1. O sujeito poético demonstra um enorme entrega à sua amada,
afirmando que se fosse preciso, ele iria “buscar um sol”, verso 1, cobriria o “chão de estrelas brilhantes”, verso 7 e 8. Através destas hipérboles, sujeito mostra-se disposto a fazer o impossível pela sua amada, e tal vontade reflete a sua total e absoluta entrega ao amor.
2. Das referências deíticas apresentadas, “este chão”, é um deítico
espacial e , “desta tarde”, “esta tarde”, são deíticos temporais. Estes deíticos servem para situar as duas personagens no tempo presente, “desta tarde” alude para o próprio dia.
3. As gavetas representam o local onde o sujeito poético podia guardar
todas as recordações de seu amor. Neste local o sujeito poético poderia guardar “palavras e olhares”, verso 14.
4. Na última estrofe o sujeito poético que guardou a ternura (d) “esta
tarde”, “tenho-a comigo” e que a vai ter sempre que o seu amor a quiser, “quando a quiseres”.
5. Inicialmente o sujeito poético mostra-se disposto a provar que fará de
tudo para o seu amor, inclusive ir “buscar um sol”, ou cobrir o “chão de estrelas mais brilhantes”. Com o decorrer do poema, e o próprio decorrer da tarde o sujeito poético afirma que não se é preciso provar rigorosamente nada, pois passou de condição, “se for preciso” a uma certeza, “tenho-a comigo”.
6. Em nenhum dos versos do poema existe um ponto final, ou seja não há
a ideia de fim/finitude. Tal como acontece no último verso em que o sujeito poético expressa um desejo/ uma visão sobre o futuro, deixando-o em aberto.