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Universidade: Unilicungo

Departamento: De Letras e Humanidade

Cadeira: Filosofia da pós-modernidade

Estudante: Isabel Benjamin Damião

Escola de Frankfurt

A Escola de Frankfurt, teve origem a partir de 1924, A expressão "Escola de Frankfurt" designa
o grupo de cientistas sociais e filósofos alemães que desencadearam um movimento de crítica à
sociedade e à cultura contemporâneas, a partir da fundação de um Instituto de Pesquisas Sociais,
abarca um período tão amplo que se confunde, de certa forma, com a própria história do século
XX. A Escola de Frankfurt surgiu com o claro propósito de tentar instaurar uma teoria social
capaz de interpretar as grandes mudanças que estavam ocorrendo no início do século.

Representantes

Desse grupo participaram figuras eminentes, como Friedrich Pollock, CarI Grünberg (primeiro
diretor do Instituto), Max Horkheimer (diretor do Instituto a partir de 1931 e sua figura central),
Karl Wittfogel, Theodor W. Adorno (responsável pela publicação do que Kolakow:s'ki
considerou como a Suma filosofica da Escola), Walter Benjamin (notável crítico literário), Karl
Korsch (uma das mais significativas figuras que integraram o que se convencionou chamar de
"marxismo ocidental"), Herbert Marcuse (inicialmente muito ligado a Heidegger e depois
centrado essencialmente na crítica da cultura a partir de uma reinterpretação dos conceitos
freudianos), Erich Fromm (depois desligado do movimento e vinculado ao revisionismo
psicanalítico americano, mas fiel à temática da Escola); e, mais recentemente, Jürgen Habermas
(1982), muito conhecido, especialmente por sua obra Conhecimento e interesse.

Os assuntos que têm dominado os estudos da Escola de Frankfurt são:

 As novas configurações da razão libertadora;


 A emancipação do ser humano pela arte e o prazer;
 A ciência e a técnica enquanto ideologia.

Escola de Frankfurt propõe críticas muito severas contra o positivismo e contra a filosofia
existencialista. O que mais se condena no positivismo é a relevância concedida aos fatos
entendidos como eventos acabados e totalmente fechados. Vale assinalar que as objeções à
perspectiva positivista revelam-se contundentes em Adorno e Horkheimer quando a retomam em
Dialética da ilustração, e ainda em Adorno, em Dialética negativa.

No que concerne à filosofia existencial, a crítica centraliza especialmente em Heidegger e sua


clássica obra Ser e tempo. O ponto central da Escola situa-se em sua crítica à teoria de cultura.
Pois, nesse domínio, as principais contribuições propõem-se através de Adorno e Horkheimer, na
Dialética da ilustração, através de Adorno na Dialética negativa e de Marcuse, através da
Ideologia da sociedade industrial (1982).

Também Walter Benjamin comparece com comentários altamente significativos, sobretudo no


que concebe à comercialização da arte, tema que compartilha com Adorno. Adorno estava
consciente da crise da arte moderna, sendo caracterizada como o fim de um certo tipo de relação
que durou mais de um século — entre a arte e a sociedade.

De acordo com Habermas essa é uma posição perigosa em filosofia, pois poderia conduzir a uma
crítica radical da modernidade e, em consequência, da razão, que levaria ao irracionalismo. Em
seu artigo Modernidade versus pós-modernidade, afirma, contra a tendência ao irracionalismo
presente na chamada filosofia pós-moderna, “o projecto da modernidade ainda não foi
cumprido”. Ou seja, que o potencial para a racionalização do mundo ainda não está esgotado. Por
isso Habermas costuma ser descrito como “o último grande racionalista

Jean-François Lyotard

As narrativas e o problema da legitimação do saber

A ideia do fim das grandes narrativas foi trazida pelo Lyotard para dentro do debate acerca do
pós-moderno. O estudo lyotardiano sobre a pós-modernidade deu-se pela perspectiva de uma
teoria epistemológica. Lyotard observou que as grandes narrativas estavam encorpadas no
decurso científico e que esse não podia ser considerado suficiente para explicar e justificar os
fenómenos sociais, pois ela não garantia bem-estar social e revelava-se um método falível.

Lyotard define a metanarrativa como uma grande narrativa com função de legitimação. A
legitimação dada pelas metanarrativas está num futuro que deverá efetuar- se. As metanarrativas
podem ser de dois tipos:

 A narrativa de explicação - diz respeito à crenças de que o conhecimento forma um


ideal unitário capaz de explicar tudo no universo por meio de uma única teoria.
 A narrativa de emancipação - oferece esperança de liberação futura ao povo.
O metanarrativa tem sido colocado sob suspeita e já não se passa mas acreditar nela. Isso não
quer dizer que já não haja narrativas credíveis. Lyotard afirma que o declínio das metanarrativas
não impede que milhares de histórias, continuem a ser o torno da vida cotidiana.

Problema de legitimação do saber

O saber científico não é todo o saber narrativo. Considere-se um enunciado científico; um


enunciado deve apresentar determinado conjunto de condições para ser reconhecido como
científico. A legitimação é o processo pelo qual um "legislador" ao tratar do discurso científico é
autorizado a prescrever as condições estabelecidas (em geral, condições de consistência interna e
de verificação experimental) para que um enunciado faça parte deste discurso e possa ser levado
em consideração pela comunidade científica.

O primeiro momento dessa falta de legitimidade científica proveniente de uma metanarrativa é


marcado por uma analogia da unidade dos saberes. Há uma proliferação de diversos códigos de
notação, mais distantes do código de linguagem verbal. A dificuldade da ciência em apreender
seu objeto por meio da linguagem verbal fornecendo outros tipos de código que parecem mais
imediata na representação e descrição dos fenómenos. Diante da percepção da limitação da
ciência clássica em acessar a verdade de seu referente e da sua dependência de um discurso
narrativo.

Problema da legitimação não é mais considerado hoje como uma fraqueza no jogo de linguagem
da ciência. Seria mais justo dizer que ele é por si mesmo legitimado como problema, isto é, como
instrumento heurístico. Mas está maneira de tratá-Ia, por inversão, é recente. Antes de se chegar
a ela (isto é, ao que alguns chamam de positivismo), o saber científico pesquisou outras soluções.
É se admirar que por tanto tempo estas soluções não tenham podido evitar o recurso a processos
que, abertamente ou não, relacionam-se ao saber narrativo.

Jean Baudrillard

Na teoria de consumo ele, avança que a sociedade do consumo, no seu conjunto, resulta do
compromisso entre princípios democráticos igualitários, que conseguem aguentar-se com o mito
da abundância o do bem-estar, e, o imperativo fundamental de manutenção de uma ordem de
privilégios e de domínios. Portanto o consumo surge como sistema que será a ordenação dos
signos e a integração do grupo; constitui simultaneamente uma moral (sistema de valores
ideológicos) e um sistema de comunicação ou estrutura de permuta. Neste sentido a sociedade de
consumo é ainda a sociedade de aprendizagem do consumo e de iniciação social ao consumo –
isto é, modo novo e especifico de socialização em relação à emergência de novas forças
produtivas e á reestruturação monopolista de um sistema económico de alta produtividade.

Já em Simulacros Baudrillard discute a relação entre realidade, símbolos e sociedade.Simulacros


são cópias que representam elementos que nunca existiram ou que não possuem mais o seu
equivalente na realidade. Simulação é a imitação de uma operação ou processo existente no
mundo real.

Em Simulacros e Simulação o autor aborda os símbolos e signos e o modo como estes se


relacionam com a contemporaneidade (existências simultâneas). Baudrillard afirma que a
sociedade actual substituiu toda a realidade e significados por símbolos e signos, tornando a
experiência humana uma simulação da realidade. Além disso, esses simulacros não são
meramente mediações da realidade, nem mesmo mediações enganadoras da realidade; eles
simplesmente ocultam que algo como a realidade é irrelevante para nossa actual compreensão de
nossas vidas.

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