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Ação executiva
A ação executiva é, nos termos da
Lei, o mecanismo processual que
permite ao credor requerer as
providências adequadas à realização
coativa do crédito de que é titular. A
providência mais importante da ação
executiva é a penhora (/penhora) de
bens e/ou rendimentos do devedor.
Ação executiva e Ação
declarativa:
Ora, no nosso Direito Processual
Civil existem duas espécies de ações: a ação declarativa e a ação executiva.
A ação declarativa é a ação destinada a reconhecer ou a constituir um direito subjetivo do
autor (aquele que intenta ou instaura a ação); ao passo que a ação executiva é a ação
destinada à realização coerciva de um direito já pré-reconhecido (através de sentença ou
outro título executivo (/mapa/titulo-executivo)) ao exequente.
Finalidades da ação ex ecutiva:
O titular do direito de crédito, ou seja, o titular do direito de exigir de outrem a realização de
uma prestação tem a designação de credor. Ora, se o devedor não cumpriu a obrigação a que
estava adstrito o credor pode recorrer aos Tribunais para obter a satisfação do seu crédito,
através da penhora (/penhora) de todo o património do devedor. Assim, o processo
executivo (/mapa/processo-executivo) colocará ao dispor do credor os mecanismos
coercivos estatais para a realização coativa da obrigação.
A ação pode ter um de três fins, correspondendo a cada um destes fins uma tramitação
distinta:
- ação executiva para pagamento de quantia certa,
- ação executiva para entrega de coisa certa,
- ação executiva para prestação de facto.
A esmagadora maioria das ações executivas intentadas nos Tribunais são ações
executivas para pagamento de quantia certa. Ora, através desta ação, o credor exequente,
pretende obter o cumprimento coercivo de uma obrigação pecuniária, ou seja, o pagamento
de um determinado valor em dinheiro.
Para tal, procede-se à penhora (/penhora) de todos os seus bens e rendimentos (apenas
os bens penhoráveis (/mapa/bens-penhoraveis)) necessários para cobrir a importância da
dívida (capital e juros) e das custas do processo; depois, procede-se à venda executiva
desses bens, e entrega-se o produto da venda ao credor.
Título executivo:
Para que o credor possa recorrer ao processo executivo é necessário que esteja munido de
um título executivo (/mapa/titulo-executivo), o qual vai determinar o fim e os limites da
execução. É necessário também que a dívida seja certa, líquida e exigível (vencida).
Agente de execução:
O responsável pela prática dos atos mais importantes da execução, como a penhora de
bens e/ou rendimentos é o agente de execução (/mapa/agente-de-execucao). É também
responsável pela venda de todos os bens penhorados e pelo pagamento aos credores com o
produto da venda dos bens apreendidos.
Código de Pr ocesso Civil:
O processo executivo (/mapa/processo-executivo) está regulado no Código de Processo
Civil, o qual foi objeto de uma reforma legislativa muito profunda e abrangente em 2013. A
ação executiva compreende muitos atos e fases extrajudiciais, isto é, que decorrem fora do
Tribunal. Contudo, com a reforma profunda do Código de Processo Civil em 2013, a execução
deixou de estar tão desjudicializada, com claros benefícios para os direitos e garantias do
executado.
Artigos relacionados:
- Penhora (/penhora)
- Processo executivo (/mapa/processo-executivo)
- Título executivo (/mapa/titulo-executivo)
- Espécies de títulos executivos (/mapa/titulos-executivos)
(/mapa/titulos-executivos) - Agente de execução (/mapa/agente-de-execucao)
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