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ENGENHARIA CIVIL
Sorocaba – SP
2018
Sumário
1 INTRODUÇÃO...................................................................................................................3
2 O CONCRETO PROTENDIDO.........................................................................................4
3 ELEMENTOS DE PROTENSÃO.......................................................................................5
3.1 Armadura Passiva.........................................................................................................5
3.2 Armadura Passiva.........................................................................................................5
3.3 Ancoragem...................................................................................................................6
3.4 Bloco............................................................................................................................6
3.5 Placa.............................................................................................................................6
3.6 Bainha...........................................................................................................................6
3.7 Cunha de Cravação.......................................................................................................6
4 PROTENSÃO ADERENTE................................................................................................6
5 PROTENSÃO NÃO ADERENTE......................................................................................7
6 ETAPAS DO PROCESSO DE PROTENSÃO EM VIGAS...............................................8
7 PROCEDMENTO DE PROTENSÃO..............................................................................10
8 PRINCIPAIS APLICAÇÕES............................................................................................14
9 VANTAGENS E DESVANTAGENS..............................................................................17
9.1 Vantagens:..................................................................................................................17
9.2 Desvantagens:.............................................................................................................17
10 EXEMPLOS DE PONTES EM CONCRETO PROTENDIDO....................................18
11 CONCLUSÃO...............................................................................................................21
12 REFERÊNCIAS.............................................................................................................22
1 INTRODUÇÃO
Os projetos arquitetônicos têm exigido estruturas cada vez mais esbeltas para vencer vãos
relativamente grandes. Além disso, a agilidade de execução de uma obra é, diversas vezes, uma
exigência imposta para contratação de um serviço. Nesse contexto, estruturas em concreto pré-
fabricado é uma das opções que atende de forma satisfatória as necessidades de projeto e execução.
“Segundo Pfeil (1980), a protensão aplicada ao concreto consiste em introduzir esforços que
anulem ou limitem as tensões de tração do concreto, eliminando a abertura de fissuras.”
O uso de concreto protendido não implica em toda a armadura utilizada ser ativa (armadura
que recebe tensões antes de receber as solicitações previstas para sua utilização).
O sistema de pré-tração é caracterizado por aplicar uma tensão na cordoalha de aço antes da
concretagem. Após a cura do concreto, retira-se a ligação da armadura com o macaco, estabelecendo a
aderência entre o aço e o concreto. Assim, admite-se que ocorre compatibilização de deformação entre
os elementos. Este sistema é característico do concreto pré-fabricado.
3.3 Ancoragem
As ancoragens são dispositivos capazes de manter o cabo em estado de tensão, transmitindo a
força de protensão ao concreto ou ao elemento estrutural.
3.4 Bloco
Blocos com furos cônicos que comportam as cunhas e resistem ao retorno das cordoalhas
tracionadas. O bloco de ancoragem é colocado após a concretagem e apoia-se diretamente na
superfície da placa de ancoragem.
3.5 Placa
As placas de ancoragem distribuem as tensões das cordoalhas sobre a estrutura ancorada.
3.6 Bainha
As bainhas têm como principal função proteger e separa as cordoalhas do concreto exterior,
possibilitar a movimentação das cordoalhas durante a operação de protensão a receber a nata de
cimento na operação de injeção.
Razões de uso da protensão aderente: quando a protensão é aplicada nas cordoalhas, são
criadas tensões internas na estrutura, para combater esforços resultantes dos carregamentos e melhorar
o desempenho do conjunto. As cordoalhas ficam constantemente esticadas, durante toda a vida útil da
estrutura. As tensões elevadas necessárias para esticar as cordoalhas devem ser absorvidas pelo
sistema de protensão, de forma a proteger as estruturas e seus usuários.
A protensão aderente é um dos recursos capazes de oferecer esta proteção, pois permite que a
armadura de protensão e o concreto trabalhem em conjunto, de forma integrada. Isso significa que se,
eventualmente, um cabo for cortado ou se romper, a estrutura absorverá as tensões resultantes do
rompimento. Nestes casos, a perda de força será localizada, pois a aderência permite que o
comprimento remanescente do cabo conserve a protensão. A protensão aderente possibilita, assim,
estruturas mais seguras. A etapa de injeção das bainhas pode ser realizada simultaneamente ao
cronograma da obra, sem interferir em outras etapas da mesma.
As cordoalhas podem ser colocadas nas bainhas antes ou depois da concretagem. Isso
permite, por exemplo, que elementos pré-fabricados sejam unidos por meio da protensão. As
estruturas com protensão aderente apresentam maior capacidade de resistência ao fogo em caso de
incêndio. O sistema apresenta variada gama de ancoragens passivas, ativas, intermediárias e de
emenda, possibilitando soluções construtivas diversas à protensão do concreto.
Na protensão sem aderência não existe a etapa de injeção de nata de cimento nas bainhas e,
conseqüentemente, não há no interior das bainhas o espaço destinado a esta nata. Isso possibilita que o
centro de gravidade do cabo fique próximo às bordas inferior ou superior do elemento de concreto,
permitindo melhor aproveitamento da altura útil do concreto. A fabricação dos cabos é simples, pois
as cordoalhas são fornecidas engraxadas e plastificadas pelo fabricante, sem a necessidade da sua
enfiação posterior em bainhas. Porém, cabos engraxados requerem maior cuidado de manuseio, para
evitar rasgos na bainha plástica, a qual é mais sensível que a bainha metálica.
A execução de furos ou chumbamentos nas peças concretadas deve ser evitada, sob pena de
machucar ou romper a cordoalha e provocar conseqüente perda total da protensão no cabo. A ausência
de nata de cimento ao redor das cordoalhas diminui sua proteção contra o fogo, em caso de incêndio.
Cabos engraxados possibilitam maiores excentricidades em sua disposição. Os benefícios oferecidos
pela tecnologia da protensão permitem que sua aplicação seja feita a diversos tipos de estruturas, em
quase todas as áreas da construção civil.
6 ETAPAS DO PROCESSO DE PROTENSÃO EM VIGAS
2. Fôrma da viga - Para concretagem da viga são usadas fôrmas, geralmente metálicas,
montadas a partir de painéis que envolvem a gaiola de armação. O tipo de seção transversal adotado
nas vigas pré-moldadas depende de diversos fatores: tipo de protensão escolhida, equipamentos
utilizados para transporte e movimentação, local de execução (fábrica ou canteiro) etc. As seções em
'I' são as mais utilizadas para vãos a partir de 15 m - e, principalmente, para vigas executadas no
canteiro.
4.A. Preparação – É feita a montagem do bloco e das cunhas de cravação. Após o concreto
atingir a resistência mínima indicada no projeto, é posicionado o macaco hidráulico para a proteção.
4.C. Acabamento - Após a liberação da protensão, as pontas das cordoalhas são cortadas. Em
seguida, deve-se providenciar o fechamento dos nichos para proceder à injeção dos cabos com nata de
cimento.
5. Injeção da nata de Cimento - Na última etapa, injeta-se nata de cimento para preencher os
vazios entre os cabos e a armação. A injeção completa do preenchimento da bainha e reestabelece a
aderência ao concreto/aço. A nata de injeção garante uma proteção eficaz das armaduras protendidas
contra a corrosão e também garante uma ligação mecânica das armaduras protendidas ao concreto.
Entre as características gerais da nata de cimento é preciso que ela esteja livre de agentes agressivos,
tenha fluidez suficiente, boa estabilidade, pouca retração, resistência mecânica conveniente e pouca
absorção capilar.
7 PROCEDMENTO DE PROTENSÃO
Os cabos são cortados e identificados conforme projeto, nesta fase é feita a cravação da
ancoragem passiva na cordoalha, geralmente fora do local da obra.
Figura 5 – Cabos
Ao chegar na obra é feita a perfuração das formas para posicionamento das ancoragens
conforme projeto.
Após a protensão, é necessário injetar a nata de cimento no interior das bainhas preenchendo
assim os vãos entre as cordoalhas. Para finalizar, é feito o corte das cordoalhas e cobrimento dos
blocos de ancoragem com graute.
O uso de estruturas pré-moldadas protendidas faz com que a obra tenha características
diferentes de uma obra com concreto armado convencional.
Tecnologias inovadoras e o controle de qualidade da produção fazem com que esse método
construtivo se diferencie dos demais, principalmente pelo ganho de resistência, durabilidade e
diminuição das fissuras (Carvalho, 2012). Além disso, comparando à execução com concreto armado
simples, é possível obter uma obra mais limpa e organizada, e com menor produção de resíduos e
desperdício de materiais.
Por último, há o concreto protendido sem aderência. Neste tipo de concreto, a armadura
trabalhará apenas em pontos localizados da estrutura. É feito o pré-tensionamento após o
endurecimento da peça, e usado como apoios os próprios elementos dela. Conforme NAKAMURA
(2007, texto digital), essa técnica de protensão não aderente é muito utilizada em edificações
residenciais, comerciais e em fundações tipo radier. Tem como objetivo executar peças mais leves e
esbeltas, e consequentemente, vãos maiores. São usadas cordoalhas engraxadas e plastificadas, para
evitar corrosão.
De acordo com a NBR 6118:2004, ainda pode haver uma segunda classificação, conforme a
intensidade da protensão, que está relacionada com a durabilidade das peças, e a maneira de evitar
corrosão na mesma. Os tipos são escolhidos conforme o tipo da construção, e a agressividade do meio
ambiente como: em ambientes com agressividade fraca ou moderada, com aderência posterior,
recomenda-se o uso de protensão parcial, em locais onde a agressividade é forte, recomenda-se a
protensão limitada, para ambiente com fraca agressividade e aderência inicial, é indicado o uso
protensão parcial.
A figura a seguir mostra um exemplo de uma viga protendida em sua execução, com os seus
componentes, e o macaco hidráulico, que é o responsável pelo pré-tensionamento do aço.
O aço (cordoalhas) utilizado em peças protendidas possui uma maior resistência do que o aço
do concreto armado simples, o que proporciona maior controle de fissuração do concreto.
A tecnologia da protensão pode ser utilizada em lajes, vigas, coberturas, painéis de
fechamento, pontes em balanço, pontes estaiadas e em alguns outros tipos de estruturas, como silos,
reservatórios, contensão de taludes, monumentos e passarelas.
Uma vez que o concreto não apresenta propriedades de compressão e tração semelhantes, é
necessário melhorar o comportamento justamente por meio da protensão aplicada nas regiões em que
ocorrem as tensões de tração. Situações que expõem toda a importância da protensão para o concreto:
Ensaios realizados com vigas protendidas, sujeitas a cargas repetidas, mostram que essas vigas
mantêm as características de comportamento após a atuação de um grande número de ciclos de
carregamento. É muito comum a utilização de peças pré-moldadas de concreto protendido. Essa
utilização da protensão em pré-moldados, associada com concretos de alta resistência, traz uma série
de benefícios.
A protensão permite que, no caso de peças fletidas, toda a seção trabalhe sob compressão, de
forma que o aproveitamento da capacidade resistente da seção seja muito maior do que nas peças de
concreto armado. Esse fato, associado a alta resistência característica do concreto à compressão,
permite produzir peças mais esbeltas, consequentemente mais leves.
Outro benefício sugere que a força de protensão mantém as eventuais fissuras fechadas,
garantindo uma melhor proteção das armaduras contra a corrosão. No caso de uma solicitação
incidental maior que a prevista no projeto, cessada a carga, as fissuras formadas se fecham sob a ação
da protensão.
9.1 Vantagens:
Vigas menores, mais esbeltas e mais leves, podendo assim vencer vãos maiores e adaptar se
melhor a determinados projetos arquitetônicos.
Como o concreto protendido tem menos fissuração, menor é a chance de o aço ter corrosão,
logo, a estrutura pode comportar maior carga.
Na protensão, usa-se aproximadamente um terço do aço que seria utilizado no concreto
armado, porém ele deve ser de alta resistência.
Montagem mais rápida e obra mais organizada e limpa.
Resiste bem ao fogo.
Manutenção barata, já que a fissuração é impedida na região de tração desse tipo de material.
9.2 Desvantagens:
Necessita mão de obra especializada e maquinário compatível para construção das peças, o
que muitas vezes encarece a obra, pelo seu alto preço.
Requer um controle muito rígido na construção, pois a peça tem que ser perfeita, como
planejado, pois caso contrário, pode não possuir a mesma resistência projetada.
Se for comparado às estruturas de metal e madeira, possui peso final mais elevado.
Dificuldade em alguns casos para realização de reformas.
10 EXEMPLOS DE PONTES EM CONCRETO PROTENDIDO
No Brasil, a primeira obra realizada com em concreto protendido foi a estrutura da ponte do
Galeão, no Rio de Janeiro, construída em 1948. A segunda, por sua vez, foi a ponte de Juazeiro,
construída na década de 1950, desde então diversas construções passaram a utilizar essa tecnologia,
reconhecida como inteligente, eficaz e duradoura.
Ponte com concreto protendido – Octavio Frias de Oliveira inaugurada em 2008, a estrutura
construída sobre o Rio Pinheiros, em São Paulo, é composta por duas pontes estaiadas curvas,
suspensas por cabos de aço e um único mastro em formato de ‘X’.
Nesta obra, o concreto protendido foi usado nas vigas pré-moldadas dos vãos de acesso ao
trecho estaiado e nas peças mais esbeltas, como a laje do tabuleiro, que trabalha transversalmente à
direção do tráfego de veículos.
Os vãos dessa laje têm, aproximadamente, a largura da obra (cerca de 15 metros) e 48 cm de
espessura. Para viabilizar a execução dessa espessura, foi preciso usar a protensão. O material também
foi aplicado nas peças que receberam solicitações muito grandes e concentradas, como a parte mais
alta dos mastros, onde os cabos dos estais (144, no total) estão fixados.
“A ancoragem, peça que fica na extremidade dos estais, transmite a força do estai para as
paredes do mastro, que é oco.
“Essa é uma carga muito grande e concentrada em paredes não muito espessas. Por isso, elas
têm vários cabos de protensão – que funcionam no sentido oposto às forças dos cabos de estais e
garantem que a força de cada estai seja devidamente passada para o mastro”, esclarece Faria.
11 CONCLUSÃO
O concreto protendido por ser mais resistente à tração do que o concreto armado, é a solução
ideal para obras de pequeno, médio ou grande porte com esforços de flexão elevados, estruturas
localizadas em áreas industriais ou costeiras onde a atmosfera agressiva pode causar a corrosão das
armaduras e projetos arquitetônicos ousados com grandes vãos, como pontes.
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