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Metodologias de Pesquisa e de Trabalhos

Científicos
• Tipos de leituras mais importantes no âmbito
da procura de conhecimento:
A)Leitura de reconhecimento ou pré-leitura, que
permite ao leitor verificar a existência ou não
da informação que necessita, dando ao
mesmo tempo, uma visão global do assunto.
• B) Leitura selectiva, conduzida para a selecção da
informação de interesse, após a focalização das
mesmas. A selecção deve ser feita tendo em vista
as proposições do trabalho, ou seja, os
problemas, as hipóteses, ou os objectivos.
• C) Leitura crítica ou reflexiva, que implica o
estudo, a reflexão , a reflexão, e o entendimento
dos significados. Exige esforço reflexivo realizado
através das operações de anólise, comparação,
diferenciação, síntese e julgamento.
• D) Leitura interpretativa, que procura entender a
intenção do autor. Abrange 3 aspectos
fundamentais: a) Saber o que o autor realmente
afirma; b) Correlacionar as afirmações do autor
com os problemas para os quais se procura uma
solução, e c) julgar o material colectado em
relação ao critério de verdade, e cuidar para que
todas as afirmações sejam comprovadas.
Concluída a análise e o julgamento, passa-se ao
processo de síntese.
• Pesquisar para quê? – a pesquisa origina
novas descobertas, através da aquisição de
conhecimentos, novas conquistas, novas
teorias ou avalia as teorias existentes e resolve
problemas específicos.
• Pesquisar para quê?
• 1) Pelo desejo de conhecer e pela satisfacao
de conhecer a ciência.
• 2) Pelo desejo de conhecer, com vista a fazer
algo eficiente e eficazmente, aplicando as
ciencias aplicadas e tecnológicas.
• •Algumas características:

• - Discussão de ideias e factos relevantes, com base num marco teórico


bem fundamentado;
• - O assunto discutido é reconhecido e claro para o autor e para os leitores;
• - O assunto deverá ter utilidade para a ciência e para a comunidade;
- O autor terá que dominar o assunto escolhido e terá que ter capacidade
de sistematizá-lo, recriá-lo e criticar o material recolhido;
• -O autor terá que dominar o assunto escolhido e terá que ter capacidade
de sistematizá-lo, recriá-lo e criticar o material recolhido;
• -A pesquisa traz uma novidade;
• -As conclusões podem ser aceites ou contestadas através da verificação;
• SABER FAZER, ESTUDAR, PESQUISAR, ter
confiança na experiência;

• •Manter-se actualizado a nível informático;


• •EVITAR a compartimentalização do saber;

• •Ter visão humanística perante os fenómenos a


serem estudados e os dos interesses da
sociedade;
• Formulação do problema – prende-se ao tema
proposto, esclarecendo a dificuldade específica
com que se defronta e o que se pretende resolver
por intermédio da pesquisa.
• O problema a ser investigado não é formulado
como sendo uma pergunta, nem como uma
proposição ou uma simples frase de constatação.
Deve ser formulado numa frase que induza a
percepção de existir uma relação de causa efeito
de impacto não desejado ou problemático, e que
requer atenção para a sua solução.
• Pergunta a investigar: é a partir da pergunta a
investigar que se compreende de forma mais
clara como se deve conduzir todo o processo
de investigação para se dar solução ao
problema a ser investigado.
• Paradigma é designado como sendo a forma
de fazer coisas e ou seguir práticas e ou
procedimentos, obedecendo e seguindo
determinados modelos e padrões que estão
previamente estabelecidos e aceites como
certos e como válidos, no âmbito de um
determinado contexto.
• No âmbito de investigação estabeleceram-se dois
paradigmas: fenomenológico ou qualitativo e
positivista ou quantitativo.
• Paradigma fenomenológico ou qualitativo que
trata de questões subjectivas, não pode ser
considerado como científico.
• Paradigma positivista ou quantitativo é diferente
do fenomenológico na forma de abordagem e
tratamento dos tópicos em investigação.
• Ambos os paradigmas têm como objectivo a
compreeensão e a resolução dos fenómenos e
dos problemas que surgem no contexto real.
• No âmbito do paradigma quantitativo ou
positivista, a pergunta a investigar deve
manter-se constante e inalterável ao longo do
processo de investigação.
• A pergunta deve: expressar a relação entre as
variáveis; Ser definida em forma de pergunta e
sem ambiguidades; e, permitir a possibilidade
de testes empíricos.
• No âmbito do paradigma positivista é comum
colocar-se a pergunta como sendo uma
hipótese, especialmente quando se conduz
uma investigação do tipo experimental.
• Nas metodologias fenomenológicas ou
qualitativas, a pergunta a investigar é colocada
de forma a induzir, à partida, um estudo
exploratório, com o objectivo de se
entenderem as atitudes, as opiniões, os
comportamentos e os procedimentos das
pessoas envolvidas num determinado
fenómeno ou num dado problema no
contexto do mundo real.
• Paradigma Positivista ou quantitativa faz a
colecta, estuda e trata de dados e informação
quantitativa. (Ex. Produtividade, nº de alunos
reprovados, etc) e aplica métodos estatísticos.
• Paradigma fenomenológico ou qualitativo faz a
colecta, estuda e trata de dados e informação
qualitativa. (Ex.: percepções, problemas sociais,
saúde, opiniões, etc) de forma a compreender e
explicar fenómenos sociais e humanos.
Diferenças entre paradigmas
• Positivista Fenomenológico
Produz dados quantitativos Produz dados qualitativos
Trabalha com grandes amostras Trabalha com grandes amostras
Testa hpóteses Cria teorias
Os dados são específicos e precisos Os dados são com muita
informação e subjectivos
Alta fiabilidade dos dados colhidos Baixa fiabilidade dos dados colhidos
(constantes) (podem variar)
Percepção baixa de como os fenómenos Percepção alta de como os
acontecem fenómenos
Parte do geral para o particular Parte do particular para o geral
Formulação das hipóteses – O conceito de
variável
• É a partir das variáveis contidas na pergunta a
investigar que são formuladas as hipóteses de
trabalho. As variáveis representam atributos
que podem ser qualificáveis ou quantificáveis,
e que podem assumir diversos significados ou
valores (por isso é que se chamam variáveis e
não constantes).
• As variáveis que representam atributos
qualificáveis são denominadas de variáveis
qualitativas genéricas, por exº.: cor de um
objecto, nome de uma pessoa, sentimento, local
de nascimento, etc., e variáveis qualitativas
ordenadas que são as que representam um
determinado grau de hierarquia não
quantificável, por exº.: qualificações profissionais,
graus académicos, ordem de chegada numa
corrida, patentes militares, etc.
• As variáveis quantitativas são as que
representam atributos quantificáveis, que
podem ser representados numericamente,
por nº de alunos numa sala de aulas, as datas
de nascimento, etc.
• Metodologia – é o conjunto de regras ou
princípios empregues no ensino de uma
ciência ou arte.

• Método –Programa que antecipadamente


regulará uma sequência de operações a
executar, com vista a atingir certo resultado.
(Estratégia). Descreve-se como é que a
pesquisa foi realizada.
• b) Metodologia (isto pode ser incluído na
introdução, se for um trabalho simples duma
disciplina) – fazer a descrição clara das
técnicas e meios utilizados para recolha de
dados e informações (questionários,
entrevistas). Também justificar o uso de tais
métodos e técnicas.
• Estrutura de Trabalho Académico
• I- Elementos pré-textuais: Capa/folha de
rosto/errata/dedicatória/agradecimento/epígr
afe/resumo/índice/ lista de ilustrações/lista de
abreviaturas/lista de siglas/glossário.
• II- TEXTO ou corpo do trabalho: 1)Introdução
– a) apresentação do objecto de estudo que
deve ser claramente definido, o respectivo
problema e as hipóteses do trabalho.
• b) Objectivos gerais e específicos do trabalho:
que são propostas que se fazem com relação à
análise, ao estudo e à pesquisa do objecto de
estudo, com a finalidade de explicitá-lo (alvo
que se pretende atingir). É uma proposta de
solução do problema que se pretende estudar
e explicar.
• Epígrafe – é a transcrição de um pensamento,
citação, frase, poema ou música.
• Resumo - é a síntese dos aspectos relevantes
numa linguagem clara e directa, onde é
apresentado o tema ou assunto do trabalho.
• Introdução – é onde se incluem o seguinte:
objecto/tema, problema de investigação, a
justificativa, o porquê e deve colocar-se em
quantas partes se constitui o trabalho (estrutura).
• a) As motivações do autor (razões na escolha
do tema).
• b) Limites temporais e espaciais (restrições e
limitações).
• c) Para terminar a Introdução deve referir-se
os tópicos principais do texto, dando a ordem
de exposição do trabalho, i.e, estrutura do
trabalho).
2) Desenvolvimento :
• a) Integra a revisão da literatura, i.e., recolha da
literatura básica sobre o assunto, o autor deve resumir
os resultados dos trabalhos e investigações realizadas
por outros autores, a revisão deve ser extensiva,
detalhada e adequada ao tópico em investigação, de
modo a proporcionar o necessário enquadramento e
conhecimento para a compreensão da temática em
estudo, de modo a dar uma resposta à pergunta a
investigar e uma solução ao problema a ser
investigado.
• Fundamentação teórica (ou revisão da literatura)
– é reflectir e compreender formalmente o
“estado da arte” em relação ao problema de
pesquisa. Reflecte: a opção do pesquisador; o
conjunto de conceitos, modelos e teorias que
constituem o arcabouço (fundamentação)
teórico, i.e., onde estão as preocupações
científicas do pesquisador; a base e o referencial
da metodologia de pesquisa, da colecta e análise
de dados.
• Formulação do problema – prende-se ao
tema proposto, esclarecendo a dificuldade
específica com que se defronta e o que se
pretende resolver por intermédio da pesquisa.
• As hipóteses não são enunciadas formalmente,
quando se trate de uma pesquisa em que o
objectivo é o de Descrever determinado
fenómeno ou características de um grupo. Na
Pesquisa em que o objectivo é o de Verificar
relações de associação ou dependências entre
variáveis, é fundamental enunciar as hipóteses,
de uma forma clara e precisa.
•Variáveis – numa pesquisa, as variáveis são
aspectos dum fenómeno, que se podem observar
(é algo que representa classes de objectos).
• É através do Método que encontramos:
• a) - tipos de investigação: exploratória,
descritiva, explicativa;
• b) – estratégia da pesquisa: quantitativa ou
qualitativa; e
• c) – método adoptado: estudos de caso;
estudos monográficos; levantamentos,
sondagens, etc.
• Participantes - quem participa no estudo,
quantos são e como foram seleccionados os
participantes (incluindo: formação, profissão,
sexo, idade, estado civil, etc.) e a questão do
consentimento dos participantes.
• Instrumentos – descrição do material: testes,
escalas, questionários.
• Procedimentos – deverá constar os
procedimentos desenvolvidos para a
realização da pesquisa: aplicação de
instrumentos; a colecta de dados no campo; a
análise dos dados colectados no campo.
• Apresentação dos dados recolhidos –
apresentam-se estes através do instrumento
utilizado.
• Análise dos Dados/resultados – há que fazer
inferências (deduções) sobre os dados
recolhidos.

•Conclusões e sugestões – que deverão fazer a


ponte entre os objectivos propostos, as
questões de investigação ou as hipóteses
através dos dados recolhidos.
Bibliografia- lista de obras dos autores consultados
e não referenciados no trabalho.
•Referências Bibliográficas – apresentação da lista
de referências dos autores referenciados/citados
ao longo do trabalho.
•Anexos – onde constará a restante documentação
para complementar a informação.
•Apêndice – material elaborado pelo próprio autor
(tabelas, gráficos, mapas, figuras, Inquéritos,
guiões de entrevistas) para complementar a
informação.
Citações
• Livres/Indirectas- reproduções de ideias sem
transcrever as palavras do autor.
• Textuais/Directas- Transcriçõs literais, i.e.,
cópias do texto do autor.
• Citação de citação – informação retirada de
documentos consultados e não das obras
originais.
Notas de rodapé
• Bibliográficas – referenciam fontes
bibliográficas utilizadas no texto.
• Explicativas – são observações ou
comentários pessoais do autor, para
completar a informação do texto.
Referências Bibliográficas
• Dos Autores – Apelido (em maiúsculas), 1º
nome, Instituição/Entidade.
• Dos livros - Apelido (em maiúsculas), 1ºs
nomes, data da publicação (ano), Título da
obra (em itálico/negrito/sublinhado),
Subtítulo (em itálico/negrito/sublinhado),
Número da Edição, Local da publicação
(Cidade), Editora, e por último, Número total
de páginas (Opcional).
• De Capítulos de livros – Autor do capítulo,
título do capítulo, seguido de in Autor do
Livro, Data da publicação (ano), Número da
Edição, Local da publicação (Cidade),
Editora, e por último, Número de páginas do
capítulo.
• De Teses, Dissertações - Apelido (em
maiúsculas), 1ºs nomes, Título da obra (em
itálico/negrito/sublinhado), Subtítulo (em
itálico/negrito/sublinhado), data da
apresentação (ano), Número de páginas ou
Volumes, designação da tese, Grau, Nome da
Instituição/Universidade/Faculdade.
Siglas
• apud – citado por… i.e. citação duma citação.
• op cit – na obra citada.
• idem ou id – a mesma coisa
• sic – qdo há erros ortográficos ou palavras
estranhas nas citações literais.

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