieza
parece prevalecer enquanto a maior parte dos cristãos
ficam hipnotizados ao “canto da sereia” haverá um golpe
terrível contra todos os que se descuidam nesses tempos
perigosos. Não é verdade que as coisas estão caminhando
nessa direção? Pouco entendemos sobre princípios
divinos, muitas vezes a permissão da poda é necessária
para a plena frutificação é notável que diante das
seqüelas profundas deixada pelas tribulações e
perseguições até ao ponto de ebulição do martírio, segue
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a bem aventurança cristã (apocalipse 14:23) As aflições
são processos espirituais que nos conduzem do
sofrimento a glorificação,(I Pedro 4:3 e 5:1) por isso
mesmo a guerra espiritual que em nossos dias se traduz
em grande parte como guerra cultural, porque o diabo
tem usado ideologias e a cultura como meios pelo qual
quer atingir seus fins, o cristão está inserido nessa
guerra, e se ele não está no front combatendo frente a
frente o deus desse século e todas as hostes humanas e
espirituais aliadas e esse exercito infernal então qual a
sua posição no exercito divino? Desertor? Temos
alternativa? Ou como Josué, faremos um pacto com os
gibeonitas de modo que teremos que viver em paz com os
inimigos que introduzem encobertamente venenos
espirituais para destruir o povo de Deus?
Acontece que estamos nesse conflito com o mundo e o
príncipe dele, digamos que isso não é algo muito
apreciado como pregação expositiva nos púlpitos
modernos, e poucos pregadores estejam dispostos a
pregar tal assunto, porque isso não popular, mas
totalmente inverso ao que se ouve pela doutrina musical
de nossos tempos e por todas as correntes teológicas pós-
modernas que enfatiza o alivio de todos os setores psico
emocionais do homem, como se a fé cristã tivesse efeito
psicodélico a fim de remeter o homem para o centro de
todas as fugas para dentro de esferas coloridas de êxtases
imediatos e longe de qualquer tipo de confrontos, dores,
sofrimentos e dificuldades. Como lemos no Novo
Testamento desde o inicio da proclamação do evangelho
do Reino, a boca de João Batista era um brado contra os
valores mundanos, sua posição não promovia conforto
para o incrédulo, ali estava a pregação de risco, coloca a
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própria cabeça a risco para manter-se em posição de
ortodoxia, e não passa a mão encima de uma adultério,
mas confronta o espirito da época e não trata de tratar o
pecado por outro tipo de expressão, não cria um
neologismo, não vê um problema moral apenas, não vê só
um desvio de ordem familiar, confronta o pecado ee xpoe
ele sem usar as mascaras da conveniência a fim de
agradar os homens e então o que acontece? Ele é levado
preso, é decapitado, sua cabeça serve de espetáculo para
o mundo e de advertência para cada profeta, se você
deseja falar a verdade com temor de Deus esqueça que a
sua vida é preciosa, a verdade está acima da vida
passageira porque a verdade é eterna (João 12:24) e
sendo a verdade eterna, ela pertence aquele que pode
devolver a vida mortal que perdemos com a imortalidade
que tanto buscamos, devolve a vida terrena que
perdemos, pela celestial que anelamos, devolve um corpo
mortal que perdemos por um incorruptível que
desejamos. Não há perdas na batalha pelo evangelho,
cada vez que o diabo supostamente pensa que ganhou
uma batalha contra um santo que o confronta, na verdade
o acréscimo de um mártir no céu é mais um tributo a
verdade e mais um peso de condenação quando os
inimigos do evangelho forem sentenciados ao eterno
abismo.
A guerra contra os santos não é uma novidade, essa
verdade está muito bem definida nas Escrituras do Novo
Testamento “Ninguém que milita se embaraça com
negócios desta vida, a fim de agradar àquele que o alistou
para a guerra” (II Timóteo 2:4) mas quem de fato está
ciente desses fatos hoje em dia? Vamos levar a verdade ao
lume, pois que hoje em dia, só para citar um exemplo,
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quem se dedica a apologia? na verdade nossos
apologistas nem sequer estão entre os preferidos na
leitura e na pregação. Nossa geração arranca textos fora
do seu cugar para tentar justificar coisas terríveis como o
relativismo, assim, relutantes muitos bradam que não
“podemos julgar” e sempre devemos defender a causa
cristã com base no amor tolerante. Mas justificar o erro
tendo como premissa fundamental o amor, nada mais é
do que um artifício para defender a prostituição
espiritual. Outrora tínhamos homens de frente de batalha
quando seguia com coragem a guerra contra os santos,
Tertuliano, um dos primeiros escritores cristãos da era
da igreja primitiva escreveu uma exortação para os
mártires, muitos irmãos estavam sendo encarcerados e
estavam sendo levados ao martírio, nessas circunstancias
Tertuliano escreveu: “Em verdade o cárcere é a casa dos
demônios, onde se encerram cristãos e seus familiares,
porém vocês entram nessa casa para pisotear os
demônios em sua própria casa, depois deles haverem
maltratado fora da casa deles quando vos perseguiam...”
(Tradução livre) Você entende o que estou tentando
transmitir? A fé cristã desde o começo tem essa diferença
básica; é uma oposição ao sistema mundano, justamente
porque o mundo jaz no maligno (I João 5:19) No seu livro
“Como Vencer a Guerra Cultural” Peter Kreeft aborda o
assunto com clareza, a militância cristã implica essa
guerra contra as trevas, ele aborda o assunto do amor de
Deus com relação a sua igreja, porém não divorcia a
questão do sofrimento e da perseguição, o fato é que a
igreja caminha para dias difíceis, mesmo sendo a amada
do Senhor, Kreeft diz: “Se ele nos ama, podará os galhos
mortos, e nós sangraremos. Então o sangue dos mártires
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será mais uma vez a semente da igreja, e haverá uma
nova primavera com novos botões- mas não sem que haja
sangue. Isso nunca acontece sem sangue, sem sacrifício,
sem sofrimento. O trabalho de Cristo - se for realmente o
trabalho de Cristo e não um simulacro confortável-nunca
acontece sem a cruz de Cristo. O que quer que aconteça
sem a cruz pode ser um bom trabalho, mas não é o
trabalho de Cristo, pois o trabalho de Cristo é sangrento.
O trabalho de Cristo é uma transfusão de sangue. é assim
que a salvação acontece” ((Como Vencer a Guerra
Cultural. Peter Kreeft. Ecclesiae Editora Paginas 24 e 25)
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guerra de carne e sangue do mundo contra os santos.
Entender isso nos coloca em plena vigilância e em santo
clamor pela vinda de Cristo para por fim a esse sistema
corrupto e anticristão. Mas receio que essa minha
teologia não simpática aos ouvidos pós-modernos.
A guerra contra os santos carregar um caráter de
oposição ferrenha, não há conciliação entre luz e trevas, o
mover-se dos santos nesse mundo será sempre uma
ofensa contra o espírito dessa era. Ora, e nem poderia ser.
Nisso consta a historia da igreja, cada narrativa de um
mártir que tombou por causa do evangelho será a
testemunha desse fato, desde o sangue de Abel até nossos
dias, cada santo que morreu martirizado tem seu sangue
clamado contra essa época e esse mundo. Assim sugiro
que haja sempre uma revisão da nossa fé a fim de vermos
que o cristianismo na sua pratica mais ortodoxa será uma
religião de risco. Nosso mundo é um terreno inóspito
para homens santos, a jornada de um cristão aqui nesse
mundo se caracteriza por uma extrema oposição ao
sistema e de conflitos que marcam o começo e o fim da
jornada. Não estamos em um iate tirando férias celestiais
na terra, estamos na frente de uma batalha lutando na
terra para manter a santidade dos céus. Estamos aqui
nesse mundo participando dessa guerra e não importa o
quanto a natureza do anticristo se manifeste nesse
mundo, nós teremos que tomar posição de oposição, e
ainda que muitos tombem nessa luta “Eis que o diabo
lançará alguns de vós na prisão”(Apocalipse 2:10) a
coragem de ser mártir é um dever sacro. Quando olhamos
Atos 1:8, vimos exatamente isso. Pois bem é certo que
muitos pregadores tomam Atos 1:8 para falar de um
poder para se “aparecer” na plataforma religiosa. Um
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poder apenas como meio de exposição de curas e sinais e
maravilhas, o que na verdade não é tratar com devido
cuidado com o texto, porque o poder que emana daquele
versículo como é prometido no contexto é o poder para
sermos testemunhas e no grego está ali a palavra “mártir”
o que deveria ser traduzido corretamente, porque até
então aqueles discípulos que estavam recuados após a
morte de Cristo, depois do pentecostes estavam na linha
de frente da batalha e enfrentaram terríveis confrontos, a
igreja seguia na marcha do poder corajoso de morrer por
Cristo, e a guerra contra os santos estava em seu auge
quando as feras devoravam pessoas piedosas e o fogo
queimavam as carnes daquelas almas mais santas, as
cabeças rolavam literalmente, a guerra parecia dar
grande vantagem para satanás. Pois ele queria silenciar a
voz do evangelho matando os pregadores, mas quando a
boca de um mártir silenciar seu sangue vai bradar mil
vezes mais de modo que a voz do sangue dos santos tem o
poder de fazer uma apologia ainda poderosa a favor do
cristianismo.
Ao fazer a abordagem dos conflitos que o cristão tem,
tenho em mente que ele deve perceber que quanto mais o
tempo avança rumo ao fim, mais necessário se faz manter
a vigilância e o fortalecimento da fé, de modo que
possamos estar cientes do grande combate de aflições
que sobrevirá sobre nós (Hebreus 10:32) ora, o apostolo
Paulo exorta a sofrermos as aflições como combatentes
(II Timóteo 2:8 e 4:15) Cada cristão comprometido com a
Palavra de Deus pode sim ser preso, ser torturado e ser
martirizado,a historia da igreja dá muitos bons exemplos
disso, veja o caso de João, já avançado em idade,
desterrado na ilha de Patmos, e porque ele foi
desterrado? Qual foi o seu crime? Ir contra o sistema, tal
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como também foi João Batista. O testemunho de João é
esse: “Eu, João, que também sou vosso irmão, e
companheiro na aflição, e no reino e na paciência de Jesus
Cristo, estava na ilha chamada Patmos, por causa da
Palavra de Deus, e pelo testemunho de Jesus Cristo”
(Apocalipse 1:9 e 10) Poderíamos ignorar a sentença do
apostolo amado, quando não se conformava com o
sistema vigente? a posição ortodoxa, a proclamação da sã
doutrina, sua posição firme contra o erro teve
conseqüências severas seguida de experiências
maravilhosas. Em Apocalipse 4:1 ele viu o céu assim como
Paulo descreveu a mesma experiência em II Coríntios 12.
O céu e a salvação são fatos sublimes que jamais podem
ser ofuscados pelas perseguições e as dificuldades
impostas pelo espírito do anticristo que opera em nossos
dias e atuará com muita ferocidade por ocasião da vinda
do Senhor. Haverá uma época de uma escolha de vida ou
morte, chegará o tempo e será breve em que estaremos
na encruzilhada com duas opções diante de nós, seguir
fiel a Cristo sem se importar com as conseqüências, ou
trocar a nossa liberdade de crer pela segurança de não
sermos molestados por sermos cristãos. Nada de
escapismo, de fugas psicológicas, mas de sermos realistas,
porque o mundo segue contra os cristãos bíblicos e se
acentuará essa oposição na medida em que a igreja
marcha levando o estandarte da fidelidade á Cristo.
Quanto mais o espírito do anticristo atua nesse mundo
mais a igreja unida ao Espírito de Cristo será uma
oposição ao espírito das trevas, é o Espírito Santo
presente na vida das assembléias cristãs e em cada
cristão bíblico em particular que irá deter o espírito do
anticristo, justamente porque faz oposição ferrenha
contra esse espírito das trevas que será o “útero’
espiritual onde será gerado o filho da perdição o homem
do pecado, o anticristo. Mas não podemos deixar de
atenuar a percepção de que isso nos coloca numa guerra,
e que em cada guerra, santos tombam por defender o
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reino, e serão galardoados com a coroa da vida por darem
a própria vida pela causa do evangelho e do testemunho
de Jesus Cristo. Isso não é uma boa noticia para muitos
cristãos que estão conformados com uma religião
“laodiceiana” que não estão habituados a ouvirem que a
fidelidade a Cristo é um risco que devemos correr por
conta da fé que professamos contra o mundo. No sermão
da montanha uma parte interessante é aquele que
declaram que os seguidores de Cristo são a luz do mundo,
essa luz revela a obra das trevas, cristãos verdadeiros são
lâmpadas acesas em um mundo em trevas, e os filhos da
perdição não se sentem confortáveis quando seus
pecados são expostos pela luz do testemunho do
verdadeiro cristão, quando as obras más do mundo são
reveladas pela luz dos cristãos, o mundo se sente
ofendido e se sente desconfortável quando a verdadeira
natureza de seus intentos e desejos e obras são
desmascaradas pela luz espiritual dos cristãos bíblicos
que revelam toda a natureza maligna dos homens caídos
e escravos do pecado. É por isso que haverá sempre uma
reação conflitante entre os regenerados que vivem nesse
mundo, mas não são deste mundo e os degenerados que
são desse mundo mas não possuem natureza regenerada.
Entender esse fato é de suprema importância em nossos
dias, que a igreja sofre com o mundo e terá que
confrontar todas as tendências anticristãs dos últimos
dias já coloca em risco qualquer um de nós. Acredito que
quando essas coisas tornarem-se mais fortes, a igreja
também terá que se fortalecer no Senhor e na força do
seu poder para manter a posição contra esse espírito das
trevas que atua nas instituições do sistema anticristão.
Isso convém falar, não colocará nenhum cristão em
situação de conforto, mas de perigo. Não posso iludir
ninguém, a glória da vinda de Cristo será um dia de
horror e trevas no mundo, e a igreja que estará aqui, será
arrebatada, e no grego o “harpazo” é uma retirada súbita
de quem está em iminente perigo e não de alguém que
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está dormindo confortavelmente ou tirando umas férias
num paraíso terreno. Não será uma ocasião de conforto,
mas de clamor e grande perigo, de outra forma, o
significado do “harpazo” fica em parte sem sentido. O que
desejo salientar é que devemos estar preparados para o
confronto, a voltar a viver a teologia paulina do viver é
Cristo e o morrer é ganho (Filipenses 1:21) declaração
muito desconfortável, incompatível com o espírito da
nossa época, onde vimos muita gente professando uma fé
cristã superficial sem nenhum preparo para o que está
para sobrevir ao mundo e a igreja.
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“A relação entre a fé cristã do Novo Testamento e a fé que
vimos hoje em dia, é que naquela época os cristãos
estavam prontos para morrer por Cristo pois
enfrentaram abertamente todo o sistema anticristão, hoje
em dia, o modelo vigente é um estilo de religião que lhes
convém, dado ao fato que, o amor ao presente século
obriga a maioria a conformar-se as imposições do mundo
secular a fim de salvar a própria pele.”
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Nota
O autor:
Contatos:
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(48) 99812-3759
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