Universidade Rovuma
Nampula
2020
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Energia eólica em Moçambique e Ilustração de uma turbina de eixo horizontal com três
pás (Caracterização do protótipo concebido).
(licenciatura em ensino de Física, major em Energia Renováveis 4ª ano, 2º Grupo)
Universidade Rovuma
Nampula
2020
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Índice
1. Introdução............................................................................................................................3
2. Energia eólica em Moçambique e Ilustração de uma turbina de eixo horizontal com três
pás (Caracterização do protótipo concebido)..............................................................................4
3. Conclusão..........................................................................................................................18
4. Referências bibliográficas.................................................................................................19
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1. Introdução
O presente trabalho da cadeira de energia renovável que tem como tema Energia eólica
em Moçambique e Ilustração de uma turbina eólica de eixo horizontal com três pás
(Caracterização do protótipo concebido). Consideravelmente ao cenário actual, onde há uma
busca cada vez maior por fontes de energia alternativas, torna-se extremamente importante o
estudo da energia eólica, que vem participando cada vez mais da matriz energética mundial,
por se tratar de uma fonte de energia limpa e renovável. Apesar do seu alto custo de
instalação, no longo prazo torna-se uma óptima alternativa devido às vantagens citadas e uma
óptima opção para complementar as fontes energéticas já instaladas anteriormente.
Tem-se hoje em dia uma preocupação cada vez maior com a sustentabilidade, buscando
suprir as necessidades actuais dos seres humanos, sem comprometer o futuro das próximas
gerações. Sendo assim, a energia eólica torna-se uma excelente alternativa em relação a outras
fontes de energia que utilizam combustíveis fósseis, justamente por ser abundante e
inesgotável e não emitir gases poluentes para a atmosfera.
Com base nessas ideias, escolheu-se fazer o projecto de um protótipo de uma turbina
eólica de eixo horizontal, tendo como objectivo principal aprofundar os conhecimentos acerca
da energia eólica e do desenvolvimento de aerogeradores.
Portanto, a República de Moçambique situa-se na costa sudeste de África, ocupando uma
extensa faixa costeira a sul do equador, entre os paralelos 10 º 27 ' Sul e 26 º 51' Sul
(correspondentes, respectivamente, à foz do Rio Rovuma e à Ponta Ouro) e 40 º 52' Este e
30 º 13' Este (respectivamente no Cabo Delgado e no Rio Aruanga Grande).
Sendo num regime de ventos de intensidade média-baixa com velocidades
predominantemente entre os 4 e 6 m/s a 80 m acima do nível do solo (a.n.s.), com excepção da
zona sul do país e das zonas altas no centro e norte do país onde os ventos atingem valores
mais elevados.
Quanto a metodologia de pesquisa usada para a realização deste trabalho, foi à de recolha
de informação de várias obras bibliográficas listadas na bibliografia. Este trabalho apresenta a
seguinte estrutura: introdução, desenvolvimento e conclusão.
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200 kW . A presença das baterias e a robustez da sua construção permite a sua utilização em
qualquer tipo de instalação doméstica, comercial ou pública de baixo consumo, e podem ser
usadas em qualquer distrito do país sem um mapeamento eólico preliminar extenso.
Como forma de alavancar o uso de energia eólica em sistema isolados de energias
(S.I.E.s), serão tomadas as seguintes medidas estratégicas:
a) Lançar um programa de massificação de Sistemas Eólicos para bombeamento de água
e para micro/mini geração de energia eléctrica;
b) Estabelecer programas de estímulo dos consumidores da EDM, mas não limitado a
eles, para complementarem os seus consumos eléctricos com micro/mini geração
eólica de electricidade (nas zonas mistas);
c) Promover o sector privado na produção e comercialização da tecnologia de sistemas
eólicos de bombeamento de água e de mini/micro geração eólica de electricidade;
d) Promover o estabelecimento de serviços de instalação, manuseamento e conservação
destes equipamentos, e introduzir/facilitar programas de formação nestes domínios;
e) Aprovar regulamentos relativos à construção e à comercialização da tecnologia de
bombagem eólica e de mini/micro geração eólica de electricidade;
f) Estabelecer incentivos fiscais e facilitar os processos de licenciamento para favorecer
a participação privada e reduzir os custos destas tecnologias;
g) Estabelecer programas e centros de demonstração e de disseminação das tecnologias
eólicas, de utilização directa e de conversão para electricidade.
Nas zonas de montanha o clima é tropical de altitude. Nas zonas de montanha interiores,
em particular na província de Tete, os ventos apresentam uma maior oscilação sazonal com
uma redução mais significativa no período de dezembro a março. O maior potencial eólico
verifica-se nas Províncias de Maputo, Tete, litoral de Sofala, Inhambane e Gaza.
No que diz respeito ao recurso eólico, no âmbito da elaboração do Atlas, foi realizada uma
avaliação em mais de 40 locais num período de sete meses, nos quais foram construídas e
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Deste modo, a figura 01 demonstra a existência de projectos com elevado potencial para
geração de energia eólica na região sul do país, mais especificamente as Províncias de
Maputo, Gaza e Inhambane, e na zona centro, com destaque para Tete, mas também para
Sofala e, com menor peso, a Zambézia.
As províncias com o melhor recurso são Maputo e Gaza onde o vento médio registado
supera os 7 m/s e vários projectos superam as 3.000 NEPs (horas equivalentes à potência
nominal).
Tabela 01
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Figura 02: Identificação dos projectos prioritários eólicos por província. Fonte: [ CITATION
ALE17 \p 124 \l 1046 ]
Existem assim locais com bastante potencial, como é o caso da zona da Namaacha que
apresenta condições para instalação de projectos até 200 MW aproveitando velocidades até
aos 7,9 m/s, o que permite viabilizar preços competitivos (87 USD / MWh). A figura 03
apresenta o custo nivelado da energia dos projectos eólicos, excluindo impostos.
Figura 03: Custo nivelado de energia dos projectos prioritários eólicos.[ CITATION ALE17 \p 124
\l 1046 ]
Para [ CITATION SIL06 \l 2070 ], “Turbinas Eólicas são máquinas que retiram energia do
vento por efeitos aerodinâmicos actuando nos perfis de suas pás. São classificadas em
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Portanto, para projectar os rotores eólicos são utilizados perfis aerodinâmicos com seus
coeficientes de sustentação e arrasto que variam de acordo com o ângulo de ataque. Estes
perfis possuem diferentes dimensões e angulações ao longo das pás, a fim de proporcionar o
melhor efeito aerodinâmico e uma melhor eficiência.
De acordo com [ CITATION ANT05 \l 2070 ], afirma que “As turbinas de eixo horizontal - são
hoje os aerogeradores mais conectados à rede eléctrica. Elas são conectadas à nacelle que
abriga o gerador eléctrico, a caixa de transmissão de velocidade e o rotor, isso, no topo de
uma torre. Nas turbinas de pequenas potências, o rotor e a nacelle são orientados para a
direcção do vento através de um leme. Em grandes turbinas, essa orientação é feita
electronicamente, via sinal recebido de um anemómetro também instalado na parte superior
da nacelle”.
O nome da turbina depende do número total de pás a ser utilizadas, turbinas com três pás
são mais usadas para a geração de energia eléctrica e para [CITATION ANT05 \p 14 \l 2070 ] , no
ano de 2000 atingiu-se uma potência de 4.500 kW. E para o bombeamento de água, estas
podendo chegar a vinte ou mais pás.
Portanto, o que se tem com maior frequência são os rotores de três pás, e isso se deve
ao fato de que apresentam uma boa relação entre coeficiente de potência, custo de instalação e
velocidade de rotação, e pode-se citar também uma melhor aparência em relação aos de duas
pás. A vantagem das turbinas com duas pás é que apresentam maior eficiência, porém
possuem maior instabilidade e tem maior propensão a apresentar turbulências, o que carrega
um maior risco à sua estrutura.
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Para tal, os de três pás tem maior estabilidade, o que diminui o custo de instalação e
torna possível construir turbinas eólicas de mais de 100 m de altura, e capacidade para gerar
até 5 mega watts (MW). Eles atingem seus maiores valores de geração energética com ventos
fortes, e podem apresentar eficiência acima de 45%.
As turbinas eólicas de eixo horizontal são mais amplamente usadas do que as de eixo
vertical, pois elas apresentam maior rendimento aerodinâmico e ficam menos vulneráveis aos
esforços mecânicos, o que compensa pelo seu custo mais elevado. Os aerogeradores de eixo
horizontal podem ser divididos em duas categorias:
Frontais (“upwind”): o vento sopra pela parte frontal. As pás são rígidas e o rotor é
orientado segundo a direcção do vento através de um dispositivo motor, como ilustra afigura
05.
Retaguarda (“downwind”): o vento sopra pela retaguarda das pás. O rotor é flexível e
auto-orientável.
Os conversores de energia eólica que possuem seu eixo de rotação na posição horizontal são
compreendidos quase que exclusivamente sob as bases do conceito das hélices. Esse design,
que inclui os moinhos de vento europeus e as eólicas modernas, é o principio dominante na
tecnologia eólica actual. A superioridade desse modelo até hoje é baseada amplamente nas
seguintes características:
A velocidade do rotor e a saída de potencia podem ser controladas pelo controle do
ângulo das pás. Além disso, tal controle é a protecção mais eficiente contra o excesso
de velocidade (especialmente nas grandes turbinas eólicas);
O formato das pás do retor pode ser otimizado aerodinamicamente, e foi provado que
ele alcança sua eficiência máxima quando a sustentação aerodinâmica é levada ao
nível máximo; e
Não menos importante é a liderança tecnológica no desenvolvimento em projectos de
hélices.
Na visão de [CITATION PIN14 \p 86 \l 2070 ], suscita que, “São vantagens de uma turbina com
eixo horizontal:
Acesso a ventos de maiores velocidades por causa da altura da torre;
Melhor controle devido ao ajuste do ângulo de passo;
Alta eficiência, uma vez que as pás encaram perpendicularmente o vento”.
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Como As Turbinas de três pás são mais simples em termos dinâmicos e com um pouco
mais de eficiência aerodinâmica, neste projecto priorizamos turbinas de quatro pás a fim de
aproximarmos-nós as características das turbinas de três pás.
Ao se projectar uma turbina considerando o uso de uma, duas ou três pás, para uma
mesma relação de velocidades, se verifica que a turbina que faz uso de três pás sofrerá um
maior tensionamento e, por consequência, envolve-ria elevados custos na produção das pás.
Logo o balanço (energia produzida / capital investido) só pode ser feita a partir de uma
avaliação que considere a completa estrutura de produção e uso de uma determinada turbina
(SHIKHA, 2003 apud SILVA, 2006;170).
Para alternativas de uso de três ou duas pás a estrutura dinâmica difere no momento de
inércia destas. Sendo vantajosa o uso de três pás em que o momento de inércia é de fácil
equacionamento e mais fácil de controlar que o momento de inércia de turbinas com duas pás.
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Para [ CITATION SIL06 \l 2070 ], “Rotor com três pás apresenta simetria em seu
movimento polar, o que não ocorre no movimento do rotor que utiliza duas pás, além disso, é
atribuído às turbinas de três pás um melhor impacto visual e menor nível de ruído”. Tendo em
conta que na Europa está concentrada a grande indústria eólico-eléctrico, e tendem a adotar
pelas turbinas de três pás e dominam totalmente o mercado para aproveitamento eólico-
eléctrico conectado a rede eléctrica, busca-se nessas conclusões aproximações para este
projecto.
Fonte: 2º grupo
Montagem do protótipo:
Primeiro arranjamos a torre de sustentação que foi barrote e a sua basse de modo que
permita estar equilibrado e isolamos a torre;
Fixamos o motor no topo da torre;
Prendemos a hélice no eixo do gerador;
Ligamos os condutores na ddp do gerador;
Ligamos os leeds;
4. Referências bibliográficas
ALER, A. L. (2017). ENERGIAS RENOVAVEIS EM MOCAMBIQUE. Maputo: RECP.
ANTUNES, M. (2005). TECNOLOGIA EÓLICA PARA PRODUÇÃO DE ENERGIA
ELÉCTRICA (1 ed., Vol. 1). PORTUGAL: Universidade do Minho, Acrobat PDFMaker.
Muller, M. d. (2015). Projeto de uma Turbina Eólica de Eixo Horizontal (1 ed., Vol. 1).
Brasil.
NAMBURETE, S. (2013). ALTAS DAS ENERGIAS RENOVAVEIS DE MOCAMBIQUE:
Recursos e Projetos para Producao de Eletricidade (2 ed., Vol. 1). Maputo-Mocambique:
Ministerio de Energias.
PINTO, M. d. (1014). Fundamentos de Energia Eolica (1 ed., Vol. 2). Rio de Janeiro: GEN
LTC.
SILVA, N. F. (2006). FONTES DE ENERGIA RENOVÁVEIS COMPLEMENTARES NA
EXPANSÃO DO SETOR ELÉTRICO BRASILEIRO: O CASO DA ENERGIA, Eólica (1 ed.,
Vol. 1). Rio de Janeiro.
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