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ISEP – LEI – AMATA - 1S.

2009/10

CÁLCULO DIFERENCIAL EM IR
Cálculo Diferencial em IR
• Derivada de uma função num ponto

Q1

Q2 As rectas PQ1, PQ2 e PQ3 são


rectas secantes à curva y=f(x).
Q3
y=f(x) A recta t é tangente à curva y=f(x) no 
t ponto P.
P

x
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Os declives das rectas secantes PQ1, PQ2, PQ3,..., são


cada vez mais próximos do declive da recta tangente t.
Cálculo Diferencial em IR

y
y=f(x)
P(x0 , f(x0))
s
Q(x0+Δ x, f(x0+Δ x))
Q
f(x0+Δ x)

t s ‐ recta secante à curva y=f(x) que


Δy
passa nos pontos P e Q.

f(x0)
P t ‐ recta tangente à curva y=f(x) no 
ponto P.
x0 x0+Δ x x

Δx
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Δ x ‐ variação ou acréscimo da variável independente

Δ y - variação ou acréscimo da variável dependente ou função: Δ y=f(x0+Δ x)-f(x0)


Cálculo Diferencial em IR
Δy f ( x0 + Δx) − f ( x0 )
Declive da recta secante s: ms = =
Δx Δx

Δy f ( x0 + Δx) − f ( x0 )
Declive da recta tangente t: lim m s = lim = lim
Δx →0 Δx → 0 Δx Δx →0 Δx

Definição: A função y = f(x) diz‐se diferenciável num ponto x0 , sse existir

f ( x0 + Δx) − f ( x0 )
lim
Δx →0 Δx
e representa‐se por, 
f ( x0 + Δx) − f ( x0 )
y' x= x = f ' ( x0 ) = lim
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0 Δx →0 Δx

f’(x0) é a derivada da função y=f(x) no ponto x0

Notação: y ' ; f ′( x) ;
dy df .
; ; Dy ; y
dx dx
Cálculo Diferencial em IR
• Interpretação geométrica da derivada

O valor da derivada de uma função num ponto P(x0 , f(x0)) é numericamente igual ao 


valor do declive da recta t tangente à curva y=f(x) nesse ponto, isto é

f ′( x0 ) = tgθ

y
y=f(x)

t
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f(x0) P
θ : ângulo formado pela direcção
positiva do eixo OX e a recta t tangente à 
θ
curva y=f(x) no ponto P.
x0 x
Cálculo Diferencial em IR
• Recta tangente e recta normal
y
N T – recta de declive mT, tangente à curva y=f(x) no 
y=f(x) ponto P.
N ‐ recta de declive mN, normal à curva y=f(x) no 
T ponto P.

dy
y0 mT = f ′( x0 ) =
P dx x = x0

1 1 1
mN = − =− =−
x0 x
mT f ′( x0 ) dy
dx x = x0
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As equações das rectas tangente e normal à curva no ponto P(x0, y0 ) são dadas por:

T    → y − y 0 = mT ( x − x0 )

N   → y − y 0 = m N ( x − x0 ) Se f’(x)=0 então:


a recta tangente é horizontal (y=y0) e
a recta normal é vertical (x=x0)
Cálculo Diferencial em IR
• Exemplo
Considere a função y=sen(x) definida no intervalo [0, π], e os pontos P e Q de abcissas π/2 e π/4. Escreva as equações das 
rectas tangente e normal à curva nos pontos dados e represente‐as graficamente.
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Cálculo Diferencial em IR
• Regras básicas de derivação

Derivada do produto

Derivada do quociente

Derivada da potência

Derivada da função 
exponencial
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Cálculo Diferencial em IR
• Regras básicas de derivação

Derivada da função 
logarítmica

Derivada de funções 
trigonométricas
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• Exemplos
Calcule as derivadas das seguintes funções:
3x + 4 3x + 4
a)  y = b) y =
5x 5

c) y = sen 2 (3x) d) y = tg (2 x)3


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e) y = [cot g (e 2 x )]
4x
Cálculo Diferencial em IR
• Derivada da função composta
Seja u=g(x) uma função de x diferenciável e y=f(u) uma função de u diferenciável.

Define‐se a função composta y=(fog)(x) como a função y=f [g(x)].

g f
⎧ u0 = g ( x0 )
x0 u0 y0 ⎨ ∴ y0 = f ( g ( x0 ))
y
⎩ 0 = f ( u 0 )

A derivada da função composta é dada por:
dy dy du
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( f o g )′( x) = f ′( g ( x)) g ′( x) ⇔ y′( x) = y′(u ) g ′( x) ⇔ =


dx du dx

e é extensível a um número maior de variáveis.
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• Exemplo
u −1
Sendo  y = e u = x 2 , determine  dy (das duas formas possíveis).
u +1 dx
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Cálculo Diferencial em IR
• Função inversa
Recordemos que a condição para uma função admitir inversa é que seja injectiva.
--1
O domínio e contradomínio da função f (x) são respectivamente o contradomínio 
e o domínio da função f(x) .

x = f −1 ( y ) y = f (x)

Domínio de f f −1 Domínio de f--1

y = f ( x) ⇔ x = f −1 ( y ) D f −1 ( x ) = D′f ( x ) D′f −1 ( x ) = D f ( x )
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Os gráficos de f(x) e f--1(x) são simétricos relativamente à recta de equação y=x.


Cálculo Diferencial em IR
• Derivada da função inversa
Seja y=f(x) uma função invertível e diferenciável no intervalo ]a,b[ tal que f’(x)≠ 0.
--1
A derivada da função inversa  x=f (y) é dada por:

[x]′ = [ f −1 ( y)]′ = 1
=
1
(
f ′( x) f ′ f −1 ( y ) )

A derivada da função inversa é igual ao inverso multiplicativo da derivada da 
função directa.
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dy 1 dx 1
= ⇔ =
dx dx dy dy
dy dx
Cálculo Diferencial em IR
• Exemplos
dy
Sendo  y = 3 − 2 ln( x − 4) , calcule directamente e através da regra da derivada da função inversa.
dx

dx
Sendo  y = 3 − 2 ln( x − 4) , calcule pela regra da derivada da função inversa.
dy
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Cálculo Diferencial em IR
• Derivada da função trigonométrica inversa arcsen(x)
Seja y=arcsen(x) com -1< x <1, cuja função inversa é x=sen(y) com  − π π
< y<
2 2

Aplicando o teorema da derivada da função inversa, temos
dy 1 1
= = = (∗)
dx dx cos y
dy
π π
Como  cos(y) é positivo no intervalo − < y< então teremos cos( y ) = + 1 − sen 2 y e 
2 2
consequentemente: 
dy 1 1
(∗) = =
dx 1 − sen 2 y 1− x2
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Assim,  (arcsen x )′ = 1
1− x2

Generalizando através da aplicação da derivada da função composta teremos:
(arcsen u ) = d(arcsen u ) du = 1 2 .u′ = u 2 ∴ (arcsen u )′ = u 2
d ′ ′
dx du dx 1− u 1− u 1− u
Cálculo Diferencial em IR
• Derivada da função trigonométrica inversa arctg(x)
π π
Seja y=arctg (x) com -∞< x <∞, cuja função inversa é x=tg(y) com  − < y<
2 2

Aplicando o teorema da derivada da função inversa, temos

dy 1 1 1 1
= = = =
dx dx sec 2 y 1 + tg 2 y 1 + x 2
dy

Generalizando através da aplicação da derivada da função composta teremos:

(arctg u ) = d(arctg u ) du = 1 2 .u′ = u 2 ∴ (arctg u )′ = u 2


d ′ ′
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dx du dx 1 + u 1+ u 1+ u
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• Derivadas das função trigonométricas inversas
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Cálculo Diferencial em IR
• Exemplos

Calcule y’ sendo y=f(x)
4
a) f(x)=arccos(x )

b) f(x)=arctg(4x+2)

2
c) f(x)=arcsen(2x ‐3)
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Cálculo Diferencial em IR
• Derivadas de ordem superior a um

dy
– Derivada de 1ª ordem: y′;
dx

d 2 y d ⎛ dy ⎞
– Derivada de 2ª ordem: y′′; 2 = ⎜ ⎟
dx dx ⎝ dx ⎠

d3 y d ⎛ d 2 y ⎞
– Derivada de 3ª ordem: y′′′; 3 = ⎜⎜ 2 ⎟⎟
dx dx ⎝ dx ⎠

d n y d ⎛ d n -1 y ⎞
– Derivada de ordem n: y ; n = ⎜⎜ n −1 ⎟⎟
(n)

dx dx ⎝ dx ⎠
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‐2x
Exemplo:  Calcule a derivada de 2ª ordem da função y=xe
Cálculo Diferencial em IR
• Diferencial
y
A variação Δy que uma função y=f(x) sofre y=f(x)
em consequência da variação da sua
variável independente x tem uma relação Q
f(x+Δx)
estreita com a sua derivada f’(x).
t
Δy
Seja Δx a variação ou acréscimo da dy
variável independente e Δy=f(x+Δx)-f(x) a f(x)
P
variação ou acréscimo da variável
dependente ou função.
x x+Δx x
Quando a variável independente varia de Δx
x para x+Δx a variação exacta da função é
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dada por Δy, no entanto, para valores


pequenos de Δx, esta variação pode ser
estimada por dy.
Cálculo Diferencial em IR
Tendo em conta a interpretação geométrica da y
derivada num ponto podemos verificar que: y=f(x)

comp. cateto oposto dy


tgθ = =
comp. cateto adjacente Δx f(x+Δx) Q

dy = tgθ Δx ⇔ dy = f ′( x) Δx t
Δy

dy
θ
a que se dá o nome de diferencial da função: f(x)
P
dy=f’(x) Δx
x x+Δx x

Através da observação directa da figura anterior  Δx

podemos verificar que, para valores pequenos 
de Δx, a variação Δy pode ser aproximada pelo 
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diferencial dy.

Δy ≈ dy ⇔ Δy ≈ f ′( x) Δx
Cálculo Diferencial em IR
Verifiquemos se o erro cometido quando se toma Δy por dy é efectivamente pequeno 
quando comparado com Δx.

Considere‐se a diferença  [ ]
Δy − dy = f ( x + Δx) − f ( x ) − f ′( x) Δx

Δy − dy
e calcule‐se o limite lim
Δx → 0 Δx

lim
Δy − dy
= lim
[ f ( x + Δx) − f ( x)] − f ′( x)Δx =
Δx → 0 Δx Δx → 0 Δx
f ( x + Δx ) − f ( x ) f ′( x ) Δx
= lim − lim =
Δx → 0 Δx Δx → 0 Δ x
= f ′( x) − f ′( x) = 0
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Conclui‐se que a aproximação é tanto melhor quanto menor for Δx.

Sendo que Δx=dx, podemos também representar o diferencial dy como  dy=f’(x)dx.
Cálculo Diferencial em IR
Exemplo
Considere a função  y = x , x>0 (área de um quadrado).
2

Escreva as expressões analíticas de Δy e dy , correspondentes a uma variação Δx do lado do quadrado. 


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