2.
Fichas de Leitura ...................................................................................... 11
1. Relato de viagem .......................................................................................... 12
2. Artigo de divulgaçã o científica ................................................................... 14
3. Exposição sobre um tema ........................................................................... 16
4. Apreciaçã o crítica ............................................................................................................ 18
Fichas de Gramática................................................................................. 21
3.
1. O português: génese, variaçã o e mudança ................................................ 22
2. Fonética e fonologia ..................................................................................... 23
3. Funçõ es sintá ticas ........................................................................................ 24
4. Frase complexa – coordenaçã o .................................................................. 27
5. Frase complexa – subordinaçã o ................................................................. 28
6. Arcaísmos, neologismos e processos irregulares
de formação de palavras ............................................................................. 29
7. Campo lexical e campo semâ ntico ............................................................. 32
4.
1. Poesia trovadoresca .................................................................................... 34
2. Crónica de D. João I, de Fernã o Lopes ....................................................... 37
3. Gil Vicente ..................................................................................................... 39
4. Luís de Camõ es ............................................................................................ 41
5. Os Lusíadas, de Luís de Camõ es .................................................................. 45
6. História trágico-marítima ........................................................................... 47
5.
1. Poesia trovadoresca .................................................................................... 53
2. Crónica de D. João I, de Fernã o Lopes ........................................................ 57
3. Poesia trovadoresca / Crónica de D. João I ................................................ 61
4. Farsa de Inês Pereira, de Gil Vicente .......................................................... 65
5. Rimas, de Luís de Camõ es ........................................................................... 68
6. Farsa de Inês Pereira / Rimas ..................................................................... 72
7. Os Lusíadas, de Luís de Camõ es .................................................................. 76
8. História trágico-marítima ........................................................................... 79
9. Os Lusíadas / História trágico-marítima ................................................... 82
6.
1. Robin Hood .................................................................................................... 86
2. Reino dos céus (e/ou) O físico ..................................................................... 87
Escrita
– Exposiçã o sobre um tema.
10. Planificar a escrita de textos.
– Síntese.
11. Escrever textos de diferentes géneros e finalidades.
12. Redigir textos com coerência e correção linguística.
13. Rever os textos escritos.
Oralidade
Compreensão do Oral 1. Interpretar textos orais de diferentes géneros.
– Reportagem. 2. Registar e tratar a informaçã o.
– Documentá rio. 3. Planificar intervençõ es orais.
4. Participar oportuna e construtivamente em situaçõ es
de interaçã o oral.
Expressão Oral 5. Produzir textos orais com correção e pertinência.
– Síntese. 6. Produzir textos orais de diferentes géneros e com
diferentes finalidades.
Gramática
– Evolução do português. 17. Conhecer a origem e a evoluçã o do português.
– Formaçã o de palavras. 18. Explicitar aspetos essenciais da sintaxe
– Conectores. do português.
– Subordinaçã o. 19. Explicitar aspetos essenciais da lexicologia
– Funçõ es sintá ticas. do português.
NOVOS PERCURSOS
– Classes de palavras.
PROFISSIONAIS •
– Referente.
PORTUGUÊS 1 • GUIA DO
PROFESSOR – Processos fonoló gicos.
• ASA
– É timo.
– Pronome pessoal em adjacência verbal.
Avaliação – Diagnose oral e escrita.
– Observaçã o direta (atençã o/concentraçã o;
participação nas atividades da aula; compreensã o
e expressã o escrita e oral).
– Oralidade planificada.
– Trabalhos de casa.
– Testes de avaliação.
– Questõ es de aula.
– Auto e heteroavaliaçã o.
4
MÓDULO 2
Gil Vicente, Farsa de Inês Pereira; Luís de Camões, Rimas
Domínios / Tópicos de conteúdo Objetivos Horas / Tempos
Educação Literária
Gil Vicente, Farsa de Inês Pereira 14. Ler e interpretar textos literá rios.
• Leitura integral. 15. Apreciar textos literá rios.
– Caracterização de personagens. 16. Situar obras literá rias em função de grandes
– Relaçõ es entre as personagens. marcos histó ricos e culturais.
– A representaçã o do quotidiano.
– A dimensão satírica.
– Linguagem, estilo e estrutura:
> características do texto dramá tico;
> a farsa: natureza e estrutura da obra;
> recursos expressivos: a comparaçã o, a interrogaçã o retó rica, a ironia e a metá fora.
Luís de Camões, Rimas
• Redondilhas: “Descalça vai para a fonte”; “Endechas”; “Quem ora soubesse”;
“Os bons vi sempre passar”;
• Sonetos: “Ondados fios d’ouro reluzente”; “Um mover d’olhos, brando e piadoso”;
“Tanto de meu estado me acho incerto”; “Alegres campos, verdes arvoredos”;
“Aquela triste e leda madrugada”; “O dia em que eu nasci, moura e pereça”; 34 horas
“Correm turvas as á guas deste rio”; “Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades”;
“Que me quereis, perpétuas saü dades?” (escolher 8).
NOVOS PERCURSOS 46 tempos
PROFISSIONAIS– •Contextualizaçã o histó rico-literá ria. letivos de
– A representaçã o da amada.
PORTUGUÊS 1 • GUIA DO 45 minutos
PROFESSOR • ASA
– A representaçã o da Natureza.
– A experiência amorosa e a reflexã o sobre o Amor.
– A reflexã o sobre a vida pessoal.
– O tema da mudança e do desconcerto.
– Linguagem, estilo e estrutura:
> a lírica tradicional;
> a inspiraçã o clá ssica;
> discurso pessoal e marcas de subjetividade;
> soneto: características;
> métrica (redondilha e decassílabo, rima e esquema rimá tico);
> recursos expressivos: a aná fora, a antítese, a apó strofe, a personificaçã o e a metá fora.
Leitura
7. Ler e interpretar textos de diferentes géneros
– Exposiçã o sobre um tema.
e graus de complexidade.
– Apreciação crítica. 8. Utilizar procedimentos adequados ao registo
e ao tratamento da informação.
9. Ler para apreciar criticamente textos variados.
4
NOVOS PERCURSOS
PROFISSIONAIS •
PORTUGUÊS 1 • GUIA DO
PROFESSOR • ASA
4
Escrita
– Síntese. 10. Planificar a escrita de textos.
– Apreciaçã o crítica. 11. Escrever textos de diferentes géneros
– Exposição sobre um tema. e finalidades.
12. Redigir textos com coerência e correção
linguística.
13. Rever os textos escritos.
Oralidade
Compreensão do Oral 1. Interpretar textos orais de diferentes géneros.
2. Registar e tratar a informaçã o.
– Documentá rio. 3. Planificar intervençõ es orais.
– Apreciaçã o crítica. 4. Participar oportuna e construtivamente
– Anú ncio publicitá rio. em situaçõ es de interaçã o oral.
Expressão Oral 5. Produzir textos orais com correção e pertinência.
6. Produzir textos orais de diferentes géneros
– Documentá rio. e com diferentes finalidades.
– Síntese.
– Apreciaçã o crítica.
Gramática
– Campo semâ ntico e campo lexical. 17. Conhecer a origem e a evoluçã o do português.
– Arcaísmos e neologismos. 18. Explicitar aspetos essenciais da sintaxe
NOVOS PERCURSOS
– Processos irregulares de formaçã o de palavras. do português.
PROFISSIONAIS •
– Conectores. 19. Explicitar aspetos essenciais da lexicologia
PORTUGUÊS 1 • GUIA DO do português.
PROFESSOR– •Processos
ASA fonoló gicos.
– Funçõ es sintá ticas.
– Classes de palavras.
– Subordinaçã o.
– Referente.
MÓDULO 3
Luís de Camões, Os Lusíadas; História trágico-marítima
Domínios / Tópicos de conteúdo Objetivos Horas / Tempos
Educação Literária
Luís de Camões, Os Lusíadas 14. Ler e interpretar textos literá rios.
• Imaginá rio épico (canto I, ests. 1 a 18; canto IX, ests. 52 a 53, 66 a 70, 88 a 95; 15. Apreciar textos literá rios.
canto X, ests. 75 a 91); 16. Situar obras literá rias em função de grandes
• Reflexõ es do poeta (canto I, ests. 105 a 106; canto V, ests. 92 a 100; canto VII, ests. 78 a 87; marcos histó ricos e culturais.
canto VIII, ests. 96 a 99; canto IX, ests. 88 a 95; canto X, ests. 145 a 156).
– Imaginá rio épico:
> matéria épica: feitos histó ricos e viagem;
> sublimidade do canto;
> mitificação do heró i.
– Reflexõ es do poeta.
– Linguagem, estilo e estrutura:
> a epopeia: natureza e estrutura da obra;
33 horas
> conteú do de cada canto;
> os quatro planos e sua interdependência;
44 tempos
> estrofe e métrica;
letivos de
> recursos expressivos: a aná fora, a aná strofe, a apó strofe, a comparaçã o, a enumeração,
45 minutos
a hipérbole, a interrogaçã o retó rica, a metonímia e a personificação.
NOVOS PERCURSOS
História trágico-marítima
PROFISSIONAIS •
• Capítulo
PORTUGUÊS 1 • GUIA DO V: “As terríveis aventuras de Jorge de Albuquerque Coelho” (excertos).
PROFESSOR • ASA
Leitura
– Artigo de divulgação científica. 7. Ler e interpretar textos de diferentes géneros
– Exposição sobre um tema. e graus de complexidade.
– Apreciação crítica. 8. Utilizar procedimentos adequados ao registo
e ao tratamento da informação.
– Relato de viagem.
9. Ler para apreciar criticamente textos variados.
4
Gramática
17. Conhecer a origem e a evoluçã o do português.
– Funçõ es sintá ticas. 18. Explicitar aspetos essenciais da sintaxe
– Campo semâ ntico e campo lexical.
do português.
– Coordenaçã o. 19. Explicitar aspetos essenciais da lexicologia
– Subordinaçã o.
do português.
– Processos fonoló gicos.
– Referente.
– Tempos e modos verbais.
– Conector.
– Classes de palavras.
– Relaçõ es semâ nticas.
– Geografia do português no mundo.
Avaliação – Diagnose oral e escrita.
– Observaçã o direta (atençã o/concentraçã o;
participação nas atividades da aula; compreensã o
e expressã o escrita e oral).
– Oralidade planificada.
– Trabalhos de casa.
– Testes de avaliação.
– Questõ es de aula.
– Auto e heteroavaliaçã o.
NOVOS PERCURSOS
PROFISSIONAIS •
PORTUGUÊS 1 • GUIA DO
PROFESSOR • ASA
4
NOVOS PERCURSOS
PROFISSIONAIS •
PORTUGUÊS 1 • GUIA DO
PROFESSOR • ASA
Leia o relato da responsabilidade de Gonçalo Cadilhe e responda, de seguida, às questões.
Na resposta aos itens de escolha múltipla, selecione a opção correta.
Gonçalo Cadilhe, “Qualquer coisa nos lugares”, in Visão, edição online, 19 de junho de 2013 (consultado em maio de 2017).
1. Viajar durante muito tempo tem consequências como
(A) o esquecimento de locais que deveriam ficar na memó ria.
(B) a relativizaçã o da importâ ncia de certos locais.
(C) a perceçã o de que afinal valeu a pena fazer aquela viagem.
(D) a valorizaçã o da terra ou do país que deixamos para trá s.
2. Considerando o conteúdo das linhas 13 a 23, o viajante terá visto
(A) o gigante Adamastor no local visitado.
(B) o promontó rio como um local de visita obrigató ria.
(C) situaçõ es climá ticas e atmosféricas distintas.
(D) vá rios portugueses a visitar o cabo da Boa Esperança.
3. Uma certa revolta apoderou-se do viajante quando ele
(A) percebeu que o promontó rio nada tinha de perigoso.
(B) passou pela cidade do Cabo e se consciencializou da sua beleza.
(C) refletiu acerca da perda da cidade do Cabo para os ingleses.
(D) interiorizou a falta de iniciativa dos portugueses.
4. O "fim de mundo", segundo o autor, poderia associar-se
(A) ao cabo da Boa Esperança. (C) à localizaçã o da cidade do Cabo.
(B) ao cabo Agulhas. (D) à regiã o envolvente do cabo Agulhas.
5. Justifique a descrença do autor nos mitos e nos dogmas.
_________________________________________________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________________________________________________
7. Indique o único motivo de orgulho de ser português registado por este viajante.
_________________________________________________________________________________________________________________________
8. Explique, por palavras suas, a designação atribuída ao segundo cabo descrito pelo autor.
_________________________________________________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________________________________________________
9. Identifique e exemplifique duas marcas típicas do relato de viagem presentes neste texto.
_________________________________________________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________________________________________________
Leia o texto e responda, de seguida, às questões.
5
DN (Ciência), ediçã o online, 16 de setembro de 2014 (consultado em maio de 2017).
1. Selecione as opções corretas, circundando-as, tendo em conta o género textual em análise.
Este texto tem como objetivo dar a conhecer a. uma descoberta científica / uma história da
atualidade sobre b. paleontólogos / dinossauros. O conteú do do texto reveste-se de interesse
c. nacional / mundial porque constitui d. uma novidade / um assunto controverso na á rea da
e. biologia / paleontologia.
7. Refira por que razão o carpinteiro, José Joaquim dos Santos, assume um papel de relevo face aos
factos retratados.
_________________________________________________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________________________________________________
Leia o texto e responda, de seguida, às questões.
Na resposta aos itens de escolha múltipla, selecione a opção correta.
8. Comente a seguinte afirmação: “[…] os artistas começaram […] [a poder] exprimir as suas ideias
como artistas livres.” (ll. 16-18).
_________________________________________________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________________________________________________
Leia o texto e responda, de seguida, às questões.
Na resposta aos itens de escolha múltipla, selecione a opção correta.
5
Quando chove á gua misturada com neve, sob um céu “indeciso entre o inverno e a primavera”, eis o que
assinala o narrador: “As nuvens ocultavam as montanhas e roubavam volume à s coisas, mas mesmo numa
manhã deste género conseguia perceber a beleza daquele lugar. Uma beleza sombria, á cida, que nã o
40 infundia paz mas essencialmente força e alguma angú stia.”
É esta beleza difícil e agreste que as pá ginas de As oito montanhas exaltam, sem falsas nostalgias.
Pietro, o nosso guia melancó lico, conduz-nos pelas veredas de um mundo que sentimos ser verdadeiro
e, por isso mesmo, fatalmente inapreensível.
José Má rio Silva, in E, A Revista do Expresso, n.o 2325, 20 de maio de 2017, p. 74.
5. Refira os dois universos espaciais onde se movem as personagens da obra, explicitando o modo
como se sentem em cada um.
________________________________________________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________________________________________________
3.1. Classifique cada par de palavras, tendo em conta o étimo de que derivam.
________________________________________________________________________________________________________________
1. Atente nas frases que se seguem.
(A) Dó i-me a cabeça.
(B) Infelizmente, um e outro sã o culpados.
(C) O lançamento do livro e o local do evento foram um enorme sucesso.
(D) Já se sabe hoje!
(E) Eles foram à praia.
(F) César Augusto, imperador de Roma, promoveu uma época de paz.
(G) Tanto os adultos como as crianças ficaram estupefactos.
(H) Pareces um fantasma.
(I) É inacreditá vel a força da Natureza.
(J) Quem nã o arrisca não petisca.
1.1. Identifique, em cada uma delas, o sujeito e proceda à sua classificaçã o.
_______________________________________________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________________________________________
1.2. Explique a diferença existente entre os sujeitos das frases (A) e (B).
_______________________________________________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________________________________________
d. Telefonei à minha mã e.
5.2. Substitua, nos casos possíveis, os complementos por um pronome, reescrevendo as frases.
_______________________________________________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________________________________________
6. Considere as frases seguintes.
(A) A remodelaçã o da sala foi surpreendente.
(B) Considero a Ana mais competente para o cargo.
(C) Foi do Joã o a ideia de organizar um evento para
angariar fundos.
(D) Estou encantada com a simplicidade da Inês.
(E) Já não tenho a certeza de nada.
Figura sentada a ler (1917), José Malhoa.
(F) O pai do Pedro comprou um quadro de José Malhoa.
(G) A Maria ficou satisfeita com o resultado.
(H) Comprei um livro de Mia Couto; todos os meus colegas o acham fantá stico.
(I) Fiquei enervada com o que aconteceu ao meu irmã o.
(J) Apesar de tudo, sempre julguei o Joã o inocente.
(K) Ficá mos desesperados por não termos conseguido terminar o jogo no tempo estipulado.
6.1. Identifique as alíneas cujas frases apresentam as seguintes funçõ es sintá ticas:
a. predicativo do complemento direto. ________________________________________________________________
b. complemento do nome. ______________________________________________________________________________
c. complemento do adjetivo. ____________________________________________________________________________
6.1.1. Transcreva, de cada uma delas, o constituinte correspondente a cada uma das funçõ es
sintáticas apresentadas em 6.1.
_____________________________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________________________
6.2. Selecione a(s) frase(s) que comporta(m) um complemento do nome e um complemento do
adjetivo.
____________________________________________________________________________________________________________
6.2.1. Transcreva os constituintes correspondentes a essas funçõ es sintá ticas.
_____________________________________________________________________________________________________
6.3. Identifique os exemplos que contêm um complemento do nome requerido por um nome:
a. deverbal. ______________________________________________________________________________________________
b. epistémico. ____________________________________________________________________________________________
c. de grau de parentesco. _______________________________________________________________________________
d. icó nico. ________________________________________________________________________________________________
e. relacionado com um atributo. _______________________________________________________________________
6.4. Indique a frase que integra um complemento do adjetivo sob a forma oracional.
____________________________________________________________________________________________________________
1. Complete as orações, selecionando a conjunção/locução coordenativa mais adequada.
ou … ou nã o … nem por isso e mas logo pois
Evite os produtos industriais e faça lanches originais com receitas saudá veis para os seus filhos.
2.1. Assinale, agora, como verdadeira (V) ou falsa (F) cada uma das afirmaçõ es seguintes.
a. A frase apresenta três oraçõ es.
b. A frase é simples, pois integra apenas uma oraçã o.
c. A frase é complexa e foi obtida pelo recurso à coordenaçã o.
d. A frase é constituída por duas oraçõ es coordenadas copulativas assindéticas.
e. A frase integra duas oraçõ es coordenadas copulativas sindéticas.
f. A frase apresenta duas oraçõ es coordenadas e uma oraçã o subordinada.
3. Una os pares de frases de modo a obter frases complexas, recorrendo à coordenação indicada.
a. (explicativa)
(1) No século XIV, todos os grupos sociais procuravam expandir-se em busca de uma nova vida.
(2) Quer a Europa quer Portugal atravessavam uma grave crise.
b. (adversativa)
(1) A Europa interessou-se pela descoberta do mar.
(2) Portugal foi pioneiro na política expansionista.
1. Associe cada frase da coluna A à sua correta constituição, na coluna B.
Coluna A Coluna B
[1] Oraçã o subordinada adverbial concessiva +
[A] Se ler atentamente, vai perceber.
+ oraçã o subordinante
[B] Ainda que seja difícil, acabarei o trabalho [2] Oraçã o subordinante + oraçã o subordinada
no prazo estipulado. adjetiva relativa restritiva
[C] Ele garantiu-me que falaria com [3] Oraçã o subordinante + oraçã o subordinada
os colegas que desobedeceram. substantiva completiva
[D] Ele fez o trabalho, que todos elogiaram, [4] Oraçã o subordinante + oraçã o subordinada
para que fosse exposto no á trio. adverbial consecutiva
[E] Como esperei tempo demais, decidi [5] Oração subordinante + oração subordinada adjetiva
que já nã o sairia com eles. relativa explicativa + oração subordinada adverbial final
[F] Mal terminou a sessã o de cinema, [6] Oraçã o subordinante + oraçã o subordinada
fomos imediatamente para casa. substantiva relativa
[G] Ele esforçou-se tanto que acabou [7] Oraçã o subordinada adverbial condicional +
por perceber. + oraçã o subordinante
[8] Oraçã o subordinada adverbial causal +
[H] Eles convidaram quem quiseram. + oraçã o subordinante + oraçã o subordinada
substantiva completiva
[I] O professor estava convicto de que [9] Oraçã o subordinada adverbial temporal +
os alunos perceberam. + oraçã o subordinante
[10] Oraçã o subordinante + oraçã o subordinada
[J] O professor elogiou os alunos que
substantiva completiva + oraçã o subordinada
pesquisaram sobre a obra de Camõ es.
adjetiva relativa restritiva
[A] – ___; [B] − ___; [C] − ___; [D] − ___; [E] − ___; [F] − ___; [G] − ___; [H] − ___; [I] − ___; [J] − ___.
Coluna A Coluna B
[1] acontece exclusivamente a nível literá rio, pela mã o dos escritores.
[A] Neologismos sã o termos [2] para designar novas realidades tecnoló gicas surgidas
por via da evolução.
[3] cujo significado sofreu evoluçã o, ao longo dos tempos.
[B] A formaçã o dos novos [4] ocorre através dos processos regulares (derivaçã o e composiçã o)
vocá bulos ou através de processos irregulares.
[5] cuja utilização era usual noutros está dios da língua, mas que caíram
em desuso.
[C] Arcaísmos sã o termos [6] que designam novas realidades ou novos usos reclamados pela
evoluçã o científica, tecnoló gica ou outra.
2. Classifique cada uma das afirmações como verdadeira (V) ou falsa (F).
a. Uma sigla é uma palavra formada pelas iniciais de um grupo de palavras, pronunciada de acordo
com a designaçã o de cada letra.
b. Um acró nimo é uma palavra formada através da junçã o de duas ou mais palavras.
c. Truncaçã o é um processo que consiste na criaçã o de uma palavra a partir da eliminaçã o de parte
da palavra de que deriva.
d. Empréstimo é um processo através do qual uma palavra já existente adquire um novo significado
sem, contudo, perder o(s) significado(s) anterior(es).
e. Extensã o semâ ntica é o processo de transferência de uma palavra de uma língua para outra.
f. Amá lgama refere-se a criaçã o de um vocá bulo através da junçã o de letras ou sílabas de um grupo
de palavras, que se pronunciam como uma só palavra.
2.1. Indique a que processo se refere cada uma das definiçõ es que assinalou como falsas.
____________________________________________________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________________________________________
3. Leia o seguinte excerto textual e responda às questões.
Joana Oliveira, in Visão, ediçã o online, 16 de setembro de 2014 (acedido em maio de 2017).
3.1. Transcreva os termos que configuram processos irregulares de formaçã o de palavras, indicando
como se designam.
________________________________________________________________________________________________________________
3.2. Refira que nome se dá , em termos de renovaçã o do léxico, ao termo “globonautas”.
________________________________________________________________________________________________________________
3.2.1. Indique os termos que estã o na origem da nova palavra.
________________________________________________________________________________________________________
3.2.2. Avance um significado para o novo vocá bulo, atendendo aos termos que o compõ em.
_________________________________________________________________________________________________________
Chuvisco
Chuvisco é isco da chuva? Enquanto se espera resposta, vale a pena resguardar a pergunta.
O chuvisco, adolescente atrevido, molha tudo sem respeito. Ao tempo que vai lençolando as poei-
ras, o chuvisco abraça a terra mais terna […].
À s vezes é um rio de pé, verticaindo. Gotas gordas aprisionam os homens e os bichos nos seus
abrigos. Até os pá ssaros vã o peixando, humiudinhos.
Mia Couto, “Pingo e vírgula”, in Cronicando, 10.a ed., Lisboa, Editorial Caminho, 2002, p. 98.
4.1. Transcreva os vocá bulos que configuram novos termos, indicando como se designam.
________________________________________________________________________________________________________________
4.1.1. Decomponha-os nos seus constituintes, indicando as classes de palavras a que pertencem.
________________________________________________________________________________________________________
4.1.2. Integre cada nova palavra numa classe gramatical, referindo o seu significado.
________________________________________________________________________________________________________
5. Atente nas palavras sublinhadas no texto apresentado de seguida.
Samuel Siva, in Público, ediçã o online, 1 de outubro de 2014 (acedido em maio de 2017, adaptado).
A B
Amigo, pois me leixades A dona que eu am’e tenho por senhor
E vos ides alhur morar, amostrade-me-a, Deus, se vos en prazer for,
[…] senon, dade-mi a morte.
[…]
6.1. Os termos sublinhados configuram formas linguísticas pertencentes a um está dio anterior
da realizaçã o da língua. Indique como se designam.
________________________________________________________________________________________________________________
6.2. Indique os processos fonoló gicos que ocorreram nas seguintes palavras:
a. amostrade (texto B, v. 2) > mostrai _________________________________________________________________________
b. dade (texto B, v. 3) > dai _____________________________________________________________________________________
6.3. Proponha uma reescrita dos dois excertos textuais, substituindo as formas arcaicas sublinhadas
por termos atuais.
A _____________________________________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________________________________________
B _____________________________________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________________________________________
1. Selecione a opção que completa corretamente cada um dos itens seguintes.
1.1. O campo lexical de uma dada palavra corresponde ao conjunto de palavras
(A) que se podem formar a partir dela, pelos processos de derivaçã o ou de composiçã o.
(B) que se podem formar a partir dela, nã o importa por que processo.
(C) associadas, pelo seu significado, a um determinado domínio conceptual.
1.2. O campo semâ ntico de uma dada palavra corresponde ao conjunto de
(A) significados ou aceçõ es que uma palavra assume, em funçã o do contexto em que ocorre,
quer surja isolada ou integrada numa expressã o.
(B) significados dessa palavra, desde que surja integrada numa expressã o.
(C) sinó nimos dessa palavra.
2. Leia as frases seguintes.
(A) Ontem foi a festa da escola; as salas de aula estavam graciosamente decoradas; no quadro
viam-se desenhos feitos por alunos e professores.
(B) O Pedro nã o convive com ninguém; aquele miú do é uma ilha!
(C) As férias em plena Natureza sã o muito agradá veis e repousantes. Gosto muito de passear pelo
campo, molhar-me nos regatos, colher flores, observar os animais.
(D) Por alturas do Natal, há um mar de gente a fazer compras nos centros comerciais.
(E) A ilha açoriana de que mais gosto é Sã o Miguel.
(F) Em criança tudo é simples; quando crescemos, percebemos que a vida não é um mar de rosas.
(G) Passear junto ao mar é um dos meus hobbies.
(H) Hoje fui observar como se processa a pesca: barcos, pescadores, isco, rede, anzol, tudo é prepa-
rado minuciosamente.
(I) O Parque da Cidade é uma ilha de oxigénio para os habitantes do Porto.
2.1. Selecione as frases em que ocorrem palavras pertencentes ao mesmo campo lexical.
________________________________________________________________________________________________________________
2.2. Identifique dois campos semâ nticos diferentes, registando as frases em que ocorrem.
________________________________________________________________________________________________________________
2.3. Registe as alíneas em que os vocá bulos “mar” e “ilha” surgem em sentido metafó rico.
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2.4. Reescreva as frases indicadas em 2.3., substituindo os vocá bulos “mar” e “ilha” por outras pala-
vras ou expressõ es com significado equivalente.
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GRUPO I
1. Classifique cada uma das afirmações acerca da poesia trovadoresca como verdadeira (V) ou
falsa (F). [15 itens x 2 pontos = 30 pontos]
a. Durante a Idade Média, a cultura estava espalhada por todos os grupos sociais.
b. A poesia trovadoresca designa a produçã o poética entre os séculos XII e XIV.
c. O galaico-português diz respeito a língua utilizada na Península Ibérica ate ao seculo XVI.
d. A produçã o poética da era medieval encontra-se compilada em três grandes cancioneiros:
o da Biblioteca Nacional, o da Vaticana e o da Ajuda.
e. Os jograis eram populares que atuavam em espaços pú blicos, nas cortes ou em casas
senhoriais.
f. Os trovadores pertenciam à nobreza, compunham e tocavam os seus poemas, fazendo-se
acompanhar exclusivamente por jogralesas.
g. As cantigas de amor estã o associadas a um ambiente cortês e à temá tica do amor não
correspondido.
h. O ambiente rural, de romaria ou doméstico surge nas cantigas de amigo.
i. Na cantiga de amigo, o poeta assume uma atitude de vassalagem perante a sua “senhor”.
j. As cantigas de amigo têm origem provençal.
k. Tematicamente, as cantigas de amigo enunciam o amor, a saudade e a dor provocadas pela
ausência do amado.
l. O paralelismo e o refrã o sã o marcas formais associadas à s cantigas de amigo.
m. A Natureza serve ú nica e exclusivamente de cená rio à manifestaçã o da dor da donzela.
n. As cantigas de amor exprimem, pela voz de uma donzela, o amor não correspondido.
o. Há afinidades entre as cantigas de amigo e as cantigas de amor, uma vez que em ambas
se assiste à temá tica do sofrimento amoroso.
1.1. Corrija as afirmaçõ es que classificou como falsas. [70 pontos]
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2. Selecione a opção que completa corretamente cada um dos itens relacionados com a poesia
trovadoresca. [10 itens x 5 pontos = 50 pontos]
GRUPO II
1. Identifique a função sintática dos elementos sublinhados em cada uma das frases.
[10 itens x 5 pontos = 50 pontos]
1. Recorde o estudo da Crónica de D. João I e identifique cada uma das personagens descritas.
[7 itens x 8 pontos = 56 pontos]
a. Personagem que revela um cariz dramá tico, é determinada, persistente, dominadora, indomá vel,
astuciosa e adú ltera.
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b. Personagem que representa a ameaça castelhana sobre a integridade nacional, acabando por
funcionar como “bode expiató rio” no desencadear da revoluçã o.
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e. Personagem que aparenta ser uma pessoa vulgar, com as suas dú vidas e hesitaçõ es, chegando
a cometer erros. No entanto, revela-se líder das multidõ es, assumindo a responsabilidade da sua
missã o e revelando toda a sua ambiçã o, demonstrando, por isso, um cariz realista.
_____________________________________________________________________________________________________________________
f. Personagem que se destaca enquanto heró i com forte pendor místico. A par da sua faceta espiri-
tual e do virtuosismo, distingue-se também pela determinaçã o, coragem, perspicá cia e lealdade.
_____________________________________________________________________________________________________________________
g. Personagem que se apresenta como a força gregá ria, animada de uma vontade definida e coletiva.
Expressõ es como “todos postos sob um mesmo cuidado”, “todos animados de uma só vontade”,
“enquanto a cidade soube” tornam-se emblemá ticas. Apesar de ignorante, supersticiosa e, por
vezes, até cruel, revela-se como a força motora da revoluçã o e, por isso, trata-se da personagem
que mais padece, resiste e se afirma.
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2. Complete o texto, convocando conhecimentos acerca da Crónica de D. João I.
[12 itens x 6 pontos = 72 pontos]
GRUPO II
1. Indique o tempo, o modo e a pessoa gramatical das formas verbais sublinhadas em cada frase.
[18 itens x 4 pontos = 72 pontos]
1. Complete o texto expositivo sobre a obra vicentina com os segmentos linguísticos fornecidos
abaixo. [15 itens x 8 pontos = 120 pontos]
Gil Vicente, a. _______________, foi, para além de poeta, um dramaturgo muito importante.
A sua “carreira” iniciou-se em 1502, terminando em 1536, b. _______________ em que produziu cerca
de 50 peças teatrais dispersas (c. _______________), cujos temas estã o relacionados com a natureza
humana: a astú cia, a honestidade, os ideais, a vida e a morte. d. _______________, só vinte e seis anos
apó s a sua morte todas essas peças seriam compiladas numa só obra pelos seus filhos.
e. _______________, este dramaturgo nã o ficava apenas pela produçã o escrita. f. _______________,
Gil Vicente também encenava, representava alguns dos papéis que criava e, posteriormente, reescrevia
as suas peças teatrais, tornando-as mais perfeitas. Efetivamente, a sua longa e diversificada
experiência g. _______________ – a corte onde vivia – fizeram com que pudesse dedicar-se com sucesso
h. _______________.
Animador dos serõ es da corte, encontrava nesta também os modelos que dariam origem
i. _______________, “julgando” as suas vidas aparentemente honestas. Predominantemente voltadas
j. _______________, as suas obras também exploravam os vá rios processos de có mico (de linguagem, de
cará ter, de situaçã o), que contribuíam, pelo riso, para denunciar vícios, costumes e grupos sociais,
através das personagens que construía.
Existem diferenças entre o simples có mico e a sátira: k. _______________ tem como objetivo apenas
provocar o riso, e fá -lo de forma evasiva; já l. _______________ procura provocar o riso, mas com o intuito
de fazer pensar, servindo-se assim da caricatura. Por isso se diz que o teatro vicentino assenta
sobretudo na sá tira, pois é caricatura do século XVI e as suas figuras funcionam como reflexo num
espelho distorcido dos tipos de homens reais, como no caso do fidalgo no Auto da Barca do Inferno,
personagem que denuncia os maus costumes e os defeitos da alta nobreza.
m. _______________, existe uma relaçã o pró xima entre o teatro de Gil Vicente e a sociedade
n. _______________, pois o escritor, através das suas obras, expõ e e critica os diferentes grupos e estratos
sociais da época, deixando assim testemunho de um período de transiçã o importante da histó ria
portuguesa – a passagem da o. _______________ para a É poca Clá ssica.
GRUPO II
1. Faça corresponder a cada oração sublinhada nas frases da coluna A a sua correta classificação,
na coluna B. [8 itens x 10 pontos = 80 pontos]
Coluna A Coluna B
[A] Ainda que fosse jovem, Inês queria casar [1] Oraçã o subordinada adjetiva relativa explicativa
rapidamente.
[B] O pretendente que foi escolhido era pouco [2] Oraçã o subordinada substantiva relativa
cordial.
[C] Como era pouco culto, o camponês foi [3] Oraçã o subordinada substantiva completiva
preterido.
[G] Lianor Vaz, que fingiu ser assediada, [8] Oraçã o subordinada adverbial condicional
visitou Inês.
[A] − ___; [B] − ___; [C] − ___; [D] − ___; [E] − ___; [F] − ___; [G] − ___; [H] − ___.
B
GRUPO I
1. Selecione a opção que completa corretamente cada um dos itens relacionados com a temática
do Renascimento. [5 itens x 5 pontos = 25 pontos]
1. Indique a designação atribuída às palavras sublinhadas nas frases abaixo apresentadas, tendo
em consideração que vêm ambas de SOLITARIU-. [5 pontos]
3. Faça corresponder a cada oração sublinhada nas frases da coluna A a sua correta classificação,
na coluna B. [10 itens x 6 pontos = 60 pontos]
Coluna A Coluna B
[A] O poeta quinhentista escreveu em redondilha [1] Oraçã o subordinada substantiva
mas privilegiou o decassílabo. completiva
[B] Assim que leram as primeiras estâ ncias de Os Lusíadas, [2] Oraçã o subordinada adverbial
acharam-nas difíceis. condicional
[D] Camõ es foi tã o arruaceiro que acabou embarcado [4] Oraçã o subordinada adjetiva
para a Índia. relativa explicativa
[E] Quem gosta de poesia tem de ler Camõ es. [5] Oraçã o coordenada adversativa
[F] Como Camõ es viveu no século XVI, sofreu a influência [6] Oraçã o subordinada adverbial
dos humanistas. concessiva
[G] Nã o só estudamos os sonetos como também lemos [7] Oraçã o subordinada substantiva
vá rias redondilhas. relativa
[H] Perceberã o melhor desde que leiam expressivamente [8] Oraçã o subordinada adverbial
os textos. consecutiva
[I] A mulher petrarquista, que é normalmente inacessível, [9] Oraçã o subordinada adverbial
tem traços físicos específicos. temporal
[J] É inevitá vel que os poetas exponham a sua visã o. [10] Oraçã o subordinada adverbial
causal
[A] − ___; [B] − ___; [C] − ___; [D] − ___; [E] − ___;
[F] − ___; [G] − ___; [H] − ___; [I] − ___; [J] − ___.
4. Identifique a função sintática dos elementos sublinhados em cada uma das frases.
[11 itens x 5 pontos = 55 pontos]
b. Muitos leitores acham a poesia lírica de Camõ es superior à de outros poetas da sua época.
______________________________________________________________________________________________________________________
e. Os alunos ficaram perplexos perante a ausência de dados sobre o nosso poeta maior.
______________________________________________________________________________________________________________________
f. Muitos jovens foram interrogados pelo professor acerca das temá ticas camonianas.
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k. O talento de Camõ es, como o de muitos outros poetas, nã o foi reconhecido na sua época.
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GRUPO I
1. Selecione a opção que completa corretamente cada um dos itens sobre Os Lusíadas.
[7 itens x 6 pontos = 42 pontos]
GRUPO II
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1.2. Identifique as funçõ es sintá ticas desempenhadas pelos constituintes que se encontram sublinhados
nas alíneas (A), (B), (D), (F) e (G). [5 itens x 7 pontos = 35 pontos]
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1.3. Indique a classe e a subclasse dos conectores presentes nas frases (A), (C) e (E).
[3 itens x 5 pontos = 15 pontos]
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GRUPO I
1. Complete o seguinte texto, fazendo apelo aos seus conhecimentos acerca do capítulo V da
História trágico-marítima, “As terríveis aventuras de Jorge de Albuquerque Coelho (1565)”,
e evitando repetições de termos. [20 itens x 4 pontos = 80 pontos]
Coluna A Coluna B
[A] Podemos constatar a dimensã o [1] em cinco anos, com determinaçã o, coragem e espirito
heroica do relato de solidariedade.
[B] O protagonista começou por assumir [2] ao enfrentar tantos obstá culos representa o caminho
as funçõ es típicas para a imortalidade.
[C] O Heró i, com aval da regente [3] na descriçã o de Jorge de Albuquerque Coelho.
Dona Catarina, [4] organizou as lutas contra os índios.
[E] Enfrentou, com disciplina, [6] de um verdadeiro líder, que nunca abandona aqueles
fé e espírito de sacrifício, que dependem de si.
[F] Também mostrou a sua coragem [7] mostraram o seu espanto ao verem o estado em que
e determinaçã o estes se apresentavam.
[J] A viagem culmina na chegada [13] nos momentos passados em Pernambuco, aquando
à metró pole, da morte do pai de Jorge de Albuquerque Coelho.
[K] Perante o terror vivido a bordo [14] nas constantes palavras de fé e de encorajamento
da nau proferidas pelo protagonista e nas oraçõ es.
[L] Os que foram receber [15] com a ajuda dos frades que vinham na caravela
os sobreviventes que os socorreu.
[M] A bravura e a ousadia de [16] ao recusar render-se aos corsá rios franceses.
Jorge de Albuquerque Coelho [17] com a ida em romaria à capela de Nossa Senhora da Luz.
[A] − ___; [B] − ___; [C] − ___; [D] − ___; [E] − ___; [F] − ___; [G] − ___;
[H] − ___; [I] − ___; [J] − ___; [K] − ___; [L] − ___; [M] − ___.
GRUPO II
_____________________________________________________________________________________________________________________
2.4. Identifique o processo de formaçã o das seguintes palavras: [3 itens x 6 pontos = 18 pontos]
a. climatéricas ___________________________________________________________________________________________________
b. embarcar ______________________________________________________________________________________________________
c. tripulaçã o _____________________________________________________________________________________________________
1. a 5.
Resposta restrita 100
(5 itens x 20 pontos)
1. a 7.
Resposta múltipla 35
(7 itens x 5 pontos)
8. a 12.
Resposta curta 15
(5 itens x 3 pontos)
Tema e tipologia – 15
Estrutura e coesã o – 10
Léxico e adequação do
Resposta extensa 50
discurso – 5
Correçã o linguística – 20
(30 + 20 pontos)
COTAÇÃO 100 50 50 200
Bonifá cio Calvo, A 266/B 450, in Elsa Gonçalves e Maria Ana Ramos,
A lírica galego-portuguesa, Lisboa, Editorial Comunicaçã o, 1983, p. 232.
____________
1
coisa, algo; 2 se nom / atanto que: a não ser que; 3 tenho; 4 juízo; 5 sol nom sab’ende rem: nem sequer sabe nada.
1. Identifique o género e o tema desta composição lírica, justificando com expressões do texto.
2. Demonstre que o sujeito poético tem dificuldades em clarificar o seu estado de espírito.
4. Identifique o recurso expressivo, e o seu valor semântico, em “Ora nom moiro, nem vivo” (v. 1).
Responda às questões. Na resposta aos itens de escolha múltipla, selecione a opção correta.
Apó s ter conquistado milhares de espetadores em França, A gaiola dourada prepara-se agora
para ser um grande sucesso comercial em Portugal, onde já foi visto por mais de catorze mil espe-
tadores durante as suas primeiras vinte e quatro horas em cartaz. Esta imediata atraçã o do pú blico
português por esta obra luso-francesa compreende-se perfeitamente, nã o só por causa da impres-
5 sionante onda de publicidade positiva que o filme tem recebido por parte da imprensa, mas também
por causa do contagiante estilo corriqueiro desta agradá vel comédia familiar de Ruben Alves, onde
somos apresentados à simpá tica família Ribeiro, que vive, há cerca de trinta anos, na portaria de
um prédio de luxo que está situado num dos principais bairros de classe média-alta da capital fran-
cesa. Os pilares desta afá vel família sã o Maria e José Ribeiro (Rita Blanco e Joaquim de Almeida),
10 um simpá tico casal de emigrantes portugueses que se tornou, com o passar dos anos, numa parte
indispensá vel do quotidiano da pequena comunidade que os acolheu e que agora os poderá perder,
já que Maria e José poderã o em breve concretizar o seu grande sonho de regressarem permanente-
mente a Portugal, onde poderã o levar uma vida mais simples, pacífica e pró xima das suas tradiçõ es.
O problema é que nenhum dos seus amigos, vizinhos e patrõ es quer deixar partir esta simpá tica
15 família, que também está fortemente dividida, já que Maria e José parecem ser os ú nicos que estã o
dispostos a regressar à s suas origens e abandonar definitivamente a sua preciosa comunidade que,
durante três décadas, lhes deu tudo aquilo que eles precisavam para levar uma vida esforçada mas
feliz. Será que Maria e José estã o mesmo dispostos a regressar ao nosso país e a virar para sempre
as costas à sua inestimá vel gaiola dourada?
20 Esta simples pergunta nã o tem de todo uma resposta ó bvia, já que é a sua procura por parte dos
dois protagonistas que alimenta o caricato desenrolar do prá tico guiã o desta simples mas agradá -
vel comédia luso-francesa, que denota todos os seus traços e influências francesas graças à for-
ma requintada e pragmá tica como os seus criadores construíram e decidiram contar esta simples
histó ria familiar, cujo principal apelo humano deriva da contagiante á urea popular bem portuguesa
25 que marca presença um pouco por todo o filme, e que acaba por acrescentar um reconfortante e
atrativo elemento de tradiçã o, descontraçã o, diferenciaçã o e diversã o a esta honrosa comédia que,
embora nã o seja abismalmente criativa ou irreverente, aposta numa histó ria com pés e cabeça
que enfatiza os dilemas e os dramas da comunidade emigrante nacional sem nunca esquecer os
estereó tipos culturais portugueses, que foram aqui aproveitados da melhor maneira possível para
30 desenvolver um estupendo ambiente tradicional e familiar, que tanto promove a diversã o como a
emoçã o. Para este atrativo resultado final muito contribuiu a capacidade criativa de Ruben Alves
(realizador/guionista), que soube aproveitar o melhor de dois mundos para criar e evidenciar esta
ligeira mas francamente apelativa comédia familiar, que beneficia ainda de uma ó tima prestaçã o do
seu elenco nacional e internacional.
http://www.portal-cinema.com/2013/08/critica-gaiola-dourada-2013.html
(consultado em junho de 2017).
1. A imediata adesão do público português ao filme A gaiola dourada justifica-se porque
(A) apresenta como protagonistas Rita Blanco e Joaquim de Almeida.
(B) se trata de uma comédia leve e com muitas críticas positivas.
(C) o filme foi produzido e realizado em Portugal e em França.
4. Ao longo do filme,
(A) o ambiente em que se movem as personagens é tipicamente francês.
(B) existe uma tensã o entre o casal português e a comunidade que os acolheu.
(C) vá rios elementos culturais portugueses recriam um ambiente tradicional.
5. O segmento sublinhado em “já foi visto por mais de catorze mil espetadores” (ll. 2-3) desempenha
a função sintática de
(A) predicativo do sujeito.
(B) complemento agente da passiva.
(C) complemento oblíquo.
9. Explique o significado literal do vocábulo “capital” (l. 8), sabendo que a palavra latina CAPITIA
significa “cabeça”.
10. Classifique a oração sublinhada em “há cerca de trinta anos, na portaria de um prédio de luxo
que está situado num dos principais bairros de classe média-alta da capital francesa” (ll. 7-9).
11. Indique a classe e a subclasse do termo sublinhado no segmento “Esta simples pergunta não tem
de todo uma resposta óbvia” (l. 20).
12. Refira o tempo e o modo da forma verbal sublinhada em “que beneficia ainda de uma ótima
prestação do seu elenco nacional e internacional” (ll. 33-34).
GRUPO III
Escreva um texto expositivo, de 120 a 150 palavras, no qual apresente as principais diferenças entre
as cantigas de amigo e as cantigas de amor.
Obedeça à s seguintes orientaçõ es:
• Introduçã o – apresentaçã o da temá tica do texto.
• Desenvolvimento – caracterizaçã o de cada um dos géneros, referindo:
− origem;
− sujeito de enunciaçã o e destinatá rio;
− características essenciais das figuras feminina e masculina;
− ambiente.
• Conclusã o – síntese geral das ideias e fecho do texto.
GRUPO I
Leia o seguinte excerto do capítulo 115 da Crónica de D. João I. Se necessário, consulte as notas
apresentadas.
Per que guisa estava a cidade corregida pera se defender, quando el-Rei de Castela pôs cerco
sobr’ela.
Nem uũ falamento1 deve mais vizinho seer deste capitulo que havees ouvido 2, que poermos logo
aqui brevemente de que guisa estava a cidade, jazendo el-Rei de Castela sobr’ela; e per que modo
poinha em si guarda o Meestre, e as gentes que dentro eram, por nom receber dano de seus ẽmi-
gos3; e o esforço e fouteza4 que contra eles mostravom, em quanto assi esteve cercada.
5 Onde sabee que como5 o Meestre e os da cidade souberom a viinda del-Rei de Castela, e esperarom
seu grande e poderoso cerco, logo foi ordenado de recolherem pera a cidade os mais mantiimentos
que haver podessem, assi de pam e carnes, come quaes quer outras cousas. E iam-se muitos aas
liziras6 em barcas e batees, depois que Santarem esteve por Castela, e dali tragiam muitos gaados
mortos que salgavom em tinas, e outras cousas de que fezerom grande açalmamento 7; e colherom-
10 -se8 dentro aa cidade muitos lavradores com as molheres e filhos, e cousas que tiinham; e doutras
pessoas da comarca d’arredor, aqueles a que prougue 9 de o fazer; e deles 10 passarom o Tejo com
seus gaados e bestas e o que levar poderom, e se forom contra 11 Setuval, e pera Palmela; outros
ficarom na cidade e nom quiserom dali partir; e taes i 12 houve, que poserom todo o seu 13, e ficarom
nas vilas que por Castela tomarom voz.
15 Os muros todos da cidade nom haviam mingua 14 de boom repairamento15; e em seteenta e sete
torres que ela teem a redor de si, forom feitos fortes caramanchõ es de madeira, os quaes eram
bem fornecidos d’escudos e lanças e dardos e beestas de torno 16, e doutras maneiras com grande
avondança17 de muitos viratõ es18. […]
E ordenou o Meestre com as gentes da cidade que fosse repartida a guarda dos muros pelos fidal-
20 gos e cidadãos honrados19, aos quaes derom certas quadrilhas20 e beesteiros e homẽes d’armas pera
ajuda de cada uũ guardar bem a sua. Em cada quadrilha havia uũ sino pera repicar quando tal cousa
vissem, e como21 cada uũ ouvia o sino da sua quadrilha, logo todos rijamente22 corriam pera ela […]
____________
1
palavras, ditos; 2 alusã o ao capítulo anterior, onde se descreve o soberbo acampamento do rei de Castela, que se estendia de Santos
até Campolide e outros lugares em volta; 3 inimigos; 4 coragem; 5 logo que; 6 lezírias (terras que ficam na margem do rio);
7
abastecimento; 8 refugiaram-se; 9 aprouve, agradou; 10 alguns; 11 em direçã o a; 12 aí; 13 que poserom todo o seu: que puseram em
segurança os seus haveres; 14 necessidade; 15 reparaçã o, fortificaçã o; 16 armas que disparavam setas a grandes distâ ncias;
17
abundâ ncia; 18 setas grandes; 19 de boa categoria social, burgueses; 20 quadrelas, lanços de muralha onde se colocavam os vigias;
21
quando; 22 apressadamente.
E nom soomente os que eram assiinados23 em cada logar pera defensom, mas ainda as outras
gentes da cidade, ouvindo repicar na See, e nas outras torres, avivavom-se os coraçõ es deles 24;
25 e os mesteiraes25 dando folgança26 a seus oficios, logo todos com armas corriam rijamente pera
u27 diziam que os Castelã os mostravom de viinr. Ali viriees os muros cheos de gentes, com muitas
trombetas e braados e apupos esgremindo espadas e lanças e semelhantes armas, mostrando
fouteza contra seus ẽmigos.
Fernã o Lopes, in Teresa Amado (apresentaçã o crítica, seleçã o, notas e sugestõ es para aná lise literá ria),
Crónica de D. João I de Fernão Lopes (textos escolhidos), ed. revista, Lisboa, Editorial Comunicaçã o, 1992, pp. 170-172.
____________
23
designados; 24 avivavom-se os corações deles: sentiam-se mais corajosos; 25 operá rios; 26 folga; 27 onde.
1. No primeiro parágrafo, o narrador apresenta de forma sintetizada as ideias que serão desen-
volvidas ao longo do capítulo 115. Refira-as.
2. Demonstre que a população se dividiu no que respeita a tomar o partido do Mestre de Avis.
3. Enumere, baseando-se no segundo parágrafo, algumas das medidas tomadas pelo povo e pelo
Mestre, assim que souberam que o cerco à cidade estava iminente.
GRUPO II
Responda às questões. Na resposta aos itens de escolha múltipla, selecione a opção correta.
O autocarro desde Joanesburgo sai à s 8 da manhã para Maputo − entre tempos de paragem
noutras cidades ao longo do percurso e a travessia da fronteira de Ressano Garcia, chego a Maputo
já de noite. Fico plantado numa esquina à espera de um amigo de amigo de outros amigos. Nã o sei
sequer se existe mas, se existir, chama-se Henrique.
5 O que ficou combinado foi uma boleia com o Henrique até um promontó rio mítico para praticantes
de surf, onde quebra uma onda secreta, de qualidade mundial e de difícil acesso para viajantes soli-
tá rios, daí melhor apoiar-me na experiência e na viatura de quem sabe. O Henrique, se existe, sabe.
Por ironia do destino ou, quem sabe, por malícia das sinergias que a Histó ria tece, tanto Portugal
como as suas ex-coló nias sã o excelentes destinos para o surf. A diferença é que na (ex) metró pole
10 as ondas estã o à distâ ncia de um parque de estacionamento.
Já em Angola e Moçambique, a logística de chegar à praia envolve guias locais, veículos todo-
-terreno, provisõ es, equipamentos de outdoor e um espírito desinibido e aventureiro. Tal como fiz
há uns anos em Angola, socorro-me agora da ajuda de um português expatriado para chegar até à s
ondas. Henrique, se existe, imigrou para Moçambique nã o apenas pelo trabalho mas também pelo
15 surf. Provavelmente até na ordem contrá ria de prioridades.
A noite cai suavemente sobre esta cidade que me faz pensar no Portugal que eu nunca tive,
no português que nunca fui.
É uma cidade bonita, apesar do degrado e da incú ria e da miséria. Uma cidade que desce para
o mar, que permite sempre um tom de azul no fundo do olhar, um pouco como Lisboa com o Tejo.
20 No entanto, de todas as cidades coloniais portuguesas que visitei, é aquela que menos me re-
corda Portugal.
Maputo é demasiado recente e demasiado airosa, demasiado planificada e escorreita para
recordar uma cidade portuguesa.
O que o cará ter e a fisionomia urbana de Maputo me recorda, na brisa suave do fim da tarde, é
25 um Portugal que ficou por acontecer, uma possibilidade de evoluçã o paralela que se perdeu nas
ramificaçõ es do destino. Tento imaginar uma outra Histó ria pá tria que teria resultado de uma apro-
ximaçã o mais humilde, menos aguerrida, à s culturas do Índico, uma outra miscigenaçã o, uma outra
abertura de espírito aos povos e à s religiõ es que íamos encontrando.
Só Moçambique poderia evocar esta dimensão paralela e perdida da Histó ria de Portugal, só aqui
30 tivemos a porta aberta para esse oceano Índico que durante séculos promoveu comércio, provocou
diásporas, acomodou a diferença, ensinou a Humanidade a lidar com o Outro. Só aqui poderíamos
ter sido Outros, diferentes.
Gonçalo Cadilhe, in Visão, ediçã o online, 30 de março de 2014
(consultado em junho de 2017, adaptado).
5. Na frase “onde quebra uma onda secreta” (l. 6), a palavra sublinhada introduz uma oração
(A) subordinada substantiva completiva.
(B) subordinada adjetiva relativa restritiva.
(C) subordinada adjetiva relativa explicativa.
6. Na frase “A noite cai suavemente sobre esta cidade” (l. 16), o termo sublinhado desempenha
a função de
(A) modificador.
(B) complemento oblíquo.
(C) modificador apositivo do nome.
8. Classifique a oração sublinhada em “Não sei sequer se existe mas, se existir, chama-se
Henrique” (ll. 3-4).
9. Refira a função sintática do segmento sublinhado em “na (ex) metrópole as ondas estão
à distância de um parque de estacionamento” (ll. 9-10).
10. Indique a função sintática do elemento sublinhado em “que me faz pensar” (l. 16).
11. Transcreva o referente do elemento sublinhado em “que permite sempre um tom de azul
no fundo do olhar” (l. 19).
12. Reescreva o segmento “No entanto, de todas as cidades coloniais portuguesas que visitei,
é aquela que menos me recorda Portugal.” (ll. 20-21), substituindo o conector por outro com
o mesmo valor lógico.
GRUPO III
Responda às questões.
Coluna A Coluna B
[I] O palco da expressã o amorosa era o adro das igrejas, [4] Cantiga de maldizer
quando as donzelas acompanhavam a mãe à s romarias.
Um dos mais importantes cronistas de Portugal foi Fernã o Lopes, nomeado por a. _____________________, em
1434, para “poer em cró nica as histó rias dos reis que antigamente em Portugal foram”, ou seja,
para escrever a histó ria dos reis da primeira dinastia, e para registar “os grandes feitos e altos do mui
virtuoso e de grandes virtudes El-Rei meu senhor e padre”, isto é, para relatar os acon-
tecimentos ocorridos durante o reinado de seu pai, b. _____________________. O cronista trabalhou durante
vá rios anos, recolhendo c. _____________________, notícias escritas por portugueses e por estrangeiros, e ou-
vindo pessoas que tivessem presenciado acontecimentos d. _____________________, sempre procurando
informaçõ es e. _____________________, pois, como ele escreveu, “mentira em este volume e muito afastada da
nossa vontade”.
Foi nomeado guarda-mor da f. _____________________, em 1418. A palavra “Tombo” é derivada do verbo
tombar, que, além de significar cair, derrubar, significa também inventariar, registar, e é esse o sen-
tido que a palavra aqui adquire. Neste arquivo, inicialmente instalado numa das torres do Castelo de
Sã o Jorge, em g. _____________________, eram registados e inventariados os documentos histó ricos.
Fernã o Lopes h. _____________________ vá rias alteraçõ es políticas e sociais durante o seu longo período de
atividade, o que, certamente, foi muito ú til para a elaboraçã o das suas i. _____________________.
O facto de se servir das mais diversas j. _____________________ (documentais – livros de k. _____________________,
cartas, epitáfios, sermõ es –, monumentais e testemunhais), interpretando-as e relatando-as corretamente,
permitiu-lhe garantir maior exatidão ao que narrava, conferindo l. _____________________ às suas cró nicas. Desse
aperfeiçoamento e dessa busca da fidelidade histó rica decorre a m. _____________________ psicoló gica de
personagens n. _____________________ e individuais. Mas o cronista também se preocupa com a beleza da forma,
conferindo assim efeitos o. _____________________ às suas cró nicas. Recorre, assim, a diversos recursos
linguísticos, alguns herdados da p. _____________________ precedente, outros inovação sua. É frequente o recurso
a interrogaçõ es q. _____________________ e a exclamaçõ es para sublinhar os momentos mais emotivos/dramáticos
da narrativa. Verifica-se também a recriação de r. _____________________ histó ricas através da caracterização
psicoló gica, apresentando-as ao leitor em ação, descrevendo os seus trajes,
as suas atitudes, os seus gostos, contando os seus ditos (discurso s. _____________________).
O realismo descritivo, através da descriçã o de vá rios planos, da exploraçã o da sensaçã o
t. _____________________ (principalmente a cinética) e da sensaçã o auditiva, também esta bem patente nas suas
cró nicas.
B
3. Classifique a cantiga, quanto ao género. Justifique com uma característica formal e uma carac-
terística temática.
“E sem duvida se eles entrarom dentro1, nom se escusara a Rainha de morte, […]. O Meestre
estava aa janela, e todos oolhavom contra ele dizendo:
– Ó Senhor! como vos quiserom matar per treiçom, beento seja Deos que vos guardou desse
treedor! Viinde-vos, dae ao demo esses Paaços, nom sejaes lá mais.
5 E em dizendo esto, muitos choravom com prazer de o veer vivo. Veendo el estonce 2 que neũ a
duvida tiinha em sua seguranca, deceo afundo 3 e cavalgou com os seus acompanhado de todolos
outros que era maravilha de veer. Os quaes mui ledos arredor dele, braadavom dizendo:
– Que nos mandaes fazer, Senhor? Que querees que façamos?
E el lhe respondia, aadur4 podendo seer ouvido, que lho gradecia muito, mas que por estonce
10 nom havia deles mais mester 5. E assi encaminhou pera os Paaços do Almirante u pousava o Conde
dom Joam Afonso irmão da Rainha com que havia de comer. As donas da cidade, pela rua per u 6
el ia, saiam todas aas janelas com prazer dizendo altas vozes:
− Mantenha-vos Deos, Senhor. […]
E indo assim ataa entrada do Ressio, e o Conde viinha com todolos seus, e outros boos da cidade
15 que o aguardavom, […]; e quando vio o Meestre ir daquela guisa7, foi-o abraçar com prazer e disse:
− Mantenha-vos Deos, Senhor. Sei que nos tirastes de grande cuidado, mas vos mereciees
esta honra melhor que nó s. Andae, vamos logo comer.
E assi forom pera os Paaços u pousava o Conde.”
Fernã o Lopes, in Teresa Amado (apresentaçã o crítica, seleçã o, notas e sugestõ es para aná lise literá ria),
Crónica de D. João I de Fernão Lopes (textos escolhidos), ed. revista,
Lisboa, Editorial Comunicaçã o, 1992, pp. 99-100.
____________
1
se eles entrarom dentro: se eles tivessem entrado; 2 entã o; 3 abaixo; 4 dificilmente; 5 nom havia deles mais mester: nã o tinha mais
necessidade deles; 6 onde; 7 maneira.
5. Explique o que significa a expressão “dae ao demo esses Paaços” (l. 4).
GRUPO II
Responda às questões.
GRUPO III
Vai Lianor Vaz por Pero Marques, e fica Pero Há homem empacho, má ora,5
Inês Pereira só, dizendo: quant’a dizer abraçar…
15 Depois que a eu usar
Andar1! Pero Marques seja. entonces poderá ser.
Quero tomar por esposo Inês (Nã o lhe quero mais saber,
quem se tenha por ditoso já me quero contentar...)
de cada vez que me veja.
5 Por usar de siso mero,2 Lia. Ora dai-me essa mã o cá .
asno que me leve quero, 20 Sabeis as palavras, si?
e nã o cavalo folã o3. Pero Ensinaram-mas a mi,
Antes lebre que leã o, perém esquecem-me já ...
antes lavrador que Nero4. Lia. Ora dizei como digo.
[…]
Vem Lianor Vaz com Pero Marques e diz Pero Soma, vó s casais comigo,
Lianor Vaz:
25 e eu com vosco, pardelhas6!
10 Lia. No mais cerimó nias agora; Nã o compre aqui mais falar.
abraçai Inês Pereira E quando vos eu negar
por mulher e por parceira. que me cortem as orelhas.
Lia. Vou-me, ficai-vos embora.
Gil Vicente, “Farsa de Inês Pereira”, in Antó nio José Saraiva (apresentaçã o e leitura),
Teatro de Gil Vicente, ed. revista, Lisboa, Dinalivro, 1988, pp. 198-199.
____________
1
adiante!; 2 para proceder com todo o juízo; 3 fogoso; 4 imperador romano que supostamente incendiou Roma; 5 sente-se um homem
atrapalhado, que diabo!; 6 (o mesmo que pardeos) interjeiçã o “por Deus!”.
2. Indique dois aspetos que levam Inês Pereira a aceitar casar com Pero Marques, fundamentando
a sua resposta com citações textuais pertinentes.
4. Baseando-se nas falas de Pero Marques, apresente três características da personagem que
permitam associá-la ao “asno” referido no verso 6.
5. Explicite a reação de Inês presente nos versos parentéticos (vv. 17-18), tendo em consideração a fala
de Pero Marques (vv. 13-16).
GRUPO II
Responda às questões. Na resposta aos itens de escolha múltipla, selecione a opção correta.
Este livro de ensaios de Helena Vasconcelos faz aquilo que um livro de ensaios deve fazer: provo-
ca vá rias conversas, vá rias discussõ es, vá rias celebraçõ es. Depois desta celebraçã o, convoco agora
um tema para discussã o. A autora diz que “a diferença entre as mulheres da minha geraçã o e as que
nasceram pó s-25 de Abril é abissal”. Ora, nã o tenho a menor dú vida em relaçã o aos efeitos de Abril
5 sobre a condiçã o feminina. Aliá s, quando surge a conversa das conquistas de Abril, a primeira coisa
que me vem à cabeça é a emancipaçã o feminina. Lá em casa, a minha mã e, ex-operá ria, ex-miss
e precursora do uso da minissaia, fazia questã o de deixar isso bem claro.
Como diz a autora de Humilhação e glória, “quando comparadas com as nossas «irmã s» eu-
ropeias”, as mulheres portuguesas podem sentir orgulho por terem “percorrido um caminho bem
10 á rduo num tempo mais curto”. Mas quando é que começou esse “caminho bem á rduo”? Depois
de 74? Nã o, nã o me parece. Esse caminho começou a ser traçado pelas mulheres mais novas da
geraçã o da minha mã e. La mia mamma é a mais nova, e sempre existiu um abismo geracional entre
ela e as irmã s. Aliá s, a minha tia mais velha é como se fosse a minha terceira avó . A caçula, a minha
mã e, era (e é) de outro planeta. E percebe-se porquê: saiu de casa cedo para trabalhar numa fá brica.
15 As minhas tias só saíram de casa para “ir servir” ou para casar. Foram educadas para serem seres
domésticos. Por oposiçã o, a minha mã e foi a primeira mulher urbana da família. Com o crescimento
brutal da economia registado nos anos 60 e com a consequente abertura à Europa, a sociedade
portuguesa mudou para sempre, porque as raparigas começaram a trabalhar em fá bricas e lojas.
Estas raparigas dos anos 60 e inícios dos 70 foram as grandes revolucionárias, porque desafiaram a
20 autoridade do pai e do marido. Nã o queriam casar para sair de casa, queriam trabalhar para casa-
rem em pé de igualdade com o maridinho.
Abril nã o iniciou o processo de emancipaçã o das mulheres portuguesas. O pó s-74 continuou-o
e, acima de tudo, deu-lhe forma jurídica. A sociedade portuguesa tem mais continuidades do que
aquelas que nó s, crentes na democracia, estamos dispostos a ver. E, quando recusamos ver essas
25 continuidades, acabamos por trair a geraçã o que começou a fazer a mudança. […]
http://expresso.sapo.pt/blogues/Opinio/HenriqueRaposo/ATempoeaDesmodo/
a-libertacao-das-mulheres-comecou-antes-de-abril=f785384 (consultado em junho de 2017, adaptado).
1. De acordo com a obra Humilhação e glória, as mulheres lusas têm a grande vantagem de
(A) terem conquistado a emancipaçã o antes das mulheres do resto da Europa.
(B) se terem emancipado em menos tempo do que as da restante Europa.
(C) terem tido o apoio dos homens ao longo do processo de emancipaçã o.
4. O segmento sublinhado em “quando surge a conversa das conquistas de Abril, a primeira coisa
que me vem à cabeça é a emancipação feminina” (ll. 5-6) desempenha a função sintática de
(A) complemento direto.
(B) sujeito simples.
(C) complemento indireto.
5. No contexto em que surge, o termo “precursora” (l. 7) pode ser substituído por
(A) opositora.
(B) adjuvante.
(C) pioneira.
6. Em “saiu de casa cedo para trabalhar numa fábrica” (l. 14), a oração sublinhada é subordinada
(A) adverbial final.
(B) substantiva completiva.
(C) adverbial consecutiva.
7. A oração sublinhada em “acabamos por trair a geração que começou a fazer a mudança” (l. 25)
classifica-se como subordinada
(A) substantiva completiva.
(B) adjetiva relativa restritiva.
(C) adjetiva relativa explicativa.
9. Refira a classe de palavras do termo sublinhado em “as grandes revolucionárias” (l. 19).
10. Transcreva o referente do pronome pessoal sublinhado em “O pós-74 continuou-o” (l. 22).
11. Reescreva no futuro simples do indicativo a forma verbal sublinhada em “O pós-74 […] deu-lhe
forma jurídica.” (ll. 22-23).
GRUPO III
Escreva um texto expositivo, de 130 a 180 palavras, sobre o papel da mulher na sociedade atual, tendo
em consideraçã o os vá rios domínios em que esta se emancipou.
Dê uma estrutura tripartida ao seu texto (introduçã o, desenvolvimento e conclusã o), apresentando uma
linguagem clara e o recurso a vocabulá rio adequado e diversificado.
GRUPO I
____________
1
se por acaso; 2 magoar, compadecer; 3 alegres; 4 desejo, anseio; 5 crescente.
1. Classifique a composição poética, fundamentando a sua resposta com dois aspetos formais.
2. Com base na primeira glosa, mostre em que medida o estado de espírito do sujeito poético
se opõe à descrição da Natureza.
3. Na segunda glosa, o “eu” lírico faz um pedido aos arvoredos. Indique-o, explicitando o seu
sentido.
4. Refira a razão que o “eu” poético apresenta para o seu estado de espírito presente, justificando
a sua resposta com expressões das duas últimas glosas.
GRUPO II
Responda às questões. Na resposta aos itens de escolha múltipla, selecione a opção correta.
A química da paixão
Quem nã o conhece aquele símbolo da paixã o que traz a flecha do Cupido atravessando o cora-
çã o? […] Na imagem, o alvo do deus alado é o coraçã o […]; a seta, no entanto, atinge é a cabeça. […]
Havendo interesse por outra pessoa, a química provoca sintomas intensos e avassaladores em
todo o corpo. Os mais evidentes sã o o aumento da pressã o arterial, da frequência respirató ria e
5 dos batimentos cardíacos, a dilataçã o das pupilas, os tremores e o rubor, além da falta de apetite,
concentraçã o, memó ria e sono. Tudo é provocado por alteraçõ es em regiõ es específicas, já identifi-
cadas pela ciência com a ajuda da ressonâ ncia magnética funcional e de outras tecnologias.
Uma das responsá veis pelas descargas de emoçõ es para o coraçã o e as artérias é a dopamina,
um neurotransmissor da alegria e da felicidade libertado pelo organismo para potenciar a sensa-
10 çã o de que o amor é lindo. […] “O mecanismo cerebral é idêntico ao de se viciar em cocaína”, diz
o neurocientista Renato Sabbatini, professor da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade
de Campinas. […]
Em pesquisas recentes, estruturas do cérebro chamadas nú cleo caudado, á rea tegmentar ven-
tral e có rtex pré-frontal mostraram-se mais ativadas em pessoas apaixonadas. Sã o zonas ricas
15 justamente em dopamina e endorfina, um neurotransmissor com efeito semelhante ao da morfina.
Juntos, esses agentes estimulam os circuitos de recompensa, os mesmos que nos proporcionam
prazer em comer, quando sentimos fome, e em beber, quando temos sede. […]
A feniletilamina, parecida com a anfetamina, é outra molécula natural associada a essa ava-
lanche de transformaçõ es, assim como a noradrenalina, que contribui com a memó ria para novos
20 estímulos. Por isso, os apaixonados costumam lembrar-se da roupa, da voz e de atos triviais dos
seus amados. […]
Enquanto a maioria das substâncias químicas apresenta níveis mais elevados no auge da paixão,
a serotonina, que tem efeito calmante e nos ajuda a lutar contra o stress, diminui em cerca de 40%.
O índice foi observado no estudo da italiana Donatella Marazziti, da Universidade de Pisa. […]
25 O prazo de validade do efeito paixã o varia de pesquisa para pesquisa. Sabbatini observa que o
fundamental é a paixã o passar naturalmente, o que acontece em alguns meses, com o cérebro
descarregando menos dopamina e reduzindo as endorfinas. “No auge, as alteraçõ es químicas sã o
tão intensas e tã o stressantes que, se durarem tempo demais, o organismo entra em colapso”, diz.
http://super.abril.com.br/comportamento/a-quimica-da-paixao
(consultado em junho de 2017, adaptado).
1. Com o recurso à figura mítica de Cupido (com a sua seta), a autora pretende introduzir o tema
a desenvolver nos parágrafos seguintes,
(A) realçando a importâ ncia desse deus da mitologia greco-romana na forma como os humanos
se apaixonam.
(B) demonstrando o papel do coraçã o no amor, quando é metaforicamente atingido pela seta do
pequeno deus.
(C) evidenciando a funçã o do cérebro quando se está apaixonado por oposiçã o ao tradicional papel
do coraçã o.
2. Com base nos segundo e terceiro parágrafos, podemos concluir que as reações do nosso corpo
no processo de enamoramento
(A) sã o doentias e facilmente diagnosticadas com a mediçã o da tensã o arterial e a realizaçã o de uma
ressonâ ncia magnética.
(B) sã o causadas exclusivamente pela dopamina, uma substâ ncia química que atua no nosso organismo
do mesmo modo que a cocaína.
(C) sã o semelhantes à s reaçõ es provocadas por vá rias substâ ncias aditivas, entre as quais a cocaína.
5. Em “a seta, no entanto, atinge é a cabeça” (l. 2), o conector empregue tem valor de
(A) adiçã o.
(B) oposiçã o.
(C) causa.
7. Em “é outra molécula natural associada a essa avalanche de transformações” (ll. 18-19) o consti-
tuinte sublinhado é uma
(A) personificaçã o.
(B) metá fora.
(C) comparaçã o.
8. Refira a função sintática desempenhada pelo constituinte sublinhado em “já identificadas
pela ciência” (ll. 6-7).
10. Indique o antecedente do termo sublinhado em “que contribui com a memória para novos
estímulos” (ll. 19-20).
11. Classifique a oração introduzida por “que” na frase “Sabbatini observa que o fundamental
é a paixão passar naturalmente” (ll. 25-26).
12. Transcreva a oração subordinada adverbial condicional presente no último período do texto.
GRUPO III
Escreva um texto expositivo, de 150 a 200 palavras, em que se refira à experiência pessoal e amorosa
na lírica camoniana, relacionando-a com a representaçã o da amada e da Natureza.
Dê uma estrutura tripartida ao seu texto (introduçã o, desenvolvimento e conclusã o), apresentando uma
linguagem clara e o recurso a vocabulá rio adequado e diversificado.
GRUPO I
Responda às questões..
1. Tendo em consideração o estudo feito da Farsa de Inês Pereira, associe cada elemento da
coluna A a um segmento da coluna B, de modo a obter afirmações verdadeiras.
Coluna A Coluna B
[A] A mãe de Inês mostra-se [1] a carta do primeiro pretendente de Inês.
[B] Inês, por sua vez, considera-se [2] e apresentam o Escudeiro a Inês.
[C] A mãe aconselha Inês [3] desajeitado, ignorante e pouco dado ao amor.
[D] Lianor Vaz é uma alcoviteira que traz [4] vítima das exigências e preconceitos sociais.
[E] Pero Marques demonstra ser [5] o verdadeiro estado social do seu amo.
[G] O escudeiro Brás da Mata revela-se [7] adulador, falso e com duplo cará ter.
[H] O Moço acaba por revelar [8] representar os falsos elementos do clero.
2. Complete o excerto, servindo-se dos termos apresentados abaixo, de modo a obter um texto
expositivo sobre Gil Vicente, a sua obra e o contexto em que viveu.
Gil Vicente apresentou a sua primeira peça, a. ____________, a 7 de junho de b. ____________, à rainha
Dona c. ____________. Continuou a escrever sob a proteçã o da rainha até à morte desta, e prosseguiu a
sua criaçã o dramá tica ao serviço do rei d. ____________. Em 1522, o autor dos autos continuou a gozar
da mesma confiança sob o e. ____________ de D. Joã o III. Sabe-se que o f. ____________ continuou a apoiá -lo
financeiramente. O dramaturgo escreveu cerca de g. ____________ peças de teatro, de natureza diversa,
h. ____________ postumamente na já referida Copilaçam de todalas obras de Gil Vicente. Entre outros
objetivos, Gil Vicente pretendia criticar a i. ____________, através da paró dia, nem sempre satírica, de
variados tipos sociais, e ao mesmo tempo fazer j. ____________.
B
____________
1
por minha fé, na verdade
2
mesmo que
3
prudência
4
juízo, sensatez
4. Esclareça o sentido das primeiras três interrogações que se encontram presentes a partir
do verso 30.
Leia atentamente o poema.
Leda serenidade deleitosa,
que representa em terra um paraíso;
entre rubis e perlas doce riso,
debaixo d’ouro e neve, cor de rosa;
____________
1
audá cia
2
prudência, juízo
3
discreto, controlado
4
nã o se importar com, rejeitar
6. Descreva, por palavras suas, a mulher presente no poema, comprovando as suas afirmações
com expressões textuais.
7. Identifique o recurso expressivo presente em “entre rubis e perlas” (v. 3), explicitando o seu
sentido.
GRUPO II
Responda às questões.
3. Obtenha frases complexas, unindo os pares de frases simples, de acordo com o valor lógico
indicado.
a. Camõ es foi obrigado a partir para a Índia. Envolveu-se em situaçõ es complicadas. (causal)
b. Camõ es chegou à Índia. Nesse país, Camõ es descobriu que as fraquezas humanas eram iguais
à s dos europeus. (temporal)
GRUPO III
O texto em verso faz parte do nosso quotidiano e entra nas nossas casas, no carro, no local de trabalho
ou em qualquer outro espaço através de cançõ es que nos tocam de muitas maneiras e que ficam gravadas
na memó ria do nosso coraçã o.
Num texto de apreciação crítica, de 120 a 180 palavras, apresente um tema musical que o tenha
marcado, apreciando-o positivamente e referindo os seguintes aspetos:
− título da musica e do á lbum a que pertence;
− cantor(a)/grupo musical que a interpreta;
− tema explorado;
− estilo musical;
− versos do tema musical com que mais se identifica;
− justificaçã o pela sua preferência.
GRUPO I
88 90
Assi a fermosa e a forte companhia Que as imortalidades4 que fingia5
O dia quá si todo estã o passando A antiguidade, que os Ilustres ama,
Nũ a alma1, doce, incó gnita alegria, Lá no estelante6 Olimpo, a quem subia
Os trabalhos tã o longos compensando. Sobre as asas ínclitas da Fama,
Porque dos feitos grandes, da ousadia Por obras valerosas que fazia,
Forte e famosa, o mundo está guardando Pelo trabalho imenso que se chama
O premio lá no fim, bem merecido, Caminho da virtude, alto e fragoso7,
Com fama grande e nome alto e subido. Mas, no fim, doce, alegre e deleitoso,
89 91
Que as Ninfas do Oceano, tã o fermosas, Nã o eram senã o prémios que reparte,
Tétis2 e a Ilha angélica pintada, Por feitos imortais e soberanos,
Outra cousa nã o é que as deleitosas O mundo cos varõ es que esforço e arte
Honras que a vida fazem sublimada. Divinos os fizeram, sendo humanos.
Aquelas preminências gloriosas, Que Jú piter, Mercú rio, Febo8 e Marte,
Os triunfos, a fronte coroada Eneas e Quirino9 e os dous Tebanos10,
De palma e louro, a gló ria e maravilha3, Ceres, Palas e Juno com Diana,
Estes sã o os deleites desta Ilha. Todos foram de fraca carne humana.
L
uís de Camõ es, Os Lusíadas (leitura, prefá cio e notas de A. J. Costa Pimpã o),
4.a ed., Lisboa, Instituto Camõ es – Ministério dos Negó cios Estrangeiros, 2000, p. 409.
____________
1 2 3 4 5 6
reconfortante, santa; deusa do mar, esposa do Oceano; admiraçã o; condiçã o de imortal; inventava; constelado;
7 8 9 10
pedregoso; Apolo; Ró mulo; Hércules e Baco.
1. Estas estâncias inserem-se no episódio da “Ilha dos Amores”. Demonstre que os navegadores
portugueses são merecedores desta ilha, tendo em conta a estância 88.
3. Explicite o teor da reflexão do poeta, existente nas estâncias 89 a 91, fundamentando a resposta
com elementos textuais pertinentes.
4. Indique um recurso expressivo presente nos dois últimos versos da estância 90, explicitando
o seu valor.
Responda às questões. Na resposta aos itens de escolha múltipla, selecione a opção correta.
O autor desta quase literal adaptação de Os Lusíadas reconhece – apesar do respeito, do cuidado
e do carinho que pô s na delicadíssima tarefa – que ela é de qualquer modo sacrílega.
Não se toca numa obra de génio, para a apresentar simplificada aos olhos do pú blico, sem a tris-
te e aliá s inevitá vel sensaçã o de amarfanhar a sua beleza, de corromper e desfolhar o seu encanto
5 radioso.
Não me pejo de confessar que estive constantemente angustiado, que sofri contínuos e sérios
remorsos, enquanto procurava interpretar, em prosa corrente e fácil, a grandeza, a majestade épica
de Os Lusíadas.
Insisti e teimei em fazê-lo, nã o por gosto e deleite no trabalho, mas porque este me pareceu
10 necessá rio, urgente e – perdoe-se-me o orgulho – sinceramente patrió tico.
É costume dizer-se que Os Lusíadas sã o a Bíblia da Pá tria, ou, menos retoricamente, o livro
nacional por excelência. De facto. Mas essa Bíblia, esse livro intrinsecamente nacional, só tomam
contacto com ele – quando o tomam… – os alunos dos liceus, a partir do meio do seu curso, e os
adultos.
15 As crianças nã o o leem, nã o o podem ler – as crianças que, por muito pouco que entendam
o francês, encontram nessa língua ediçõ es, à sua escala e medida, da pró pria Odisseia.
Não será tempo de oferecer-lhes uma singela, embora imperfeita adaptação da nossa Odisseia
– Odisseia real, e não apenas imaginária, e, mesmo por isso, mais do que a outra maravilhosa – para
que ao menos se lhes tornem familiares o povo, os heró is, os acontecimentos notáveis e celebrados
20 por Luís de Camõ es e que são gló ria imorredoira da nossa terra?
6. Na expressão “Os Lusíadas são a Bíblia da Pátria” (l. 11) está presente uma
(A) metá fora.
(B) comparaçã o.
(C) enumeraçã o.
7. A oração sublinhada em “É costume dizer-se que Os Lusíadas são a Bíblia da Pátria, ou, menos
retoricamente, o livro nacional por excelência” (ll. 11-12) classifica-se como subordinada
(A) adverbial consecutiva.
(B) substantiva completiva.
(C) adjetiva relativa restritiva.
11. Indique a classe e a subclasse do termo sublinhado no segmento “mas porque este me pareceu
necessário, urgente” (ll. 9-10).
12. Classifique a oração “para que ao menos se lhes tornem familiares o povo, os heróis, os acon-
tecimentos notáveis e celebrados por Luís de Camões” (ll. 18-20).
GRUPO III
Escreva um texto de apreciação crítica, de 120 a 150 palavras, no qual apresente o seu ponto de vista
sobre a leitura de Os Lusíadas.
Obedeça à s seguintes orientaçõ es:
• Introduçã o – apresentaçã o e caracterizaçã o sumá ria do objeto (Os Lusíadas: planos narrativos,
matéria épica).
• Desenvolvimento – comentá rio crítico da obra, com apresentaçã o de argumentos (importâ ncia
para a naçã o portuguesa).
• Conclusã o – síntese geral das ideias e apelo à leitura ou ao estudo da obra.
GRUPO I
Passados três dias, em que continuamente se deu à bomba, começou enfim a abonançar a procela.
Dos pedaços da ponte que o mar abatera, e de três remos do batel que escaparam do estrago,
trataram logo de improvisar um mastro e armaram nele uma velazinha.
Os nossos, entã o, pensaram em dar cabo dos estrangeiros. Jorge de Albuquerque dissuadiu-os
5 disso. No estado em que estavam, o ú nico remédio era a nau dos corsá rios. Se ela escapara, trataria
decerto de demandar a nossa, por causa dos Franceses que nela iam; e vindo-os buscar, e nã o os
achando, decerto matariam os Portugueses todos. Lembrou-lhes também que já nã o tinham á gua,
nem vinho, nem mantimento algum, e só podiam esperar o que os Franceses lhes dessem.
Assim discutiam, travando razõ es, quando deram vista da nau francesa. Fizeram-lhes fogos.
10 Ela acudiu, desbaratada também, mas nã o destroçada como estava a nossa.
Tendo sabido que a nossa gente se quisera levantar contra os Franceses, e que Jorge de Albu-
querque se opusera a tal, mostraram-se gratos os compatriotas daqueles. Ofereceram-se para o le-
var consigo, e mais três portugueses que ele indicasse; deixá -los-iam desembarcar na primeira ter-
ra que tomassem, se assim desejava. Jorge de Albuquerque agradeceu-lhes muito: mas que muito
15 mais lhes agradeceria se quisessem levá -los a todos eles, pois jamais desampararia a sua gente,
e em tal transe. O destino dos outros seria o seu. Responderam os Franceses que nã o podiam.
Dois dias depois, aquietava o tempo. Os corsá rios, aproveitando a bonança, trataram de des-
carregar a “Santo Antó nio” das muitas mercadorias que nela vinham, e que haviam escapado do
furacã o ou do alijar de carga que se havia feito. Até despojaram alguns portugueses dos pró prios
20 fatos que traziam vestidos. […]
Negaram-se a prover os desgraçados de algumas coisas que precisavam, como enxá rcias, ante-
nas, velas; a muito rogo, deram-lhes dois sacos de biscoito podre; e na segunda-feira, 17 de setem-
bro, afastou-se a nau deles a todo o pano, e foi-se esbatendo na atmosfera turva.
História trágico-marítima – narrativa de naufrágios da época dos Descobrimentos (adaptaçã o de Antó nio Sérgio
e ilustraçõ es de André Letria), Lisboa, Sá da Costa Editora, ediçã o Expresso, 2008, pp. 137-139.
2. Refira um dos argumentos apresentados por Jorge de Albuquerque Coelho para não atacarem
os franceses que estavam na nau.
3. Explicite o motivo que levou o capitão a não aceitar a proposta dos franceses.
4. Indique duas características de Jorge de Albuquerque Coelho, tendo em conta a sua atitude
neste excerto. Fundamente a sua resposta com expressões textuais.
Responda às questões. Na resposta aos itens de escolha múltipla, selecione a opção correta.
Inventar-se no Equador
Viajar serve também para perceber quem somos, o que nos diferencia, o que nos pertence e,
pelo contrá rio, o que é apenas tomado de empréstimo de outros. Pergunto-me que revelaçã o será
para um francês comer os queijos italianos e beber os vinhos sul-africanos: “Afinal, nã o somos os
melhores do mundo”, terá ele de concluir. Se tiver capacidade para isso.
5 Um dos lugares-comuns que nó s, os portugueses, temos sobre nó s pró prios é que somos uma
naçã o de poetas. Talvez sim, mas nã o mais do que os chilenos, com dois poetas distinguidos com
o prémio Nobel; ou do que os italianos, com outros dois Nobel e provavelmente o maior poeta de
todos os tempos, Dante; não para os ingleses, que dizem isso de Shakespeare. Os hú ngaros con-
sideram os seus poetas heró is nacionais e os chineses cultivam a poesia há milénios, e os persas,
10 já que lhes é proibido o vinho, escrevem poesia que o exalta.
Mas nã o quero falar desse lugar-comum. Interessa-me hoje outro: o de que nó s, os portugueses,
somos extremamente criativos e desenrascados, que sabemos sempre dar a volta ao bico do prego,
que temos uma capacidade acima da média internacional para inventar soluçõ es para os problemas
que nos afligem. Uma voltinha pelo Equador, esse país com um pé em cada hemisfério e a cabeça
15 acima das nuvens, faz-me pensar que nã o há nada como viajar para questionar certos lugares-
-comuns nacionais.
Passear a pé pelas ruas de Quito, a capital da naçã o sul-americana, ou de Guayaquil, o seu mo-
tor econó mico, é revelador. Nunca vi em Portugal nada que se assemelhe à enorme inventividade,
imaginação e esperteza desta gente desesperada por chegar ao fim do dia com algo na barriga. Bem
20 se diz que a necessidade aguça o engenho, e o engenho dos equadorenhos é notá vel.
Cada esquina, cada semá foro, cada arcada apresenta uma nova soluçã o para o velho problema
de ganhar a vida. Inventa-se em todo o lado uma ocupaçã o, uma fonte de rendimentos, um modo
de arranjar uns trocos. O nível de receitas é quase sempre mínimo, e pergunto-me como é possível
viver com tã o pouco. Mas é uma pergunta banal, típica de um europeu que observa a vida dos sul-
25 -americanos. Eles perguntariam como podemos viver nó s com tanto, e perguntariam, sobretudo:
Para quê?
2. Segundo o conteúdo do terceiro parágrafo, há uma outra característica dos portugueses que
(A) deve ser questionada.
(B) salienta a sua supremacia.
(C) os diferencia dos outros povos.
3. A ideia de que os portugueses são criativos e desenrascados
(A) é comprovada nos dois ú ltimos pará grafos do texto.
(B) é compará vel à dos equadorenhos de Quito.
(C) é questioná vel, quando se passeia pela capital do Equador.
6. A oração “que revelação será para um francês” (ll. 2-3) classifica-se como subordinada
(A) adverbial consecutiva.
(B) substantiva completiva.
(C) adjetiva relativa restritiva.
7. O grupo nominal sublinhado em “somos uma nação de poetas” (ll. 5-6) desempenha a função
sintática de
(A) complemento direto. (B) complemento oblíquo. (C) predicativo do sujeito.
10. Identifique o referente do pronome “nos” em “que nos afligem” (l. 14).
11. Indique a relação semântica que se estabelece entre “Equador” (l. 14) e “país” (l. 14).
12. Indique a subclasse do verbo sublinhado em “pergunto-me como é possível viver com tão
pouco” (ll. 23-24).
GRUPO III
Escreva um texto expositivo, de 120 a 150 palavras, no qual exponha as vantagens e desvantagens
dos Descobrimentos portugueses.
Tenha em atençã o os seguintes tó picos:
• Introduçã o – caracterizaçã o dos Descobrimentos portugueses.
• Desenvolvimento – vantagens e desvantagens dos Descobrimentos: exemplificaçã o com obras
literá rias ilustrativas.
• Conclusã o – síntese geral das ideias e fecho do texto.
GRUPO I
Responda às questões.
1. Tendo em conta o estudo de Camões e da época em que viveu, associe cada elemento da coluna A
a um segmento da coluna B, de modo a obter informações verdadeiras.
Coluna A Coluna B
[A] Camõ es viveu [1] Os Lusíadas.
[B] O rei D. Sebastiã o concedeu-lhe [2] que o poeta tinha uma formaçã o cultural profunda.
[C] Em 1572, Camõ es publica [3] uma pensã o de 15 000 reais por ano.
[G] Na época em que Camõ es viveu, a epopeia era [9] oficialmente o dia de Camõ es e de Portugal.
[H] Sobre a vida de Camõ es são [10] pelos avanços científicos e tecnoló gicos.
[J] O dia 10 de junho é considerado [12] nos reinados de D. João III e D. Sebastiã o.
2. Complete com os termos apresentados, de modo a obter um texto expositivo sobre Os Lusíadas.
144 145
Assi foram cortando o mar sereno, Nô 1 mais, Musa, nô mais, que a Lira2 tenho
Com vento sempre manso e nunca irado, Destemperada3 e a voz enrouquecida,
Até que houveram vista do terreno E nã o do canto, mas de ver que venho
Em que naceram, sempre desejado. Cantar a gente surda e endurecida.
Entraram pela foz do Tejo ameno, O favor4 com que mais se acende o engenho5
E à sua pá tria e Rei temido e amado Nã o no dá a pá tria, nã o, que está metida
O prémio e gló ria dã o por que mandou, No gosto da cobiça e na rudeza
E com títulos novos se ilustrou. Dũ a austera6, apagada e vil7 tristeza
Luís de Camõ es, Os Lusíadas (leitura, prefá cio e notas de A. J. Costa Pimpã o),
4.a ed., Lisboa, Instituto Camõ es – Ministério dos Negó cios Estrangeiros, 2000, p. 476.
____________
1
nã o; 2 instrumento musical associado à poesia; 3 desafinada; 4 aplauso; 5 talento; 6 sombria; 7 repugnante, infame.
4. Atente na estância 145. Explicite os lamentos do Poeta presentes nos quatro primeiros versos.
7. Explique o motivo pelo qual D. Jerónimo de Moura não reconheceu Jorge de Albuquerque.
GRUPO II
Responda às questões.
3. Transforme cada par de frases simples numa frase complexa, de acordo com o valor lógico
indicado entre parênteses. Proceda às modificações necessárias.
a. Muitos portugueses partiram para a Índia em busca de riqueza. Os portugueses sabiam os perigos que
enfrentavam. (concessão)
b. Camõ es escreveu Os Lusíadas. Os feitos dos portugueses foram imortalizados. (fim)
GRUPO III
Escreva um texto expositivo, de 150 a 180 palavras, comparando a viagem à Índia descrita
n’Os Lusíadas e a viagem de Jorge Albuquerque na nau Santo António, atendendo a:
− objetivo(s) da viagem;
− percurso efetuado;
− perigos e obstá culos enfrentados;
− condiçõ es de regresso à Pá tria.
1. Associe cada elemento da coluna A ao segmento que lhe corresponde, na coluna B, de modo a
obter informações acerca do conteúdo do filme visionado.
Coluna A Coluna B
[A] A açã o passa-se no século XIII, [1] de devolver a espada a seu pai, Sir Walter Loxley.
[B] O rei Ricardo Coraçã o de Leã o [2] morre nessa funesta batalha.
[C] Robin Hood e os seus companheiros [3] num símbolo de liberdade para o seu povo.
[D] Um nobre cavaleiro, moribundo, [4] em França, na ú ltima batalha travada pelo rei Ricardo
incumbe Robin Coraçã o de Leã o.
[E] Quando chega a Inglaterra, Robin [5] prepara uma conspiração na corte, juntamente com
depara-se o rei de França.
[G] Sir Walter Loxley está velho e cego, [7] ao tentar unir os barõ es do Norte.
[H] Para proteger a nora, agora viú va, [8] de modo a nã o serem capturados pelo xerife
e o seu patrimó nio, o ancião de Nottingham.
[J] É nesta conspiraçã o que Robin tem [10] com uma naçã o devastada, sem homens vá lidos
um papel preponderante, para os trabalhos agrícolas.
[A] − ___; [B] − ___; [C] − ___; [D] − ___; [E] − ___; [F] − ___;
[G] − ___; [H] − ___; [I] − ___; [J] − ___; [K] − ___.
Robin Hood foi realizado em a. _______________, por b. _______________, que convidou c. _______________
para criar o argumento. É um épico, protagonizado pelo ator d. _______________, no papel do heró i
proscrito. A intriga nã o obedece à histó ria que nó s conhecemos, a começar logo pelo estatuto de
Robin, um soldado inglês que assume a identidade de um nobre cavaleiro moribundo, Robert Loxley
(e. _______________), e que, a pedido do pai de Robert, Sir Walter Loxley (f. _______________), casa com
a belíssima viú va Marion Loxley (g. _______________).
3. Refira três acontecimentos/factos presentes no filme que remetam para o contexto religioso
e sociopolítico da Idade Média.
_________________________________________________________________________________________________________________________
1. Visualize o filme, preenchendo a tabela que se segue.
1. Ficha técnica
a. Título
b. Realizador
c. Atores
principais
d. Género
e. Data de
estreia
f. Prémios
2. Protagonista(s) e sua breve caracterização social, física e psicológica
5. Comentário crítico
CENÁRIOS DE RESPOSTA 5. Na Antiguidade, a pintura era encarada como qualquer outro tra-
balho e era executada por artesãos, sob encomenda. Por seu lado,
FICHAS DE LEITURA a pintura renascentista passou a ser vista como a expressão do modo
FICHA 1 – RELATO DE VIAGEM (pp. 12-13) de sentir do seu criador e diversificou a temática, incluindo aspetos
1. (B); 2. (C); 3. (D); 4. (B). profanos, não se limitando apenas aos de caráter sagrado.
5. A descrença deve-se ao facto de o enunciador viajar bastante e 6. As mudanças verificaram-se em diversos domínios. Por um lado,
poder constatar, in loco, que nem tudo o que se disse ou se escreveu o desenvolvimento social e econó mico − as trocas comerciais e a
corresponde à verdade, e que afinal os dogmas e os mitos dos outros ascensão da burguesia − que possibilitou o crescimento das cidades
são tão válidos quanto os nossos. e, por outro lado, o facto de se começar a dar mais importância ao
6. A perplexidade ou estranheza do enunciador relativamente à indivíduo.
situação dos portugueses deve-se à constataçã o de já não estarem 7. As navegaçõ es permitiram o desenvolvimento, ou o aperfei-
presentes os fatores que, outrora, os fizeram dar “novos mundos ao çoamento, de determinadas ciências e técnicas, necessárias à
mundo”. A iniciativa e a coragem que caracterizaram o povo lusitano consecução das descobertas. Por outro lado, o crescente desvendar
não foram suficientes para que se tivesse mantido a cidade do Cabo, do mundo influenciou o modo de pensar e de agir do ser huma-
e atualmente isso seria ainda mais difícil. no, o que suscitou mudanças sociais, que se refletiram nas artes em
7. A ú nica coisa que constitui motivo de orgulho é o facto de, ao geral.
contrário do que aconteceu com o cabo da Boa Esperança, o cabo 8. A liberdade a que se faz referência na afirmação é a liberdade do
Agulhas manter a grafia e o nome que os portugueses lhe deram artista, e não do homem. Anteriormente, o pintor executava uma
quando por aí passaram. tela segundo a vontade de quem a encomendava. A partir do
8. O nome dado ao segundo cabo, Agulhas, parece fazer todo Renascimento, passou a poder representar-se e a representar
o sentido, uma vez que o norte geográfico, indicado pela Estrela a sua maneira de ver o mundo; passou, portanto, a dispor de
Polar, e o norte magnético, indicado pelas agulhas das bú ssolas, liberdade criativa.
coincidem na passagem deste cabo (ll. 59-61). Além disso, FICHA 4 – APRECIAÇÃO CRÍTICA (pp. 18-19)
as rochas aí são recortadas e pontiagudas, algo semelhantes às
1. (C); 2. (A).
agulhas (ll. 55-56).
3. a. apreciaçã o; b. sucinta; c. argumentos; d. valorativa.
9. Duas das marcas específicas do relato de viagem são o discurso
pessoal, evidenciado no emprego da primeira pessoa do singular 4. Um dos eixos temáticos é o relacionamento de Pietro com o seu
(“A pergunta era se eu não sentia orgulho quando chegava ao cabo pai; o outro eixo temá tico é a histó ria da amizade de Pietro com o
da Boa Esperança.” – ll. 1-2) e a dimensão narrativa e descritiva, seu amigo de infâ ncia Bruno, um jovem “montanhê s”.
visível, por exemplo, em “Uma placa rasa informa que, neste ponto, 5. Pietro e o pai movem-se entre dois espaços. O pai move-se entre
se encontram os dois oceanos: Atlântico e Índico. As rochas são a cidade de Milão, da qual se sente cansado (“sentia mortificado” –
recortadas e pontiagudas, vagamente como agulhas, e pareceu-me l. 21) e as montanhas, onde rejuvenescia; por sua vez, Pietro,
estar explicada a razão do nome do cabo. Mas não era nada disso.” que acaba por andar sempre de um lado para o outro, nas
(ll. 53-57). montanhas, vive uma grande amizade, desde a infâ ncia,
com Bruno, que nunca abandona as montanhas.
FICHA 2 – ARTIGO DE DIVULGAÇÃO CIENTÍFICA (pp. 14-15)
6. As citaçõ es sã o excertos da obra, e servem como exemplificaçã o
1. a. uma descoberta científica; b. dinossauros; c. mundial;
das afirmaçõ es e dos argumentos do crítico sobre as características
d. uma novidade; e. paleontologia.
e o estilo do autor da obra, Paolo Cognetti.
2. O texto dá-nos a conhecer que paleontólogos espanhóis e portu-
gueses descobriram uma nova espécie e um novo género de
FICHAS DE GRAMÁTICA
dinossauro, que se constitui como o dinossauro herbívoro mais
pequeno de Portugal. FICHA 1 – O PORTUGUÊS: GÉNESE, VARIAÇÃO E MUDANÇA (p. 22)
3. Os testemunhos de Fernando Escaso dão credibilidade ao artigo, 1./1.1. a. F – O latim vulgar é que era de cariz mais popular; b. V;
uma vez que ele é um dos investigadores que subscreveu o texto c. F – Existiam na Península Ibérica outros idiomas, como o celta;
publicado no Journal of Vertebrate Paleontology, que dá conta desta d. V; e. F – Superstrato é a língua de um povo invasor que nã o se
nova descoberta. sobrepõ e à autó ctone, mas que acaba por deixar vestígios; f. V;
4. Os investigadores obtiveram provas de que o dedo dos fó sseis g. F – O latim foi preservado nos mosteiros, era ensinado nas esco-
da pata que descobriram era efetivamente mais pequeno do que las e constituía-se como a língua oficial da igreja, da administração
noutras espécies, ou até em todo o grupo. Descobriram também ou da ciência; h. V; i. V; j. F – O português antigo encontra-se
que existem características particulares nas vértebras caudais e nos registado na prosa literá ria, de que é exemplo o Livro de linhagens,
ossos da perna destes fósseis que não existem em outras espécies de D. Pedro, ou em documentos oficiais, como o testamento do rei
deste grupo já identificadas, quer na Europa quer na América. D. Afonso II ou a Notícia de Torto; k. F – É no século XIV que o
5. Os investigadores debruçaram-se sobre os achados feitos em português se separa em definitivo do galego; l. V; m. V.
1999, que pertencem à Sociedade de História Natural de Torres 2. a. hidrá ulica; hidratar; hidroginá stica; hidromassagem; b. lite-
Vedras, e viajaram para o continente norte-americano para os racia; iliteracia; literariedade; literalmente; literá rio; literatura;
compararem com fó sseis de dinossauros semelhantes. c. doméstico; domiciliá rio; domicílio; domesticar; d. rinite; otor-
6. Trata-se de um animal herbívoro, ainda jovem, ágil e veloz, apesar rinolaringologia; rinoceronte.
de possuir apenas duas patas. Teria cerca de metro e meio de altura, FICHA 2 – FONÉTICA E FONOLOGIA (p. 23)
um metro e sessenta de comprimento, braços mais curtos do que as 1. a. Aférese do “g” e apó cope do “e”; b. Síncope do “l”, dissimilação
pernas e uma cauda comprida. Pertenceu ao final do período do “t” e epêntese do “a”; c. Síncope do “u” e palatalização do “cl”;
Jurássico Superior, tendo vivido há cerca de 152 milhões de anos. d. Sonorizaçã o do “t”, assimilaçã o do “u” e dissimilaçã o do “o”;
7. Foi o achado que José Joaquim dos Santos fez, em 1999, na praia e. Epêntese do “o”; f. Síncope do “b” e crase do “ii”; g. Pró tese do “e”,
de Porto das Barcas, que permitiu que os investigadores
descobrissem esta nova espécie e um novo género de dinossauro.
QUESTÃO DE AULA 2 – CRÓNICA DE D. JOÃO I, DE FERNÃO LOPES QUESTÃO DE AULA 6 – HISTÓRIA TRÁGICO-MARÍTIMA
(pp. 37-38) (pp. 47-49)
GRUPO I GRUPO I
1. a. D. Leonor Teles; b. Conde Andeiro; c. Rei de Castela; d. Á lvaro 1. a. naufrágios; b. Descobrimentos; c. Índia; d. cró nica; e. reporta-
Pais; e. D. João, Mestre de Avis; f. D. Nuno Á lvares Pereira; g. Povo. gem; f. V/quinto; g. antecedentes; h. partida; i. Santo António; j. em-
2. a. rei; b. D. Fernando; c. cerco; d. castelhanos; e. Aljubarrota; barcação; k. lutas; l. corsários; m. tormenta/tempestade; n. leme;
f. vitó ria; g. D. Joã o I; h. morte; i. Á lvaro Pais; j. castelhano; k. o. destruídos; p. mar; q. desumanidade; r. caravela; s. romaria;
nacio-nal; l. heró i/protagonista. t. salvaçã o.
GRUPO II 2. [A] – [3]; [B] – [9]; [C] – [4]; [D] – [1]; [E] – [11]; [F] – [16]; [G] – [6];
[H] – [14]; [I] – [10]; [J] – [17]; [K] – [12]; [L] – [7]; [M] – [2].
1. a. presente / indicativo / 3. a pessoa do singular; b. pretérito per-
feito simples / indicativo / 3. a pessoa do plural; c. presente / impe- GRUPO II
rativo / 2.a pessoa do singular; d. pretérito imperfeito / conjuntivo / 1. a. lexical; b. sinonímia; c. semântico; d. hipó nimos; e. hiperónimo;
3.a pessoa do singular; e. futuro simples / conjuntivo / 1.a pessoa
do singular + futuro simples / indicativo / 1.a pessoa do singular. f. antonímia; g. meró nimos; h. holó nimo.
QUESTÃO DE AULA 3 – GIL VICENTE (pp. 39-40) 2.1. a. “[d]a viagem”; b. “enormes dificuldades climatéricas”.
GRUPO I 2.2. a. “que ainda possuía” (C); b. “Quando a fome e a sede aperta-
vam” (C); c. “que assolaram a nau à partida” (B).
1. a. popularmente conhecido como o “pai” do teatro português (4);
b. um período de quase trinta e cinco anos (8); c. autos de morali- 2.3. Valor causal.
dade e farsas (10); d. No entanto (3); e. Ao contrário do que muitos 2.4. a. Derivaçã o por sufixaçã o; b. Derivaçã o por parassíntese;
pensam (9); f. De facto (7); g. e o facto de conhecer bem o seu pú blico c. Derivação por sufixaçã o.
(2); h. a essa ú ltima atividade (6); i. à s suas personagens-tipo (11); 2.5. a. Sujeito (simples); b. Complemento agente da passiva;
j. para a sátira social (12); k. o primeiro (13); l. a segunda (1); c. Complemento oblíquo.
m. Em suma (14); n. quinhentista (5); o. Idade Média (15).
GRUPO II
TESTES DE AVALIAÇÃO 4. O toque do sino alertava a população para uma situação de perigo;
quando este repicava, todos se dirigiam apressadamente para os
TESTE DE AVALIAÇÃO 1 – POESIA TROVADORESCA (pp. 53-56) seus postos.
GRUPO I 5. É evidente a união de todos na defesa da cidade, uma vez que,
1. Trata-se de uma cantiga de amor, e o tema é o sofrimento amo- quando o sino da Sé repicava – sinal de perigo iminente –, não
roso, a “coita” de amor, do trovador, que se lamenta da incerteza respondiam à chamada apenas os que estavam designados para
dos seus sentimentos – “ei no meu coraçom / coita d’amor qual defesa de determinados locais, “mas ainda as outras gentes da
vos ora direi” (vv. 3-4). cidade” (ll. 23-24), que, abandonando os seus ofícios, acorriam
2. Ao longo de toda a cantiga, o sujeito poético revela não perceber prontamente, munidas de armas, para combater os inimigos.
o que se passa consigo. Sente-se entre a vida e a morte (“Ora nom GRUPO II
moiro, nem vivo” – v. 1), completamente desconcertado (“nem sei / 1. (A); 2. (B); 3. (A); 4. (B); 5. (C); 6. (A); 7. (C).
como me vai, nem rem de mi” – vv. 1-2), sem saber o que fazer
8. Oração subordinada adverbial condicional.
(“Nom sei que faço, nem ei de fazer” – v. 7), mostrando não conse-
guir vislumbrar o que será o seu futuro (“Nom sei que é de mim, 9. Predicativo do sujeito.
nem que sera” – v. 13). O ú nico facto de que ele tem a certeza é de 10. Complemento direto.
estar a sofrer de tal forma por amor que sente estar a enlouquecer 11. “o mar”.
(“se nom / atanto que ei no meu coraçom / coita d’amor […] / tam 12. “Contudo, de todas as cidades coloniais portuguesas que visitei,
grande que me faz perder o sém” – vv. 2-5). é aquela que menos me recorda Portugal.”
3. A causa é o desnorte provocado pelo enorme sofrimento amoroso,
GRUPO III
do qual, contudo, a “senhor” não tem conhecimento.
A imagem retrata um conjunto de pessoas – três adultos e cinco
4. O recurso expressivo é a antítese, e a funcionalidade e hiper-
crianças – que se diria terem vivido uma situação problemática que
bolizar o sofrimento do sujeito lírico, que, de tã o grande, o leva a
as debilitou e abateu.
questionar-se sobre a sua condiçã o: apesar de não ter ainda morrido,
Do conjunto humano, destacam-se as crianças, que parecem ter
não tem vida.
sofrido privaçõ es várias, desde a falta de alimentos à ausência de
5. A composiçã o poética é composta por três coblas, constituídas
condiçõ es básicas de sobrevivência, já que são magras, estão andra-
por quadras e refrão; o esquema rimático é abbacc, logo, a rima josamente vestidas e revelam sofrimento nas expressõ es faciais.
é interpolada e emparelhada nas quadras e emparelhada no refrão. Os adultos, além de carregarem aquilo que parece ser o conjunto de
GRUPO II todos os seus bens, não parecem felizes. Ao observarmos a imagem
1. (B); 2. (A); 3. (C); 4. (C); 5. (B); 6. (B); 7. (A). somos invadidos por sentimentos, simultaneamente, de comiseração,
tristeza e impotência.
8. Complemento oblíquo.
Dir-se-ia que esta imagem é perfeita para ilustrar o sofrimento
9. “Cabeça” de um país, isto é, a principal cidade. do povo lisboeta durante o cerco, causado pela falta de mantimentos
10. Oração subordinada adjetiva relativa restritiva. e pelas doenças que se abateram sobre a cidade.
11. Determinante demonstrativo. [125 palavras]
12. Presente do indicativo. TESTE DE AVALIAÇÃO 3 – POESIA TROVADORESCA /
GRUPO III CRÓNICA DE D. JOÃO I (pp. 61-64)
Resposta de caráter pessoal. No entanto, o aluno deverá referir GRUPO I
os seguintes aspetos: A
− as cantigas de amigo têm origem autóctone; as cantigas de amor
1. [A] − [1]; [B] − [1]; [C] − [4]; [D] − [2]; [E] − [1]; [F] − [1]; [G] − [2];
são de influência provençal;
[H] − [3]; [I] − [1]; [J] − [2].
− nas cantigas de amigo, o sujeito de enunciação é uma donzela
e o objeto é o amigo; nas cantigas de amor, o sujeito de enunciação 2. a. D. Duarte; b. D. João I; c. documentos; d. histó ricos; e. fide-
é um trovador e o objeto é a sua “senhor”; dignas; f. Torre do Tombo; g. Lisboa; h. testemunhou; i. crónicas;
− as cantigas de amigo retratam um ambiente campestre, rural, j. fontes; k. linhagem; l. veracidade; m. descrição; n. coletivas;
familiar; as cantigas de amor retratam um ambiente palaciano; o. estilísticos; p. historiografia; q. retó ricas; r. personagens; s. direto;
− nas cantigas de amigo, a figura feminina é um ser de cariz popular, t. visual.
terrestre; nas cantigas de amor, trata-se de uma figura da aristo- B
cracia idealizada, divinizada e inatingível; 3. Trata-se de uma cantiga de amigo, já que o sujeito lírico é uma
− nas cantigas de amigo, a figura masculina é o apaixonado, geral- donzela, que manifesta, através da dança, a sua alegria por estar
mente ausente ou mentiroso; nas cantigas de amor, o homem apaixonada. A cantiga é também paralelística e apresenta um refrão.
apresenta-se como um vassalo, sofredor e submisso. 4. A donzela está manifestamente feliz, revelando até uma certa
TESTE DE AVALIAÇÃO 2 – CRÓNICA DE D. JOÃO I, euforia (“Eno sagrado, em Vigo, / bailava corpo velido” – vv. 1-2)
DE FERNÃO LOPES (pp. 57-60) por estar, pela primeira vez, apaixonada e certamente ser corres-
pondida, o que pode ser comprovado no refrão – “Amor ei!”.
GRUPO I
5. Com a expressão “dae ao demo esses Paaços” (l. 4), o povo
1. Mostrar como se encontrava a cidade durante o cerco; expor o aconselha o Mestre de Avis a abandonar aquele espaço maldito,
modo esforçado e corajoso como o Mestre e o povo a defendiam. que estava associado à rainha Dona Leonor. Com efeito, o povo não
2. Muitos populares ficaram ao lado do Mestre e trataram de arranjar gostava da monarca.
modos e meios para se defenderem e manterem. No entanto, outros
partiram em direção a Setú bal e a Palmela e outros ainda coloca-
ram-se ao lado do rei de Castela, refugiando-se em vilas que estavam
ao lado dos castelhanos.
3. Os que se mantiveram e aqueles que para aí se deslocaram
preocuparam-se, primeiramente, em recolher o maior nú mero
possível de mantimentos; depois, centraram a sua atençã o na
proteçã o da cidade, fortificando os muros e a sua guarda.
6. Depois de sair do palá cio, o Mestre dirigiu-se aos paços do 8. Derivação por prefixaçã o.
Almirante para cear com o Conde D. João Afonso, irmão da rainha, 9. Nome.
sendo aclamado em todas as ruas por onde passava. 10. “o processo de emancipaçã o das mulheres portuguesas”.
7. O Conde recebeu o Mestre de forma efusiva, abraçando-o. Como 11. dar-lhe-á .
forma de agradecer o ato de coragem que este tinha revelado,
12. Campo lexical.
o Conde convidou-o para comer.
GRUPO III
GRUPO II
Resposta de cará ter pessoal. No entanto, o aluno deve/pode
1. a. Complemento agente da passiva; modificador (grupo verbal);
referir:
b. Complemento do nome; sujeito (simples); complemento direto.
• Introduçã o – a evoluçã o das mentalidades e das liberdades.
2. a. Crase; b. Sinérese.
• Desenvolvimento:
3. a. A donzela está saudosa do seu amigo, que partira entretanto
para o fossado. b. Se a dama corresponder/correspondesse ao − a Declaraçã o dos Direitos Universais do Homem;
amor do sujeito lírico, este ficara/ficaria muito feliz. − o papel da educaçã o na construçã o de oportunidades iguais
4. a. as quais; b. por que. para os dois géneros;
− as atividades profissionais, tipicamente consideradas “mascu-
GRUPO III
linas” no passado (século XIX, por exemplo), que agora sã o
Fernão Lopes nasceu em finais do século XIV. Cronista ao ser- desempenhadas por mulheres (medicina, direito, chefes de
viço da corte portuguesa a partir do reinado de D. Duarte, foi empresas, líderes políticos...);
incumbido de redigir a Crónica de D. João I para legitimar a
− outros aspetos.
ascensão da dinastia de Avis ao trono português.
E assim o fez. • Conclusão – fecho do texto, evidenciando a importância da mulher
Morrendo D. Fernando, dá -se uma crise diná stica, o que impli- na construçã o de uma sociedade justa.
cava que Dona Leonor Teles, sua mulher e avó de um futuro rei TESTE DE AVALIAÇÃO 5 – RIMAS, DE LUÍS DE CAMÕES (pp. 68-71)
ainda por nascer, assumisse a regência do reino.
GRUPO I
Isto não agradava a alguns burgueses e nobres, nem ao povo
português, por isso trataram de encontrar uma alternativa − o Mes- 1. Trata-se de uma redondilha. Nesta composição, todos os versos
tre de Avis (filho bastardo de D. Pedro), que será o primeiro rei da são em redondilha maior – “Cam/pos / bem-/-a/ven/tu/ra/(dos)” –,
Segunda Dinastia. Foi ele quem, apoiado por Á lvaro Pais (peça fun- estando distribuídos por cinco estrofes – um mote de quatro versos
damental nesta revoluçã o), assassinou o conde Andeiro (amante (quadra) e quatro glosas (voltas) de dez versos (décimas).
da rainha Dona Leonor) e deu início à crise de 1383-85. Sempre 2. O sujeito poético encontra-se em grande sofrimento, como se com-
caracterizado como um líder escolhido pelo povo, o Mestre organi- prova nas seguintes expressõ es textuais: “agora venho a temer / que
zou a defesa da cidade de Lisboa, aquando do cerco castelhano, e entristeçais em me vendo” (vv. 4-5); “dos olhos desesperados, / não
lutou contra as tropas invasoras na famosa batalha de Aljubarrota. quero que me vejais” (vv. 7-8). Pelo contrário, a Natureza
De facto, Fernão Lopes soube contar estes feitos, com viva- personificada é alegre (“Campos cheios de prazer” – v. 1), viva, fresca
cidade e verdade, de modo a legitimar a pretensão do Mestre ao (“vó s que estais reverdecendo” – v. 2) e, por isso, repleta de felicidade
trono português. [195 palavras] (“sempre sejais / campos, bem-aventurados” – vv. 9-10).
3. O “eu” lírico pede aos arvoredos alegres, que foram testemunhas
TESTE DE AVALIAÇÃO 4 – FARSA DE INÊS PEREIRA,
da sua felicidade passada, que se tornem tristes, se o querem ver
DE GIL VICENTE (pp. 65-67)
alegre. Com isto, o sujeito lírico quer dizer que a felicidade presente
GRUPO I nessa Natureza, sua confidente, ainda o magoa mais, pois lembra-lhe
1. Este excerto pertence à segunda parte da farsa vicentina: Inês já permanentemente o seu passado feliz.
enviuvou de Brás da Mata e está prestes a casar com Pero Marques, 4. O motivo do sofrimento do sujeito poético é o amor que o atingiu,
concretizando-se assim o provérbio que é argumento da obra: e que é caracterizado como sendo falso – “Já me vistes ledo ser, /
“mais vale asno que me carregue que cavalo que me derrube”. mas despois que o falso Amor / tã o triste me fez viver, / ledos
2. Inês aceita o lavrador, uma vez que este gosta dela (“quem se folgo de vos ver” (vv. 21-24); “Se perguntais, verdes prados, / pelos
tenha por ditoso / de cada vez que me veja” – vv. 3-4). Além tempos diferentes / que de Amor me foram dados, / tristes, aqui
disso, procedendo de forma ajuizada, prefere um “asno”, isto é, sã o presentes, / alegres, já são passados” (vv. 36-40).
uma pessoa de condição social inferior, com pouca cultura e de 5. O tema da mudança está , de facto, presente ao longo do poema,
maneiras rudes, a alguém com modos corteses (“cavalo”), mas que e é particularmente evidente na ú ltima estrofe (glosa). Aqui, o “eu”
a maltrata. refere que a mutaçã o na Natureza é positiva, pois “se muda o mal
3. A metáfora “Antes lebre que leã o” (v. 8) significa, neste contexto, para o bem” (v. 34), o que contrasta com a vida do sujeito lírico,
que Inês, em vez de querer alguém vistoso, galante, mas dominador cujo mal muda “para mor mal” (v. 35), ou seja, para ainda pior.
(o leão é um predador), prefere a “presa”, alguém menos tirano.
GRUPO II
Com a expressã o “antes lavrador que Nero” (v. 9), Inês reforça a
metáfora anterior e refere o estatuto de Pero Marques (lavrador), 1. (C); 2. (C); 3. (A); 4. (A); 5. (B); 6. (C); 7. (B).
opondo-o a Nero, imperador romano, famoso pelas suas atroci- 8. Complemento agente da passiva.
dades (assemelhando-se, por isso, ao Escudeiro). 9. Derivação por prefixaçã o.
4. Pero Marques revela, à semelhança do “asno”, o seu caráter 10. “a noradrenalina”.
dó cil. Ele é ingénuo e respeitador da sua noiva (nã o a quer abraçar
em pú blico). Revela ter pouca memó ria, o que sugere uma inteli-
gência inferior à do “cavalo” e, por isso, mais pró xima da do “asno”.
É dedicado à sua Inês, prometendo-lhe fidelidade, o que se pode
confirmar nos versos 27 e 28. Enfim, ele submete-se, como o asno,
à sua mulher, à sua dona.
5. Nos versos parentéticos, em aparte, Inês desvaloriza o com-
portamento de Pero Marques, que se mostra emocionado com
o casamento e relutante em abraçar a mulher.
GRUPO II
1. (B); 2. (A); 3. (C); 4. (B); 5. (C); 6. (A); 7. (B).
11. Oração subordinada substantiva completiva. preciosos, o cará ter excecional da mulher descrita (fisicamente).
12. “se durarem tempo demais”. Os “rubis” permitem-nos imaginar os seus lábios vermelhos e as
“perlas” a brancura e a perfeiçã o dos seus dentes. Entre estes
GRUPO III dois elementos físicos sobressai uma característica psicoló gica
Na lírica camoniana, o amor é sempre vivido pelo sujeito poé- da dama: a sua doçura, a sua meiguice – “entre rubis e perlas
tico de forma dolorosa e relaciona-se frequentemente com a vida doce riso” (v. 3).
pessoal de Camõ es.
GRUPO II
O amor é caracterizado como um sentimento paradoxal,
que gera estados de espírito contraditó rios (“dó i e nã o se sente”; 1. a. Modificador do nome apositivo; b. Complemento agente da
“e um contentamento descontente”), em grande parte provocados passiva; c. Predicativo do sujeito; d. Predicativo do complemento
também pela divinizaçã o da amada, mulher descrita em muitos direto; e. Complemento oblíquo.
poemas à maneira petrarquista. É difícil amar uma mulher perfeita 2. a. Camõ es escreve sonetos que nos maravilham (que são
quer física quer psicologicamente, porque se torna inatingível. maravi-lhosos). b. Nas rimas que lemos (que foram lidas) em aula
Na descrição da mulher, Camõ es evoca elementos da Natureza predo-mina um lirismo inigualá vel.
que lhe conferem beleza física e dons espirituais, divinizando-a: 3. a. Camõ es foi obrigado a partir para a Índia, porque se en-
as faces são rosas; os cabelos, ouro; os dentes, pérolas; as mã os, volveu em situaçõ es complicadas. b. Quando Camõ es chegou
prata; os olhos (o olhar), luz. A Natureza também surge na poesia à Índia, aí descobriu que as fraquezas humanas eram iguais
camoniana como pano de fundo dos encontros e da separaçã o dos à s dos europeus.
dois amantes, funcionando como testemunha do sofrimento causa- 4. a. há; b. vivência.
do pela ausência da amada ou como confidente do sujeito poético,
que dialoga com ela, para esbater a dor e a solidão. GRUPO III
Enfim, ler a poesia amorosa de Camõ es é revermos as nossas Resposta de caráter pessoal.
pró prias experiências e a nossa dor. [175 palavras]
TESTE DE AVALIAÇÃO 7 – OS LUSÍADAS, DE LUÍS DE CAMÕES
TESTE DE AVALIAÇÃO 6 – FARSA DE INÊS PEREIRA / RIMAS (pp. 76-78)
(pp. 72-75) GRUPO I
GRUPO I 1. Os navegadores sã o merecedores desta ilha, já que ela
A representa o prémio pelos feitos grandiosos e pela coragem que
1. [A] − [9]; [B] − [4]; [C] − [6]; [D] − [1]; [E] − [3]; [F] − [2]; [G] − [7]; os marinheiros demonstraram ao longo da viagem ate à Índia
[H] − [5]; [I] − [11]; [J] − [8]. (“Os trabalhos tã o longos compensando” – est. 88, v. 4).
2. a. Monólogo do vaqueiro; b. 1502; c. Leonor; d. D. Manuel; 2. A ilha é ficcionada, porque se trata de um local habitado por
e. reinado; f. rei; g. cinquenta; h. publicadas; i. sociedade; j. rir. deusas (“Que as Ninfas do Oceano, tã o fermosas” – est. 89, v. 1)
B e porque é descrita como “pintada” (est. 89, v. 2), o que lhe confere
um cará ter imaginá rio.
3. O escudeiro Brás da Mata é um ditador, que impõ e o poder sobre
Inês. Tal pode ser comprovado em versos como “Vó s não haveis 3. O poeta reflete sobre os caminhos que conduzem à imortali-
de mandar / em casa somente um pelo.” (vv. 37-38). É um marido dade (“Pelo trabalho imenso que se chama / Caminho da virtude,
controlador, que impede a sua mulher de sair à rua, de falar com alto e fragoso” – est. 90, vv. 6-7) e sobre a simbologia da ilha, atri-
as outras pessoas e até de se pô r à janela, nã o vá o seu “tisouro” buindo-lhe um significado alegó rico, pois ela representa o prémio,
fugir (Inês era a sua fonte de rendimento). Estes aspetos podem o reconhecimento que merecem aqueles que, como os navegadores
comprovar-se nos seguintes versos: “Vó s nã o haveis de falar / com portugueses, lutaram para alcançar os seus objetivos (“Os triunfos,
homem, nem mulher que seja / nem somente ir à igreja / nã o vos a fronte coroada / De palma e louro, a gló ria e maravilha, / Estes
quero eu leixar. / Já vos preguei as janelas, / por que vos nã o po- sã o os deleites desta Ilha.” – est. 89, vv. 6-8).
nhais nelas. / Estareis aqui encerrada” (vv. 19-25); “Nã o sois vó s, 4. Adjetivaçã o: “alto e fragoso” – que evidencia as dificuldades do
mulher, meu ouro?” (v. 35). caminho que conduz à virtude; “doce, alegre e deleitoso” – que
4. O Escudeiro utiliza essas três interrogaçõ es retó ricas pois aper- evidencia as recompensas que se obtêm apó s a conquista de um
cebe-se do desagrado de Inês e, cinicamente, através da ironia, im- objetivo. Antítese: “alto e fragoso”, que se opõ e a “doce, alegre
puta-lhe a responsabilidade (culpa) da sua situaçã o, porque, afinal, e deleitoso” – o contraste entre as dificuldades encontradas no
ela colheu o que semeou, ou seja, ela é que procurou a “descriçã o” caminho e a recompensa final servem para evidenciar que só se
(v. 30), e ele ofereceu-lha, isolando-a de todos. Justifica também a obtém a imortalidade pelo esforço e por uma conduta correta.
sua atitude dizendo que ela é o seu “ouro” (v. 35) e, por isso, deve 5. A enumeraçã o apresenta as divindades e outros heró is, como
estar bem guardada. Com isto, Brá s da Mata acaba por admitir Eneias ou Ró mulo, que, pelos seus feitos, se distanciaram do
que ela é o seu sustento, uma vez que ele não tinha qualquer fonte comum humano e atingiram o estatuto de deuses. O poeta pre-
de rendimento. tende mostrar que também os homens podem atingir este esta-
5. A composiçã o poética é um soneto, visto que apresenta catorze tuto, ou seja, tornarem-se imortais pela grandeza dos seus feitos.
versos decassilábicos, distribuídos por duas quadras e dois terce- GRUPO II
tos. Este soneto apresenta o esquema rimá tico abba abba cde cde, 1. (B); 2. (C); 3. (C); 4. (B); 5. (C); 6. (A); 7. (B).
com rima interpolada e emparelhada.
8. Complemento oblíquo.
6. A figura feminina descrita no soneto é a típica mulher petrar-
9. “[n]uma obra de génio”.
quista e, por isso, apresenta a cor de pele e os cabelos claros,
estando com as faces coradas (“debaixo d’ouro e neve, cor de 10. Pretérito perfeito do indicativo.
rosa” – v. 4). Tem os olhos claros e luminosos e um sorriso meigo 11. Pronome demonstrativo.
(“entre rubis e perlas doce riso” – v. 3). Mostra-se serena, provo- 12. Oraçã o subordinada adverbial final.
cando uma ligeira sensação de prazer/desejo no sujeito poético,
como se pode verificar logo no primeiro verso – “Leda serenidade
deleitosa”. Além destas características, ela também é descrita
como sendo ajuizada, formosa e superior (“presença moderada
e graciosa, / onde ensinando estão despejo e siso / […] ser fer-
mosa” – vv. 5-8). Enfim, “representa em terra um paraíso” (v. 2).
7. Na expressão está presente uma metá fora, com a qual o sujeito
poético pretende realçar, através do recurso a elementos naturais
GRUPO III TESTE DE AVALIAÇÃO 9 – OS LUSÍADAS /
Os Lusíadas, de Luís de Camõ es, é um texto épico, publicado HISTÓRIA TRÁGICO-MARÍTIMA (pp. 82-84)
em 1572, que tem como ação central a viagem de Vasco da Gama GRUPO I
à Índia. A par deste acontecimento, o poeta narra a Histó ria de Por- A
tugal, associando, de forma genial, feitos histó ricos e feitos imagi- 1. [A] − [12]; [B] − [3]; [C] − [1]; [D] − [5]; [E] − [2]; [F] − [6]; [G] − [7];
nários, estes ú ltimos representados no plano mitoló gico do poema. [H] − [8]; [I] − [10]; [J] − [9].
A obra é considerada a “Bíblia da Pá tria”, pois nela se faz o
2. a. épico; b. dez; c. Proposiçã o; d. Dedicató ria; e. Viagem;
retrato de um povo que deu novos mundos ao mundo. É a nossa
f. Mitoló gico; g. narrativo; h. reflexõ es; i. autobiográfico;
epopeia, o livro que nos identifica enquanto naçã o e que supera
j. desprezo.
textos como a Eneida ou a Odisseia porque parte de um facto
real. O heró i é o povo português, que ultrapassou as adversidades B
e atingiu a imortalidade, representada no episó dio da Ilha dos 3. Esta estâ ncia insere-se no plano da Viagem, uma vez que des-
Amores, no encontro entre ninfas e marinheiros. creve a chegada dos marinheiros a Portugal, com tempo favorável
Uma obra belíssima que enaltece a pátria e, por isso, deve ser (“Entraram pela foz do Tejo ameno”), glorificando o Rei e a Pá tria
lida e estudada por todos os portugueses. [150 palavras] (“E à sua pá tria e Rei temido e amado / O prémio e gló ria dã o por
que mandou”).
TESTE DE AVALIAÇÃO 8 – HISTÓRIA TRÁGICO-MARÍTIMA (pp. 79-81)
4. Nos quatro primeiros versos da estâ ncia 145, o Poeta lamenta
GRUPO I que os portugueses nã o deem o devido valor ao seu canto, definin-
1. As consequências da tempestade verificam-se na improvisaçã o do-os como gente “surda e endurecida”. Invoca a Musa, dando-lhe
de partes da embarcação, devido à sua destruiçã o (“trataram logo conta do seu estado de cansaço e de desilusã o face à atitude dos
de improvisar um mastro e armaram nele uma velazinha” – l. 3) seus compatriotas.
e na falta de bens essenciais (“já não tinham á gua, nem vinho, 5. Este excerto insere-se no momento do retorno à Pá tria, já que
nem mantimento algum” – ll. 7-8). há referências ao desembarque em Belém, à s açõ es de agradeci-
2. Jorge de Albuquerque Coelho argumenta que os franceses pode- mento divino pelo regresso (“Desembarcou em Belém com alguns
riam matar todos os portugueses, se vissem os seus compatriotas companheiros, e dirigiu-se em romaria a Nossa Senhora da Luz,
mortos, e que eles lhes poderiam valer na miséria em que se encon- pelo caminho de Nossa Senhora da Ajuda” – ll. 2-3), bem como ao
travam apó s a tempestade. diá logo com portugueses que recebem a tripulaçã o (“Saudou-os
3. Jorge de Albuquerque Coelho não aceita partir com os franceses entã o D. Jeró nimo de Moura” – ll. 6-7).
pois não queria abandonar a tripulaçã o, sobretudo considerando 6. A tripulaçã o dirige-se em romaria à Nossa Senhora da Luz com
o estado deplorá vel em que aquela se encontrava. o objetivo de orar e de agradecer a proteção divina que lhe permi-
4. O capitão da Santo António revela-se um homem prudente, tiu o regresso à metró pole, apesar de todas as atribulaçõ es por
refreando o ímpeto da tripulação, que queria matar os franceses que passou durante a viagem.
que iam a bordo (“Jorge de Albuquerque dissuadiu-os disso” – ll. 4-5), 7. D. Jeró nimo de Moura nã o reconheceu o seu primo Jorge de
e um líder altruísta, nã o abandonando a tripulação, apesar da Albuquerque devido aos trabalhos por que este passou ao longo
proposta tentadora dos corsários (“Jorge de Albuquerque agrade- da viagem, que o tornaram irreconhecível (envelhecido), apesar
ceu-lhes muito: mas que muito mais lhes agradeceria se quisessem de ter passado apenas um ano desde que se viram pela ú ltima vez.
levá -los a todos eles, pois jamais desampararia a sua gente, e em tal
GRUPO II
transe.” – ll. 14-16).
1. a. Modificador (do grupo verbal); b. Complemento direto;
5. Os franceses decidiram partir quando o tempo ficou mais calmo,
c. Predicativo do complemento direto; d. Complemento do nome;
saqueando a nau, já que era esse o seu objetivo, e despojando-a
predicativo do sujeito.
de tudo o que a tempestade nã o tinha destruído. Esta atitude era
comum em ataques de corsários. 2. a. “embarcaçõ es” – hiperó nimo; “caravela”, “barca” – hipó nimos;
b. “dia”, “noite” – antó nimos/relaçã o de antonímia.
GRUPO II
3. a. Embora os portugueses soubessem dos perigos que enfrenta-
1. (B); 2. (A); 3. (C); 4. (B); 5. (A); 6. (B); 7. (C). vam, muitos partiram para a Índia em busca de riqueza. b. Camõ es
8. Complemento direto. escreveu Os Lusíadas para que os feitos dos portugueses fossem
9. Oraçã o subordinada adverbial causal. imortalizados.
10. “nó s, os portugueses”. 4. a. chegaram; b. viajem.
11. Hiponímia/hiperonímia. GRUPO III
12. Verbo transitivo direto e indireto. Os Lusíadas e a História trágico-marítima sã o obras que têm
GRUPO III em comum o relato de viagens no tempo em que os Portugueses
se aventuravam por mar em busca de novas terras. Na primeira,
Os Descobrimentos portugueses correspondem a uma época
é relatada a descoberta do caminho marítimo para a Índia, liderada
gloriosa da histó ria lusa, que levou este povo à beira-mar plantado
por Vasco da Gama, heró i imortalizado na epopeia camoniana.
aos quatro cantos do mundo, espalhando a língua, a cultura e a
Na segunda, no capítulo V, sã o narradas as aventuras e desventuras
religião.
da nau Santo António, comandada por Jorge de Albuquerque,
Foram tempos áureos, que notabilizaram os Portugueses e os
que parte do Brasil rumo à metró pole.
tornaram um grande povo, conhecido pelo seu espírito descobri-
Durante a viagem, os dois heró is enfrentam diversos perigos:
dor. E Camõ es imortalizou os navegadores na sua epopeia.
reais, nas duas obras, como a tempestade, e mais fantasiados
No entanto, todas as grandes empresas têm os seus riscos e os
n’Os Lusíadas, concretizados pelo Adamastor, símbolo de todos
seus perigos. A expansã o marítima portuguesa levou à morte de
os medos.
muitas pessoas que se aventuraram nas rotas da Índia e do Brasil, e
muitas riquezas se perderam devido aos naufrágios e ao ataque de
corsários, factos registados, por exemplo, nos relatos da História
trágico-marítima.
Em suma, tanto numa vertente gloriosa como numa vertente
mais trágica, os Descobrimentos representam, de facto, uma época
grandiosa que merece ser recordada. [137 palavras]
As duas viagens têm, no entanto, um final feliz, pois em ambas
a tripulaçã o regressa, cansada mas consciente do dever cumprido. O físico:
Pelo caráter épico de Os Lusíadas e por um relato mais
1. a. O físico; b. Philipp Stö lzl; c. Tom Payne (Rob Cole); Stellan
“jornalístico” da História trágico-marítima, o regresso é apoteó tico
Skarsgard (barbeiro Bader); Ben Kingsley (Ibn Sina); Emma
na epopeia e mais atribulado e menos imponente, no caso da nau
Rigby (Rebecca); Olivier Martinez (Shah Ala ad-Daula); d. Drama,
Santo António. [162 palavras]
romance histó rico; e. 9 de outubro de 2014 (Portugal); f. Prémio
do Cinema Alemã o: Melhor Fotografia.
GUIÕES DE VISIONAMENTO DE FILMES
2. Em pleno século XI, ainda criança, Rob J. Cole, um rapazinho
GUIÃO 1 – ROBIN HOOD (p. 86) pobre, vê a sua mã e morrer devido à “doença do lado”, sendo
1. [A] – [4]; [B] – [2]; [C] – [6]; [D] – [1]; [E] – [10]; [F] – [8]; separado dos irmãos. O menino, dotado de um poder extraordi-
[G] – [11]; [H] – [9]; [I] – [5]; [J] – [7]; [K] – [3]. ná rio que oculta de todos (quando toca num corpo, percebe se
a pessoa está doente e se vai morrer em breve), cresce sob os
2. a. 2010; b. Ridley Scott; c. Brian Helgeland; d. Russell Crowe;
cuidados de Bader, um barbeiro-cirurgiã o itinerante, que promete,
e. Douglas Hodge; f. Max von Sydow; g. Cate Blanchett.
nas populaçõ es que visita, curar doenças. À medida que cresce,
3. As cruzadas; as guerras políticas entre a França (os normandos) Rob acumula os poucos e limitados conhecimentos de Bader.
e Inglaterra (os barõ es do Norte, os anglo-saxõ es); o abandono Mas ele quer saber mais. Quando Bader é operado aos olhos, em
das terras agrícolas, provocado pela recruta excessiva de jovens Londres, por um sá bio judeu, Rob descobre que, na Pérsia, há um
e de homens válidos para as diversas guerras; a sociedade feudal médico famoso, responsável por administrar um hospital e ensi-
hierarquizada (senhores/vassalos); a sobre-exploração do povo nar outros jovens médicos. Para aprender com ele, Rob, fazendo-se
através da coleta excessiva de impostos. passar por judeu, faz uma longa viagem rumo à Pérsia, onde
GUIÃO 2 – REINO DOS CÉUS (e/ou) O FÍSICO (p. 87) se apaixona e cumpre o seu destino – tornar-se um grande físico
(médico). Acaba por regressar a Inglaterra, fundando, em Londres,
Reino dos céus: um hospital que segue as normas de higiene e as técnicas que
1. a. Reino dos céus; b. Ridley Scott; c. Orlando Bloom (Balian aprendeu em Isfahan.
de Ibelin); Eva Green (Sibylla); Liam Neeson (Godfrey de Ibelin); 3. Europa, Inglaterra – Rob acompanha, de localidade em locali-
Jeremy Irons (Tiberias); Edward Norton (Rei Balduíno IV); Ghassan dade, o seu “mestre” Bader e aprende com ele os parcos conheci-
Massoud (Saladino); d. Drama, romance histórico; e. 5 de maio mentos científicos conhecidos no mundo cristã o.
de 2005 (Portugal); f. Prémio do Cinema Europeu: Prémio do Pú blico Londres – Rob descobre outras formas de medicina e ouve um
de Melhor Ator; Satellite Award de Melhor Banda Sonora. cirurgiã o judeu falar de um grande físico persa, com quem decide
2. Balian, um jovem ferreiro, é, no ano de 1186, um homem comum aprender.
com uma consciência extraordiná ria, que se torna cavaleiro e inicia Á sia, Pérsia, Isfahan – Rob estuda medicina com Ibn Sina (o seu
uma jornada em busca da paz e de um mundo melhor. Mortificado grande mestre), descobre a causa da peste, salva o sultão – que
com as mortes da sua mulher e do seu filho, Balian é procurado sofre do coração (a mesma doença da sua falecida mã e) –, apai-
por Godfrey de Ibelin, um conceituado nobre do reino de Jeru- xona-se por Rebecca, entra em conflito com estudantes á rabes,
salém, profundamente comprometido em manter a paz na Terra faz a sua primeira autó psia à s escondidas.
Santa. Quando Godfrey lhe confessa ser seu pai, o jovem ferreiro 4. As condiçõ es de vida do povo na Idade Média; duas medicinas
une-se a ele na sua sagrada missã o. Apó s a morte prematura do em confronto: a ocidental e a oriental; o dogmatismo religioso em
pai, herda o seu pró prio feudo e um título em Jerusalém, uma oposiçã o ao avanço científico; a peste que dizimava populaçõ es;
cidade onde cristã os, muçulmanos e judeus se esforçam por coe- o conflito religioso (á rabes, judeus e cristãos) nos dois continen-
xistir pacificamente. Nesta terra nova e estranha, Balian torna-se tes: Europa e Á sia.
entã o um verdadeiro heró i, um honrado cavaleiro que protege
5. O físico é um filme com um ritmo um pouco lento no início,
o seu povo de todas as forças opressivas.
mas que nos transporta facilmente para a época medieval e nos
3. França – Balian é ferreiro e perde a mulher e o filho; mata o revela o quanto o mundo ocidental, em termos de conhecimento
irmão e decide seguir o pai até Jerusalém em busca de redençã o. científico, estava aquém dos universos árabe e judeu. Excelente
Jerusalém – cidade santa de três religiões, controlada pelos testemunho das condiçõ es de vida das comunidades europeias,
cristãos, centro de poder, é cercada no final do filme e defendida árabes e judaicas, é um exemplo de que vale a pena sempre
sagaz e inteligentemente por Balian. lutar pelos nossos sonhos, mesmo que os obstáculos pareçam
Hattim – local onde decorre a batalha que se revela desastrosa inultrapassáveis.
para os cristãos, comandados por Guy de Lusignan.
4. Estratificação social rígida; a importância das cruzadas e da
Ordem dos Templários; os valores cristã os e a “ameaça” muçul-
mana; o ideal de cavalaria.
5. “Reino dos céus é um épico monumental cuja ação começa em
1186, num breve período de tréguas entre cristã os, muçulmanos
e judeus, entre as 2.a e 3.a Cruzadas. Como fizera em Gladiador, para
protagonizar a histó ria, o realizador escolheu um homem comum
que ascendeu à condição de heró i e que toma por missã o prote-
ger o povo, com o risco de perder a sua vida. Balian é um jovem
ferreiro, amargurado pela morte prematura do seu filho e pelo
suicídio da sua mulher; é um homem em risco de perder a sua fé.
Um dia é procurado por Godfrey de Ibelin, um conceituado nobre
de Jerusalém, a Terra Santa, onde luta para manter a paz. […]”
(adaptado a partir de: http://cine7.blogspot.pt, consultado em junho de 2017)