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  MÉTODOS DE PROJECÇÃO
 
 
  Ponto, como elemento geométrico: é a unidade base da
  Geometria, não possuindo dimensão real – é uma abstracção, uma
  forma infinitamente pequena.
  Do Latim ( Punctus, que se refere a lugar posição), assinala, no plano
ou no espaço, uma dada posição, um lugar especifico.
  O ponto será assim, o ponto de intersecção dessas duas rectas.
 
 
RECTA
 
  Tal como o ponto, a recta é uma abstracção – É uma linha infinita
  (sem principio nem fim) e sem espessura.
No entanto, ao desenhar-mos, na folha de papel, uma linha recta,
observamos que esta possui uma dada espessura ( A espessura do
riscador) e dois extremos (em função do condicionalismo imposto
pelas dimensões da folha de papel, o campo visual).
No entanto, e face à impossibilidade física de representarmos,
efectivamente, uma linha sem espessura e sem limites ( sem
principio nem fim, entender-se-á, sempre, que aquela é a
representação possível de uma recta, que deverá ser imaginada,
precisamente, como não tendo espessura nem limites.

DIRECÇÃO DE UMA RECTA

Por direcção de uma recta entende-se a posição que a recta possui


no campo visual ou no espaço, vertical ou obliqua, etc.
 
 
DEFINIR UMA RECTA
 
  No plano ou no espaço é possível uma infinidade de rectas. Os
  elementos que nos permitem definir uma recta são aqueles que
  definem uma única recta, da infinidade de rectas que existem no
plano ou no espaço, sem deixar margem de dúvidas.
 
  Uma recta pode ser definida por: dois pontos ou por um ponto e
  uma direcção.
 
  Sejam dados dois pontos, A e B.
   
  Existe, no plano uma única recta que passa por A e por B – a recta
  r está definida por dois pontos.

 
 
 
 

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  Sejam dados um ponto e uma recta r, do plano.
 
 
Existe, no plano, uma única recta que passa por A e tem a direcção
  r – a recta s está definida por um ponto e uma direcção.
 
  POSIÇÃO RELATIVA DE DUAS RECTAS
  Duas rectas, no espaço podem ser complanares ou não
  complanares, conforme existam ou não no mesmo plano.
 
 
 
  As rectas: a, b, s, m, são complanares, pois estão contidas todas no
  mesmo plano – face [ ABCD] do cubo.
  As rectas a e b são paralelas entre si. A recta é concorrente com as
  rectas a, b, m, tal como a recta m com as rectas a, b e s.
 
  A recta r não é complanar com a recta a pois não existe no mesmo
plano ( repare que não é possível definir um plano que passe pelas
  duas rectas). Da mesma forma, a recta r também não é complanar
  com as rectas b e s.
 
No entanto, a recta r é paralela à recta m, pelo que r e m são
  complanares ( repare que é possível definir um plano que contenha
  as duas rectas – o plano que corta o cubo segundo o rectângulo
  [CDFG].
 
  RECTAS COMPLANARES
  De acordo com o que se observou na figura 1, são rectas
  complanares (existem no mesmo plano) quaisquer duas rectas
Paralelas ou Concorrentes.
  Observando de novo a figura 1, consideremos as rectas a, b, s e m,
  que são complanares.
  Quaisquer dessas quatro rectas, duas a duas, são sempre paralelas
ou concorrentes.
 
  Rectas concorrentes
 
Rectas concorrentes são rectas que tem um ponto comum
  – um ponto que pertence, simultaneamente, às duas
  rectas. Na figura 1, as rectas s e m , por exemplo são
  concorrentes no ponto D – D é o ponto comum às duas
  rectas.
Rectas concorrentes são, pois, rectas com diferentes
  direcções e com um ponto em comum situado a distância
  finita – o ponto de concorrência ( ou intercepção de duas
  rectas).
  Rectas paralelas
  São rectas com a mesma direcção e sem pontos em
  comum, em que todos os pontos de uma das rectas estão
à mesma distância da outra recta e vice-versa.
  Na figura 1, as rectas a e b, por exemplo, têm a mesma
figura 1 direcção, não possuindo ponto em comum.
 

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  Rectas paralelas são rectas concorrentes num ponto do
  infinito (ponto impróprio) – são, portanto, rectas com a
  mesma direcção.
 
 
 
  Rectas perpendiculares e Rectas ortogonais
  A diferença entre perpendicularidade e ortogonalidade.
  Perpendicularidade refere-se exclusivamente a rectas
  concorrentes que fazem entre si, ângulos de 90º. Duas
  rectas perpendiculares são, assim, duas rectas
concorrentes cujas direcções são ortogonais.
  Tendo em conta que rectas concorrentes são
  complanares, duas rectas dizem-se perpendiculares se são
  complanares e as suas direcções são ortogonais.
 
Na figura 2 estão representados um cubo e quatro rectas
  que contêm quatro arestas do sólido.
 
  As direcções das rectas a e b são ortogonais, tal como as
  direcções das rectas r e s.
figura 2
as rectas a e b são perpendiculares; as rectas r e s são
  ortogonais.
 
  As rectas a e b dizem-se perpendiculares, pois são
concorrentes no ponto A ( são complanares) e formam,
  entre si, quatro ângulos de 90º.
 
  As rectas r e s não são concorrentes ( são não
complanares), mas as suas direcções são ortogonais, pelo
  que as rectas são ortogonais.
 
 
  RECTAS NÃO COMPLANARES - RECTAS ENVIESADAS
São rectas não complanares (rectas enviesadas ) quaisquer duas
  rectas que não sejam paralelas nem concorrentes. Na figura 1, as
  rectas r e s, por exemplo, são não complanares, pois não são
  paralelas (têm direcções diferentes) nem concorrentes (não têm
pontos em comum).
  Rectas não complanares são, assim rectas que não têm pontos em
  comum, quer a distância finita (rectas concorrentes) quer a distancia
  infinita (rectas paralelas).
 
 
 
 
 
  ORGANIZAÇÃO DO ESPAÇO 1
 
  O REFERENCIAL EM GEOMETRIA DESCRITIVA
 
figura 1

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  Forma de organização do campo visual, sendo este “dividido” para
  poder-mos então ter “referências” para efectuarmos localizações
absolutas e rigorosas. Esses elementos são o plano frontal de
  projecção fi zero: plano horizontal de projecção niu zero: e plano de
  perfil pi zero.
  As coordenadas dos pontos são obtidas em relação destes planos.
Assim e em função destes elementos (planos) permitem-nos definir
  pontos, rectas, planos: e quaisquer elemento geométrico são
  aqueles que definem uma única recta, ..., da infinidade de rectas, ...,
  que existem no plano ou no espaço, sem deixar margem de
  dúvidas.  
A partir destes planos de referencia, são estabelecidas as
  coordenadas sendo; abcissa, obtida em relação ao plano de perfil;
  afastamento obtido em relação com o plano frontal; cota, em
  relação ao plano horizontal.
As coordenadas são sempre indicadas pela seguinte ordem
  (abcissa; afastamento; cota)
  (A representação da figura 3, é triedrica (tripla prjecção ortogonal),
  pois tem representado três planos e não 2.)
 
 
 
 
 
  figura. 3
  Algumas das figuras são perspectivas (uma representações
bidimensionais ). Nota que os planos são superfícies infinitas mas,
  para que a sua representação se torne legível, é necessário
  estabelecer limites visuais para os mesmos.
figura 3
  Os diferentes eixos, estão compreendidos entre os diferentes
planos, x, z y .
 
  O eixo do x é a intercepção do plano frontal de projecção com o
  plano horizontal de projecção ( fi zero e niu zero).
  O eixo do z é a intercepção do plano frontal de projecção com o
  plano de perfil de projecção ( fi zero e pi zero).
 
O eixo do y é a intercepção do plano de perfil de projecção com o
  plano horizontal de projecção ( pi zero e niu zero).
 
 
 
 
 
 
 
 
  O plano frontal divide o plano horizontal em dois semi-planos, a
  recta de intersecção dos dois planos é o eixo X
 
 
 

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  ( antigamente chamado linha de terra – LT) representa-se, apenas,
  pela letra X. O eixo X é assim, a aresta dos diedros.
  O plano frontal ( ou vertical) e o plano horizontal, ortogonais entre
si, dividem a infinidade espacial em quatro partes ( diedros *), como
  ilustra a figura do lado.
  O espaço fica então dividido pelos planos fi zero e niu zero, cada
  um desses espaços denomina-se como diedro.
   
  - Semi-plano horizontal Anterior (SPHA);
  - Semi-plano horizontal Posterior (SPHP);
 
 
O plano horizontal divide o plano frontal em dois semi-planos
  que têm o eixo X como limite:
 
 
  - Semi-plano frontal Superior (SPFS);
  - Semi-plano frontal Inferior (SPFI);
figura 4
 
 
 
 
 
 
 
 
  Dividindo assim o espaço em quatro, se o nosso ponto de vista for
  igual ao do olho representado na figura 5 então é mais fácil de
perceber-mos a divisão do espaço, exemplificado na figura 6 (
  página seguinte).
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
  * - por diedro entende-se a região do espaço limitada por dois
semi-planos ( faces do diedro) com orientações diferentes e a
  mesma recta de origem ( aresta do diedro).
 
  Para identificar-mos o diedro em que nos encontra-mos, basta
  escrever qual diedro e um D maiúsculo como na figura 6, não
figura 5
 

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  sendo desta forma necessário escrever a palavra toda.
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
figura 6
 
 
 
 
 
  Assim, a figura 7, apresenta as coordenadas de um ponto P em
função de cada um dos planos de origem e a sua denominação.
 
  A representação do ponto P, em dupla projecção ortogonal.
 
  Se observar-mos a figura 8, vê-mos as duas projecções do ponto P.
  Os números que acompanham as projecções do Ponto referem-se
  o um, ao afastamento e o dois, à cota.
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
  Na figura ( 8) ao lado vê-mos em função eixo as orientações
  positivas/negativas, e a denominação das mesmas.
 
figura 7

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  Os pontos que têm abcissa positiva situam-se para a esquerda de pi
zero, e os pontos que têm abcissa negativo situam-se para a direita
  de pi zero. As coordenadas que determinam o diedro onde o
  ponto se localiza são o afastamento e a cota.
 
 
 
 
 
Cota
  Z
 
 
 
 
Afastamento  
X  
 
 
 
  Abcissa
  Y
 
 
figura 8 O processo pelo qual se obtém a representação bidimensional (no
  plano) de formas através do método da Dupla Projecção Ortogonal
  consiste, pois, em rebater o Plano Frontal de Projecção sobre o
  Plano Horizontal de Projecção, Fazendo o primeiro rodar sobre o
segundo usando o eixo do X como (eixo).
 
  Repara que, com o rebatimento exemplificado na figura 9.
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
figura 9

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  Assim então o SPFS sobrepõe-se ao SPHP e que o SPHA se
  sobrepõe ao SPFI, como podes constatar, através da exemplificação
  da figura 9, e o resultado na figura 10.
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
figura 10
Agora que já temos um espaço para trabalhar, em que podemos
  definir o que “quer que seja” sem margem para dúvidas. Vamos
  aprender, rever, como se faz então.
 
 
  Exemplo de um ponto qualquer no 1º diedro
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
figura 11a

figura 11

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  Exemplo de um ponto qualquer no 2º diedro
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
  figura 12a
figura 12
  Exemplo de um ponto qualquer no 3º diedro
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
  figura 13a
 
figura 13

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  Exemplo de um ponto qualquer no 3º diedro
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
figura 14a
 
figura 14
Voltemos à figura3 cuja representação é triédrica (tripla projecção
  ortogonal), pois tem representado três planos e não 2.
 
  Para representar-mos um ponto através deste sistema é similar
apenas com a diferença que representa-mos a projecção no plano
 
de perfil também.
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
figura 15

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  figura 16a
 
 
 
 
 

figura 16
 

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