Área: 341
Formador:
Índice
Objetivos ....................................................................................................................................... 3
Conteúdos...................................................................................................................................... 4
Poupança vs. investimento ............................................................................................................ 7
Noções Básicas sobre Juros ......................................................................................................... 11
Taxa de Juro Nominal, Real e Efetiva......................................................................................... 14
O Risco ........................................................................................................................................ 15
Características de alguns produtos financeiros ............................................................................ 17
Ações ........................................................................................................................................... 18
Valor de uma Ação...................................................................................................................... 18
Lei do mercado determina o valor........................................................................................... 18
Valor da empresa..................................................................................................................... 19
Fundos de pensões .................................................................................................................22
Fundos de pensões vs. - Planos de pensões ...........................................................................22
Seguro de vida ............................................................................................................................. 24
Vantagens do seguro de vida a ter em conta ............................................................................... 24
Vantagens ................................................................................................................................ 24
Outros ativos: moeda, ouro, etc .............................................................................................25
BIBLIOGRAFIA......................................................................................................................... 27
2
Objetivos
Relacionar remuneração e risco utilizando essa relação como ferramenta de auxílio nas
decisões de aplicações de poupança.
Recursos Didáticos
3
Conteúdos
Poupança
Depósitos a prazo (e.g. tipo de remuneração, taxa de juro, prazo, mobilização antecipada)
4
Obrigações do tesouro (e.g. taxa de cupão, maturidade, valor de reembolso, valor
nominal)
Ações
Seguros de vida (âmbito da garantia, custo real, redução e resgate, rendimento mínimo
garantido, participação nos resultados, noções de regime fiscal)
Fundos de pensões
5
POUPANÇA
A poupança é a parcela dos nossos rendimentos que não são gastos no período em que
os recebemos. Por não sabermos o que nos vai acontecer no futuro, devemos sempre
guardar parte do que recebemos para tratar de possíveis emergências. Sem a poupança,
uma avaria no carro pode vir a ser uma catástrofe.
Saber o que é a poupança é importante, mas temos também de olhar para as suas
vantagens. Ao pouparmos estamos não só a garantir que teremos estabilidade financeira
no futuro, como estamos a garantir que estamos seguros assim que acontecer algum
imprevisto, como uma avaria no carro.
Por termos recursos disponíveis, podemos melhorar a nossa qualidade de vida, e tentar
atingir objetivos que seriam inalcançáveis se tivéssemos de nos sujeitar a tudo o que rende
dinheiro. Por norma, a poupança é aplicada em produtos financeiros seguros – como as
contas poupança - que nos garantem a disponibilidade do dinheiro, mas que rendem
pouco.
6
Poupança vs. investimento
A poupança é feita para que possamos ter o dinheiro acessível a qualquer altura e
geralmente corresponde ao dinheiro que colocamos em produtos seguros, para que não o
percamos – há até quem use o colchão para o guardar. A flexibilidade e segurança que
temos em produtos de poupança fazem com que as taxas de juros sejam, por norma,
baixas.
Por outro lado, temos o investimento, que costuma acabar por ser mais arriscado apesar
de trazer também maiores recompensas. Normalmente investimentos mais arriscados –
nos quais podemos perder todo o dinheiro investido com facilidade – acabam por trazer
também maiores recompensas.
Apesar da baixa valorização, a poupança é a melhor opção para quem não se pode dar ao
luxo de arriscar perder o dinheiro que tem.
O orçamento mensal é a ferramenta que assegura que conseguirá fazer face às despesas
do mês seguinte e que o ajudará a perceber onde está a gastar mais dinheiro, para que
possa então ajustar os seus gastos de forma a que consiga poupar no final do mês.
Um erro comum é achar que um rendimento baixo – se for o seu caso – não justifica a
criação de um orçamento, porque na verdade, quanto menos dinheiro temos, mais
importante se torna planear o destino de cada cêntimo.
7
No fundo, o orçamento mensal é a melhor arma que tem para se precaver para o futuro e
preparar-se para os imprevistos.
Vamos imaginar que recebe por mês 650€. No seu orçamento, vai distribuir parte desse
rendimento pelas categorias em que prevê gastar dinheiro.
De uma forma geral, um orçamento mensal é composto pelas receitas do mês (variáveis
e/ou fixas) e pelas despesas (variáveis e fixas).
Total: 765,32€
2. A seguir, identifique as suas despesas fixas. São aquelas que se repetem todos os meses,
mais ou menos nos mesmo dias dos meses. São também aquelas que dificilmente pode
alterar.
8
Despesas Abril 2015
Electricidade 63,96€
Gás 42,51€
Água 17,65€
TV&Internet 52,47€
Condomínio 25,00€
Ginásio 35,00€
Total: 470,79€
3. Depois de listar as suas despesas fixas, acrescente à tabela acima as suas despesas
variáveis. Assim que identificar onde gasta mais dinheiro, ser-lhe-á mais fácil alterar os
seus hábitos de consumo e fazer cortes onde precisa. Não se esqueça de incluir compras
únicas (um vestido ou fato para uma ocasião especial, por exemplo).
9
4. Por fim, calcule totais, e subtraia para saber quanto lhe sobrará no final do mês.
5. Se, após somadas as receitas e as despesas do mês, verificar que não consegue poupar,
pode tentar fazer ajustes ao seu orçamento, definindo limites mais baixos para as despesas
variáveis, por exemplo. Se as suas
dificuldades em poupar resultam de várias prestações com créditos, o ideal será avaliar
uma forma de reduzir as suas prestações.
6. Agora é a parte mais difícil: cumprir o plano que definiu para o orçamento do próximo
mês!
Planear um orçamento mensal vai abrir-lhe os olhos para despesas excessivas e incentivar
uma rápida adaptação às alterações da sua situação financeira. Pode sentir-se chocado
quando se deparar com as suas despesas reais, mas este é um processo indispensável para
saber e controlar exatamente onde anda o seu dinheiro (e reduzir os níveis de stress, uma
vez que está melhor preparado para aquelas surpresas que aparecem todos os meses).
Poderá fazê-lo usando uma simples folha de papel, um documento Excel, ou mesmo
recorrer a softwares especializados no controlo de despesas.
Para a gestão eficaz dos seus rendimentos deve elaborar o seu orçamento familiar para
saber efetivamente como gasta o seu dinheiro. Só assim poderá;
Conceito
Juro é a remuneração dada a qualquer título de capitalização, ou seja, pelo uso do capital
empregado, ou pela aplicação do capital em atividades produtivas, durante um certo
período e a uma determinada taxa.
Esse intervalo de tempo usado na aplicação do capital à uma referida taxa, é denominado
período financeiro ou período de capitalização.
Unidade de medida
Os juros são fixados através de uma taxa percentual, que sempre se refere à uma unidade
de tempo: ano, semestre, trimestre, mês, dia, etc..
11
Taxa de juros
A taxa de juros mede o custo da unidade de capital, no período a que se refere. Essa taxa
é fixada no mercado de capitais pela variação entre as forças que regem a oferta de fundos
e a procura de créditos.
É a razão entre os juros pagos ou recebidos e o capital aplicado, num determinado período
de tempo.
Juros Simples
Quando o regime é de juros simples, a remuneração pelo capital inicial aplicado (também
chamado de principal ou ainda, valor presente) é diretamente proporcional ao seu valor
(capital) e aotempo de aplicação. O fator de proporcionalidade é a taxa de juros, sendo
que varia linearmente ao longo do tempo (1% ao dia é igual a 30% ao mês, que é igual a
360% ao ano, etc.).
12
i -- taxa unitária de juros(forma decimal)
□
Logo, =� J = PV×i×n
□□□
Juros compostos são aqueles calculados sobre o montante ou valor futuro relativo ao
período anterior, a partir do segundo período financeiro. Portanto, concluímos que o
montante no regime de juros compostos é igual ao de juros simples no 1o período e maior
do que no regime de juros simples, a partir do segundo período.
A diferença entre os dois regimes pode ser facilmente verificada através do exemplo
seguinte, pois o juro simples é linear e o juro composto é exponencial.
J = 25.800[0,56231] J = 14.507,60
13
Taxa de Juro Nominal, Real e Efetiva
A taxa de juro não é mais do que o custo de utilização do dinheiro, fruto de um empréstimo
de outrém. As taxas de juro real, nominal e efetiva, são aplicadas essencialmente a
créditos e aplicações, e são variáveis ao longo do tempo.
Taxa de juro nominal
A taxa de juro nominal é a taxa de juro propriamente dita, ou seja, é uma taxa fixada pelo
período de um ano, e não sofre variações. Esta taxa deve ser mencionada em todos os
contratos de crédito e aplicações bancárias.
A taxa de juro real corresponde à taxa de juro nominal acertada pela taxa de inflação.
14
O Risco
O risco é um dos fatores a ser considerado pelos investidores na hora de escolher um tipo
de investimento, ao lado da rentabilidade (retorno esperado) e do prazo de retorno
(liquidez).
A rentabilidade está sempre associada ao risco, e cabe ao investidor definir o grau de risco
que está disposto a correr para obter uma maior lucratividade. O perfil de risco do
investidor costuma ser dividido em três categorias:
Conservador, que é o menos disposto a correr riscos, ainda que sua rentabilidade
seja menor. Esse tipo de investidor costuma optar por investimentos de baixo
risco.
Riscos de empresa
Ao se apostar nos papéis de determinada empresa, o risco que se corre depende de sua
saúde financeira e da sua inserção no mercado, dentre outros fatores.
O chamado risco do negócio está relacionado com a chance de a empresa não atingir os
resultados financeiros que espera, por exemplo, porque surgiu uma nova concorrente no
mercado ou porque uma inovação pode fazer a companhia ficar obsoleta em termos
tecnológicos.
Já o risco financeiro tem relação com a capacidade de a empresa pagar as dívidas que
adquiriu, Uma empresa muito endividada possui um nível maior de risco financeiro.
Riscos do mercado
São fatores externos que têm impacto sobre o mercado de ações em geral, o segmento no
qual a empresa atua ou sobre as próprias companhias.
16
Variações nos preços das matérias-primas, oscilações nas taxas cambiais, desastres
naturais, crises econômicas globais e mudanças em regimes de governo são alguns
exemplos desses riscos.
Outro exemplo é o risco monetário, que tem relação com as taxas cambiais. Se houver
uma valorização muito grande da moeda local, empresas exportadoras podem ter mais
dificuldades de encontrar clientes no exterior. Já em caso de alta do dólar, quem se
endividou em moeda estrangeira ou depende de insumos importados será prejudicado.
É possível constituir as suas poupanças com qualquer um destes produtos para diferentes
prazos. Os teóricos dizem-nos que se queremos investir para prazos mais alargados
podemos e devemos assumir alguns riscos. No entanto, se o seu objetivo for sempre a
preservação de capital poderá recorrer a estes produtos sem qualquer problema, tendo em
conta que:
17
Os depósitos a prazo só pagam juros se os mantiver de acordo com o contratado.
Assim, deve analisar muito bem quando irá precisar do dinheiro e fazer o depósito
a prazo para esse período. Caso contrário, perderá o equivalente aos juros.
Obrigações do Tesouro são o principal instrumento utilizado pelo Estado
português para satisfazer as suas necessidades de financiamento junto dos
mercados financeiros.
Obrigações de Empresa: As obrigações são títulos representativos de um
empréstimo contraído pelo emitente da obrigação (tipicamente uma empresa,
entidade publica ou um estado soberano), os quais podem ser subscritos pelos
investidores em parcelas (valor nominal) do valor total do empréstimo. As
obrigações constituem um activo para os investidores (recebem juros) e um
passivo para o emitente (implicando um custo de financiamento). Conferindo um
direito preferencial no reembolso relativamente às acções. Em caso de falência ou
liquidação, o direito de reembolso do obrigacionista prevalece sobre o do
acionista.
Ações
O valor de uma ação depende do estado do mercado. O que o define é a procura e a oferta,
sendo certo que valor e preço de uma ação são coisas distintas.
Quem investe em ações sabe que é a lei do mercado que dita quanto vale cada título. Mas
há outros fatores que influenciam essa cotação em bolsa.
Lei do mercado determina o valor
Sendo uma ação uma parcela do capital social de uma empresa, o valor de uma ação mais
não é do que o valor no mercado. Ou seja, o preço a que cada um dos títulos é cotado na
Bolsa de Valores em cada sessão de negociação. E esse preço varia consoante a oferta e
a procura das referidas ações. Vejamos de que forma.
18
Tudo se rege e determina pela lei do mercado. Nas ações, o valor tende a subir quando a
procura é superior ao número de títulos disponíveis para comprar. Efeito inverso se
verifica quando a oferta é superior à procura, refletindo-se numa descida do valor de uma
ação.
Valor da empresa
Mas sendo uma ação parte da empresa a que diz respeito o seu desempenho também
influencia o valor de uma ação. Aliás, é um dos fatores determinantes. As ações valerão
mais quanto mais rentável for a atividade e gerar boas taxas de retorno.
19
20
Aspetos a ter em conta no investimento em ações
Segurança: Que o capital ou parte dele seja devolvido no final do nosso horizonte
temporal. Ninguém quer perder dinheiro, o aconselhável é valorizar a empresa
antes de investir na mesma. Podemos rever o seu balanço, a sua demonstração de
resultados, suas dívidas … antes de fazer qualquer aquisição.
Liquidez: Certifique-se de que o capital investido será reembolsado no momento
que o investidor assim o desejar. Para fazer isso, verifique a frequência da cotação
de um valor ou o volume de negociação diário.
Benefício: para ter certeza de que a rentabilidade esperada irá compensar os custos
da operação e o preço do dinheiro.
21
Fundos de pensões
Quem está
Quem a Empresa entender A generalidade dos trabalhadores
abrangido
22
Pelo menos 2/3 dos valores
Forma de
Qualquer acumulados sobre a forma de
reembolso
pensão
Custo fiscal para Dedutível como remunerações de Dedutível como contribuição para
a empresa trabalho dependente Fundo de Pensões
23
Seguro de vida
Vantagens:
Protege a família do beneficiário do seguro, estando os rendimentos garantidos;
A casa fica paga no caso de falecimento de um dos titulares;
No caso de invalidez e na impossibilidade de trabalhar, existe a garantia de
rendimentos;
O capital seguro corresponde ao valor em dívida, permitindo poupar no seguro;
Possibilidade de adquirir um seguro com capital constante por períodos de 5, 10 ou
20 anos;
Existência de diversos tipos de seguros de vida;
Possibilidade de personalizar o seguro de vida;
Dedução do seguro de vida no IRS em determinados casos;
24
Outros ativos: moeda, ouro, etc.
O ouro é sem dúvida um dos ativos financeiros mais seguros existentes. Além de
ser um ativo físico ele também lastreia a reserva monetária de inúmeros países.
As funções da moeda
3. Reserva de valor – um item que as pessoas podem usar para transferir poder de
compra do presente para o futuro.
25
A moeda não é a única forma de reserva de valor. O termo riqueza é usado para
referir o total de todas as reservas de valor, incluindo moeda e activos não-
monetários. Porque moeda é o meio de troca da economia, é o activo mais líquido.
26
BIBLIOGRAFIA
MATHIAS, Wasington Franco. Matemática Financeira. 2a ed. São Paulo: Atlas 1996
NETO, Alexandre Assaf. Matemática Financeira e suas aplicações. 4a ed. São Paulo:
Atlas, 1998
SARAIVA, Eduardo César Gomes. Matemática Financeira. Ed. Rio de Janeiro: FGV
Managenment – Cursos de educação continuada. 62 p.
SOBRINHO, José Dutra Vieira. Manual de Aplicações Financeiras: HP-12C. 2a ed. São
Paulo: Atlas, 1996
SOBRINHO, José Dutra Vieira. Matemática Financeira. 6a ed. São Paulo: Atlas,1997
VIANNA, Fernando. Matemática Financeira é Fácil - com ou sem HP-12C, 2a ed. Belo
Horizonte: Lê, 1995
27