vc
facebook.com/edemnapoli – twitter.com/edemnapoli – instagram.com/edemnapoli
NOÇÕES TEÓRICAS
Tanto
é
que
grande
parte
dos
autores
prefere
conceituar
Constituição
a
partir
das
várias
acepções
existentes.
Essas
acepções
podem
ser
entendidas
como
concepções
ou
sentidos
de
Constituição.
DICA:
PARA
CADA
UM
DOS
SENTIDOS
O
MAIS
IMPORTANTE
É
IDENTIFICAR
QUEM
FOI
O
PRECURSOR,
QUAL
FOI
A
OBRA
ATRAVÉS
DA
QUAL
ELE
SE
TORNOU
CONHECIDO,
E
QUAL
FOI
A
IDEIA
CENTRAL
QUE
ELE
DISSEMINOU.
• SENTIDO SOCIOLÓGICO
Tem
como
principal
autor
FERDINAND
LASSALLE,
que
escreveu
a
obra
“O
QUE
É
UMA
CONSTITUIÇÃO”,
na
versão
original
em
Português,
defendendo
que
a
Constutição
é
A
SOMA
DOS
FATORES
REAIS
DE
PODER
QUE
REGEM
UMA
SOCIEDADE.
Essa
obra
foi
publicada
pela
editora
Lumem
Juris
com
o
título:
“A
ESSÊNCIA
DA
CONSTITUIÇÃO”.
Em
alemão
o
livro
foi
denominado
ÜBER
DIE
VERFASSUNG
(SOBRE
A
CONSTITUIÇÃO).
• SENTIDO POLÍTICO
Quem
mais
se
destacou
foi
o
alemão
CARL
SCHMITT
na
obra
“TEORIA
DA
CONSTITUIÇÃO”
(VERFASSUNGSLEBRE).
Ele
veio
a
dar
uma
resposta
à
concepção
de
LASSALE,
definindo
constituição
não
em
resumo
ao
que
está
na
realidade,
mas
sim
como
O
CONJUNTO
DE
NORMAS,
ESCRITAS
OU
NÃO
Portal: www.edemnapoli.com.vc
facebook.com/edemnapoli – twitter.com/edemnapoli – instagram.com/edemnapoli
ESCRITAS,
QUE
SINTETIZAM
EXCLUSIVAMENTE
AS
DECISÕES
POLÍTICAS
FUNDAMENTAIS
DE
UM
POVO.
• SENTIDO JURÍDICO
O
exponte
foi
o
austríaco
HANS
KELSEN,
baluarte
deste
sentido
jurídico.
Dentre
suas
inúmeras
obras,
a
mais
significativa
foi
a
chamada
“TEORIA
PURA
DO
DIREITO”.
Para ele, a CF teria como norma fundacional a norma hipotética fundamental.
Nesse
sentido,
a
concepção
de
Kelsen
toma
a
palavra
Constituição
em
dois
sentidos:
no
lógico-‐
jurídico
e
no
jurídico-‐positivo.
A
concepção
culturalista
conduz
a
um
conceito
de
Constituição
Total.
Sentido
ideal
é
a
mescla,
junção,
convergência
dos
sentidos
anteriores.
Para explicar seu sentido se invoca duas obras e autores que se relacionam com ele:
No
Brasil,
PAULO
BONAVIDES
atesta
que
não
adianta
termos
uma
constituição
estanque
em
um
só
dos
sentidos.
É
precioso
aliar
a
força
normativa
da
Constituição,
com
o
respeito
e
a
efetivação
do
seu
conteúdo.
Por
isso,
pode-‐se
encontrar
o
sentido
ideal
com
o
nome
de
SENTIDO
CULTURAL
DE
CONSTITUÇÃO.
Portal: www.edemnapoli.com.vc
facebook.com/edemnapoli – twitter.com/edemnapoli – instagram.com/edemnapoli
• FORMAL
É
conjunto
de
normas
necessariamente
escritas,
plasmadas
em
um
documento
formalmente
elaborado
pelo
poder
constituinte,
tenham
ou
não
valor
constitucional
material.
2-‐ QUANTO
À
FORMA:
• ESCRITA
(INSTRUMENTAL)
É
aquela
cujas
normas
podem
se
assentar
em
costumes,
em
textos
esparsos
ou
extravagantes
e
nas
decisões
dos
tribunais.
É
aquela
cuja
origem
teve
a
decisiva
participação
do
povo,
que,
por
meio
da
eleição
de
representantes
legítimos,
compõem
um
órgão
constituinte.
É
aquela
que
na
origem
não
teve
qualquer
participação
do
povo.
São
impostas
pelos
governantes
e,
normalmente,
são
designadas
pela
doutrina
de
CARTAS.
• CESARISTA
É
ideia
de
José
Afonso
da
Silva,
para
quem,
tais
constituições
são
aquelas
elaboradas
por
um
ditador,
junta
militar,
porém,
dependente
de
uma
aprovação
popular.
Portal: www.edemnapoli.com.vc
facebook.com/edemnapoli – twitter.com/edemnapoli – instagram.com/edemnapoli
• PACTUADA
É aquela firmada por um compromisso, um pacto entre duas forças políticas adversárias.
Não
prevê
nenhum
processo
de
alteração
de
suas
normas,
sob
o
fundamento
de
que
a
vontade
do
poder
constituinte
exaure-‐se
com
a
manifestação
da
atividade
originária.
• FIXA
• RÍGIDA
É
aquela
que
admite
alteração,
todavia,
somente
através
de
um
processo
legislativo
mais
solene,
especial,
e
muito
mais
difícil
que
o
processo
legislativo
de
elaboração
das
leis.
• FLEXÍVEL
É aquela que admite alteração pelo mesmo processo legislativo de alteração das leis.
• SEMI-‐RÍGIDA /SEMI-‐FLEXÍVEL
É
aquela
que
separa,
por
categorias,
as
normas
submetidas
ao
processo
gravoso
e
aquelas
submetidas
ao
processo
simplificado.
É
parcialmente
rígida
e
parcialmente
flexível.
OBS3: A CF DO IMPÉRIO DE 1824, TODAVIA, FOI SEMI-‐RÍGIDA, POR FORÇA DO SEU ART. 178.
OBS4:
AS
CONSTITUIÇÕES
FLEXÍVEIS,
POR
SEU
TURNO,
NÃO
SE
SUBMETEM
AO
CONTROLE
DE
CONSTITUCIONALIDADE,
ISTO
PORQUE
NÃO
HÁ
SUPREMACIA
E
PARADIGMA.
• ANALÍTICA (PROLIXA)
Aquela
que
trata
de
vários
temas
de
forma
minuciosa,
definindo,
largamente,
os
fins
atribuídos
ao
Estado.
É
aquela
que,
sempre
escrita,
resulta
de
uma
manifestação
constituinte
ocorrida
num
determinado
e
exato
momento
da
história
política
de
um
país
que
acolhe.
• HISTÓRICA
É
aquela
sempre
não
escrita
e
resulta
de
uma
lenta
e
contínua
evolução
das
tradições
e
costumes
de
um
povo.
É
aquela
que
é
plural,
aberta
a
várias
ideologias,
logra
conciliar
várias
idéias
ou
ideologias,
muitas
das
quais
aparentemente
contraditórias,
mas
esse
é
o
espírito
das
constituições
plurais
ou
plúrimas.
Além de juridicamente válida, ela estaria em total consonância com o processo político.
Portal: www.edemnapoli.com.vc
facebook.com/edemnapoli – twitter.com/edemnapoli – instagram.com/edemnapoli
Aqui
KARL
LOEWENSTEIN
comparava
o
texto
normativo
com
uma
roupa
que
não
veste
bem,
mas
que
dissimula,
esconde,
disfarça
os
seus
defeitos.
Nela
a
dinâmica
do
processo
político
não
se
adapta
a
suas
normas,
embora
ela
conserve,
em
sua
estrutura,
um
caráter
educativo,
com
vistas
ao
futuro
da
sociedade.
Seria
uma
constituição
prospectiva,
vale
dizer,
voltada
para
um
dia
ser
realizada
na
prática.
É
como
se
fosse
uma
roupa
guardada
no
armário,
que
será
vestida
futuramente,
quando
o
corpo
nacional
tiver
crescido.
OBS:
Até
hoje
não
tivemos
um
texto
constitucional
normativo.
A
CF/88,
sem
dúvida,
é
nominal.
Esperamos,
um
dia,
por
uma
constituição
normativa,
em
consonância
com
a
vida,
com
os
fatores
de
transformação
da
sociedade,
para
valer
na
prática,
produzindo
resultados
concretos
no
plano
da
vida.
A CF/88 PRETENDE SER NORMATIVA (GUILHERME PEÑA DE MORAES / PEDRO LENZA)
• VARIADA
Também chamadas de não codificadas ou legais, encontram-‐se previstas em textos esparsos.
• CONSTITUIÇÃO GARANTIA
Busca
garantir
a
liberdade,
limitando
o
poder.
É
aquela
que
possui
um
mínimo
de
garantismo.
Portal: www.edemnapoli.com.vc
facebook.com/edemnapoli – twitter.com/edemnapoli – instagram.com/edemnapoli
• CONSTITUIÇÃO BALANÇO
• CONSTITUIÇÃO DIRIGENTE
De texto denso (analíticas) é aquela que estabelece um projeto de Estado.
É
aquela
que
estabelece
programas
de
ação
governamental
e
de
implementação
de
direitos,
de
um
ideal
social,
bem
como
princípios
a
serem
observados.
É
a
CF/88.
Essa
Constituição
dirigente
é
caracterizada
pela
presença
no
texto
de
normas
programáticas.
São
normas
que
têm
como
destinatários
diretos
não
os
indivíduos,
mas
os
órgãos
estatais,
requerendo
destes
a
atuação
numa
determinada
direção,
apontada
pelo
legislador
constituinte.
• PRINCIPIOLÓGICA
Predominam
os
princípios,
identificados
como
normas
constitucionais
providas
de
alto
grau
de
abstração,
consagradores
de
valores.
• PRECEITUAL
Prevalecem
as
regras,
individualizadas
como
normas
constitucionais
revestidas
de
pouco
grau
de
abstração.
Conteúdo: Formal
Forma: Escrita
Origem: Democrática
Elaboração: Dogmática
Ideologia: Eclética
Essência: Nominal
Sistematização: Unitária
Função: Dirigente
Sistema:
Principiológica
Portal: www.edemnapoli.com.vc
facebook.com/edemnapoli – twitter.com/edemnapoli – instagram.com/edemnapoli
• PREÂMBULO
Preâmbulo
é
a
parte
precedente
de
uma
Constituição
que
pré
anuncia
a
carga
ideológica
da
mesma,
os
valores
que
ela
prestigia
e
os
fins
por
ela
estabelecidos.
Preâmbulo
é
um
anúncio
prévio
do
que
virá.
Segundo
o
STF,
o
preâmbulo
não
tem
força
coercitiva
e,
portanto,
não
pode
servir
de
parâmetro
para
o
exercício
do
controle
de
constitucionalidade.
As
Constituições
Estaduais
e
as
leis
orgânicas
municipais
podem
ou
não
apresentar
preâmbulo,
pois
não
se
trata
de
norma
de
repetição
obrigatória.
Por
oportuno,
já
se
questionou
se
a
menção
a
Deus
no
preâmbulo
viola
a
ideia
de
Estado
laico.
O
STF
disse
que
não.
Vale
lembrar
que
o
Estado
é
laico,
leigo
ou
não
confessional,
mas
a
nação
não.
Esta
não
é
laica.
• PARTE DOGMÁTICA
A
disposição
dos
títulos
da
CF
demonstra
como
existe
hierarquia
material
entre
as
normas
constitucionais
(e
isso
é
pacífico),
muito
embora
no
aspecto
formal
não
exista
hierarquia.
É fácil observar que as normas constitucionais mais importantes estão no início da CF.
As
normas
que
integram
o
ADCT
são
normas
de
validade
pré-‐determinada,
transitórias.
São
normas
que
têm
um
início,
meio
e
fim
pré-‐definidos.
A
validade
é
previamente
definida.
Quando
seus
objetos
são
alcançados,
elas
deixam
de
ser
importante,
afinal,
o
motivo
para
o
qual
foram
criadas
já
não
mais
existe.
São
normas
que
ficam
flutuando
na
Constituição.
Tem
força
obrigatória.
CONSTITUIÇÃO FEDERAL:
-‐ Preâmbulo.
-‐
STF
/
Ação
Direta
de
Inconstitucionalidade
–
ADI
2076
/
“Invocação
da
proteção
de
Deus:
não
se
trata
de
norma
de
reprodução
obrigatória
na
Constituição
estadual,
não
tendo
força
normativa”.
QUESTÕES CORRELATAS
I. (PF/AGENTE
E
ESCRIVÃO/CESPE/1997)
Diz-‐se
outorgada
a
constituição
que
surge
sem
a
participação
popular.
II. (PF/AGENTE
E
ESCRIVÃO/CESPE/1997)
Considerando-‐se
a
classificação
das
normas
constitucionais
em
formais
e
materiais,
seriam
dessa
última
categoria,
sobretudo
as
normas
concernentes
à
estrutura
e
à
organização
do
Estado,
à
regulação
do
exercício
do
poder
e
aos
direitos
fundamentais.
Desse
ângulo,
outras
normas,
ainda
que
inseridas
no
corpo
da
Constituição
escrita,
seriam
constitucionais
tão
somente
do
ponto
de
vista
formal.
III. (AGU/PROCURADOR
FEDERAL/
CESPE/2007)
A
invocação
a
Deus,
presente
no
preâmbulo
da
CF,
reflete
um
sentimento
religioso,
o
que
não
enfraquece
o
fato
de
o
Estado
brasileiro
ser
laico,
ou
seja,
um
Estado
em
que
há
liberdade
de
consciência
e
de
crença,
onde
ninguém
é
privado
de
direitos
por
motivo
de
crença
religiosa
ou
convicção
filosófica.
IV. (AGU/PROCURADOR
FEDERAL/
CESPE/2007)
O
preâmbulo
constitucional
possui
destacada
relevância
jurídica,
situando-‐se
no
âmbito
do
direito
e
não
simplesmente
no
domínio
da
política.
Portal: www.edemnapoli.com.vc
facebook.com/edemnapoli – twitter.com/edemnapoli – instagram.com/edemnapoli
V. (PGE-‐PE/PROCURADOR
DO
ESTADO/CESPE/2009)
O
preâmbulo
constitucional,
segundo
entendimento
do
STF,
tem
eficácia
jurídica
plena,
consistindo
em
norma
de
repetição
obrigatória
nas
constituições
estaduais.
GABARITO
I. C
II. C
III. C
IV. E
V. E
Portal: www.edemnapoli.com.vc
facebook.com/edemnapoli – twitter.com/edemnapoli – instagram.com/edemnapoli
PODER CONSTITUINTE
NOÇÕES TEÓRICAS
PODER CONSTITUINTE
Poder
constituinte
é
o
poder
de
elaborar
(poder
originário)
ou
atualizar
(poder
derivado)
uma
Constituição,
através
da
supressão,
modificação
ou
acréscimo
de
normas
constitucionais.
No
Brasil,
no
verbo
elaborar,
é
possível
afirmar
que
nós
já
ultrapassamos
oito
exercícios
do
poder
constituinte
originário:
1824,
1891,
1934,
1937,
1946,
1967,
1969,
1988.
Vale
lembrar
que
a
CF/69
formalmente
era
uma
emenda,
mas
materialmente
era
uma
Constituição.
O
grande
teórico
do
poder
constituinte
foi
o
abade
Emmanuel
Joseph
Sieyès,
através
do
seu
panfleto
denominado
“Que
é
o
terceiro
Estado?”.
Foi
nessa
obra
que
o
abade,
pela
primeira
vez,
na
antevéspera
da
Revolução
Francesa,
diferenciou
o
poder
constituinte
dos
poderes
constituídos.
3. TITULARIDADE
Em sua obrar, o abade Sieyès apontava como titular do poder constituinte a nação.
Assim,
seguindo
a
tendência
moderna,
o
parágrafo
único
do
art.
1º
da
CF/88
estabelece
que
todo
poder
emana
do
povo.
Vale
ressaltar,
por
oportuno,
que
no
tocante
ao
poder
constituinte,
a
titularidade
é
aspecto
distinto
do
exercício.
Portal: www.edemnapoli.com.vc
facebook.com/edemnapoli – twitter.com/edemnapoli – instagram.com/edemnapoli
4. ESPÉCIES
Para
a
doutrina
mais
avançada,
o
poder
constituinte
é
uno
e
indivisível.
Só
existe
um
poder
constituinte.
Nesse
sentido,
tais
autores
entendem
que
não
existe
grau
de
poder
constituinte.
É
o
caso
de
CELSO
ANTÔNIO,
PAULO
BONAVIDES,
EDVALDO
BRITO.
CUIDADO:
NÃO
ADOTAR
ESTE
POSICIONAMENTO
EM
PROVA!
Já
para
a
doutrina
voltada
para
os
concursos
públicos,
o
poder
constituinte
pode
ser
dividido
em:
originário
e
derivado.
Também pode ser chamado inicial, inaugural ou de primeiro grau.
É
aquele
poder
que
instaura
uma
nova
ordem
jurídica,
rompendo
por
completo
com
a
ordem
jurídica
precedente.
Este
poder
constituinte
está
acima
da
própria
CF,
e
corresponde
à
vontade
do
titular
do
Poder
Constituinte.
Ele
é
anterior
e
posterior
à
própria
Constituição.
• SUBDIVISÃO
-‐
histórico
=
seria
o
verdadeiro
poder
constituinte
originário,
estruturando,
pela
primeira
vez,
o
Estado.
-‐
revolucionário
=
seriam
todos
os
posteriores
ao
histórico,
rompendo
por
completo
com
a
antiga
ordem
e
instaurando
uma
nova,
um
novo
Estado.
• CARACTERÍSTICAS
-‐
INICIAL
=
porque
inaugura
uma
nova
ordem
jurídica
rompendo
com
a
anterior.
Por
isso
se
diz
que
o
poder
originário
é
constituinte
e
desconstituinte.
-‐
AUTÔNOMO
=
porque
só
ao
seu
exercente
cabe
fixar
os
termos
em
que
a
nova
Constituição
será
estabelecida
e
qual
o
Direito
deverá
ser
implantado.
-‐
ILIMITADO
=
porque
é
soberano
e
não
sofre
qualquer
limitação
prévia
imposta
pelo
direito
anterior.
OBS:
A
doutrina
contemporânea
entende
que
há
sim
limites
ao
poder
constituinte
originário.
Para
CANOTILHO,
o
poder
constituinte
originário
é
estruturado
e
obedece
a
padrões
e
modelos
de
condutas
espirituais,
culturais,
éticos
e
sociais
radicados
na
consciência
jurídica
geral
da
comunidade
e,
nesta
medida,
considerados
como
“vontade
do
povo”.
Portal: www.edemnapoli.com.vc
facebook.com/edemnapoli – twitter.com/edemnapoli – instagram.com/edemnapoli
Fala,
ainda,
o
constitucionalista
Português,
na
necessidade
de
observância
de
princípios
de
justiça
(suprapositivos
ou
supralegais),
e
princípios
do
direito
internacional,
quais
sejam
o
princípio
da
independência,
da
autodeterminação
e
o
princípio
da
observância
de
direitos
humanos.
Em
síntese:
trata-‐se
de
um
poder
de
fato,
político
energia
ou
força
social
e
tem
natureza
pré-‐
jurídica.
4.2 PODER
CONSTITUINTE
DERIVADO
• CONCEITO
Como
o
próprio
nome
sugere,
o
poder
constituinte
derivado
é
criado
e
instituído
pelo
originário,
sendo
também
denominado
instituído,
constituído,
secundário
e
de
segundo
grau.
Enquanto
o
originário
está
acima
da
CF,
este
poder
derivado
encontra-‐se
inserto
na
própria
Carta.
Assim,
ao
contrário
do
seu
criador,
que
é
ilimitado,
incondicionado
e
inicial,
o
derivado
deve
obedecer
as
regras
impostas
pelo
originário.
• CARACTERÍSTICAS
• ESPÉCIES
-‐
EMENDAS
=
Emendas
são
alterações
pontuais
do
texto
constitucional,
cujo
procedimento
se
encontra
previsto
na
própria
Constituição.
-‐
REVISÕES
=
A
revisão
se
destina
à
alteração
global
e
geral
do
texto
constitucional,
por
meio
de
formalidades
mais
simples
do
que
as
concernentes
às
emendas.
No
entanto,
a
previsão
da
revisão
constitucional
foi
excepcional
e
autorizada
para
ocorrer
uma
única
vez,
em
data
pré-‐estabelecida
(a
partir
de
cinco
anos
após
a
promulgação
da
Constituição).
Essa única revisão pela qual passou a Constituição resultou em 6 emendas de revisão.
-‐
DECORRENTE
–
Traduz-‐se
no
poder
que
têm
os
Estados
membros
de
elaborarem
suas
próprias
Constituições
Estaduais,
e
o
Distrito
Federal
de
elaborar
a
sua
lei
orgânica
distrital.
E
o
que
deve
ser
entendido
por
princípios
dessa
Constituição?
Quais
são
os
limites
à
manifestação
do
poder
constituinte
derivado
decorrente?
São
eles:
São os limites fixados no art. 34, VII, “a” – “e”.
São
aqueles
que
vedam
a
ação
indiscriminada
do
poder
constituinte
decorrente,
por
isso
funcionam
como
balizas
reguladoras
da
capacidade
de
auto-‐organização
dos
Estados.
Ex.
repartição
de
competência,
sistema
tributário,
organização
dos
poderes,
direitos
políticos,
direitos
de
nacionalidade,
etc.
São
aqueles
que
integram
a
estrutura
da
federação
brasileira,
relacionando-‐se,
por
exemplo,
com
a
forma
de
investidura
dos
cargos
eletivos,
processo
legislativo,
orçamento,
preceitos
ligados
à
administração
pública,
etc.
A
CE
tem
que
respeitar,
necessariamente,
a
CF.
Tanto
é
assim
que
ela
está
submetida
ao
controle
de
constitucionalidade.
Os
municípios
possuem
leis
orgânicas,
que
não
se
equiparam
às
constituições.
Por
isso,
não
exercem
poder
decorrente,
até
porque
não
existe
poder
constituinte
decorrente,
decorrente.
As
leis
orgânicas
têm
de
respeitar
tanto
a
CE,
como
a
CF.
Portal: www.edemnapoli.com.vc
facebook.com/edemnapoli – twitter.com/edemnapoli – instagram.com/edemnapoli
O
DF
possui
lei
orgânica.
Como
se
sabe,
o
DF
acumula
tanto
competências
estaduais
como
municipais.
Nesse
sentido,
o
DF
exerce
o
poder
constituinte
derivado
decorrente
em
parte.
Haja
vista
que,
como
visto,
também
acumula
competência
estadual.
Assim,
naquilo
que
a
lei
orgânica
trata
de
competência
estadual,
há
exercício
do
poder
constituinte
derivado
decorrente.
A
norma
constitucional
ainda
pode
sofrer
modificação
sem
alteração
expressa
do
seu
texto,
mudando-‐se
apenas
o
sentido
interpretativo.
Esse
fenômeno
se
chama
mutação
constitucional,
interpretação
constitucional
evolutiva
ou
poder
constituinte
difuso.
Com
a
mutação
constitucional
não
se
muda
o
texto,
mas
sim
o
alcance
do
sentido
interpretativo
da
norma,
por
necessidade
do
contexto.
Tais
limites
estão
previstos
no
art.
60
da
CF.
Os
limites
são
em
número
de
4,
e
foi
o
poder
constituinte
originário
quem
os
definiu.
Correspondem às cláusulas pétreas, previstas no art. 60, § 4º, da CF.
OBS:
MUITO
EMBORA
A
CONSTITUIÇÃO
DIGA
QUE
AS
CLÁUSULAS
PÉTREAS
NÃO
PODEM
SER
ABOLIDAS,
ESTA
LIMITAÇÃO
NÃO
SE
ESTENDE
AO
PODER
CONSTITUINTE
ORIGINÁRIO.
NESSE
SENTIDO
PODE-‐SE
AFIRMAR
QUE
NÃO
HÁ
CLÁUSULAS
IMUTÁVEIS.
Uma
EC
pode
restringir
um
direito
fundamental,
dês
que
amplie
outro.
Se
abolir
ou
apenas
restringir,
será
inconstitucional.
Forma de governo e sistemas de governo não constituem cláusulas pétreas.
Corresponde
ao
princípio
da
separação
dos
poderes,
idealizado
por
Aristóteles,
passado
para
John
Lock,
passado
para
Montesquieu,
que
levou
a
fama
na
obra
“O
espírito
das
leis”.
Assim,
também
pode
vir
chamada
de
separação
das
funções
estatais.
Hodiernamente,
também
com
esta
nomenclatura
o
doutrinador
alemão
KARL
LOEWENSTEIN.
Essa
expressão,
inclusive,
é
mais
adequada,
pois
não
há
separação
estanque
entre
os
poderes,
afinal
cada
poder
possui
suas
funções
típicas
e
atípicas.
Houve
aí
uma
grande
atecnia.
Incorre
em
erro
o
legislador
a
se
referir
apenas
aos
direitos
e
garantias
individuais,
quando
melhor
seria
ter
feito
referência
a
todos
os
direitos
fundamentais,
que
é
gênero
do
qual
“direitos
individuais
e
coletivos”
são
espécies.
Mas
caso
a
pergunta
seja
de
acordo
com
a
literalidade
da
Constituição,
deve-‐se
marcar
apenas
os
direitos
e
garantias
individuais.
Em
síntese:
é
pacífico
que
todos
os
direitos
fundamentais
são
cláusulas
pétreas,
mas
expressamente
a
CF
só
se
refere
aos
direitos
e
garantias
individuais.
Estes
estão
presentes
no
art.
60,
§
1º,
e
consistem
nos
períodos
de
instabilidade
política,
econômica
e
social
que
legitimam
o
Presidente
da
República
a
editar
decreto
que
instaure
a
intervenção
federal,
estado
de
defesa
e
estado
de
sítio.
Em
períodos
tão
instáveis
a
CF
não
pode
vir
a
ser
alterada.
Enquanto
perdurar
alguma
dessas
situações,
uma
PEC
poderá
até
ser
discutida,
muito
embora
não
possa
ser
aprovada.
Portal: www.edemnapoli.com.vc
facebook.com/edemnapoli – twitter.com/edemnapoli – instagram.com/edemnapoli
Os
legitimados
para
o
encaminhamento
são
os
elencados
nos
incisos
I,
II
e
III
do
art.
60
da
CF.
I)
Presidente
da
República;
II)
1/3,
no
mínimo,
dos
membros
da
Câmara
do
Deputados
(171
de
513)
ou
do
Senado
Federal
(27
de
81);
III)
mais
da
metade
das
assembleias
legislativas
das
unidades
da
federação,
manifestando-‐se
cada
uma
delas
pela
maioria
relativa
de
seus
membros.
Já as Constituições Estaduais e as Leis Orgânicas admitem alteração por iniciativa popular.
É
encaminhada
para
a
Câmara
dos
Deputados
ou
Senado
Federal.
Depende
de
quem
seja
a
iniciativa.
Devem
ser
discutidas
duas
vezes,
com
3/5
de
aprovação
(308
na
CD
e
49
no
SF).
Quem promulga são as mesas da Câmara ou do Senado.
A única participação do Presidente da República é quando ele propõe a PEC.
Quando
o
texto
de
uma
PEC
é
rejeitado
ele
só
poderá
ser
objeto
de
nova
proposta
na
próxima
sessão
legislativa.
Uma
legislatura
é
composta
de
quatro
sessões
legislativa
e
cada
uma
delas
é
composta
de
dois
períodos
legislativos.
O primeiro período legislativo vai de 02/02 a 17/07 e de 01/08 a 22/12.
As
emendas
constitucionais
devem
ser
discutidas
2
vezes,
em
cada
casa
legislativa,
com
o
quórum
de
aprovação
de
3/5
de
seus
membros.
Caso
a
EC
seja
emendada,
a
reemenda
também
precisa
ser
discutida
2
vezes
e
aprovada
com
o
quórum
de
3/5.
Lei
complementar
e
lei
ordinária
quem
promulga
é
o
Presidente,
mas
quem
promulga
as
emendas
são
as
mesas
da
Câmara
e
do
Senado.
Portal: www.edemnapoli.com.vc
facebook.com/edemnapoli – twitter.com/edemnapoli – instagram.com/edemnapoli
5.4 LIMITAÇÃO
TEMPRORAL
Traduz-‐se no interstício durante o qual a lei fundamental não poderá ser objeto de alteração.
A
nossa
atual
Carta
Magna
não
estabeleceu
qualquer
limitação
temporal
para
alteração.
Nesse
sentido,
tendo
sido
promulgada
em
5
de
outubro
de
88,
no
dia
6
a
CF
já
poderia
receber
uma
emenda
constitucional.
Todavia,
essa
mesma
Constituição
estabeleceu
no
art.
3º
do
ADCT
limitação
temporal
quanto
às
revisões.
Previu
que
tais
revisões
seriam
realizadas
após
5
anos,
contados
da
promulgação
da
Constituição,
pelo
voto
da
maioria
absoluta
dos
membros
do
Congresso
Nacional,
em
sessão
unicameral.
Acerca
dos
limites
para
essas
revisões,
a
teoria
prevalecente
foi
a
que
estabeleceu
como
limite
material
o
mesmo
limite
determinado
ao
poder
constituinte
derivado
reformador,
qual
seja,
o
limite
material
das
cláusulas
pétreas.
Mas, como visto, quanto às emendas constitucionais, não houve limitação temporal.
Do jeito que a CF se encontra, não é possível mais emendas de revisão.
CONSTITUIÇÃO FEDERAL:
Art. 3º.
-‐ STF / Ação Direta de Inconstitucionalidade – ADI 939 / Cláusulas pétreas.
QUESTÕES CORRELATAS
GABARITO
I. C
II. C
III. C
IV. E
V. E
Portal: www.edemnapoli.com.vc
facebook.com/edemnapoli – twitter.com/edemnapoli – instagram.com/edemnapoli
“Nenhum obstáculo será tão grande, se a sua vontade de vencer for maior.”
NOÇÕES TEÓRICAS
1. APLICABILIDADE
a) IMEDIATA
São
as
normas
que
não
dependem
de
outras
para
produzir
efeitos.
É
aquela
norma
que
em
si
só
já
basta.
b) MEDIATA
São
normas
não
autoexecutáveis.
Exigem
um
regramento
posterior
para
que
possam
produzir
efeitos
sociais.
Precisa
desse
arcabouço
posterior.
A
sistematização
de
JOSÉ
AFONSO
DA
SILVA
no
que
tange
à
aplicabilidade
eficácia
das
normas
é
falível
e
contraditória,
em
que
pese
ser
aceita
no
STF.
A
principal
crítica
que
se
dispara
é
a
alocação
das
normas
programáticas
como
espécie
das
normas
de
eficácia
limitada.
2. EFICÁCIA
a) JURÍDICA
É
a
norma
na
sua
literalidade.
É
o
texto
codificado.
Todas
as
normas
constitucionais,
só
pelo
aspecto
formal,
ou
seja,
por
estarem
inseridas
na
Constituição,
possuem
a
eficácia
jurídica.
b) SOCIAL
É
a
norma
que
tem
ressonância
na
sociedade.
Por
isso
se
diz
norma
de
eficácia
social.
Há
normas
que
estão
na
constituição,
mas
não
possuem
eficácia
social.
Ex. art. 7º, IV – tem eficácia jurídica, mas não tem eficácia social (norma do salário mínimo).
OBS:
NÃO
EXISTE
NORMA
CONSTITUCIONAL
COMPLETAMENTE
DESTITUÍDA
DE
EFICÁCIA.
UMA
NORMA
PODE
ATÉ
NÃO
POSSUIR
EFICÁCIA
SOCIAL,
MAS
CERTAMENTE
POSSUIRÁ
A
CHAMADA
EFICÁCIA
JURÍDICA,
QUE
É
A
APTIDÃO
PARA
CONDICIONAR
O
ORDENAMENTO
JURÍDICO.
3. CLASSIFICAÇÃO
DO
PROFESSOR
JOSÉ
AFONSO
DA
SILVA
–
ADOTADA
NO
STF
a) NORMAS
DE
EFICÁCIA
PLENA
É aquela que desde a sua entrada em vigor, está apta a produzir todos os seus efeitos.
Como
exemplos
a
doutrina
aponta
normas
que
criam
órgãos
ou
atribuem
competências
(art.
2º,
19,
20,
21,
22,
24,
etc.).
Chamada
de
norma
de
eficácia
redutível,
restringível
ou
prospectiva,
também
é
aquela
norma
que
desde
a
sua
vigência
está
apta
a
produzir
todos
os
seus
efeitos,
todavia
PODERÁ
TER
SUA
ABRANGÊNCIA
REDUZIDA
POR
OUTRAS
NORMAS
(constitucionais
ou
infraconstitucionais).
Assim,
também
tem
aplicabilidade
direta
e
imediata,
mas
possivelmente
não
integral
(pois
poderá
sofrer
mitigações).
O
exemplo
mais
clássico
é
o
art.
5º,
XIII
da
CF,
que
afirma
ser
livre
o
exercício
de
qualquer
trabalho
ofício
ou
profissão,
nos
termos
e
limites
que
a
lei
estabelecer.
São
aquelas
que
desde
a
sua
promulgação
não
estão
aptas
a
produzir
todos
os
seus
efeitos,
precisando
de
uma
lei
integrativa
infraconstitucional.
Vale
lembrar
que
tais
normas
possuem
o
mínimo
efeito
de
vincular
o
legislador
infraconstitucional
aos
seus
vetores.
Portal: www.edemnapoli.com.vc
facebook.com/edemnapoli – twitter.com/edemnapoli – instagram.com/edemnapoli
São
normas
que
contêm
esquemas
gerais
de
estruturação
de
instituições,
órgãos
ou
entidades.
Ex.
art.
18,
§2º,
33,
102,
§1º.
b) PROGRAMÁTICA
–
São
aquelas
que
se
revestem
sob
a
forma
de
promessas
ou
programas
a
serem
desempenhados
pelo
Estado
para
a
consecução
dos
seus
fins
sociais.
São
políticas
públicas
a
serem
adotadas
pelo
Estado,
que
dependem
de
um
orçamento
estabelecido.
Ex.
art.
3º
da
CF.
Ex.
direito
à
saúde,
educação,
cultura,
ciência
e
tecnologia,
etc.
É
a
norma
que
informa
uma
aspiração.
Não
é
porque
é
programática
que
não
é
imperativa.
Elas
também
são
cogentes
e
devem
ser
efetivadas.
Assim
são
chamadas
porque
contêm
uma
força
paralisante
de
toda
e
qualquer
legislação
que,
explicita
ou
implicitamente
vier
a
contrariá-‐las.
Ainda
com
a
professora
MARIA
HELENA
DINIZ
(opinião
também
de
UADI
LAMMÊGO
BULOS),
normas
constitucionais
de
eficácia
exaurida
(ou
esvaída)
e
aplicabilidade
esgotada
são
aquelas,
como
o
próprio
nome
sugere,
que
já
extinguiram
a
produção
de
seus
efeitos,
por
isso
estão
esgotadas.
São
próprias
do
ADCT,
notadamente
as
normas
que
já
cumpriram
o
papel,
encargo
ou
tarefa
para
a
qual
foram
propostas.
Portal: www.edemnapoli.com.vc
facebook.com/edemnapoli – twitter.com/edemnapoli – instagram.com/edemnapoli
• PRINCÍPIO
FEDERATIVO
• PRINCÍPIO
REPUBLICANO
• PRINCÍPIO
DO
ESTADO
DEMOCRÁTICO
DE
DIREITO
O
art.
1º
da
CF
elenca
quais
seriam
os
fundamentos
constitucionais
da
República
Federativa
do
Brasil.
Todos os fundamentos formam o processo mnemônico de memorização SO CI DI VA PLU.
1. SOBERANIA
Para a doutrina majoritária, três são os elementos que compõem o Estado. São eles:
Logo, a soberania pode ser entendida como um elemento constitutivo do Estado.
A
soberania
externa
é
aquela
que
resguarda
o
princípio
da
não
intervenção,
nas
suas
diversas
dimensões
(não
intervenção
cultural,
lingüística,
etc.).
Significa
independência
na
ordem
internacional.
A
soberania
interna
significa
que
o
poder
do
Estado
não
pode
ser
limitado
por
nenhum
outro
poder.
O
poder
do
Estado
é
o
mais
alto
existente
dentro
do
Estado,
é
a
potestade.
Significa
supremacia
no
âmbito
interno.
Portal: www.edemnapoli.com.vc
facebook.com/edemnapoli – twitter.com/edemnapoli – instagram.com/edemnapoli
A
União
(pessoa
jurídica
de
direito
público
interno)
é
ente
federativo
autônomo,
todavia,
não
é
superior
aos
demais
entes
que
compõem
a
federação
brasileira.
Assim,
em
síntese,
pode-‐se
dizer
que
quem
exerce
soberania
é
o
Estado
brasileiro,
representado
pela
União.
2. CIDADANIA
• SENTIDO AMPLO
Consiste no conjunto de direitos e obrigações firmadas entre o Estado e o nacional.
O real sentido de cidadania não se restringe ao campo dos direitos políticos.
Já se disse que exercer a cidadania plena é ter direitos civis, políticos e sociais.
Logo, este é o conceito que melhor atende aos postulados de dignidade humana.
• SENTIDO ESTRITO
OBS:
A
LEGITIMIDADE
ATIVA
PARA
PROPOSITURA
DA
AÇÃO
POPULAR
ESTÁ
CIRCUNSCRITA
AO
CONCEITO
DE
CIDADÃO
EM
SENTIDO
ESTRITO.
ESSA
CIDADANIA
SE
COMPROVA
POR
MEIO
DO
TÍTULO
DE
ELEITOR
(art.
1º,
§
3º
da
lei
4.717/65).
OBS:
MEDIDA
PROVISÓRIA
NÃO
PODE
TRATAR
SOBRE
NORMAS
RELATIVAS
À
CIDADANIA
(nem
direitos
político,
dos
partidos
político,
direito
eleitoral
e
direitos
de
nacionalidade
–
dentre
outras
matérias).
Trata-‐se do fim supremo de todo o direito e é o fundamento maior do Estado brasileiro.
OBS:
SEGUNDO
A
DOUTRINA
MAJORITÁRIA,
O
PRINCÍPIO
DA
DIGNIDADE
DA
PESOA
HUMANA
PODE
SER
RELATIVIZADO
SOB
O
FUNDAMENTO
DE
QUE
NÃO
EXISTEM
PRINCÍPIOS
ABSOLUTOS.
O
que
difere
o
princípio
da
dignidade
da
pessoa
humana
dos
demais
princípios
é
o
fato
de
tratar-‐se
de
um
princípio
meta,
um
princípio
fim.
Ou
seja,
todo
e
qualquer
conflito
de
princípios
deve
ter
como
solução
aquela
que
mais
se
aproxima
da
dignidade
da
pessoa
humana.
Portal: www.edemnapoli.com.vc
facebook.com/edemnapoli – twitter.com/edemnapoli – instagram.com/edemnapoli
Essa
solução
não
pode
ser
prévia
e
abstrata,
pois
sempre
deverá
ser
analisado
o
caso
concreto.
A
livre
iniciativa,
por
sua
vez,
deve
ser
compatibilizada
à
valorização
do
trabalho,
pois
ambos
constituem
fundamento
do
Estado
brasileiro
e
consagram,
por
assim
dizer,
a
opção
constitucional
pela
ideologia
democrático-‐social.
5. PLURALISMO POLÍTICO
Tal
princípio
não
deve
ser
confundido
com
pluripartidarismo
–
sistema
que
permite
a
criação
de
inúmeros
partidos.
Em
verdade,
sua
abrangência
é
muito
maior,
significando
um
direito
fundamental
à
diferença
em
todos
os
âmbitos
em
expressões
da
convivência
humana.
Tanto
nas
escolhas
de
natureza
política,
quanto
nas
de
caráter
religioso,
econômico,
social
e
cultural.
Liga-‐se
à
ideia
de
tolerância,
significando
que
ninguém
pode
ser
vítima
de
preconceitos,
de
ódio
ou
de
perseguições
pelo
simples
fato
de
ser
diferente,
afinal
o
normal
é
ser
diferente.
Diz
que
todo
poder
emana
do
povo,
que
o
exerce
por
meio
dos
seus
representantes
eleitos
ou
diretamente,
nos
termos
desta
Constituição.
Trata-‐se
da
chamada
democracia
participativa
(semidireta),
combinando-‐se
elementos
do
sistema
representativo
com
os
da
democracia
direta.
Primeiro;
o
poder
é
uno
e
indivisível.
Divididas
são
as
funções
do
Estado.
Portanto,
é
técnico
e
correto
se
referir
à
tripartição
das
funções
estatais.
A partir dessa ideia nós conhecemos a possibilidade de exercício de funções típicas e atípicas.
ART. 3º -‐ OBJETIVOS FUNDAMENTAIS DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL -‐ GPCE
Normas
programáticas
são
as
que
estabelecem
políticas
públicas
a
serem
implementadas
pelo
Estado
para
a
consecução
dos
seus
fins
sociais.
Portal: www.edemnapoli.com.vc
facebook.com/edemnapoli – twitter.com/edemnapoli – instagram.com/edemnapoli
OBS:
SEMPRE
QUE
A
ASSERTIVA
ESTIVER
COMPSTA
DE
VERBOS
E
METAS,
ESTAREMOS
DIANTE
DE
OBJETIVOS
FUNDAMENTAIS,
QUE
NÃO
SE
CONFUNDE
COM
OS
FUNDAMENTOS
DA
REPÚBLICA.
Ex.
construir,
garantir,
erradicar
e
promover.
O
rol
dos
objetivos
fundamentais
é
meramente
exemplificativo,
ou
seja,
não
se
trata
de
rol
taxativo,
tendo
em
vista
a
existência
de
vários
outros
objetivos
fundamentais
que
não
estão
previstos
expressamente
no
texto
constitucional.
ART.
4º
-‐
PRINCÍPIOS
QUE
REGEM
A
REPÚBLICA
FEDERATIVA
DO
BRASIL
NAS
SUAS
RELAÇÕES
INTERNACIONAIS
São dez incisos que perfazem o processo mnemônico de memorização CC II DNA PRS.
“Os
tratados
e
convenções
internacionais
sobre
direitos
humanos
que
forem
aprovados
em
cada
Casa
do
Congresso
Nacional,
em
dois
turnos,
por
três
quintos
dos
votos
dos
respectivos
membros,
serão
equivalentes
às
emendas
constitucionais”.
CONSTITUIÇÃO FEDERAL:
-‐ Arts. 1º, 2º, 3º, 4º, 5º, XIII, 7º, IV, 18, § 2º, 19, 20, 21, 22, 24, 33, 102, § 1º.
-‐ Súmulas
vinculantes
nº:
11
e
14.
Portal: www.edemnapoli.com.vc
facebook.com/edemnapoli – twitter.com/edemnapoli – instagram.com/edemnapoli
QUESTÕES CORRELATAS
GABARITO
I. C
II. E
III. E
IV. E
V. C
Portal: www.edemnapoli.com.vc
facebook.com/edemnapoli – twitter.com/edemnapoli – instagram.com/edemnapoli
“Nunca deixe de ser forte. Nunca deixe de acreditar em você. Tenha orgulho de quem
você é.”
NOÇÕES TEÓRICAS
Direitos fundamentais são os direitos humanos incorporados na ordem jurídica dos Estados.
O
art.
5º,
§
2º
da
Constituição
Federal
estabelece
que
“os
direitos
e
garantias
expressos
nesta
Constituição,
não
excluem
outros
decorrentes
do
regime
e
dos
princípios
por
ela
adotados,
ou
dos
tratados
internacionais
em
que
a
República
Federativa
do
Brasil
seja
parte”.
Não
resta
dúvida
de
que
todos
os
seres
humanos
são
titulares
de
direitos
fundamentais.
Pode-‐
se
indagar,
porém,
se
apenas
as
pessoas
físicas
protagonizam
tais
direitos.
Não
há,
em
princípio,
impedimento
insuperável
a
que
as
pessoas
jurídicas
venham,
também,
a
serem
consideradas
titulares
de
direitos
fundamentais,
não
obstante
estes,
originalmente,
terem
por
referência
a
pessoa
física.
Garantias,
porém,
que
dizem
respeito
à
prisão
têm
as
pessoas
físicas
como
destinatárias
exclusivas.
Da
mesma
forma
como
ocorre
com
os
direitos
políticos,
direitos
sociais,
assistência
social
etc.
OBS:
Pessoas
jurídicas
de
direito
público
possuem,
por
exemplo,
direitos
fundamentais
de
caráter
processual
(ou
do
tipo
procedimental
–
devido
processo
legal,
contraditório,
ampla
defesa).
Ao
contrário
da
literalidade
do
art.
5º,
caput,
os
direitos
fundamentais
são
extensíveis
aos
estrangeiros
residentes
no
país,
bem
com
aos
não
residentes,
aqueles
que
aqui
estejam
de
passagem,
a
exemplo
dos
turistas.
Esse
entendimento
está
pautado
no
princípio
vetor
de
nosso
ordenamento,
qual
seja
a
dignidade
da
pessoa
humana
(art.
1º,
III,
CF/88).
O
tema
da
eficácia
horizontal
dos
direitos
fundamentais
é
também
denominado
pela
doutrina
de
eficácia
privada
ou
externa
dos
direitos
fundamentais.
Portal: www.edemnapoli.com.vc
facebook.com/edemnapoli – twitter.com/edemnapoli – instagram.com/edemnapoli
Surge
como
importante
contraponto
à
ideia
de
eficácia
vertical
dos
direitos
fundamentais,
que
se
desenha
a
partir
da
aplicação
dos
direitos
fundamentais
nas
relações
entre
o
particular
e
o
poder
público.
•
TEORIA
DA
EFICÁCIA
DIRETA
OU
IMEDIATA
–
para
essa
teoria,
os
direitos
fundamentais
têm
aplicação
direta
e
imediata
às
relações
privadas,
independente
de
prévia
atividade
legislativa.
Essa
teoria
foi
acolhida
na
Espanha,
Itália,
Argentina
e
Portugal,
onde
há
inclusive
norma
expressa
na
sua
Constituição
da
República
Portuguesa.
No
Brasil,
a
doutrina
e
a
jurisprudência
do
STF
adotam
a
teoria
da
eficácia
direta
e
imediata.
Essa
tendência
não
é
mais
senão
a
aplicação
do
que
preconiza,
entre
nós,
o
§
1º
do
art.
5º,
que
determina
a
aplicabilidade
imediata
das
normas
de
direitos
fundamentais.
A
doutrina
dispara
uma
crítica
à
expressão
“geração”,
tendo
vista
que
a
evolução
dos
direitos
fundamentais
traduz
uma
relação
de
complementaridade,
e
não
hereditariedade.
Paulo
Bonavides
já
fala
na
5º
dimensão
cuja
tônica
seria
o
direito
à
paz
mundial,
podendo
ser
exemplificado
no
combate
ao
terrorismo.
Portal: www.edemnapoli.com.vc
facebook.com/edemnapoli – twitter.com/edemnapoli – instagram.com/edemnapoli
CONSTITUIÇÃO FEDERAL:
CÓDIGO CIVIL:
QUESTÕES CORRELATAS
I. (MP/RO/Promotor/2008)
O
art.
5º
da
CF
prevê
que
ninguém
pode
ser
submetido
a
tortura
nem
a
tratamento
desumano
ou
degradante.
Entretanto,
esse
dispositivo
não
tem
aplicabilidade
imediata
devido
ao
fato
de
não
ter
sido
regulamentado
no
plano
infraconstitucional.
II. (TER/MT/Analista/2010)
Os
direitos
e
garantias
fundamentais
estão
previstos
de
forma
taxativa
na
CF.
III. (MP/AM/Promotor/2007)
A
partir
da
Emenda
Constitucional
nº
45/04,
que
introduziu
os
parágrafos
3º
e
4º
ao
art.
5º
da
CF,
os
tratados
e
convenções
internacionais
sobre
direitos
humanos
passaram
a
ter
força
de
emenda
constitucional,
desde
que
tais
atos
internacionais
sejam
aprovados
em
ambas
as
casas
congressuais,
em
turno
simples
de
votação,
e
por
maioria
simples
de
votos
de
seus
respectivos
membros.
IV. (STJ/Analista/2008)
Os
direitos
e
garantias
fundamentais
são
considerados
elementos
limitativos
das
constituições.
V. (MP/AM/Promotor/2007)
Embora
o
art.
5º
da
CF
disponha
de
forma
minuciosa
sobre
os
direitos
e
as
garantias
fundamentais,
ele
não
é
exaustivo
e
não
exclui
outros
direitos.
GABARITO
Portal: www.edemnapoli.com.vc
facebook.com/edemnapoli – twitter.com/edemnapoli – instagram.com/edemnapoli
I. E
II. E
III. E
IV. C
V. C
Portal: www.edemnapoli.com.vc
facebook.com/edemnapoli – twitter.com/edemnapoli – instagram.com/edemnapoli
NOÇÕES TEÓRICAS
1. CONCEITO
Nacionalidade
é
um
vínculo
de
natureza
jurídica
e
política
que
liga
determinada
pessoa
a
um
determinado
estado
soberano,
quer
em
razão
do
nascimento,
quer
em
razão
da
naturalização.
Nacional
não
se
confunde
com
cidadão.
A
rigor,
todo
cidadão
é
nacional,
mas
nem
todo
nacional
é
um
cidadão.
Cidadão
é
o
nacional
no
pleno
gozo
dos
direito
políticos.
Aquela que resulta de um fato involuntário ou natural, que consiste no nascimento.
Todavia,
dentro
dessa
espécie
é
possível
encontrar
dois
critérios,
a
serem
adotados
pelos
Estados,
determinantes
na
aquisição
da
nacionalidade.
• CRITÉRIO
TERRITORAL
(jus
solis)
–
a
nacionalidade
é
a
do
local
do
nascimento,
e
não
da
descendência.
Aqui
interessa
saber
o
local,
território
onde
a
pessoa
nasceu.
• CRITÉRIO
SANGUÍNEO
(jus
sanguinis)
–
a
nacionalidade
está
ligada
ao
parentesco,
pois
o
que
interessa
para
a
nacionalidade
é
o
sangue,
a
filiação,
a
ascendência,
pouco
importando
o
local
onde
o
indivíduo
nasceu.
Portal: www.edemnapoli.com.vc
facebook.com/edemnapoli – twitter.com/edemnapoli – instagram.com/edemnapoli
Aquela
que
resulta
de
um
ato
voluntário,
consistente
num
concurso
de
vontades
entre
o
pretendente
estrangeiro,
que
deseja
obter
a
nacionalidade
de
outro
país,
e
a
concordância
do
outro
Estado
em
conceder
a
nacionalidade
e
receber
o
estrangeiro
como
nacional.
No
Brasil
há
a
lei
6.815/80,
que
no
art.
112
define
os
pressupostos
para
a
naturalização
do
estrangeiro.
No art. 12, os natos estão no inciso I, os naturalizados, no inciso II.
A
CF,
sendo
o
Brasil
um
país
de
imigração,
explicitamente
consagra
o
critério
territorial,
mas
o
fez
como
regra,
comportando
exceções.
Art.
12,
I,
“a”
(critério
territorial)
-‐
os
nascidos
no
Brasil,
ainda
que
de
pais
estrangeiros,
desde
que
estes
não
estejam
a
serviço
de
seu
país.
Art.
12,
I,
“b”
(critério
sanguíneo
+
serviço
do
Brasil)
-‐
os
nascidos
no
estrangeiro,
de
pai
ou
mãe
brasileira,
quando
qualquer
deles
estiver
a
serviço
da
República
Federativa
do
Brasil.
Veio
com
a
EC
54
(que
corrigiu
imperfeição
trazida
pela
EC
3/94)
e
inseriu
o
art.
95
ao
ADCT,
além
de
modificar
o
art.
12
da
CF.
Antes, só se viesse residir aqui, agora, foi acrescentada esta nova hipótese.
Portal: www.edemnapoli.com.vc
facebook.com/edemnapoli – twitter.com/edemnapoli – instagram.com/edemnapoli
OBS:
A
CRIANÇA
QUE
VENHA
A
RESIDIR
COM
OS
PAIS
AQUI,
SEGUNDO
O
STF,
É
BRASILEIRA
NATA,
SÓ
QUE
ELA
TEM
ESSA
SITUAÇÃO
PERMANECIDA
ATÉ
OS
DEZOITO
ANOS,
QUANDO
DEVERÁ
FAZER
A
OPÇÃO;
SE
NÃO
FIZER,
PERDE
A
NACIONALIDADE
ORIGINÁRIA.
TRATA-‐SE
DE
CONDIÇÃO
SUSPENSIVA.
Art. 12, II, “a” -‐ ORDINÁRIA – os que, na forma da lei, adquiram a nacionalidade brasileira.
Também
são
naturalizados,
os
estrangeiros
provenientes
de
países
de
língua
portuguesa,
que
residam
aqui
por
um
ano
ininterrupto
e
possuam
idoneidade
moral.
Aqui
já
não
é
na
forma
da
lei,
basta
ser
originário
de
país
de
língua
portuguesa,
comprovar
a
residência
ininterrupta
por
um
ano
aqui,
e
ter
idoneidade
moral.
A
ordinária
é
qualquer
estrangeiro,
por
isso
que
é
na
forma
da
lei.
Nessa
segunda
hipótese,
são
estrangeiros
de
países
de
língua
portuguesa
(p.
ex.
Portugal,
Angola,
Moçambique,
Guiné
Bissau,
Açores,
Cabo
Verde,
Príncipe,
Timor
Leste),
por
isso
basta
manifestar
sua
vontade
e
cumprir
os
requisitos
previstos
na
constituição,
além
da
aquiescência
brasileira.
Art.
12,
II,
“b”
-‐
EXTRAORDINÁRIA
–
quaisquer
estrangeiros,
residentes
ininterruptamente
no
Brasil,
há
mais
de
quinze
anos,
requerendo
a
identidade
nacional,
desde
que
não
tenha
sofrido
condenação
penal.
-‐
RADICAÇÃO
PRECOCE:
admitidos
no
território
durante
os
primeiros
cinco
anos
de
vida
e
radicados
definitivamente,
confirmando
a
nacionalidade
até
dois
anos
após
atingir
a
maioridade.
-‐
CONCLUSÃO
DE
CURSO
SUPERIOR:
estrangeiros
que
vêm
residir
no
Brasil
antes
da
maioridade
que
façam
curso
superior
em
estabelecimento
nacional
e
requeiram
a
nacionalidade
até
um
ano
depois
da
formatura.
A
lei
não
poderá
estabelecer
distinções
entre
brasileiros
natos
e
naturalizados.
Mas
a
CF
faz
distinções:
Duas são as hipóteses de perda de nacionalidade prevista na Constituição.
Restringe-‐se à nacionalidade secundária, ou seja, só se aplica aos brasileiros naturalizados.
A sentença que decide pela perda da nacionalidade opera efeitos EX NUNC.
É
possível,
depois
de
declarada
a
perda
da
nacionalidade,
que
ela
seja
readquirida?
Sim!
É
possível
a
reaquisição
da
nacionalidade.
Na
segunda
hipótese,
desde
que
o
sujeito
volte
a
estar
domiciliado
no
Brasil
e
requeira
a
nacionalidade
(ao
Ministro
da
Justiça
para
decreto
do
Presidente).
Depende
da
aquiescência
(decreto
presidencial)
e
o
sujeito
volta
a
ter
a
mesma
nacionalidade
que
possuía
(volta
ao
status
quo
ante).
Nesse
sentido,
José
Afonso
com
base
no
art.
36
da
lei
818/49.
A
doutrina
do
professor
Dirley
também
caminha
neste
mesmo
sentido.
Para
Moraes,
só
com
novo
processo
de
naturalização
onde,
até
o
nato,
passa
a
ser
naturalizado.
Não
adotar
este
posicionamento
nas
provas.
Portal: www.edemnapoli.com.vc
facebook.com/edemnapoli – twitter.com/edemnapoli – instagram.com/edemnapoli
5. QUASE NACIONAL -‐ A SITUAÇÃO DOS PORTUGUESES NO BRASIL (art. 12, § 1º).
Desde
que
haja
reciprocidade,
a
CF
assegura
aos
portugueses
residentes
no
Brasil
os
mesmos
direitos
que
os
brasileiros
naturalizados.
Isso
se,
à
luz
da
constituição
portuguesa,
lá
em
Portugal
brasileiro
puderem
titularizar
os
mesmos
direitos
inerentes
aos
portugueses.
CONSTITUIÇÃO FEDERAL:
STF:
QUESTÕES CORRELATAS
I. (PGE/PB/Procurador/2008)
São
brasileiros
natos
os
nascidos
no
estrangeiro,
de
pai
brasileiro
ou
de
mão
brasileira,
desde
que
venham
a
residir
na
República
Federativa
do
Brasil
e
optem,
a
qualquer
tempo,
pela
nacionalidade
brasileira.
II. (MP/RN/Promotor/2009)
São
brasileiros
natos
os
nascidos
no
estrangeiro
de
pai
brasileiro
ou
de
mãe
brasileira,
desde
que
sejam
registrados
em
repartição
brasileira
competente
ou
venham
a
residir
na
República
Federativa
do
Brasil,
antes
da
maioridade
e,
alcançada
esta,
optem,
em
qualquer
tempo,
pela
nacionalidade
brasileira.
III. (MP/SE/Promotor/2010)
Os
estrangeiros
originários
de
países
de
língua
portuguesa
adquirirão
nacionalidade
brasileira
se
mantiverem
residência
contínua
no
território
nacional
pelo
prazo
mínimo
de
quatro
anos,
imediatamente
ao
período
de
naturalização.
Portal: www.edemnapoli.com.vc
facebook.com/edemnapoli – twitter.com/edemnapoli – instagram.com/edemnapoli
IV. (TER/BA/Analista/2009)
Como
forma
de
aquisição
da
nacionalidade
secundária,
de
acordo
com
a
Constituição
Federal
de
1988,
é
possível
o
processo
de
naturalização
tácito
ou
automático,
para
todos
aqueles
que
se
encontram
no
país
há
mais
de
dez
anos
e
não
declaram
a
intenção
de
conservar
a
nacionalidade
de
origem.
V. (DPE/PI/Defensor
Público/2009)
Podem
naturalizar-‐se
brasileiros
estrangeiros
que
residam
no
país
há
mais
de
dez
anos
e
que
tenham
idoneidade
moral
reconhecida,
exigindo-‐se,
dos
portugueses
e
dos
originários
de
países
de
língua
portuguesa,
apenas
residência
permanente.
GABARITO
I. E
II. E
III. E
IV. E
V. E
Portal: www.edemnapoli.com.vc
facebook.com/edemnapoli – twitter.com/edemnapoli – instagram.com/edemnapoli
DIRIETOS POLÍTICOS
NOÇÕES TEÓRICAS
DIREITOS POLÍTICOS
No
capítulo
IV
do
título
II,
a
CF
dispôs
de
um
conjunto
de
normas
para
disciplinar
o
exercício
da
soberania
popular
(art.
14
a
16).
As
normas
constitucionais,
tais
como
ordenadas
na
Constituição,
delineiam
duas
modalidades
de
direitos
políticos:
DIREITOS
POLÍTICOS
POSITIVOS
e
DIREITOS
POLÍTICOS
NEGATIVOS.
As
normas
que
tratam
dos
direitos
políticos
positivos
têm
como
núcleo
fundamental
o
direito
de
votar
e
o
direito
de
ser
votado.
Já
as
normas
constitucionais
que
dispõe
de
direitos
políticos
negativos,
possuem
como
ponto
central
os
institutos
das
inelegibilidades,
e
da
perda
e
suspensão
dos
direitos
políticos.
Tais
direitos
têm
como
núcleo
fundamental
os
direitos
políticos
ativos
e
os
direitos
políticos
passivos.
Portal: www.edemnapoli.com.vc
facebook.com/edemnapoli – twitter.com/edemnapoli – instagram.com/edemnapoli
São
aqueles
que
investem
o
cidadão
da
capacidade
eleitoral
ativa.
Constituem
a
capacidade
de
ser
eleitor,
de
votar.
Todavia,
depende
do
preenchimento
das
condições
de
alistabilidade.
São
condições
de
alistabilidade:
nacionalidade
brasileira,
idade
mínima
de
16
anos,
não
ser
conscrito
durante
o
serviço
militar
obrigatório
(conscrito
é
o
recrutado
para
o
serviço
militar
obrigatório).
De
acordo
com
a
CF,
o
alistamento
eleitoral
e
o
voto
são
obrigatórios
para
os
maiores
de
dezoito
anos;
e
facultativos
para
os
analfabetos,
maiores
de
setenta,
e
para
os
jovens
de
dezesseis
e
dezessete
anos.
Esta
condição
de
alistabilidade
é
conditio
sine
qua
non
para
a
aquisição
da
cidadania
política.
Cidadania
política
é
a
condição
do
nacional
em
gozo
dos
direitos
políticos.
É a partir desta condição que os direitos políticos positivos podem ser usufruídos.
São
aqueles
que
investem
o
cidadão
da
capacidade
eleitoral
passiva.
Consistem
na
capacidade
de
ser
eleito,
de
ser
votado.
Também
possuem
condições,
só
que
estas
chamadas
de
condições
de
elegibilidade.
a) NACIONALIDADE
BRASILEIRA
b) PLENO
EXERCÍCIO
DOS
DIREITOS
POLÍTICOS
c) ALISTAMENTO
ELEITORAL
d) DOMICÍLIO
ELEITORAL
NA
CIRCUNSCRIÇÃO
e) FILIAÇÃO
PARTIDÁRIA
f) IDADE
MÍNIMA
–
35
–
Presidente,
Vice
e
Senador.
30
–
Governador
e
Vice.
21
–
Deputado
Federal,
Deputado
Estadual,
Prefeito
e
Vice
e
Juiz
de
Paz.
18
–
Vereador.
Vale
lembrar
que
o
requisito
da
idade
deve
ser
comprovado
no
ato
da
posse,
e
não
da
candidatura
(art.
11,
§
2º
da
Lei
9.504/97
e
Res.
N.
22.156/TSE).
Tem,
portanto,
que
preencher
as
condições
de
elegibilidade,
e
não
incidir
em
nenhuma
das
inelegibilidades.
É
preciso
ter
cuidado
para
não
confundir
a
capacidade
eleitoral
ativa,
com
a
capacidade
eleitoral
passiva.
Isso
porque,
nem
todo
eleitor
pode
ser
eleito,
mas
todo
aquele
que
pode
ser
eleito,
deve
ser
necessariamente
um
eleitor.
Portal: www.edemnapoli.com.vc
facebook.com/edemnapoli – twitter.com/edemnapoli – instagram.com/edemnapoli
Compreendem
um
conjunto
de
normas
constitucionais
de
restrição,
de
privação,
que
limitam
o
exercício
da
cidadania,
quer
impedindo
o
gozo
da
capacidade
eleitoral
passiva
(inelegibilidades),
quer
neutralizando
os
próprios
direitos
políticos,
afetando
tanto
a
capacidade
eleitoral
ativa
como
a
capacidade
eleitoral
passiva
(perda
e
suspensão).
Têm
por
núcleo
fundamental
as
inelegibilidades
e
os
casos
de
perda
e
suspensão
dos
direitos
políticos.
• INELEGIBILIDADES
São restrições constitucionais que privam o cidadão do direito político de ser votado.
Têm
por
fim
proteger
a
probidade
administrativa,
a
moralidade
para
o
exercício
do
mandato,
considerada
a
vida
pregressa
do
candidato,
e
a
normalidade
e
a
legitimidade
das
eleições
contra
a
influência
do
poder
econômico
ou
o
abuso
do
exercício
de
função,
cargo
ou
emprego
na
administração
direta
ou
indireta
(art.
14,
§9º).
Em razão do caráter limitativo, não podem ser previstas em lei; só a Constituição as prevê.
Já
as
inelegibilidades
RELATIVAS
-‐
são
aquelas
que
privam
o
cidadão
de
se
eleger
a
alguns
mandatos
eletivos.
A
CF
prevê
três
hipóteses
de
inelegibilidade
relativa
(14,§§
5º
ao
7º),
mas
remete
ao
legislador
infra
a
possibilidade
de
estabelecer
mais
inelegibilidades
relativas
para
preservar
a
lisura
das
eleições,
de
modo
que
além
dessas
três
hipóteses
há
outras
previstas
na
lei
complementar
64,
que
já
sofreu
várias
modificações.
Portal: www.edemnapoli.com.vc
facebook.com/edemnapoli – twitter.com/edemnapoli – instagram.com/edemnapoli
-‐ O CASO DO MILITAR – ART. 14, § 8º e A POSSIBILIDADE DE CANDIDATURA SEM PARTIDO.
Curiosidade:
agregação
é
a
situação
na
qual
o
militar
da
ativa
deixa
de
ocupar
a
vaga
na
escala
hierárquica
de
seu
Corpo,
Quadro,
Arma
ou
Serviço,
nela
permanecendo
sem
número
(art.
80
da
Lei
6.880/80).
OBS:
a
filiação
partidária
não
é
exigível
para
o
militar
da
ativa
que
contar
com
mais
de
dez
anos
de
serviço,
cumprindo-‐lhe,
tão-‐só,
promover
o
registro
da
candidatura,
a
partir
do
qual
será
agregado.
• PERDA
E
SUSPENSÃO
DOS
DIREITOS
POLÍTICOS
As
causas
de
perda
e
suspensão
dos
direitos
políticos
encerram
o
elenco
das
restrições
impostas
aos
direitos
políticos.
São
limitações
excepcionais
que
anulam
os
próprios
direitos
políticos
positivos,
atingindo
tanto
a
capacidade
eleitoral
ativa
como
a
passiva.
PERDA – é privação definitiva e permanente (depende de uma providência para a reaquisição).
SUSPENSÃO -‐ é privação temporária (o mero decurso do tempo devolve).
Segundo
a
intelecção
do
art.
15
da
CF,
é
vedada
a
cassação
dos
direitos
políticos,
cuja
perda
e
suspensão
se
dará
nos
casos
de:
Nada
obstante,
convencionou
a
doutrina
apontar
como
causas
de
perda,
por
consistirem
e
privação
permanente
e
definitiva
desse
direitos
as
hipóteses
do
I
e
do
IV
(cancelamento
de
naturalização
e
recusa
de
cumprir
obrigação
a
todos
imposta).
As
demais
hipóteses
são
de
simples
suspensão,
exatamente
porque
causam
privação
meramente
provisória
desses
diretos.
Portal: www.edemnapoli.com.vc
facebook.com/edemnapoli – twitter.com/edemnapoli – instagram.com/edemnapoli
CONSTITUIÇÃO FEDERAL:
STF:
TSE:
QUESTÕES CORRELATAS
GABARITO:
I. E
II. C
III. E
IV. C
V. C
Portal: www.edemnapoli.com.vc
facebook.com/edemnapoli – twitter.com/edemnapoli – instagram.com/edemnapoli
“Tudo tem seu tempo, entretanto, nem por isso perca tempo.”
AÇÕES CONSTITUCIONAIS
NOÇÕES TEÓRICAS
HABEAS CORPUS
HISTÓRICO
No
Brasil,
foi
instituído
pela
primeira
vez
no
código
de
processo
criminal
de
1832
(art.
340),
vindo
a
ter
assento
constitucional
com
a
Constituição
de
1891,
cujo
§
22
do
art.
72
o
previra
em
termos
amplos,
circunstância
que
originou
a
famosa
e
sempre
lembrada
doutrina
brasileira
do
habeas
corpus
liderada
por
Ruy
Barbosa,
que
o
entendia
com
ação
destinada
a
proteger
qualquer
direito.
LEGISLAÇÃO PERTINENTE
CABIMENTO
Visa
proteger
o
direito
fundamental
de
locomoção
(art.
5º,
XV):
direito
de
ir,
vir
e
permanecer
(Gilmar
Mendes...).
Lembrando
que
se
cabe
HC,
não
será
cabível
MS.
Todavia,
nada
impede,
em
situações
de
patente
constrangimento
ilegal
ou
de
flagrante
abuso
de
poder,
que
o
Judiciário
converta
o
mandamus
em
ordem
de
HC.
Portal: www.edemnapoli.com.vc
facebook.com/edemnapoli – twitter.com/edemnapoli – instagram.com/edemnapoli
Contudo,
cumpre
ressaltar
que
o
não
cabimento
de
habeas
corpus
em
relação
a
punições
disciplinares
militares
é
restrição
que
se
circunscreve
ao
exame
de
mérito
do
ato,
conforme
vem
decidindo
reiteradamente
o
STF.
Também
não
caberá
HC
nas
hipóteses
elencadas
nas
súmulas
691
a
695
do
STF.
LER
AS
SÚMULAS.
LEGITIMIDADE
• ATIVA
O
Código
de
Processo
Penal
atribui
legitimação
universal
para
o
seu
ajuizamento.
Nesse
sentido,
o
art.
654,
do
Código
de
Ritos,
dispõe
verbum
ad
verbo:
“o
habeas
corpus
poderá
ser
impetrado
por
qualquer
pessoa,
em
seu
favor
ou
de
outrem,
bem
como
pelo
Ministério
Público”.
Prescinde,
o
impetrante,
de
qualquer
outro
atributo,
além
do
só
fato
de
ser
pessoa.
Assim,
podem
postular
a
ordem
de
HC,
p.ex.,
o
estrangeiro,
ainda
que
não
residente,
o
absolutamente
incapaz,
o
analfabeto,
etc.
OBS:
O
IMPETRANTE
(quem
impetra,
postulando
em
juízo
a
concessão
da
ordem)
PODE
SER
O
PACIENTE
(quem
se
beneficia),
MAS
TAMBÉM
PODERÁ
NÃO
SER
(ex.
MP
e
pessoa
jurídica
na
qualidade
de
impetrantes).
Quando
impetrante
e
paciente
não
são
a
mesma
pessoa,
trata-‐se
de
impetração
em
favor
de
3º
(ou
habeas
corpus
de
terceiro),
mesmo
que
contra
a
sua
vontade,
pois
se
trata
de
direito
indisponível.
O
manejo
do
writ
dispensa
a
constituição
de
advogado,
de
procuração,
e,
por
força
do
art.
5º,
LXXVII,
da
Carta
de
Outubro,
trata-‐se
de
uma
ação
gratuita.
Sim, desde que em favor de pessoa física com ela relacionada (também o MP).
Portal: www.edemnapoli.com.vc
facebook.com/edemnapoli – twitter.com/edemnapoli – instagram.com/edemnapoli
Pessoa
jurídica,
ordinariamente,
não
pode
ser
paciente
de
HC.
A
polêmica
existe
em
decorrência
dos
crimes
ambientais
que
podem
ser
cometidos
por
ela
(art.
225,
§
3º).
• PASSIVA
Figurando
no
pólo
passivo
dessa
ralação
jurídica
processual
estará
a
autoridade
coatora,
que
poderá
ser
tanto
um
agente
do
poder
público
(delegado
de
polícia,
juiz,
tribunal,
membro
do
Ministério
Público,
etc.),
como
um
particular
(hospitais,
clínicas
psiquiátrica,
etc.).
Insta
salientar
que,
não
obstante
tratar-‐se
o
habeas
corpus
de
uma
ação
constitucional
de
caráter
penal,
este
não
se
limita
a
esta
esfera
de
competência,
haja
vista
a
possibilidade
de
sua
impetração
no
âmbito
cível,
quando
a
prisão
decorre,
e.g.,
da
inadimplência
de
prestação
alimentícia.
É plenamente admissível a concessão de medida liminar em sede de habeas corpus.
Os
requisitos
para
o
deferimento
da
medida
initio
littis,
assim
como
ocorre
no
processamento
do
mandado
de
segurança,
são
aqueles
comuns
às
medidas
cautelares,
quais
sejam:
o
fumus
boni
iuris
(juízo
de
probabilidade
ou
verossimilhança
quanto
à
decisão
favorável)
e
o
periculum
in
mora
(risco
de
dano
grave),
que,
por
seu
turno,
apresenta-‐se
sempre
evidente.
ESPÉCIES
HISTÓRICO
Cuida-‐se
de
uma
invenção
brasileira,
já
afirmava
Buzaid,
instituída
pela
Constituição
de
1934,
desprezada
pela
Carta
autoritária
de
1937,
mas
restabelecida
pela
Constituição
democrática
de
1946
(art.
141,
§
24)
e
mantida
pela
de
1967
(art.
150,
§
21),
inclusive
por
sua
Emenda
nº
01/69
(art.
153,
§
21),
e
pela
atual.
LEGISLAÇÃO PERTINENTE
É
a
ação
constitucional
das
mais
importantes,
e,
por
isso,
tem
uma
incidência
muito
alta
em
provas
e
concursos.
Portal: www.edemnapoli.com.vc
facebook.com/edemnapoli – twitter.com/edemnapoli – instagram.com/edemnapoli
• CF,
art.
5º,
LXIX
e
LXX
(MSC,
novidade)
da
CF/88.
LER
DISPOSITIVOS.
• Legislação
infraconstitucional
–
Lei
12.016/09,
que
revogou
todas
as
legislações
anteriores
acerca
do
tema:
Lei
1.553/01
-‐
Lei
4.348/64
-‐
Lei
5.021/66
(Lei
9.494/97
-‐
Lei
8.437/92
-‐
Lei
10.910/04).
CABIMENTO
O
MS
visa
proteger
direito
líquido
e
certo
que
não
seja
amparado
por
habeas
corpus
ou
habeas
data,
quando
o
responsável
pela
ilegalidade
ou
abuso
de
poder
for
autoridade
pública
ou
agente
de
pessoa
jurídica
do
exercício
de
atribuições
do
poder
público.
OBS:
LÍQUIDO
E
CERTO
É
O
DIREITO
QUE
PODE
SER
COMPROVADO
DE
PLANO
POR
PROVA
DOCUMENTAL
INEQUÍVOCA
E
PRÉ-‐CONSTITUÍDA.
INOVAÇÃO
DA
NOVA
LEI:
PREVISÃO
DE
QUE
A
EXIBIÇÃO
LIMINAR
DE
DOCUMENTOS,
PARA
FUNDAMENTAR
A
PETIÇÃO
INICIAL
DO
MANDADO
DE
SEGURANÇA,
SEJA
PROMOVIDA
NÃO
SÓ
CONTRA
A
ADMINISTRAÇÃO
PÚBLICA,
MAS
TAMBÉM
CONTRA
TERCEIROS
(PARTICULARES)
(art.
6º,
§
1º).
Ato com abuso de poder se relacional com o ato discricionário.
OBS
SOBRE
INOVAÇÃO
DA
NOVA
LEI:
“Art.
5º
Não
se
concederá
mandado
de
segurança
quando
se
tratar:
OBS
SOBRE
INOVAÇÃO
DA
NOVA
LEI:
A
NOVA
LEI
NÃO
FALA
MAIS
DE
ATO
DISCIPLINAR.
ANDOU
BEM,
AFINAL,
MANTÉM-‐SE
O
ENTENDIMENTO
JURISPRUDENCIAL
CONSOLIDADO
AO
TEMPO
DA
LEI
ANTIDA
DE
QUE
O
MÉRITO
DO
ATO
ADMINISTRATIVO
SÓ
PODE
SER
ATINGIDO
Portal: www.edemnapoli.com.vc
facebook.com/edemnapoli – twitter.com/edemnapoli – instagram.com/edemnapoli
PELO
JUDICIÁRIO
REFLEXAMENTE,
QUANDO
DO
CONTROLE
DE
LEGALIDADE,
E
NÃO
DE
MANEIRA
DIRETA.
LEGITIMIDADE
• ATIVA
De
saída,
vale
lembrar
que
o
impetrante
não
se
confunde
com
aquele
que
postula
em
juízo
(advogado).
Poderá
haver
confusão
apenas
na
situação
de
impetração
de
MS
por
advogado
em
seu
próprio
favor.
Saber quem pode impetrar MS dependerá se este será individual ou coletivo.
-‐INDIVIDUAL (legitimidade ordinária = age-‐se em nome próprio na defesa de interesse próprio)
OBS: O REQUISITO DE CONSTITUIÇÃO ÂNUA SE APLICA SOMENTE ÀS ASSOCIAÇÕES.
O
partido
deve
ter,
pelo
menos,
um
deputado
ou
um
senador.
Além
disso,
segundo
o
STF
e
o
STJ,
o
MSC
poderá
ser
utilizado
por
partido
político
apenas
para
a
defesa
de
direitos
de
seus
filiados,
observada
a
correlação
com
as
finalidades
institucionais
e
objetivos
programáticos
da
agremiação.
Em
face
do
disposto
no
art.
2º
da
Lei
8.437/92,
NÃO
é
cabível
medida
liminar
sem
a
ouvida
da
outra
parte
(inaudita
altera
pars)
em
MSC.
Portal: www.edemnapoli.com.vc
facebook.com/edemnapoli – twitter.com/edemnapoli – instagram.com/edemnapoli
• PASSIVA
Autoridade
pública
ou
agente
de
pessoa
jurídica
no
exercício
de
atribuições
do
poder
público
que
pratiquem
ilegalidade
ou
abuso
de
poder.
INOVAÇÃO
DA
NOVA
LEI:
EQUIPARAM-‐SE
ÀS
AUTORIDADES,
PARA
OS
EFEITOS
DESSA
LEI,
OS
REPRESENTANTES
OU
ÓRGÃOS
DE
PARTIDOS
POLÍTICOS
E
OS
ADMINISTRADORES
DE
ENTIDADES
AUTARQUICAS,
BEM
COMO
OS
DIRIGENTES
DE
PESSOAS
JURÍDICAS
OU
AS
PESSOAS
NATURAIS
NO
EXERCÍCIO
DE
ATRIBUIÇÕES
DO
PODER
PÚBLICO,
SOMENTE
NO
QUE
DISSER
RESPEITO
A
ESSAS
ATRIBUIÇÕES.
A
parte
ré
do
mandado
de
segurança,
todavia,
não
é
a
autoridade
coatora
(ou
impetrada),
mas
sim
a
pessoa
jurídica
a
que
esta
está
vinculada
(de
direito
público
ou
privado
que
exerce
atribuição
pública),
afinal,
será
esta
que
deverá
oferecer
contestação
(ou
interpor
possíveis
recursos),
bem
como
irá
suportar
os
efeitos
pecuniários
decorrentes
da
concessão
da
ordem.
Ex. Secretário de Administração do Estado da Bahia – autoridade coatora que praticou o ato.
Estado
da
Bahia
-‐
pessoa
jurídica
de
direito
público
interno,
réu
da
ação
que
suportará
os
efeitos
da
decisão.
INOVAÇÃO
DA
NOVA
LEI:
OBRIGATORIEDADE
DE
INCLUSÃO,
NA
PETIÇÃO
INICIAL,
DA
PESSOA
JURÍDICA
À
QUAL
SE
ACHA
VINCULADA
A
AUTORIDADE
COATORA
(art.
6º,
caput).
Não
se
trata
de
litisconsórcio,
pois
a
autoridade
responsável
pelo
ato
impugnado
não
é
um
ente
distinto
da
pessoa
jurídica,
é
um
órgão
dela,
uma
parte
integrante
daquela.
(jurisprudência
uníssona
do
STJ).
OBS
SOBRE
INOVAÇÃO
DA
NOVA
LEI:
A
LEI
NOVA,
AO
CONTRÁRIO
DA
ANTERIOR,
ESTENDE
TAMBÉM
À
AUTORIDADE
COATORA
O
DIREITO
DE
RECORRER
DA
SENTENÇA
CONTRÁRIA
À
POSIÇÃO
ADOTADA
NO
ATO
QUESTIONADO
EM
JUÍZO
(art.
14,
§
2º).
OBS
SOBRE
INOVAÇÃO
DA
NOVA
LEI:
QUANDO
AS
EMPRESAS
PÚBLICAS,
AS
SOCIEDADES
DE
ECONOMIA
MISTA
E
AS
CONCESSIONÁRIAS
DE
SERVIÇO
PRATICAREM
“ATOS
DE
GESTÃO
COMERCIAL”,
A
SEU
RESPEITO
NÃO
TERÁ
CABIMENTO
O
MS
(art.
1º,
§2º).
É
que
quando
os
entes
públicos
interferem
na
atividade
econômica,
o
regime
jurídico
a
que
se
sujeitam
é
o
do
direito
privado,
e
não
o
da
administração
pública
(CF,
art.
173,
§
1º,
II).
Em
outras
palavras:
se
o
ato
de
gestão
da
empresa
foi
praticado
sob
regência
exclusiva
de
normas
de
direito
privado,
estará
fora
do
alcance
do
mandado
de
segurança.
Se,
porém,
Portal: www.edemnapoli.com.vc
facebook.com/edemnapoli – twitter.com/edemnapoli – instagram.com/edemnapoli
estiver,
como
nas
licitações
de
EP
ou
SEM,
disciplinado
por
regras
de
direito
públicos,
poderá
ser
questionado
por
meio
do
mandamus.
Com
base
no
art.
7º,
III,
da
lei
12.016
(art.
7º,
II,
da
Lei
1.533/51)
é
cabível
a
medida
liminar
desde
que
preenchidos
os
requisitos
do
fumus
boni
iuris
e
do
periculum
in
mora.
OBS:
EM
MSI
CABE
LIMINAR
INAUDITA
ALTERA
PARTE
(sem
a
oitiva
da
outra
parte).
O
MESMO
NÃO
OCORRE
EM
MSC.
OBS
SOBRE
INOVAÇÃO
DA
NOVA
LEI:
AO
JUIZ
É
FACULTADO
(NÃO
OBRIGATÓRIO)
EXIGIR,
NO
CASO
DE
DEFERIMENTO
DA
LIMINAR,
PRESTAÇÃO
DE
CAUÇÃO,
FIANÇA
OU
DEPÓSITO,
“COM
O
OBJETIVO
DE
ASSEGURAR
O
RESSARCIMENTO
À
PESSOA
JURÍDICA”,
CASO
OCORRA,
AFINAL,
A
DENEGAÇÃO
DA
SEGURANÇA
(art.
7,
III,
in
fine).
OBS
SOBRE
INOVAÇÃO
DA
NOVA
LEI:
A
LEI
NOVA
VEDA
A
CONCESSÃO
DE
LIMINAR
NOS
SEGUINTES
CASOS
(art.
7º,
§
2º
da
nova
lei):
• Compensação
de
créditos
tributários
(já
previsto
súmula
212
STJ.
Veda
a
compensação
tributária
afeta
apenas
a
medida
liminar,
o
que
não
impede
a
compensação
vir
a
ser
declarada
ou
autorizada
pela
sentença
do
mandado
de
segurança
(Súmula
212
STJ).
As
demais
vedações
já
eram
objeto
de
previsões
legais,
que
apenas
foram
consolidadas
pela
lei
atual.
ESPÉCIES
• REPRESSIVO
–
ilegalidade
ou
abuso
de
poder
já
praticados.
Prazo
decadencial
de
120
contados
da
ciência
do
ato
impugnado
pelo
interessado
(STF
–
súmula
632).
• PREVENTIVO
–
quando
houver
ameaça
à
violação
do
direito
líquido
e
certo
do
impetrante.
Nesta
modalidade
não
há
que
se
falar
em
prazo
para
impetração.
SÚMULAS
DO
STF:
101,
248,
266
a
272,
294,
299,
304,
310,
319,
330,
392,
405,
429,
430,
433,
474,
506,
510
a
513,
597,
622
a
632.
SÚMULAS
DO
STJ:
41,
99,
105,
169,
177,
202,
213,
217,
333.
Portal: www.edemnapoli.com.vc
facebook.com/edemnapoli – twitter.com/edemnapoli – instagram.com/edemnapoli
AÇÃO POPULAR
HISTÓRICO
Teve
vida
jurídica
igual
à
do
MS:
nasceu
em
1934,
morreu
em
1937,
ressuscitou
em
1946
e
perdura
até
hoje.
LEGISLAÇÃO PERTINENTE
CABIMENTO
O
objeto
da
ação
popular
é
todo
ato
lesivo
ao
patrimônio
público,
à
moralidade
administrativa,
ao
meio
ambiente
e
ao
patrimônio
histórico
e
cultural.
Esse
ato
lesivo
deve
ser
compreendido
a
abranger,
além
das
ações,
também
as
omissões
do
poder
público
lesivas
àqueles
bens
e
valores
jurídicos.
Trata-‐se
de
ação
de
cunho
desconstitutivo,
pois
visa
anular
ato
lesivo
os
bens
listados
na
CF,
mas,
subsidiariamente,
poderá
ser
condenatória
(como
não
se
trata
de
litisconsórcio
unitário,
a
sentença
pode
dispor
de
forma
diferenciada
para
cada
litisconsorte,
devendo-‐se
demonstrar
a
responsabilidade
de
cada
um
e
sua
condenação
correspondente).
2. LESIVIDADE:
• Patrimônio
público
ou
de
entidade
de
que
o
Estado
participe
(AD,
AI,
paraestatais
e
qualquer
pessoa
jurídica
subvencionada
com
dinheiro
público).
• Moralidade
administrativa
• Meio
ambiente
• Patrimônio
histórico
e
cultural.
Importante
lembrar
que
esta
lesividade
compreende
não
só
os
atos
que
causem
prejuízo
patrimonial,
mas
também
aqueles
que
ofendam
outros
valores
(artísticos,
culturais,
ambientais,
morais,
estéticos,
turísticos,
etc.)
igualmente
agasalhados
pela
Constituição.
Portal: www.edemnapoli.com.vc
facebook.com/edemnapoli – twitter.com/edemnapoli – instagram.com/edemnapoli
Não
se
deve
esquecer,
ainda,
que
o
direito
de
propositura
da
ação
popular
prescreve
em
5
anos
(art.
21
da
LAP),
e,
atualmente,
a
prescrição
deve
ser
decretada
de
ofício
pelo
juiz
da
causa.
Vale
lembrar
que
a
ação
popular,
ao
contrário
do
MS,
admite
dilação
probatória,
que
se
dará
no
curso
da
fase
de
instrução
do
processo.
LEGITIMIDADE
• ATIVA
Para
esse
mister
foi
atribuída
ao
cidadão
eleitor,
no
pleno
gozo
dos
seus
direitos
políticos
ativos,
a
legitimidade
ativa
para
a
sua
propositura.
Nessa
ótica,
não
podem
propor
ação
popular:
estrangeiros,
apátridas,
pessoas
jurídicas
(súmula
365
do
STF)
e
brasileiros
com
direitos
políticos
perdidos
ou
suspensos.
OBS:
O
PORTUGUÊS
NÃO
PODE,
POIS
EXISTE
VEDAÇÃO
NA
CF
PORTUGUESA
A
BRASILEIRO,
LOGO,
NÃO
HÁ
RECIPROCIDADE.
O
MP
e
a
Defensoria
Pública,
enquanto
instituições,
não
têm
legitimidade
para
propor
ação
popular.
Todavia,
nesta
ação
o
MP
exerce
o
papel
de
fiscal
da
lei.
Por
outro
lado,
se
estiverem
atuando
como
cidadãos,
poderão
ajuizar
a
referida
ação.
Por
fim,
vale
lembrar
que
é
indispensável
a
capacidade
postulatória
do
advogado,
que
precisa
estar
legalmente
constituído,
salvo
se
o
cidadão
ostentar
essa
condição,
e
não
houver
empecilho
para
litigar
como
o
Poder
Público.
• PASSIVA
À
luz
da
literalidade
do
art.
6º,
caput,
da
Lei
nº
4.717/65,
tem-‐se
que:
“a
ação
popular
será
proposta
contra
as
pessoas
públicas
ou
privadas
e
as
entidades
referidas
no
art.
1º,
contra
as
autoridades,
funcionários
ou
administradores
que
houverem
autorizado,
aprovado,
ratificado
ou
praticado
o
ato
impugnado,
ou
que,
por
omissão,
tiverem
dado
oportunidade
à
lesão,
e
contra
os
beneficiários
direito
do
mesmo”.
Sintetizando:
Atualmente,
com
a
inserção
do
§
4º
ao
art.
5º
da
lei
da
ação
popular,
através
Lei
nº
6.513/77,
a
liminar
está
expressamente
admitida.
Entretanto,
apesar
silêncio
do
dispositivo,
tem
como
pressupostos
a
fumaça
do
bom
direito
e
o
perigo
da
demora.
OBS: A AÇÃO POPULAR NÃO É GRATUITA. As únicas ações gratuitas são HC e HD.
HABEAS DATA
HISTÓRICO
Trata-‐se de ação inédita no direito brasileiro, portanto, criação da CF/88.
LEGISLAÇÃO PERTINENTE
Trata-‐se, assim como o HC, de ação gratuita (essas são as únicas – CF, art. 5º, LXXVII).
CABIMENTO
Poderia
uma
associação
impetrar
HD
para
pleitear
informações
de
seus
associados?
Não,
somente
para
buscar
informações
dela
própria.
Vale
relembrar
que
a
Lei
exige
a
prova
pré-‐constituída
de
que
foi
provocada
a
Administração
e
esta
se
recusou
(expressa
ou
tacitamente
–
pelo
decurso
do
prazo)
a
prestar
as
informações.
A
autoridade
administrativa
possui
10
dias
para
prestar
as
informações.
Se
antes
de
completar
o
prazo
a
administração
nega
a
informação,
o
HD
já
pode
ser
impetrado,
pois
basta
juntar
a
prova
da
negativa
da
informação.
OBS:
NÃO
É
QUE
PRECISA
HAVER
ESGOTAMENTO
DAS
VIAS
ADMINISTRATIVAS.
A
PARTIR
DA
PRIMEIRA
NEGATIA
OU
DO
ESCOAMENTO
DO
PRAZO
DE
10
DIAS
O
HD
JÁ
PODERÁ
SER
IMPETRADO.
A diferença é que aqui, o prazo para a resposta da autoridade administrativa é de 15 dias.
LEGITIMIDADE
• ATIVA
• PASSIVA
À
luz
do
art.
1º
da
lei,
“considera-‐se
de
caráter
público
todo
o
registro
ou
banco
de
dados
contendo
informações
que
sejam
ou
que
possam
ser
transmitidas
a
terceiros
ou
que
não
sejam
de
uso
privativo
do
órgão
ou
entidade
produtora
ou
depositária
das
informações”.
Embora
a
lei
seja
silente,
a
doutrina
majoritária
entende
perfeitamente
cabível
a
tutela
preventiva
na
ação
de
HD.
Portal: www.edemnapoli.com.vc
facebook.com/edemnapoli – twitter.com/edemnapoli – instagram.com/edemnapoli
OBS:
ASSIM
COMO
NO
MANDADO
DE
SEGURANÇA,
NO
HD
NÃO
HÁ
ÔNUS
DE
SUCUMBÊNCIA
(HONORÁRIOS
ADVOCATÍCIOS)
E,
PARA
IMPETAÇÃO,
FAZ-‐SE
NECESSÁRIA
A
PRESENÇA
DE
ADVOGADO.
HISTÓRICO
LEGISLAÇÃO PERTINENTE
OBS:
NEM
TUDO
DO
MS
SERÁ
APLICÁVEL
AO
MI,
A
EXEMPLO
DA
MEDIDA
LIMINAR.
MAS
DENTRE
AS
DISPOSIÇÕES
APLICÁVEIS
É
POSSÍVEL
CITAR
A
AUSÊNCIA
DE
CONDENAÇÃO
NOS
HONORÁRIOS
SUCUMBENCIAIS,
BEM
COMO
A
AUSÊNCIA
DE
DILAÇÃO
PROBATÓRIA,
ETC.
CABIMENTO
ASSIM
COMO
A
ADIN
POR
OMISSÃO,
O
MANDADO
DE
INJUNÇÃO
SERVE
PARA
CURAR
UMA
DOENÇA
DENOMINADA
SÍNDROME
DA
INEFETIVIDADE
DAS
NORMAS
CONSTITUCIONAIS
(vale
dizer,
normas
constitucionais
que,
de
imediato,
no
momento
em
que
a
Constituição
é
promulgada,
não
têm
o
condão
de
produzir
todos
os
seus
efeitos,
precisando
de
uma
lei
integrativa
infraconstitucional).
Portal: www.edemnapoli.com.vc
facebook.com/edemnapoli – twitter.com/edemnapoli – instagram.com/edemnapoli
A
diferença
do
MI
e
da
ADIN
por
omissão,
na
precisa
síntese
de
DIRLEY
DA
CUNHA
JR.,
é
que
o
primeiro
é
uma
ação
constitucional
de
garantia
individual,
enquanto
a
segunda
é
uma
ação
constitucional
de
garantia
constitucional.
LEGITIMIDADE
Pessoa física ou jurídica, de direito público (MI 725) ou de direito privado.
O
STF,
inclusive,
admitiu
o
ajuizamento
de
mandado
de
injunção
coletivo,
sendo
legitimadas,
por
analogia,
as
mesmas
entidades
do
mandado
de
segurança
coletivo.
• PASSIVA
Somente
a
pessoa
estatal
poderá
ser
demandada,
e
nunca
o
particular
(que
não
tem
o
dever
de
regulamentar
a
CF).
Não
cabe
MI
contra
omissão
de
particulares,
mas
somente
contra
omissões
de
autoridades
públicas.
Hely
Lopes
até
pensa
caber
medida
liminar,
MAS
A
JURISPRUDÊNCIA
DOMINANTE
DO
STF
É
NO
SENTIDO
DO
NÃO
CABIMENTO
DE
MEDIDA
LIMINAR
EM
MANDADO
DE
INJUNÇÃO.
QUESTÃO INDISPENSÁVEL: QUAIS OS EFEITOS DA DECISÃO NO JULGAMENTO DO MI?
OBS:
NOS
MIs
670,
708
e
712
O
STF,
POR
UNANIMIDADE,
DECLAROU
A
OMISSÃO
LEGISLATIVA
DE
REGULAMENTAÇÃO
DO
DIREITO
DE
GREVE
DOS
SERVIDORES
PÚBLICOS,
E,
POR
MAIORIA,
DETERMINOU
A
APLICAÇÃO,
NO
QUE
COUBER,
DA
LEI
DE
GREVE
VIGENTE
NO
SETOR
PRIVADO
(Lei
7.783/89).
DESTA
FORMA,
CONSAGRA
O
STF
A
TEORIA
CONCRETISTA
GERAL,
“LEGISLANDO”
NO
CASO
CONCRETO
E
PRODUZINDO
A
DECISÃO
EFEITO
ERGA
OMNES
ATÉ
QUE
SOBREVENHA
NORMA
INTEGRATIVA
DO
PODER
LEGISLATIVO.
Portal: www.edemnapoli.com.vc
facebook.com/edemnapoli – twitter.com/edemnapoli – instagram.com/edemnapoli
CONSTITUIÇÃO FEDERAL:
LEIS:
STF:
-‐
Súmulas:
101,
105,
110,
169,
213,
266-‐271,
304,
365,
395,
405,
429,
430,
460,
474,
510,
622,
625,
626,
629,
630,
631,
632,
701,
691-‐695.
STJ:
QUESTÕES CORRELATAS
GABARITO:
I. E
II. C
III. C
IV. E
V. E
Portal: www.edemnapoli.com.vc
facebook.com/edemnapoli – twitter.com/edemnapoli – instagram.com/edemnapoli
NOÇÕES TEÓRICAS
CONCEITO E PRESSUPOSTOS
O
controle
de
constitucionalidade,
enquanto
garantia
de
tutela
da
supremacia
da
Constituição,
é
uma
atividade
de
fiscalização
da
validade
e
conformidade
das
leis
e
atos
normativos
do
poder
público
à
vista
de
uma
Constituição
rígida,
desenvolvida
por
um
ou
vários
órgãos
constitucionalmente
designados.
Como
sentencia
a
doutrina,
o
controle
de
constitucionalidade
das
leis
e
dos
atos
normativos
reclama
os
seguintes
pressupostos:
-‐ AÇÃO (positiva ou por atuação): pressupõe a existência de normas inconstitucionais.
-‐ OMISSÃO: pressupões a violação da norma constitucional pelo silêncio legislativo.
A
inconstitucionalidade
por
ação
pode-‐se
dar
por
três
formas:
vício
formal,
vício
material
e
vício
de
decoro
parlamentar.
Portal: www.edemnapoli.com.vc
facebook.com/edemnapoli – twitter.com/edemnapoli – instagram.com/edemnapoli
b) FORMAL
x
MATERIAL
x
VÍCIO
DE
DECORO
-‐
FORMAL
(nomodinâmica):
existência
de
vício
na
forma,
processo
de
formação,
vale
dizer,
no
processo
legislativo
de
elaboração
da
lei
ou
ato
normativo.
-‐ MATERIAL (nomoestática): existência de vício na matéria, no conteúdo do ato normativo.
-‐
VÍCIO
DE
DECORO:
pela
mácula
no
processo
legislativo
em
decorrência
da
compra
de
votos
(esquema
do
mensalão).
O
STF
ainda
não
se
manifestou.
-‐
PROPRIAMENTE
DITA:
decorre
da
inobservância
do
devido
processo
legislativo.
Ex.
quórum
de
aprovação
de
determinada
espécie
normativa
ou
inobservância
da
necessidade
deliberação
nas
duas
casas.
-‐
POR
VIOLAÇÃO
DOS
PRESSUPOSTOS
OBJETIVOS
DO
ATO
NORMATIVO.
Os
exemplos
são
trazidos
pelo
Professor
Clèmerson
Merlin
Clève,
quais
sejam,
edição
de
medida
provisória
sem
a
observância
dos
requisitos
da
relevância
e
urgência
(art.
62,
caput)
ou
a
criação
de
municípios
por
lei
estadual
sem
a
observância
dos
requisitos
do
art.
18,
§
4º
(caso
LEM).
É o controle realizado durante o processo legislativo de formação do ato normativo.
b) POSTERIOR
ou
REPRESSIVO
Portal: www.edemnapoli.com.vc
facebook.com/edemnapoli – twitter.com/edemnapoli – instagram.com/edemnapoli
Será
realizado
sobre
a
lei,
e
não
mais
sobre
o
projeto
de
lei,
como
ocorre
no
controle
preventivo.
Órgãos
de
controle
verificarão
a
existência
de
vício
formal
ou
material
em
determinada
lei
ou
ato
normativo.
Esses
órgãos
variam
de
acordo
com
o
sistema
de
controle
adotado
pelo
Estado,
podendo
ser
político,
jurisdicional
ou
híbrido.
• POLÍTICO
–
Cortes
(ou
Tribunais)
Constitucionais
ou
Órgãos
de
Natureza
Política.
• JURISDICIONAL
MISTO
–
Regra.
Exceções:
legislativo,
executivo,
TCU.
• HÍBRIDO
–
tanto
o
político
quanto
o
jurisdicional.
Como
vimos,
o
controle
posterior
ou
repressivo
no
Brasil,
por
regra,
é
exercido
pelo
Poder
Judiciário,
tanto
de
forma
concentrada,
como
difusamente.
Por
isso
se
diz:
jurisdicional
misto!
No Legislativo encontramos:
A
tese
a
ser
adotada
é
a
da
possibilidade
de
descumprimento
da
lei
inconstitucional
pelo
Chefe
do
Executivo.
O
STF
não
aprofunda
muito
o
assunto,
mas
sinaliza
possibilidade
de
descumprimento
por
parte
dos
subordinados,
quando
houver
determinação
nesse
sentido.
O
STJ,
com
mais
veemência,
consagra
a
tese
do
controle
posterior
ou
repressivo
pelo
Executivo.
CONTROLE DIFUSO
GENERALIDADES
Portal: www.edemnapoli.com.vc
facebook.com/edemnapoli – twitter.com/edemnapoli – instagram.com/edemnapoli
É
também
chamado
de
controle
concreto,
via
de
exceção
ou
defesa,
incidental
ou
incidenter
tantum.
Aqui
a
declaração
de
inconstitucionalidade
dá-‐se
de
forma
pré-‐judicial
(prejudicialmente)
ao
mérito.
A
alegação
de
inconstitucionalidade
será
a
causa
de
pedir
processual.
O
controle
difuso
nos
tribunais
deve
obediência
ao
comando
disposto
no
art.
97
da
CF,
que
trata
da
cláusula
de
reserva
de
plenário.
Segundo
esse
dispositivo,
somente
pelo
voto
da
maioria
absoluta
dos
seus
membros,
ou
dos
membros
do
respectivo
órgão
especial,
poderão
os
tribunais
declarar
a
inconstitucionalidade
de
lei
ou
ato
normativo
do
poder
público.
Essa tendência foi confirmada pelo art. 481 e 557, § 1º-‐A do CPC.
• INTER
PARTES
• EX
TUNC
Cabe
alertar,
contudo,
que
o
STF
já
entendeu
que,
mesmo
no
controle
difuso,
poder-‐se-‐á
dar
efeito
ex
nunc
ou
pro
futuro.
O
leading
case
foi
o
julgamento
do
RE
197.917,
pelo
qual
o
STF
reduziu
o
número
de
vereadores
do
Município
de
Mira
Estrela
de
11
para
9
e
determinou
que
a
aludida
decisão
só
atingisse
a
próxima
legislatura.
Para
Gilmar,
o
limite
dessa
modulação
temporal
da
eficácia
é
o
próprio
princípio
da
proporcionalidade.
E os efeitos, que são para as partes, poderiam ser estendidos a todas as pessoas?
Para terceiros a CF consagrou, em controle difuso, o procedimento do art. 52, X da CF.
A
expressão
no
todo
ou
em
parte
relaciona-‐se
com
o
quanto
decidido
pelo
Supremo,
não
podendo,
o
Senado,
restringir
ou
ampliar
esse
parâmetro.
Portal: www.edemnapoli.com.vc
facebook.com/edemnapoli – twitter.com/edemnapoli – instagram.com/edemnapoli
Os
efeitos
dessa
suspensão
são
ERGA
OMNES
e
EX
NUNC.
Lembrando
que
a
suspensão
é
mera
faculdade
que
assiste
ao
Senado,
não
estando
obrigado
a
fazê-‐lo.
OBS:
TEORIA
DA
TRANSCENDÊNCIA
DOS
MOTIVOS
DETERMINANTES
ou
ABSTRATIVIZAÇÃO
ou
OBJETIVAÇÃO
DO
CONTROLE
DIFUSO,
COM
BASE
NA
FORÇA
NORMATIVA
DA
CONSTTUIÇÃO
E
NA
IDÉIA
DE
MUTAÇÃO
CONSTITUCIONAL
DO
ART.
52,
X,
DA
CF
(pendente
no
STF).
CONTROLE CONCENTRADO
Também chamado de abstrato, via de ação, principal ou principaliter tantum.
Tal
controle
pode
ser
verificado
em
5
situações:
ADI
genérica,
ADI
interventiva,
ADO,
ADC
e
ADPF.
ADI GENÉRICA
Trata-‐se
de
ação
constitucional
que
tem
por
objetivo
controlar
a
constitucionalidade
de
ato
normativo
em
tese,
abstrato,
marcado
pela
generalidade,
impessoalidade
e
abstração,
e
que
tem
por
objeto
a
própria
questão
da
inconstitucionalidade,
decidida
principaliter.
OBJETO
Leis ou atos normativos que se mostrem incompatíveis com o sistema constitucional.
Podem:
• Leis
–
sentido
amplo;
todas
as
espécies
do
art.
59
da
CF
(EC,
LC,
LO,
LD,
MP,
DL,
RES).
• Regulamentos
autônomos.
• Tratados
internacionais
–
de
direitos
humanos
ou
não,
anteriores
ou
posteriores
à
reforma
da
EC
N.
45/04.
Não podem:
COMPETÊNCIA
LEGITIMIDADE
Art.103.
Para
totalizar
12
legitimados
ativos,
distribuem-‐se
três
blocos
contendo,
cada
um,
quatro
legitimados.
Seguindo
a
ordem
das
letras
(M.A.E.),
tem-‐se:
4
mesas,
4
autoridades
e
4
entidades.
Passa-‐se
à
análise:
4 Mesas:
4 Autoridades:
4 Entidades:
Portal: www.edemnapoli.com.vc
facebook.com/edemnapoli – twitter.com/edemnapoli – instagram.com/edemnapoli
• UNIVERSAIS
/
NEUTROS:
Presidente
da
República,
Mesa
da
CD,
Mesa
do
SF,
Conselho
Federal
da
OAB,
PGR,
partido
político
com
representação
no
Congresso
Nacional.
• ESPECIAIS
/
INTERESSADOS:
Governador
do
Estado
ou
do
DF,
Mesa
da
Assembléia
Legislativa
ou
da
Câmara
Legislativa
do
Distrito
Federal,
confederação
sindical
ou
entidade
de
classe
de
âmbito
nacional.
Estes
legitimados
especiais
ou
interessados
deverão
demonstrar
pertinência
temática.
OBS:
PRECISAM
DE
ADVOGADO
–
PARTIDO
POLÍTICO
COM
REPRESENTAÇÃO
NO
CONGRESSO
NACIONAL
E
CONFEDERAÇÃO
SINDICAL
OU
ENTIDADE
DE
CLASSE
DE
ÂMBITO
NACIONAL.
QUANTO
AOS
DEMAIS,
DIZ
O
STF
QUE
A
CAPACIDADE
POSTULATÓRIA
DECORRE
DA
PRÓPRIA
CONSTITUIÇÃO.
“AMICUS CURIAE”
Como
regra,
tem-‐se
o
art.
7º,
caput,
da
Lei
9.868/99,
que
veda
a
“intervenção
de
terceiros
no
processo
de
ação
direta
de
inconstitucionalidade”.
Entretanto,
o
§
2º
do
mesmo
art.
7º
estabelece
que
“o
relator,
considerando
a
relevância
da
matéria
e
a
representatividade
dos
postulantes,
poderá,
por
despacho
irrecorrível,
admitir
a
manifestação
de
outros
órgãos
ou
entidades”.
Trata-‐se,
na
feliz
expressão
do
Ministro
Celso
de
Mello,
de
instituto
que
vem
no
sentido
de
pluralizar
o
debate
constitucional.
É,
portanto,
sem
dúvida,
fator
de
legitimação
social
das
decisões
da
Suprema
Corte.
Hoje se admite inclusive a sustentação oral do “AMICUS CURIAE” (amigo de corte).
Por
fim,
entende-‐se
perfeitamente
possível
a
aplicação,
por
analogia,
da
regra
que
admite
o
amicus
curiae
na
ADI
para
a
ADC
e,
excepcionalmente
(e
desde
que
configuradas
as
hipóteses
de
cabimento),
para
a
ADPF.
Os
efeitos
gerais
da
declaração
de
inconstitucionalidade
no
controle
concentrado,
por
meio
da
ADI,
podem
ser
resumidos:
• ERGA
OMNES
• EX
TUNC
*
• VINCULANTE
em
relação
aos
órgãos
do
Poder
Judiciário
e
da
Administração
Pública
federal,
estadual,
municipal
e
distrital.
Portal: www.edemnapoli.com.vc
facebook.com/edemnapoli – twitter.com/edemnapoli – instagram.com/edemnapoli
*
Excepcionalmente,
como
exceção
à
regra
geral
do
princípio
da
nulidade,
tendo
em
vista
razões
de
segurança
jurídica
ou
de
excepcional
interesse
social,
poderá
o
STF,
por
maioria
qualificada
de
2/3
de
seus
Ministros,
restringir
os
efeitos
da
declaração
ou
decidir
que
ela
só
tenha
eficácia
a
partir
do
seu
trânsito
em
julgado
ou
de
outro
momento
que
venha
a
ser
fixado.
Vale
ressaltar
que
o
efeito
vinculante
atinge
somente
o
Judiciário
e
o
Executivo,
não
podendo
ser
estendido
ao
legislativo,
que
poderá,
inclusive,
editar
nova
lei
em
sentido
contrário
da
decisão
dada
pelo
STF
em
controle
de
constitucionalidade
concentrado
ou
edição
de
súmula
vinculante.
Entendimento
diverso
significaria
o
“inconcebível
fenômeno
de
fossilização
da
Constituição”
(Inf.
386/STF).
EFEITO REPRISTINATÓRIO
PEDIDO CAUTELAR
Desde
que
presentes
os
requisitos
do
periculum
in
mora
e
do
fumus
boni
iuris,
poderá
ser
concedida
a
liminar
suspendendo
a
eficácia
do
ato
normativo.
Lembrando
que,
segundo
o
STF,
a
concessão
de
medida
cautelar
torna
aplicável
a
legislação
anterior
acaso
existente,
salvo
expressa
manifestação
em
sentido
contrário.
A
ação
declaratória
de
constitucionalidade
foi
introduzida
no
ordenamento
jurídico
brasileiro
pela
EC
3/93,
através
da
alteração
do
art.
102,
I,
a,
e
acréscimo
do
§
2º
ao
artigo
102,
bem
como
do
§
4º
ao
art.
103,
tendo
sido
regulamentado
o
seu
processo
e
julgamento
pela
lei
9.868/99.
Busca-‐se
por
meio
dessa
ação
declarar
a
constitucionalidade
de
lei
ou
ato
normativo
federal.
Portal: www.edemnapoli.com.vc
facebook.com/edemnapoli – twitter.com/edemnapoli – instagram.com/edemnapoli
O
grande
objetivo
e
utilidade
desta
ação,
portanto,
é
transformar
uma
presunção
relativa
de
constitucionalidade
em
presunção
absoluta
(jure
et
de
jure),
não
mais
se
admitindo
prova
em
contrário.
Ou
seja,
julgada
procedente
a
ADC,
tal
decisão
vinculará
os
órgãos
do
Poder
Judiciário
e
a
administração
pública,
que
não
mais
poderão
declarar
a
inconstitucionalidade
da
aludida
lei,
ou
agir
em
desconformidade
com
a
decisão
do
STF,
afinal,
a
sua
presunção
de
constitucionalidade,
agora,
será
absoluta.
OBJETO
O
objeto
da
referida
ação
é
lei
ou
ato
normativo
federal.
CUIDADO!
É
diferente
do
que
ocorre
com
a
ADIN
genérica,
cujo
objeto
engloba,
também,
a
lei
ou
ato
normativo
estadual
-‐102,
§
2º.
COMPETÊNCIA
O órgão competente para apreciar a ADC é o STF, conforme estabelece o art. 102, I, “a”, CF/88.
LEGITIMIDADE
Antes
da
EC
45/04,
os
legitimados
para
a
propositura
da
referida
ação
eram
apenas
quatro,
de
acordo
com
o
art.
103,
§
4º,
da
CF/88,
quais
sejam:
a)
Presidente
da
República;
b)
Mesa
do
Senado
Federal;
c)
Mesa
da
Câmara
dos
Deputados;
d)
Procurador-‐Geral
da
República.
Com
a
revogação
do
§
4º
e
a
nova
redação
do
caput
do
art.
103,
pela
aludida
emenda,
os
legitimados
para
a
propositura
da
ADC
passaram
a
ser
os
mesmos
da
ADI
genérica.
OBSERVAÇÕES PROCEDIMENTAIS
• Não
existe
lógica
em
determinar
a
citação
do
AGU
na
medida
em
que
inexiste
ato
ou
texto
impugnado,
já
que
se
afirma
a
constitucionalidade
na
inicial.
• Um
requisito
intrínseco
à
inicial,
conforme
vem
relatando
o
STF,
necessário
para
o
conhecimento
e
análise
do
mérito,
seria
a
demonstração
da
“controvérsia
judicial
que
põe
risco
à
presunção
de
constitucionalidade
do
ato
normativo
sob
exame...
permitindo
à
Corte
o
conhecimento
das
alegações
em
favor
da
constitucionalidade
e
contra
ela,
e
do
modo
com
estão
sendo
decididas
num
ou
noutro
sentido”.
• As
regras
para
votação
e
quorum
são
as
mesmas
expostas
na
ADI
genérica,
qual
seja,
desde
que
presente
o
quorum
de
instalação
da
sessão
de
julgamento
de
8
Ministros,
a
declaração
de
constitucionalidade
dar-‐se-‐á
pelo
quorum
da
maioria
absoluta
dos
11
Ministros
do
STF,
qual
seja,
pelo
menos
6
deverão
posicionar-‐se
favoráveis
à
procedência
da
ação.
Portal: www.edemnapoli.com.vc
facebook.com/edemnapoli – twitter.com/edemnapoli – instagram.com/edemnapoli
• É
vedada
a
intervenção
de
terceiros
(salvo
a
sui
generis),
e
a
desistência
da
ação
após
a
sua
propositura.
A
decisão
é
irrecorrível,
ressalvada
a
interposição
de
embargos
declaratórios,
não
podendo
ser
objeto
de
ação
rescisória.
É possível sistematizar os efeitos da decisão em ADC como sendo:
O
art.
21
estabelece
que
o
STF,
por
decisão
da
maioria
absoluta
de
seus
membros,
poderá
deferir
pedido
de
medida
cautelar
na
ADC,
consistente
na
determinação
de
que
os
juízes
e
os
tribunais
suspendam
o
julgamento
dos
processos
que
envolvam
a
aplicação
da
lei
ou
do
ato
normativo
objeto
da
ação,
até
o
seu
julgamento
definitivo.
Essa
suspensão
perdurará
apenas
por
180
dias
contados
da
publicação
da
parte
dispositiva
da
decisão
do
DOU,
prazo
esse
definido
pela
Lei
para
que
o
tribunal
julgue
a
ação
declaratória.
Trata-‐se
do
chamado
EFEITO
AVOCATÓRIO
presente
na
cautelar
de
ADC.
Findo tal prazo, sem julgamento, cessará a eficácia da medida cautelar.
Vale
ressaltar
que
o
STF,
por
votação
majoritária,
pacificou
entendimento
segundo
o
qual
é
perfeitamente
possível
a
atribuição
de
efeito
vinculante
e
erga
omnes
em
sede
de
liminar
(decisão
não
definitiva
de
mérito)
na
ADC,
tendo
em
vista
o
poder
geral
de
cautela
da
Corte,
podendo
suas
decisões
ser
preservadas
pelo
instrumento
da
reclamação.
GENERALIDADES
Nos
termos
do
art.
125,
§
2º,
da
CF/88,
cabe
aos
Estados
a
instituição
de
representação
de
inconstitucionalidade
de
leis
ou
atos
normativos
estaduais
ou
municipais
em
face
da
Constituição
Estadual,
vedada
a
atribuição
da
legitimação
para
agir
a
um
único
órgão.
Pelo
princípio
da
simetria,
muito
embora
o
art.
125,
§
2º,
tenha
fixado
somente
a
possibilidade
de
instituição
de
representação
de
inconstitucionalidade
(que
corresponderia
à
ADI),
parece-‐nos
perfeitamente
possível
que,
desde
que
respeitadas
as
regras
da
CF/88,
se
implementem
os
demais
meios
de
controle,
especialmente
a
ADI
por
omissão
para
combater
a
inércia
do
Legislativo
estadual.
OBJETO
O
controle
abstrato
estadual
terá
por
objeto
exclusivamente
leis
ou
atos
normativos
estaduais
ou
municipais.
Assim, tem-‐se que as leis federais só poderão ser objeto de controle abstrato perante o STF.
COMPETÊNCIA
Conforme
verificado
no
art.
125,
§
2º,
somente
o
TJ
local
será
o
órgão
competente
para,
exercendo
competência
originária,
julgar
o
controle
de
constitucionalidade
abstrato
estadual.
LEGITIMADOS
Assim,
cabe
às
Constituições
Estaduais
a
delimitação
da
regra,
e,
nesse
sentido,
como
se
trata
de
manifestação
do
poder
constituinte
derivado
decorrente,
deve-‐se
respeitar,
pela
simetria,
o
art.
103
da
CF,
conforme
se
verifica
na
tabela
abaixo:
Art.
103
–
Legitimados
para
Art.
125,
§
2º
-‐
Legitimados
Art.
125,
§
2º
-‐
Legitimados
o
controle
concentrado
para
o
controle
concentrado
para
o
controle
concentrado
perante
o
STF
perante
o
TJ
local
–
simetria
perante
o
TJ
local
–
simetria
–
especialmente
em
relação
a
leis
ou
atos
municipais
Presidente
Governador
Prefeito
Mesa
da
CD
e
do
SF
Mesa
da
Assembléia
Leg.
Mesa
da
Câmara
Municipal
PGR
PGJ
Conselho
Federal
da
OAB
Conselho
Seccional
da
OAB
Partido
político
com
Partido
político
com
Partido
político
com
representação
no
CN
representação
na
Assembléia
representação
na
Câmara
M.
Confederação
sindical
ou
Federação
sindical
ou
entidade
de
classe
de
âmbito
entidade
de
classe
de
âmbito
nacional
estadual
Dentro
dessa
temática,
importante
atentar
para
uma
situação:
as
leis
estaduais,
em
se
tratando
de
controle
concentrado
pela
via
em
abstrato,
sofrem
dupla
fiscalização,
tanto
por
meio
de
ADI
no
TJ
e
tendo
como
parâmetro
a
CE,
como
perante
o
STF
e
tendo
como
parâmetro
a
CF.
Isso
significa
que
a
mesma
lei
estadual
poderá
ser
objeto
de
controle
concentrado
no
TJ
e
no
STF.
Se
isso
acontecer,
estaremos
diante
do
fenômeno
da
SIMULTANEIDADE
DE
AÇÕES
DIRETAS
DE
INCONSTITUCIONALIDADE.
• STF
declara
inconstitucional
a
lei
estadual
perante
a
CF
–
a
ADI
estadual
perderá
o
seu
objeto,
não
produzindo
a
lei
mais
efeitos
no
referido
Estado.
• STF
declara
constitucional
a
lei
estadual
perante
a
CF
–
o
TJ
poderá
prosseguir
o
julgamento
da
ADI
da
lei
estadual
perante
a
CE,
pois,
perante
a
CE,
a
referida
lei
poderá
ser
incompatível
(mas,
naturalmente,
desde
que
seja
por
fundamento
diverso).
Vamos
imaginar
agora
que
a
ação
seja
proposta
perante
o
TJ
estadual
e
que
este
julgue
a
ação
que
transita
em
julgado.
Poderá
no
futuro
a
mesma
lei
ser
examinada
em
controle
abstrato
perante
o
STF
e
tendo
como
parâmetro
a
CF?
Duas
são
as
hipóteses.
Por
fim,
vale
registrar
a
possibilidade
de
o
STF
exercer
controle
de
constitucionalidade
de
lei
municipal
perante
a
CF
e
com
efeitos
erga
omnes,
se
na
análise
inicial
do
controle
abstrato
estadual
a
lei
municipal
foi
confrontada
em
relação
à
norma
da
CE
de
reprodução
obrigatória
e
compulsória
da
CF.
Isto
porque,
dessa
decisão
caberá
recurso
extraordinário
para
o
STF,
e,
malgrado
seja
instrumento
típico
do
controlo
difuso,
a
decisão
no
julgamento
desse
RE
produzirá
os
mesmos
efeitos
da
ADI,
ou
seja,
por
regra,
erga
omnes,
ex
tunc
e
vinculante,
Portal: www.edemnapoli.com.vc
facebook.com/edemnapoli – twitter.com/edemnapoli – instagram.com/edemnapoli
podendo
o
STF,
naturalmente,
nos
termos
do
art.
27
da
Lei
9.868/99,
modular
os
efeitos
da
decisão.
Portanto,
não
se
aplicará
a
regra
do
art.
52,
X,
não
tendo
o
Senado
Federal
qualquer
participação.
CONSTITUIÇÃO FEDERAL:
STF:
QUESTÕES CORRELATAS
GABARITO:
I. E
II. E
III. E
IV. E
V. E
Portal: www.edemnapoli.com.vc
facebook.com/edemnapoli – twitter.com/edemnapoli – instagram.com/edemnapoli
“Há tantas pessoas lá fora que irão te dizer que você não consegue. O que você deve
fazer é virar para elas e dizer: me observe”.
DO PODER LEGISLATIVO
No
art.
48,
para
dispor
sobre
todas
as
matérias
de
competência
da
União,
encontram-‐se
as
atribuições
legislativas
do
Congresso
que,
como
tais,
dependem
de
sanção
do
Presidente
da
República
para
que
sejam
aperfeiçoadas.
Tais
atribuições,
como
ressaltado,
não
têm
natureza
legislativa,
ao
contrário,
são
competências
políticas
próprias
que,
inclusive,
se
materializam
por
meio
de
decreto
legislativo.
Para as provas, recomenda-‐se uma leitura atenta de cada um desses artigos.
Exemplos
dessa
constatação
são
os
incisos
II,
III,
V,
VIII,
IX,
X
e
XIV.
Em
síntese,
tais
dispositivos
consagram,
respectivamente:
Principais características
Senado Federal
Principais características
Portal: www.edemnapoli.com.vc
facebook.com/edemnapoli – twitter.com/edemnapoli – instagram.com/edemnapoli
Imunidades parlamentares
Tais
imunidades
podem
ser
identificadas
como
prerrogativas
daqueles
que
exercem
a
função
parlamentar
e
possuem
como
objetivo
permitir
um
desempenho
livre
e
independente
do
mandato.
A
doutrina
costuma
classificar
as
imunidades
em:
a)
material
(real,
substantiva,
também
chamada
de
inviolabilidade
parlamentar);
b)
processual
(formal
ou
adjetiva,
que
pode
ser
tanto
em
ralação
à
prisão,
quanto
em
relação
ao
processo).
Ao
lado
dessas
imunidades
alguns
doutrinadores
ainda
inserem
o
estudo
do
foro
privilegiado
ou
por
prerrogativa
de
função.
Portal: www.edemnapoli.com.vc
facebook.com/edemnapoli – twitter.com/edemnapoli – instagram.com/edemnapoli
A
Constituição
Federal,
no
caput
do
art.
53,
consagra
essa
primeira
espécie
de
imunidade.
Segundo
esse
dispositivo,
os
Deputados
e
Senadores
são
invioláveis,
civil
e
penalmente,
por
quiser
de
suas
opiniões
palavras
e
votos.
É
a
consagração
da
imunidade
material
ou
inviolabilidade
parlamentar.
a) Prisão
A
imunidade
formal
ou
processual
para
a
prisão
está
prevista
na
Carta
Magna
no
art.
53,
§
3º.
A
partir
deste
enunciado,
fica
estabelecido
que
desde
a
expedição
do
diploma,
os
membros
do
Congresso
Nacional
(Deputados
Federais
e
Senadores
da
República)
não
poderão
ser
presos,
salvo
em
flagrante
de
crime
inafiançável.
Ainda
assim,
neste
caso,
o
texto
determina
que
os
autos
sejam
remetidos
dentro
de
24
horas
à
Casa
respectiva,
para
que,
pelo
voto
da
maioria
de
seus
membros
(maioria
absoluta,
segundo
o
STF),
resolva
sobre
a
prisão.
É
importante
perceber
que
a
aquisição
desta
imunidade
se
dá
com
a
diplomação,
e
não
com
a
posse
(momento
posterior)
como
costumam
colocar
as
bancas
examinadoras
com
o
objetivo
de
induzir
o
candidato
ao
erro.
Nesse
sentido,
é
possível
concluir
que
para
a
manutenção
da
prisão
em
flagrante
delito
de
crime
inafiançável,
a
aprovação
pela
casa,
mediante
voto
aberto,
se
apresenta
como
uma
condição
indispensável.
Portal: www.edemnapoli.com.vc
facebook.com/edemnapoli – twitter.com/edemnapoli – instagram.com/edemnapoli
b) Processo
Assim,
conforme
a
previsão
do
art.
53,
§
3º,
da
CF,
recebida
a
denúncia
contra
Senador
ou
Deputado,
por
crime
ocorrido
após
a
diplomação,
o
Supremo
Tribunal
Federal
dará
ciência
à
casa
respectiva,
que,
por
iniciativa
de
partido
político
nela
representado
e
pelo
voto
da
maioria
de
seus
membros
(maioria
absoluta,
quórum
qualificado),
poderá,
até
a
decisão
final,
sustar
o
andamento
da
ação.
Novamente
percebe-‐se
que
o
momento
a
partir
do
qual
o
parlamentar
passa
a
gozar
da
imunidade
é
a
diplomação,
e
não
a
posse.
Além
disso,
a
partir
do
atual
regramento,
a
prerrogativa
apenas
está
relacionada
com
os
crimes
praticados
após
a
diplomação,
não
antes.
Assim,
conclui
a
doutrina
que
independentemente
do
tipo
de
crime
que
tenha
sido
praticado,
a
competência
para
o
processamento
desses
parlamentares
é
do
Pretório
Excelso,
confirmando,
assim,
o
foro
por
prerrogativa
de
função.
Lembrando
que,
segundo
a
jurisprudência
do
STF
confirmada
em
sede
de
ação
direta
de
inconstitucionalidade
(ADIN),
caso
o
mandato
termine
antes
do
fim
do
processo,
não
ocorrerá
o
fenômeno
da
perpetuatio
jurisdictionis
(perpetuação
da
jurisdição),
não
competindo
mais
à
Suprema
Corte
dar
sequência
ao
processo
e
julgamento.
Já
na
hipótese
de
crime
praticado
por
alguém
que
não
era
parlamentar
e,
no
curso
do
processo,
se
elege
Deputado
Federal
ou
Senador
da
República,
a
orientação
é
que
o
processo
seja
imediatamente
remetido
ao
STF
para
que
este,
estando
presentes
os
requisitos,
dê
andamento
à
ação.
Portal: www.edemnapoli.com.vc
facebook.com/edemnapoli – twitter.com/edemnapoli – instagram.com/edemnapoli
Porém,
neste
caso,
por
se
tratar
de
um
crime
praticado
antes
da
diplomação,
muito
embora
o
processo
seja
remetido
para
o
Supremo,
este
não
terá
que
dar
ciência
à
casa
respectiva
que,
por
sua
vez,
também
não
poderá
interferir
na
ação.
Não
há
que
se
falar
aqui,
portanto,
na
existência
de
imunidade
processual.
Além
disso,
como
tais
privilégios
estão
relacionados
ao
efetivo
desempenho
das
atividades
inerentes
à
função
parlamentar,
tais
prerrogativas
não
são
estendidas
aos
suplentes,
que
também
não
poderão
se
beneficiar
do
foro
por
prerrogativa
de
função.
No
âmbito
dos
Estados-‐membros,
o
art.
27,
§
1º,
da
CF/88,
consagra
que
se
aplicam
aos
Deputados
Estaduais
as
mesmas
regras
previstas
na
Constituição
sobre
sistema
eleitoral,
inviolabilidade,
imunidades,
remuneração,
perda
de
mandato,
licença,
impedimentos
e
incorporação
às
Forças
Armadas.
A
partir
deste
enunciado
atenta-‐se
apenas
para
a
necessidade
de
adaptação
de
tais
regras
à
esfera
estadual,
em
sintonia
com
o
princípio
da
simetria
ou
paralelismo
das
formas.
Assim,
onde
se
lê
Câmara
dos
Deputados
e
Senado
Federal,
leia-‐se
Assembleia
Legislativa.
E
onde
há
referência
ao
Supremo
Tribunal
Federal,
leia-‐se
Tribunal
de
Justiça.
Finalmente,
no
âmbito
municipal,
o
Texto
Maior
no
art.
29,
VIII,
prevê
a
imunidade
dos
Vereadores
por
suas
opiniões,
palavras
e
votos
no
exercício
do
mandato
e
na
circunscrição
do
Município.
Portal: www.edemnapoli.com.vc
facebook.com/edemnapoli – twitter.com/edemnapoli – instagram.com/edemnapoli
De
acordo
com
o
artigo
58,
§
3º,
da
CF,
as
comissões
parlamentares
de
inquérito
têm
poderes
de
investigação
próprios
das
autoridades
judiciais,
além
de
outros
previstos
nos
regimentos
internos
das
respectivas
Casas
Legislativas.
Concluída
a
investigação,
sendo
o
caso,
as
conclusões
serão
encaminhadas
ao
Ministério
Público
para
que
se
promova
a
responsabilidade
civil
ou
criminal
dos
infratores.
De
um
modo
geral,
a
composição
de
uma
CPI
deve
traduzir
a
representação
proporcional
dos
partidos
políticos
que
participam
da
respectiva
Casa.
No
que
tange
ao
requerimento,
a
CPI
poderá
ser
criada
pela
Câmara
dos
Deputados
e
pelo
Senado
Federal,
de
modo
conjunto
(comissão
parlamentar
mista
de
inquérito
–
CPMI)
ou
separadamente
(comissão
exclusiva).
Exige-‐se,
portanto,
requerimento
de
um
terço
dos
membros
da
Câmara
Federal,
sendo
a
comissão
criada
pelos
Deputados,
ou
de
um
terço
dos
membros
do
Senado,
na
hipótese
da
comissão
ser
criada
pelos
Senadores
da
República
(comissões
exclusivas).
A
doutrina
afirma
que
a
CPI
possui
poderes
instrutórios
e
investigatórios,
mas
não
possui
poder
geral
de
cautela.
De
outro
modo,
por
não
poderem
praticar
atos
de
jurisdição
exclusivos
do
Poder
Judiciário,
não
podem
as
CPIs:
Reitere-‐se,
por
fim,
que
as
comissões
parlamentares
de
inquérito
não
são
órgãos
de
acusação
ou
julgamento,
mas
apenas
de
investigação.
Justamente
por
isso,
podem,
sim,
sofrer
controle
pelo
Poder
Judiciário.
DO PODER EXECUTIVO
Segundo
a
doutrina
de
Pedro
Lenza,
sistemas
de
governo
são
fórmulas
concebidas
para
se
aferir
o
grau
de
dependência
nas
relações
travadas
entre
o
Poder
Executivo
e
o
Poder
Legislativo.
Tais
sistemas
podem
ser:
parlamentarismo
ou
presidencialismo.
Num
regime
de
total
independência
encontra-‐se
o
presidencialismo,
enquanto
que
num
regime
de
relativa
dependência,
situa-‐se
o
parlamentarismo.
Essa
conclusão
pode
ser
encontrada
a
partir
da
análise
da
forma
como
as
atividades
de
chefia
de
Estado
e
chefia
de
Governo
são
distribuídas
em
cada
um
dos
sistemas.
No
sistema
presidencialista,
tanto
as
funções
de
chefe
de
Estado,
quanto
as
atribuições
de
chefe
de
Governo
são
atribuídas
à
mesma
pessoa,
qual
seja:
o
Presidente
da
República.
Neste
caso,
ao
parlamento,
tipicamente,
só
cabe
legislar,
não
participando
da
direção
da
vida
política
nacional
nem
da
implementação
das
políticas
públicas
constitucionalmente
previstas.
Como principais características de cada um dos sistemas, é possível encontrar:
Portal: www.edemnapoli.com.vc
facebook.com/edemnapoli – twitter.com/edemnapoli – instagram.com/edemnapoli
Vale
registrar
que
este
sistema,
inclusive,
foi
confirmado
na
vigência
da
Constituição
de
1988
a
partir
de
uma
consulta
plebiscitária
autorizada
pelo
art.
2º
do
ADCT.
Esse
dispositivo
previu
que
no
dia
7
de
setembro
de
1993
o
eleitorado
iria
definir,
através
de
plebiscito,
a
forma
(república
ou
monarquia
constitucional)
e
o
sistema
de
governo
(parlamentarismo
ou
presidencialismo)
que
devem
vigorar
no
país.
Como
resultado,
venceu
a
forma
republicana
e
o
sistema
presidencialista
de
governo.
As
atribuições
do
Presidente
da
República
foram
previstas
na
Constituição
de
1988
no
art.
84.
Neste
dispositivo,
portanto,
é
possível
encontrar
não
só
as
competências
caracterizadoras
da
chefia
de
Estado
(marcadas
pela
representação
internacional
do
Brasil),
como
também
da
chefia
de
Governo
(relacionadas
à
condição
da
vida
política
nacional
no
âmbito
interno).
De
logo,
insta
salientar
que
tais
atribuições
não
encerram
um
rol
taxativo,
vale
dizer,
numerus
clausus.
Ao
contrário,
a
previsão
específica
dessas
competências
não
exclui
outras
Portal: www.edemnapoli.com.vc
facebook.com/edemnapoli – twitter.com/edemnapoli – instagram.com/edemnapoli
que
decorrem
do
próprio
texto
constitucional.
O
rol,
portanto,
é
meramente
exemplificativo,
é
dizer,
numerus
apertus.
Outro
não
é
o
entendimento
que
pode
ser
extraído
do
inciso
XXVII
desse
mesmo
artigo.
Segundo
esse
dispositivo,
também
compete
ao
Presidente
do
Brasil
exercer
outras
atribuições
previstas
na
Constituição.
De
fato,
não
seria
razoável
imaginar
que
todas
as
atribuições
possíveis
e
imagináveis
de
um
Presidente
da
República
viessem
taxativamente
previstas
em
um
texto
contendo
vinte
e
sete
incisos.
Outro
ponto
digno
de
nota
diz
respeito
à
possibilidade
de
tais
competências
serem
delegadas.
Quem
responde
é
o
próprio
art.
84
da
CF,
em
seu
parágrafo
único.
Com
essa
previsão,
tem-‐se
que
o
Presidente
da
República
poderá
delegar
as
atribuições
previstas
nos
incisos
VI,
XII
e
XXV,
primeira
parte,
aos
Ministros
de
Estado,
ao
Procurador-‐
Geral
da
República
ou
ao
Advogado-‐Geral
da
União,
que
deverão
observar
os
limites
traçados
nas
respectivas
delegações.
XII
–
conceder
indulto
e
comutar
penas,
com
audiência,
se
necessário,
dos
órgãos
instituídos
em
lei.
XXV – prover os cargos públicos federais na forma de lei.
Observe
que
no
inciso
XXV
não
é
passível
de
delegação
a
competência
para
a
extinção
dos
cargos
públicos
federais,
mas
só
para
provimento.
Tudo
isso
porque
o
parágrafo
único
do
artigo
só
se
refere
à
primeira
parte
do
dispositivo,
e
não
à
sua
integralidade.
Ressalte-‐se,
ainda,
que
essa
extinção
de
cargos
públicos
federais,
que
não
é
passível
de
delegação,
não
se
confunde
com
a
extinção
de
funções
ou
cargos
públicos
do
inciso
VI,
alínea
“b”,
esta,
por
sua
vez,
possível
de
ser
delegada.
Não
se
trata
de
paradoxo
(contradição),
é
que
a
partir
da
leitura
deste
último
dispositivo,
o
que
se
percebe
é
que
só
é
possível
a
delegação
da
extinção
de
cargos
públicos
quando
eles
estiverem
vagos,
ressalva
esta,
como
se
percebe,
que
não
foi
feita
no
inciso
XXV.
Portal: www.edemnapoli.com.vc
facebook.com/edemnapoli – twitter.com/edemnapoli – instagram.com/edemnapoli
A
partir
de
agora
será
analisada
a
responsabilização
do
Presidente
da
República
quando
da
prática
de
crimes
de
responsabilidade
e
de
crimes
comuns.
Essas
infrações
podem
ou
não
constituir
tipos
penais.
Quando
constituem,
são
chamadas
de
crimes
de
responsabilidade
próprios
(contando,
inclusive,
com
previsão
no
Código
Penal
e
na
legislação
especial).
Na
Constituição
Federal
de
1988
tais
infrações
políticas
estão
disciplinadas
no
art.
85.
Com
esse
dispositivo,
são
crimes
de
responsabilidade
os
atos
do
Presidente
da
República
que
atentem
contra
a
Constituição
Federal
e,
especialmente,
contra:
II
–
o
livre
exercício
do
Poder
Legislativo,
do
Poder
Judiciário,
do
Ministério
Público
e
dos
Poderes
constitucionais
das
unidades
da
Federação;
VI – a lei orçamentária;
Com
o
parágrafo
único
tem-‐se
que
esses
crimes
serão
definidos
em
lei
especial,
que
estabelecerá
as
normas
de
processo
e
julgamento.
Trata-‐se
da
Lei
n.
1.079/50,
que
foi
alterada
pela
Lei
n.
10.028/2000,
ampliando
o
rol
das
infrações
político-‐administrativas,
com
ênfase
em
relação
aos
crimes
contra
a
lei
orçamentária.
a) Fase inicial
A
fase
inicial
se
dá
mediante
o
oferecimento
de
uma
acusação,
por
qualquer
cidadão
no
pleno
gozo
dos
seus
direitos
políticos,
no
âmbito
da
Câmara
dos
Deputados,
contra
o
Portal: www.edemnapoli.com.vc
facebook.com/edemnapoli – twitter.com/edemnapoli – instagram.com/edemnapoli
Presidente
da
República,
pela
prática
de
uma
das
infrações
político-‐administrativas
arroladas
como
ensejadoras
de
crime
de
responsabilidade.
Caso
a
Câmara
entenda
que
a
acusação
preenche
os
requisitos
de
procedibilidade,
o
que
dependerá
da
maioria
qualificada
de
2/3
dos
seus
membros,
admitida
estará
a
instauração
do
processo
no
âmbito
do
Senado
Federal,
dando
início
à
segunda
fase.
b) Fase final
Como
visto,
a
fase
final
ocorre
no
âmbito
do
Senado
Federal,
que
deverá
instaurar
o
processo
caso
seja
admitida
a
acusação
por
2/3
dos
membros
da
Câmara
dos
Deputados,
exercendo
um
juízo
de
processamento,
atuando
como
tribunal
de
julgamento.
Essa
sessão
no
âmbito
do
Senado
será
presidida
pelo
Presidente
do
Supremo
Tribunal
Federal,
consoante
disposição
do
art.
52,
parágrafo
único,
da
CF/88.
Exercendo
o
julgamento,
os
Senadores
da
República
poderão
absolver
o
acusado
ou
condená-‐lo
pela
prática
de
crime
de
responsabilidade.
Lembrando
que,
assim
como
na
aceitação
da
acusação
pela
Câmara
dos
Deputados,
o
quórum
para
a
condenação,
que
terá
a
forma
de
resolução
do
Congresso
Nacional,
também
é
de
2/3
dos
membros.
Ainda
à
luz
do
art.
52,
parágrafo
único,
da
CF,
a
condenação
limitar-‐se-‐á
à
perda
do
cargo,
com
inabilitação,
por
oito
anos,
para
o
exercício
de
função
pública,
sem
prejuízo
das
demais
sanções
judiciais
cabíveis.
Sintetizando:
Também
não
se
deve
perder
de
vista
a
regra
segundo
a
qual
após
a
instauração
do
processo
pelo
Senado
nos
crimes
de
responsabilidade,
o
Presidente
ficará
suspenso
de
suas
funções
pelo
prazo
de
180
dias
(CF,
art.
86,
§
1º,
II).
Portal: www.edemnapoli.com.vc
facebook.com/edemnapoli – twitter.com/edemnapoli – instagram.com/edemnapoli
Crimes comuns
a) Fase inicial
A
fase
inicial
também
acontece
no
âmbito
da
Câmara
dos
Deputados,
que
exercendo
um
juízo
de
admissibilidade,
atuando
tal
qual
um
tribunal
de
pronúncia,
pode
aceitar
ou
não
a
acusação
contra
o
Presidente
da
República,
também
pelo
quórum
de
2/3
dos
seus
membros.
Essa
acusação
terá
a
forma
de
denúncia,
em
se
tratando
de
crime
de
ação
penal
pública,
ofertada
pelo
Procurador-‐Geral
da
República,
ou
poderá
assumir
a
forma
de
queixa-‐crime,
em
se
tratando
de
crime
de
ação
penal
privada,
a
se
oferecida
pelo
próprio
ofendido.
b) Fase
final
Essa
competência
originária
do
STF
para
julgamento
do
Presidente
da
República
abrange
todas
as
modalidades
de
ilícitos
penais,
alcançando
também
os
crimes
eleitorais,
os
crimes
dolosos
contra
a
vida
e,
inclusive,
as
contravenções
penais.
Vale
ressaltar
que,
em
nome
do
princípio
da
separação
dos
Poderes,
o
Pretório
Excelso
não
está
obrigado
a
receber
a
denúncia
ou
queixa-‐crime,
ainda
que
tenha
havido
autorização
por
parte
da
Câmara
dos
Deputados,
ao
contrário
do
que
ocorre
nos
crimes
de
responsabilidade.
Caso
a
Corte
Suprema
entenda
que
ele
seja
culpado
e
julgue
procedente
o
pedido,
a
condenação
aqui
será
aquela
prevista
no
próprio
tipo
penal,
ocorrendo
a
perda
do
cargo
apenas
de
modo
indireto
como
uma
consequência
da
suspensão
dos
direitos
políticos
operada
por
força
do
art.
15,
III,
da
CF/88.
Vale
lembrar
que
do
mesmo
modo
como
ocorre
nos
crimes
de
responsabilidade,
recebida
a
denúncia
ou
queixa-‐crime,
o
Presidente
da
República
ficará
suspenso
das
suas
funções
pelo
prazo
de
180
dias
(CF,
art.
86,
§
1º,
I).
Portal: www.edemnapoli.com.vc
facebook.com/edemnapoli – twitter.com/edemnapoli – instagram.com/edemnapoli
Novamente
aqui,
findo
esse
prazo
sem
que
tenha
havido
julgamento,
cessará
o
afastamento
do
Presidente,
sem
prejuízo
do
regular
prosseguimento
do
processo
(CF,
art.
86,
§
2º).
Ainda
nos
termos
do
art.
86,
§
3º,
enquanto
não
sobrevier
sentença
condenatória,
nas
infrações
comuns,
o
Presidente
da
República
não
estará
sujeito
à
prisão.
A
Constituição
Federal
consagra,
em
seu
art.
86,
§
4º,
a
chamada
imunidade
presidencial
ou
cláusula
de
irresponsabilidade
penal
relativa.
Segundo
esse
dispositivo,
durante
a
vigência
do
seu
mandato,
o
Presidente
da
República
não
poderá
ser
responsabilizado
por
atos
estranhos
ao
exercício
de
suas
funções.
Noutras
palavras,
caso
ele
tenha
praticado
uma
infração
criminal
(ilícito
penal),
antes
de
assumir
o
cargo
de
Presidente,
ou
depois
dessa
assunção,
porém
sem
nenhuma
relação
funcional,
gozará
da
cláusula
de
irresponsabilidade
penal
relativa.
Ou
seja,
enquanto
estiver
no
cargo,
não
poderá
ser
responsabilizado,
entretanto,
por
óbvio,
durante
este
período,
suspenso
estará
o
prazo
de
prescrição
do
delito
enquanto
durar
o
mandato.
Neste
caso,
só
haverá
que
se
falar
em
persecutio
criminis
depois
do
término
do
mandato,
perante
o
órgão
da
justiça
comum
competente.
Vale
lembrar
que
essa
imunidade
se
restringe
apenas
aos
tipos
penais
(não
abrangendo
as
infrações
de
natureza
civil,
política,
administrativa
e
fiscal)
que
tenham
sido
praticados
antes
do
exercício
do
mandato,
ou
durante,
porém
sem
qualquer
relação
funcional.
Portal: www.edemnapoli.com.vc
facebook.com/edemnapoli – twitter.com/edemnapoli – instagram.com/edemnapoli
DO PODER JUDICIÁRIO
Já
se
disse
que
o
Poder,
assim
como
o
Direito,
é
uno
é
indivisível,
ou
seja,
indecomponível.
Admite-‐se,
porém,
um
abrandamento
dessa
ideia
com
a
divisão
do
Direito
em
ramos
(ou
províncias
jurídicas).
Lembrando
que
essa
distribuição
possui
fins
eminentemente
didáticos,
é
dizer,
por
questão
de
mera
conveniência
acadêmica.
Com o estudo do organograma ou estrutura do Poder Judiciário não é diferente.
É
um
só
Poder
que
possui
uma
atuação
distribuída
por
diversos
órgãos,
mais
especificamente
em
duas
esferas
(aqui
sim,
federal
e
estadual),
a
partir
de
uma
distribuição
de
competências.
VII – os Tribunais e Juízes dos Estados e do Distrito Federal e Territórios.
Vale
ressaltar
que
o
Conselho
Nacional
de
Justiça,
embora
seja
órgão
do
Poder
Judiciário,
por
ter
natureza
administrativa
não
compõe
a
estrutura
dos
órgãos
jurisdicionais.
Portal: www.edemnapoli.com.vc
facebook.com/edemnapoli – twitter.com/edemnapoli – instagram.com/edemnapoli
(órgãos jurisdicionais)
Vale
registrar
que
até
o
presente
momento
essa
lei
não
foi
editada.
Em
face
desse
silêncio
legislativo,
segundo
a
jurisprudência
do
próprio
Supremo
Tribunal
Federal,
fica
valendo
como
Estatuto
da
Magistratura
a
LC
n.
35/79,
que
foi
recepcionada
pelo
Constituição
de
1988.
Tais garantias podem ser divididas em: garantias institucionais e garantias funcionais.
Portal: www.edemnapoli.com.vc
facebook.com/edemnapoli – twitter.com/edemnapoli – instagram.com/edemnapoli
Garantias institucionais
Tais
garantias
têm
por
finalidade
preservar
o
Poder
Judiciário
globalmente,
como
instituição.
Podem
ser
dividias
em:
Estão
consagradas
nas
normas
que
tratam
da
estrutura
e
funcionamento,
bem
como
naquelas
que
estabelecem
competências
para
os
tribunais,
tais
como:
eleger
seus
órgãos
diretivos,
elaborar
o
regimento
interno,
organizar
internamente
a
estrutura
administrativa
etc.
(CF,
art.
96).
Estas,
por
sua
vez,
estão
relacionadas
à
possibilidade
de
elaboração
e
execução
de
suas
propostas
orçamentárias,
nos
termos
da
Constituição
e
dentro
dos
limites
estipulados
junto
com
os
demais
Poderes
na
lei
de
diretrizes
orçamentárias
(CF,
art.
99).
Garantias funcionais
Vale
lembrar
que
os
demais
servidores
públicos
não
gozam
de
vitaliciedade,
mas
sim
de
estabilidade,
afinal,
a
perda
do
cargo
poderá
se
dá
por
decisão
judicial,
processo
administrativo
assegurado
o
contraditório
e
a
ampla
defesa,
e
procedimento
de
avaliação
periódica
de
desempenho.
Portal: www.edemnapoli.com.vc
facebook.com/edemnapoli – twitter.com/edemnapoli – instagram.com/edemnapoli
§ Inamovibilidade
(art.
95,
II)
Ocorre
que
o
próprio
dispositivo
que
consagra
a
inamovibilidade
também
traz
uma
ressalva,
prevista
nos
termos
do
art.
93,
VIII.
Com
ele,
tem-‐se
que
o
ato
de
remoção,
disponibilidade
e
aposentadoria
do
magistrado,
por
interesse
público,
fundar-‐se-‐á
em
decisão
por
voto
da
maioria
absoluta
do
respectivo
tribunal
ou
do
Conselho
Nacional
de
Justiça,
assegurada
ampla
defesa.
Com
o
objetivo
de
assegurar
maior
liberdade
no
desempenho
das
funções,
a
Carta
Magna
garante
que
o
subsídio
dos
magistrados
não
poderá
ser
reduzido.
Vale
ressaltar
que
essa
garantia
não
é
exclusiva
dos
magistrados,
sendo
hoje
estendida
também
para
todos
os
servidores
públicos
civis
e
militares.
Ei-‐las:
Portal: www.edemnapoli.com.vc
facebook.com/edemnapoli – twitter.com/edemnapoli – instagram.com/edemnapoli
Quinto Constitucional
Segundo
o
art.
94
do
Texto
Maior,
1/5
(um
quinto)
dos
lugares
dos
Tribunais
Regionais
Federais,
dos
Tribunais
dos
Estados,
e
do
Distrito
Federal
e
Territórios
será
composto
de
membros
do
Ministério
Público,
com
mais
de
10
anos
de
carreira,
e
de
advogados
de
notório
saber
jurídico
e
de
reputação
ilibada,
com
mais
de
10
anos
de
efetiva
atividade
profissional,
indicados
em
lista
sêxtupla
pelos
órgãos
de
representação
das
respectivas
classes.
O
parágrafo
único,
por
sua
vez,
conclui
o
raciocínio
afirmando
que
recebidas
as
indicações,
o
tribunal
formará
lista
tríplice,
enviando-‐a
ao
Poder
Executivo,
que,
nos
vinte
dias
subsequentes,
escolherá
um
de
seus
integrantes
para
a
nomeação.
Lembrando,
ainda,
que
nos
termos
do
art.
104,
parágrafo
único,
da
CF,
um
terço
da
composição
do
Superior
Tribunal
de
Justiça
deve
ser
distribuído,
em
partes
iguais,
dentre
advogados
e
membros
do
Ministério
Público.
Súmulas Vinculantes
Sem
prejuízo
do
que
vier
a
ser
estabelecido
em
lei,
fica
estabelecido
que
a
aprovação,
revisão
ou
cancelamento
de
súmula
poderá
ser
provocada
por
aqueles
que
podem
propor
a
ação
direta
de
inconstitucionalidade
(CF,
art.
103).
Vale
ressaltar
que
o
art.
3º
a
Lei
n.
11.417/06
ampliou
este
rol,
incluindo
como
legitimados
o
Defensor
Público-‐Geral
da
União,
os
Tribunais
Superiores,
os
TJs
de
Estado
ou
do
Distrito
Federal
e
Territórios,
os
TRFs,
os
TRTs,
os
TREs
e
os
Tribunais
Militares.
É
dizer,
todos
os
tribunais
jurisdicionais.
Além
disso,
não
se
deve
perder
de
vista
que
o
Conselho
Nacional
de
Justiça
se
localiza
em
posição
inferior
ao
Supremo
Tribunal
Federal,
estando
submetido
ao
seu
controle.
Nesse
sentido,
sua
atividade
de
fiscalização
é
dirigida
apenas
e
tão-‐somente
aos
juízes
e
tribunais
situados
abaixo
do
Pretório
Excelso
na
estrutura
hierárquica.
Assim,
consolida-‐se
o
CNJ
como
um
órgão
colegiado,
que
integra
o
Poder
Judiciário
brasileiro,
composto
por
membros
da
magistratura,
da
sociedade
e
por
representantes
do
Portal: www.edemnapoli.com.vc
facebook.com/edemnapoli – twitter.com/edemnapoli – instagram.com/edemnapoli
Ministério
Público,
cuja
função
primordial
é
o
exercício
do
controle
sobre
a
atuação
administrativa,
financeira,
e
sobre
os
deveres
funcionais
dos
magistrados.
Os 2 advogados são indicados pelo Conselho Federal da Ordem os Advogados do Brasil.
Por
último,
os
2
cidadãos
de
notável
saber
jurídico
e
reputação
ilibada
são
indicados
um
pela
Câmara
dos
Deputado
e
outro
pelo
Senado
Federal.
Lembrando
que
não
efetuadas
as
referidas
indicações
no
prazo
legal,
a
escolha
caberá
ao
Supremo
Tribunal
Federal.
Portal: www.edemnapoli.com.vc
facebook.com/edemnapoli – twitter.com/edemnapoli – instagram.com/edemnapoli
O
Conselho
será
presidido
pelo
Presidente
do
Supremo
Tribunal
Federal
e,
nas
ausências
e
impedimentos,
pelo
Vice-‐Presidente
da
Suprema
Corte
(CF,
art.
103-‐B,
§
1º,
com
redação
dada
pela
EC
n.
61/2009).
Todos
os
demais
membros
(o
Presidente
do
Supremo
Tribunal
Federal,
por
já
integrar
o
Conselho
automaticamente,
não
se
submete
a
essa
regra)
devem
ser
nomeados
pelo
Presidente
da
República,
depois
de
aprovadas
as
indicações
dos
seus
nomes
pela
maioria
absoluta
do
Senado.
II – exercer funções executivas do Conselho, de inspeção e de correição geral; e
Junto
ao
Conselho
oficiarão
o
Procurador-‐Geral
da
República
e
o
Presidente
do
Conselho
Federal
da
Ordem
dos
Advogados
do
Brasil.
Fica
estabelecido
ainda
que
a
União,
inclusive
no
Distrito
Federal
e
nos
Territórios,
criará
ouvidorias
de
justiça,
competentes
para
receber
reclamações
e
denúncias
de
qualquer
interessado
contra
membros
ou
órgãos
do
Poder
Judiciário,
ou
contra
seus
serviços
auxiliares,
representando
diretamente
ao
Conselho
Nacional
de
Justiça.
A
competência
atribuída
pela
Constituição
Federal
ao
CNJ
está
relacionada,
basicamente,
com
o
controle
da
atuação
administrativa
e
financeira
do
Poder
Judiciário
e
do
cumprimento
dos
deveres
funcionais
dos
juízes,
cabendo-‐lhe,
além
de
outras
atribuições
que
forem
conferidas
pelo
Estatuto
da
Magistratura,
o
seguinte:
III
–
receber
e
conhecer
das
reclamações
contra
membros
ou
órgãos
do
Poder
Judiciário,
inclusive
contra
seus
serviços
auxiliares,
serventias
e
órgãos
prestadores
de
serviços
notariais
e
de
registro
que
atuem
por
delegação
do
poder
público
ou
oficializados,
sem
prejuízo
da
Portal: www.edemnapoli.com.vc
facebook.com/edemnapoli – twitter.com/edemnapoli – instagram.com/edemnapoli
competência
disciplinar
e
correicional
dos
tribunais,
podendo
avocar
processos
disciplinares
em
curso
e
determinar
a
remoção,
a
disponibilidade
ou
a
aposentadoria
com
subsídios
ou
proventos
proporcionais
ao
tempo
de
serviço
e
aplicar
outras
sanções
administrativas,
assegurada
a
ampla
defesa;
VII
–
elaborar
relatório
anual,
propondo
as
providências
que
julgar
necessárias,
sobre
a
situação
do
Poder
Judiciário
no
País
e
as
atividades
do
Conselho,
o
qual
deve
integrar
mensagem
do
Presidente
do
Supremo
Tribunal
Federal
a
ser
remetida
ao
Congresso
Nacional,
por
ocasião
da
abertura
da
sessão
legislativa.
Finalmente,
cabe
registrar
que
muito
embora
o
Conselho
Nacional
de
Justiça
não
possa
determinar
a
perda
de
cargo
de
juízes,
por
outro
lado
poderá
determinar
a
remoção,
aposentadoria
compulsória
(com
subsídios
ou
proventos
proporcionais
ao
tempo
de
serviço)
ou
a
punição
administrativa
de
magistrados.
Caso
entenda
oportuno,
poderá,
ainda,
recomendar
a
perda
de
cargo
de
juiz
ao
tribunal
competente,
o
que
somente
poderá
ocorrer
por
meio
de
sentença
judicial
transitada
em
julgado.
Vale
registrar
que
em
face
da
extensão
das
listas
de
competências,
aqui
serão
apontados
apenas
os
artigos
da
Constituição
correspondentes,
devendo
o
candidato,
para
as
provas,
realizar
uma
leitura
cuidadosa
dos
dispositivos
mencionados.
Como
visto,
a
Constituição
elenca
como
um
os
requisitos
o
notável
saber
jurídico.
Ocorre
que,
a
despeito
da
ausência
de
previsão
expressa,
a
doutrina
sinaliza
que
o
ocupante
do
cargo
de
Ministro
do
STF
tem
de
ser,
necessariamente,
um
jurista.
Ou
seja,
entende-‐se
plausível
a
exigência
da
conclusão
de
curso
superior
em
direito.
§ Competências:
a)
originária
(art.
102,
I,
“a”
a
“r”);
b)
recursal
ordinária
(art.
102,
II);
e
c)
recursal
extraordinária
(art.
102,
III).
Portal: www.edemnapoli.com.vc
facebook.com/edemnapoli – twitter.com/edemnapoli – instagram.com/edemnapoli
Da Justiça Federal
Por
se
tratar
de
inovação
trazida
pela
Emenda
Constitucional
n.
45/2004,
vale
mencionar,
de
modo
enfático,
o
§
5º
do
art.
109
da
CF.
Com
esse
dispositivo,
na
hipótese
de
grave
violação
de
direitos
humanos,
o
Procurador-‐Geral
da
República,
com
a
finalidade
de
assegurar
o
cumprimento
de
obrigações
decorrentes
de
tratados
internacionais
de
direitos
humanos
dos
quais
o
Brasil
seja
parte,
poderá
suscitar,
perante
o
Superior
Tribunal
de
Justiça,
em
qualquer
fase
do
inquérito
ou
processo,
incidente
de
deslocamento
de
competência
para
a
Justiça
Federal.
Passa-‐se
agora
à
análise
das
principais
características
relacionadas
aos
Tribunais
Regionais
do
Trabalho
(TRTs).
Da Justiça Eleitoral
A
Justiça
do
Eleitoral
é
composta
pelo
Tribunal
Superior
do
Eleitoral
(TSE),
pelos
Tribunais
Regionais
Eleitorais
(TREs),
pelos
Juízes
Eleitorais
e
pelas
Juntas
Eleitorais.
§ Composição:
no
mínimo,
7
membros
(juízes),
sendo
que
a)
3
juízes
serão
eleitos
dentre
os
Ministros
do
STF,
mediante
voto
secreto,
pelos
próprios
membros
da
Suprema
Corte;
b)
2
juízes
serão
eleitos
dentre
os
Ministros
do
STJ,
também
mediante
voto
secreto,
pelos
próprios
Ministros
da
Corte
Superior
de
Justiça;
c)
e
os
outros
2
juízes
serão
nomeados
pelo
Presidente
da
República
(sem
sabatina
no
Senado),
dentre
seis
advogados
(lista
sêxtupla)
de
notável
saber
jurídico
e
idoneidade
moral,
indicados
pelo
Supremo
Tribunal
Federal.
Portal: www.edemnapoli.com.vc
facebook.com/edemnapoli – twitter.com/edemnapoli – instagram.com/edemnapoli
Já
o
Corregedor
Eleitoral
do
TSE
também
será
eleito
pelo
Tribunal
Superior
Eleitoral,
dentre
os
Ministros
do
Superior
Tribunal
de
Justiça.
§ Competência:
nos
termos
do
art.
121
da
CF,
lei
complementar
disporá
sobre
a
organização
e
competência
dos
tribunais,
dos
juízes
de
direito
e
das
juntas
eleitorais.
Passa-‐se
agora
à
análise
das
principais
características
relacionadas
aos
Tribunais
Regionais
Eleitorais
(TREs).
Nos
termos
do
art.
120
do
Texto
Maior,
haverá
um
Tribunal
Regional
Eleitoral
na
Capital
de
cada
Estado
e
no
Distrito
Federal.
§ Composição:
7
membros
(juízes),
sendo:
a)
eleição,
pelo
voto
secreto,
de
2
juízes
dentre
os
desembargadores
do
Tribunal
de
Justiça;
b)
eleição,
pelo
voto
secreto,
de
2
juízes,
dentre
juízes
de
direito,
escolhidos
pelo
Tribunal
de
Justiça;
c)
1
juiz
do
TRF
com
sede
na
Capital
do
Estado
ou
no
Distrito
Federal,
ou,
não
havendo,
de
juiz
federal,
escolhido,
em
qualquer
caso,
pelo
TRF
respectivo;
d)
2
juízes,
por
nomeação,
pelo
Presidente
da
República,
dentre
6
advogados
de
notável
saber
jurídico
e
idoneidade
moral,
indicados
pelo
Tribunal
de
Justiça.
Por
fim,
nos
termos
do
art.
32
do
Código
Eleitoral,
os
Juízes
Eleitorais
são
os
próprios
juízes
de
direito
em
efetivo
exercício
e,
na
falta
destes,
os
seus
substitutos
legais,
da
própria
organização
judiciária
do
Estado
ou
do
DF.
Da Justiça Militar
A
Justiça
Militar
é
composta
pelo
Superior
Tribunal
Militar
e
pelos
Tribunais
e
Juízes
Militares
instituídos
por
lei.
As principais características do STM (órgão de cúpula dessa Justiça) são:
Da Justiça Estadual
A
competência
dos
Tribunais
de
Justiça
deverá
ser
definida
na
Constituição
do
respectivo
Estado,
sendo
a
lei
de
organização
judiciária
de
iniciativa
do
Tribunal
de
Justiça.
Ainda
nos
termos
da
Carta
de
Outubro,
os
Estados
deverão
instituir
o
seu
sistema
de
controle
de
constitucionalidade
das
leis
e
atos
normativos
estaduais
ou
municipais,
contestados
em
face
da
Constituição
Estadual,
sendo
veda
a
legitimação
para
agir
a
um
único
órgão.
Além
disso,
lei
estadual
poderá
criar,
mediante
proposta
do
Tribunal
de
Justiça,
a
Justiça
Militar
Estadual,
constituída,
em
primeiro
grau,
pelos
juízes
de
direito
e
pelos
Conselhos
de
Justiça
e,
em
segundo
grau,
pelo
próprio
Tribunal
de
Justiça,
ou
por
Tribunal
de
Justiça
Militar
nos
Estados
em
que
o
efetivo
militar
seja
superior
a
vinte
mil
integrantes.
Compete
à
Justiça
Militar
estadual
processar
e
julgar
os
militares
dos
Estados,
nos
crimes
militares
definidos
em
lei
e
as
ações
judiciais
contra
atos
disciplinares
militares,
ressalvada
a
competência
do
júri
quando
a
vítima
for
civil,
cabendo
ao
tribunal
competente
decidir
sobre
a
perda
do
posto
e
da
patente
dos
oficiais
e
da
graduação
das
praças.
Porém,
competem
aos
juízes
de
direito
do
juízo
militar
processar
e
julgar,
singularmente,
os
crimes
militares
cometidos
contra
civis
e
as
ações
judiciais
contra
atos
disciplinares
Portal: www.edemnapoli.com.vc
facebook.com/edemnapoli – twitter.com/edemnapoli – instagram.com/edemnapoli
militares,
cabendo
ao
Conselho
de
Justiça,
sob
a
presidência
de
juiz
de
direito,
processar
e
julgar
os
demais
crimes
militares.
Como
uma
das
grandes
inovações
na
Justiça
Estadual
introduzidas
também
pela
EC
n.
45/04,
o
§
6º
do
art.
125
autoriza
o
Tribunal
de
Justiça
funcionar
descentralizadamente,
constituindo
Câmaras
regionais,
a
fim
de
assegurar
o
pleno
acesso
do
jurisdicionado
à
justiça
em
todas
as
fases
do
processo.
Por
fim,
para
dirimir
conflitos
fundiários,
o
Tribunal
de
Justiça
proporá
a
criação
de
varas
especializadas,
com
competência
exclusiva
para
questões
agrárias.
Tais
atividades
são
exercidas
pelos
órgãos
do
Ministério
Público,
da
Advocacia
Pública,
da
Defensoria
Pública
e
também
pela
Advocacia.
Do Ministério Público
Com
previsão
entre
os
arts.
127
e
130-‐A,
o
Ministério
Público
é
instituição
permanente,
essencial
à
função
jurisdicional
do
Estado,
incumbindo-‐lhe
a
defesa
da
ordem
jurídica,
do
regime
democrático
e
dos
interesses
sociais
e
individuais
indisponíveis.
A
despeito
da
polêmica
existente,
o
Ministério
Público
não
integra
nenhum
dos
poderes
estatais.
Trata-‐se
de
uma
instituição
independente
e
autônoma.
Já
se
disse
que
o
mais
importante
não
é
ser
Poder,
mas
ter
poder,
e
isso
o
órgão
ministerial
tem.
Assim,
o
que
merece
destaque,
em
verdade,
é
o
relevo
que
a
instituição
possui
perante
a
sociedade,
principalmente
a
partir
da
Constituição
Federal
de
1988,
que
aumentou
sobremaneira
a
sua
relevância
social,
notadamente
em
relação
à
tutela
dos
direitos
difusos,
coletivos,
individuais
homogêneos.
Cumpre
ao
próprio
Ministério
Público
elaborar
a
sua
proposta
orçamentária
dentro
dos
limites
estabelecidos
na
lei
de
diretrizes
orçamentárias.
Consoante
previsão
constitucional
no
art.
128,
o
Ministério
Público
abrange
os
seguintes
ramos:
Portal: www.edemnapoli.com.vc
facebook.com/edemnapoli – twitter.com/edemnapoli – instagram.com/edemnapoli
I
–
o
Ministério
Público
da
União,
que
compreende:
O
Ministério
Público
da
União
tem
por
chefe
o
Procurador-‐Geral
da
República,
nomeado
pelo
Presidente
da
República
dentre
integrantes
da
carreira,
maiores
de
35
anos,
após
a
aprovação
de
seu
nome
pela
maioria
absoluta
dos
membros
do
Senado
Federal,
para
mandato
de
dois
anos,
permitida
a
recondução.
No
que
se
refere
aos
Ministérios
Públicos
dos
Estados
e
do
Distrito
Federal
e
Territórios,
estes
deverão
formar
lista
tríplice
dentre
integrantes
da
carreira,
na
forma
da
lei
respectiva,
para
a
escolha
de
seu
Procurador-‐Geral,
que
será
nomeado
pelo
Chefe
do
Poder
Executivo,
para
mandato
de
dois
anos,
permitida
uma
recondução.
Princípios institucionais
À
luz
do
art.
127,
§
1º,
da
CF/88,
são
princípios
institucionais
do
Ministério
Público
a
unidade,
a
indivisibilidade
e
a
independência
funcional.
Vale
ressaltar
que
a
previsão
do
art.
128,
que
consagra
a
abrangência
do
Parquet
em
diferentes
ramos,
não
desnatura
a
noção
de
órgão
uno
e
indivisível.
a) Unidade
Significa
que
os
membros
do
Ministério
Público
devem
ser
considerados
como
integrantes
de
uma
só
instituição.
Vale
ressaltar
que
essa
unidade
está
relacionada
apenas
ao
aspecto
funcional,
já
que
do
ponto
de
vista
orgânico
há,
como
visto,
uma
divisão
com
repartição
de
competências.
Portal: www.edemnapoli.com.vc
facebook.com/edemnapoli – twitter.com/edemnapoli – instagram.com/edemnapoli
Nesse
sentido,
conclui-‐se
que
esta
unidade
está
inserida
em
cada
um
dos
órgãos
ministeriais,
não
sendo
possível
um
membro
de
determinado
ramo
do
Parquet,
por
exemplo,
exercer
atribuições
inerentes
a
outro
ramo.
b) Indivisibilidade
De
saída,
é
possível
afirmar
que
o
princípio
da
indivisibilidade
é
uma
decorrência
lógica
e
natural
da
própria
unidade.
À
luz
deste
preceito,
fica
assegurado
que
os
membros
do
Ministério
Público,
nos
processos,
podem
ser
substituídos
uns
pelos
outros.
Dessa
forma,
considera-‐se
permitida
a
substituição
recíproca
entre
membros
de
um
mesmo
ramo
do
Parquet,
desde
que
observado
o
disposto
em
lei.
c) Independência funcional
Com
este
princípio
garante-‐se
aos
membros
do
Ministério
Público
ampla
independência
no
desempenho
de
suas
funções,
não
tendo
que
estar
subordinados
a
nenhuma
pressão
externa
ou
oriunda
de
algum
Poder.
Assim,
embora
administrativamente
se
constate
a
existência
de
uma
chefia,
do
ponto
de
vista
funcional
pode-‐se
afirmar
que
não
existe
subordinação
hierárquica
entre
os
membros
do
Ministério
Público.
Garante-‐se,
portanto,
a
autonomia
de
convicção,
ficando
estes
membros
submetidos
apenas
à
Constituição,
às
leis
e
à
sua
própria
consciência.
Com
a
previsão
do
art.
128,
§
5º,
I,
da
CF/88,
é
possível
afirmar
que
os
membros
do
Ministério
Público
gozam
das
seguintes
garantias:
a) vitaliciedade,
após
dois
anos
de
exercício,
não
podendo
perder
o
cargo
senão
por
sentença
judicial
transitada
em
julgado;
b) inamovibilidade,
salvo
por
motivo
de
interesse
público
mediante
decisão
do
órgão
colegiado
competente
do
Ministério
Público,
pelo
voto
da
maioria
absoluta
de
seus
membros,
assegurada
a
ampla
defesa
(EC
n.
45/2004);
c) irredutibilidade
de
subsídio,
fixado
na
forma
do
art.
39,
§
4º,
e
ressalvado
o
disposto
nos
arts.
37,
X
e
XI,
150,
II,
153,
III,
153,
III,
153,
§
2º,
I.
Não
se
deve
perder
de
vista,
ainda,
que
por
força
do
art.
128,
§
6º,
da
CF
(EC
n.
45/2005),
aplica-‐se
aos
membros
do
Ministério
Público
a
vedação
ao
exercício
da
advocacia
no
juízo
ou
tribunal
do
qual
se
afastou,
antes
de
decorridos
três
anos
do
afastamento
do
cargo
por
aposentadoria
ou
exoneração
(CF,
art.
95,
parágrafo
único,
V).
Funções institucionais
As funções institucionais do Ministério Público estão previstas no art. 129. São elas:
A
legitimação
do
Ministério
Público
para
as
ações
civis
não
impede
a
de
terceiros,
nas
mesmas
hipóteses,
segundo
o
disposto
na
Constituição
Federal
e
na
lei.
Portal: www.edemnapoli.com.vc
facebook.com/edemnapoli – twitter.com/edemnapoli – instagram.com/edemnapoli
Vale
ressaltar
que
as
funções
do
Ministério
Público
só
podem
ser
exercidas
por
integrantes
da
carreira,
que
deverão
residir
na
comarca
da
respectiva
lotação,
salvo
autorização
do
chefe
da
instituição.
Outra
grande
inovação
da
Emenda
Constitucional
n.
45/2004
foi
a
previsão
de
um
órgão
colegiado
formado
por
membros
do
Ministério
Público,
magistrados
e
representantes
da
sociedade,
cuja
finalidade
primordial
é
o
exercício
do
controle
da
atuação
administrativa
e
financeira
do
Ministério
Público
e
do
cumprimento
dos
deveres
funcionais
de
seus
membros.
Este
órgão
é
o
Conselho
Nacional
do
Ministério
Público,
com
previsão
no
art.
130-‐A
da
CF,
composto
de
14
membros
nomeados
pelo
Presidente
da
República,
depois
de
aprovada
a
escolha
pela
maioria
absoluta
do
Senado
Federal,
para
um
mandato
de
dois
anos,
admitida
uma
recondução,
sendo:
III
–
receber
e
conhecer
das
reclamações
contra
membros
ou
órgãos
do
Ministério
Público
da
União
ou
dos
Estados,
inclusive
contra
seus
serviços
auxiliares,
sem
prejuízo
da
competência
disciplinar
e
correicional
da
instituição,
podendo
avocar
processos
disciplinares
em
curso,
determinar
a
remoção,
a
disponibilidade
ou
a
aposentadoria
com
subsídios
ou
proventos
proporcionais
ao
tempo
de
serviço
e
aplicar
outras
sanções
administrativas,
assegurada
a
ampla
defesa;
IV
–
rever,
de
ofício
ou
mediante
provocação,
os
processos
disciplinares
de
membros
do
Ministério
Público
da
União
ou
dos
Estados
julgados
há
menos
de
um
ano;
Da Advocacia Pública
Consagrada
no
art.
131,
a
Advocacia-‐Geral
da
União
é
a
instituição
que,
diretamente
ou
através
de
órgão
vinculado,
representa
a
União,
judicial
ou
extrajudicialmente,
cabendo-‐lhe,
nos
termos
da
lei
complementar
que
dispuser
sobre
sua
organização
e
funcionamento,
as
atividades
de
consultoria
e
assessoramento
jurídico
do
Poder
Executivo.
O
ingresso
nas
classes
iniciais
da
carreira
far-‐se-‐á
mediante
concurso
público
de
provas
e
títulos.
Aos
procuradores
é
assegurada
estabilidade
após
três
anos
de
efetivo
exercício,
mediante
avaliação
de
desempenho
perante
os
órgãos
próprios,
após
relatório
circunstanciado
das
corregedorias.
Não
se
deve
esquecer,
ainda,
que
os
Municípios
também
poderão
organizar
a
Advocacia
Pública
Municipal,
e,
por
conseguinte,
a
carreira
dos
Procuradores
Municipais.
Portal: www.edemnapoli.com.vc
facebook.com/edemnapoli – twitter.com/edemnapoli – instagram.com/edemnapoli
Da Advocacia
Nos
termos
do
art.
133
da
CF,
fica
estabelecido
que
o
advogado
é
indispensável
à
administração
da
justiça,
sendo
inviolável
por
seus
atos
e
manifestações
no
exercício
da
profissão,
nos
limites
da
lei.
Da Defensoria Pública
Vale
lembra
que
quando
da
promulgação
da
Constituição
Federal
de
1988
ainda
não
existiam
no
Brasil
as
Defensorias
Públicas.
Em
face
dessa
constatação,
o
legislador
constituinte,
no
§
1º
do
art.
134,
determinou
que
fosse
editada
lei
complementar
prevendo
a
organização
da
Defensoria
Pública
da
União
e
do
Distrito
Federal
e
Territórios,
bem
como
a
instituição
de
normas
gerais
para
sua
organização
nos
Estados.
Muito
cuidado!
Não
há
dúvida
de
que
essa
alteração
promovida
pela
EC
nº
74
de
6
de
agosto
de
2013
terá
alta
probabilidade
de
incidência
nas
próximas
provas
de
concurso.
Portal: www.edemnapoli.com.vc
facebook.com/edemnapoli – twitter.com/edemnapoli – instagram.com/edemnapoli
Finalmente,
com
o
art.
135,
a
Constituição
determina
que
os
integrantes
das
carreiras
da
Advocacia
Pública
e
da
Defensoria
Pública
serão
remunerados
na
forma
do
art.
34,
§
9º,
é
dizer,
mediante
pagamento
de
subsídios.