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Alcides Luís Landene

Angelina De Fátima João


Braimo Chalé Muquissirima
Dionísio Paulino
Henriques T. E. Muchorouane
José Manuel António

Energia eólica em Moçambique e Ilustração de uma turbina de eixo horizontal com


três pás (Caracterização do protótipo concebido).
(licenciatura em ensino de Física, major em Energia Renováveis 4ª ano, 2º Grupo)

Universidade Rovuma
Nampula
2020
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Alcides Luís Landene


Angelina De Fátima João
Braimo Chalé Muquissirima
Dionísio Paulino
Henriques T. E. Muchorouane
José Manuel António

Energia eólica em Moçambique e Ilustração de uma turbina de eixo horizontal com três
pás (Caracterização do protótipo concebido).
(licenciatura em ensino de Física, major em Energia Renováveis 4ª ano, 2º Grupo)

Trabalho de carácter avaliativo da cadeira


de Energia Renovaveis III, curso de
Licenciatura em ensino de Fisica, 4º ano,
1º semestre, leccionado pela,
dr. Marco Nhaquila

Universidade Rovuma
Nampula
2020
2ii

Índice
1. Introdução............................................................................................................................3

2. Energia eólica em Moçambique e Ilustração de uma turbina de eixo horizontal com três
pás (Caracterização do protótipo concebido)..............................................................................4

2.1. Energia eólica em Moçambique.......................................................................................4

2.2. Promoção de energia em Moçambique............................................................................5

2.3. Recursos eólicos em Moçambique...................................................................................6

Figura 01. Potencial Eólico de Moçambique.......................................................................7

2.4. Turbinas de energia eólica de eixo horizontal.................................................................9

2.5. Componentes de uma Turbina Eólica de Eixo Horizontal.............................................13

2.6. Vantagens de uma turbina eólica de eixo horizontal.....................................................14

2.7. Desvantagens de uma turbina eólica de eixo horizontal................................................15

2.8. Número de Pás...............................................................................................................15

2.9. Ilustração de um protótipo de energia eólico de eixo horizontal...................................16

3. Conclusão..........................................................................................................................18

4. Referências bibliográficas.................................................................................................19
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1. Introdução
O presente trabalho da cadeira de energia renovável que tem como tema Energia eólica
em Moçambique e Ilustração de uma turbina eólica de eixo horizontal com três pás
(Caracterização do protótipo concebido). Consideravelmente ao cenário actual, onde há uma
busca cada vez maior por fontes de energia alternativas, torna-se extremamente importante o
estudo da energia eólica, que vem participando cada vez mais da matriz energética mundial,
por se tratar de uma fonte de energia limpa e renovável. Apesar do seu alto custo de
instalação, no longo prazo torna-se uma óptima alternativa devido às vantagens citadas e uma
óptima opção para complementar as fontes energéticas já instaladas anteriormente.
Tem-se hoje em dia uma preocupação cada vez maior com a sustentabilidade, buscando
suprir as necessidades actuais dos seres humanos, sem comprometer o futuro das próximas
gerações. Sendo assim, a energia eólica torna-se uma excelente alternativa em relação a outras
fontes de energia que utilizam combustíveis fósseis, justamente por ser abundante e
inesgotável e não emitir gases poluentes para a atmosfera.
Com base nessas ideias, escolheu-se fazer o projecto de um protótipo de uma turbina
eólica de eixo horizontal, tendo como objectivo principal aprofundar os conhecimentos acerca
da energia eólica e do desenvolvimento de aerogeradores.
Portanto, a República de Moçambique situa-se na costa sudeste de África, ocupando uma
extensa faixa costeira a sul do equador, entre os paralelos 10 º 27 ' Sul e 26 º 51' Sul
(correspondentes, respectivamente, à foz do Rio Rovuma e à Ponta Ouro) e 40 º 52' Este e
30 º 13' Este (respectivamente no Cabo Delgado e no Rio Aruanga Grande).
Sendo num regime de ventos de intensidade média-baixa com velocidades
predominantemente entre os 4 e 6 m/s a 80 m acima do nível do solo (a.n.s.), com excepção da
zona sul do país e das zonas altas no centro e norte do país onde os ventos atingem valores
mais elevados.
Quanto a metodologia de pesquisa usada para a realização deste trabalho, foi à de recolha
de informação de várias obras bibliográficas listadas na bibliografia. Este trabalho apresenta a
seguinte estrutura: introdução, desenvolvimento e conclusão.
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2. Energia eólica em Moçambique e Ilustração de uma turbina de eixo horizontal


com três pás (Caracterização do protótipo concebido).

2.1. Energia eólica em Moçambique


Esta energia provem do vento. Utilizada desde a antiguidade para navegar ou seja para
fazer funcionar os moinhos, esta é uma das grandes apostas para a expansão da produção de
energia eléctrica.
O aerogerador obtém energia convertendo a energia cinética do vento em energia
eléctrica. A quantidade de energia transferida depende da densidade do ar, da área de
varrimento do rotor e da velocidade de vento.
A produção de energia eólica vem registrando crescimento acentuado desde os anos
inicias do século XXI . De acordo com dados do Conselho Mundial de Energia Eólica (Global
Wind Energy Council - GWEC, 2012), a capacidade acumulada de geração de energia eólica
no mundo vem crescendo anualmente, como por exemplo em 2012 que atingiu 282 GW , que
representou um aumento de 19 % em relação ao ano anterior.
O uso da energia eólica em Moçambique representa uma das alternativas para suprir a
demanda energética futurado país, pois, actualmente observa-se uma redução na produção de
energia eléctrica, associada a diminuição da vazão do Rio Zambeze, devido a alta taxa de
evaporação transpiração induzida pelas mudanças climáticas.
Segundo Ministério de energia, as aplicações de bombas eólicas começaram durante a
década 70 e desde essa altura entre 200 a 300 unidades foram instaladas antes da
independência. Entre 1983 e 1990, um programa de bombagem eólica produziu e instalou
mais de 100 aero-bombas na zona de Xai-Xai, mas a iniciativa foi interrompida devido à
guerra.
A energia eólica pode ser aproveitada para fins de geração de energia eléctrica bem como
para o bombeamento de água em locais cujo lençol freático está abaixo de50 m de
profundidade, onde as bombas manuais não obtêm o rendimento adequado para a captação de
água. As bombas eólicas são raramente usadas, apesar das condições favoráveis do vento
(acima 2.5 m/s) na maior parte do país, e da tecnologia estar bem desenvolvida, ser
relativamente simples e barata, não requerendo componentes sofisticados.
Micro e mini turbinas eólicas para geração eléctrica podem operar em gamas de vento
muito variáveis, entre uma brisa ligeira e um vento até 20 m/s, e com gamas de potência até
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200 kW . A presença das baterias e a robustez da sua construção permite a sua utilização em
qualquer tipo de instalação doméstica, comercial ou pública de baixo consumo, e podem ser
usadas em qualquer distrito do país sem um mapeamento eólico preliminar extenso.
Como forma de alavancar o uso de energia eólica em sistema isolados de energias
(S.I.E.s), serão tomadas as seguintes medidas estratégicas:
a) Lançar um programa de massificação de Sistemas Eólicos para bombeamento de água
e para micro/mini geração de energia eléctrica;
b) Estabelecer programas de estímulo dos consumidores da EDM, mas não limitado a
eles, para complementarem os seus consumos eléctricos com micro/mini geração
eólica de electricidade (nas zonas mistas);
c) Promover o sector privado na produção e comercialização da tecnologia de sistemas
eólicos de bombeamento de água e de mini/micro geração eólica de electricidade;
d) Promover o estabelecimento de serviços de instalação, manuseamento e conservação
destes equipamentos, e introduzir/facilitar programas de formação nestes domínios;
e) Aprovar regulamentos relativos à construção e à comercialização da tecnologia de
bombagem eólica e de mini/micro geração eólica de electricidade;
f) Estabelecer incentivos fiscais e facilitar os processos de licenciamento para favorecer
a participação privada e reduzir os custos destas tecnologias;
g) Estabelecer programas e centros de demonstração e de disseminação das tecnologias
eólicas, de utilização directa e de conversão para electricidade.

2.2. Promoção de energia em Moçambique

A geração eólica está a penetrar as redes eléctricas de distribuição e transporte na Europa


e outras partes do mundo, e a contribuir de forma crescente para a capacidade geradora a
preços competitivos com as energias tradicionais (fontes fósseis e hidro-electricidade). A
instabilidade e imprevisibilidade associadas à variabilidade dos ventos podem ser limitadas
para níveis aceitáveis, através de uma estratégia de dispersão e do uso de tecnologias de
controlo e operação eléctrica apropriadas.
Estudos realizados pelo Ministério de Energia em 2007, ao longo da costa na zona sul,
indicam que o país é detentor de um potencial eólico (entre 6 a 7 m/s) suficiente para a
produção de energia eléctrica em pequena e média escala. Assim, a geração eólica pode ser
uma opção para a produção de electricidade em rede eléctrica nacional (REN).
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Para desenvolver a geração eólica em-rede, como complemento de outras fontes de


geração eléctrica centralizada, serão ser tomadas as seguintes medidas estratégicas:
a) Elaborar e implementar um programa de medição do potencial eólico à escala nacional
(mapeamento eólico);
b) Promover o sector privado na produção e comercialização da tecnologia de sistemas
eólicos de geração eléctrica e dos seus acessórios (baterias entre outros);
c) Promover o estabelecimento de serviços de instalação, manuseamento e conservação
destes equipamentos, e introduzir/facilitar programas de formação nestes domínios;
d) Criar incentivos fiscais para investidores com projectos de geração eólica interligados
à rede eléctrica (REN);
e) Aprovar regulamentos relativos ao licenciamento, à construção e à exploração de
Parques Eólicos interligados à rede;
f) Desenvolver o Código de Rede que regula a interligação dos parques eólicos à REN;
g) Estabelecer Regimes Tarifários simples, claros e favoráveis ao investimento privado e
público na geração eólica.

2.3. Recursos eólicos em Moçambique

De acordo com[ CITATION NAM13 \l 1046 ], Moçambique apresenta um regime de ventos de


intensidade média-baixa com velocidades predominantemente entre os 4 e os 6 m/s a 80
metros acima do nível do solo (a.n.s.), com excepção da zona sul do país e das zonas altas no
centro e norte do país onde os ventos atingem valores mais elevados. Junto à costa o clima de
ventos é essencialmente influenciado pelas brisas marítimas durante o dia e as brisas terrestres
durante a noite, verificando-se maior intensidade do vento no final do dia e de madrugada. O
regime de ventos nas zonas costeiras apresenta-se bastante estável ao longo do ano com maior
intensidade nos meses de setembro a novembro.

Nas zonas de montanha o clima é tropical de altitude. Nas zonas de montanha interiores,
em particular na província de Tete, os ventos apresentam uma maior oscilação sazonal com
uma redução mais significativa no período de dezembro a março. O maior potencial eólico
verifica-se nas Províncias de Maputo, Tete, litoral de Sofala, Inhambane e Gaza.

No que diz respeito ao recurso eólico, no âmbito da elaboração do Atlas, foi realizada uma
avaliação em mais de 40 locais num período de sete meses, nos quais foram construídas e
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instrumentadas 14 torres meteorológicas e 21 torres de telecomunicações já existentes.


Através desta recolha de dados foi concluído o mapeamento de vento em micro escala e foram
identificados os locais com maior potencial através de simulações, e em alguns casos,
implementação de aerogeradores.

O resultado demonstra que Moçambique apresenta um potencial eólico a nível nacional de


4,5 GW dos quais 1,1 GW têm potencial efectivo de ligação à rede. Destes, cerca de 230 MW
são considerados projectos com elevado potencial, caracterizando-se por apresentar mais de
3.000 NEPs (horas equivalentes à potência nominal). Os restantes 3,4 GW de potenciais
projectos eólicos identificados apresentam como principal constrangimento ao seu
desenvolvimento a débil rede eléctrica de Moçambique.

Deste modo, a figura 01 demonstra a existência de projectos com elevado potencial para
geração de energia eólica na região sul do país, mais especificamente as Províncias de
Maputo, Gaza e Inhambane, e na zona centro, com destaque para Tete, mas também para
Sofala e, com menor peso, a Zambézia.

Figura 01. Potencial Eólico de Moçambique


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Fonte:[ CITATION ALE17 \p 123 \l 1046 ]

As províncias com o melhor recurso são Maputo e Gaza onde o vento médio registado
supera os 7 m/s e vários projectos superam as 3.000 NEPs (horas equivalentes à potência
nominal).

Tabela 01
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Figura 02: Identificação dos projectos prioritários eólicos por província. Fonte: [ CITATION
ALE17 \p 124 \l 1046 ]

Existem assim locais com bastante potencial, como é o caso da zona da Namaacha que
apresenta condições para instalação de projectos até 200 MW aproveitando velocidades até
aos 7,9 m/s, o que permite viabilizar preços competitivos (87 USD / MWh). A figura 03
apresenta o custo nivelado da energia dos projectos eólicos, excluindo impostos.

Figura 03: Custo nivelado de energia dos projectos prioritários eólicos.[ CITATION ALE17 \p 124
\l 1046 ]

2.4. Turbinas de energia eólica de eixo horizontal

Para [ CITATION SIL06 \l 2070 ], “Turbinas Eólicas são máquinas que retiram energia do
vento por efeitos aerodinâmicos actuando nos perfis de suas pás. São classificadas em
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turbinas de eixo vertical ou horizontal e geram energia através de um gerador eléctrico


conectado ao seu eixo”.

Portanto, para projectar os rotores eólicos são utilizados perfis aerodinâmicos com seus
coeficientes de sustentação e arrasto que variam de acordo com o ângulo de ataque. Estes
perfis possuem diferentes dimensões e angulações ao longo das pás, a fim de proporcionar o
melhor efeito aerodinâmico e uma melhor eficiência.

De acordo com [ CITATION ANT05 \l 2070 ], afirma que “As turbinas de eixo horizontal - são
hoje os aerogeradores mais conectados à rede eléctrica. Elas são conectadas à nacelle que
abriga o gerador eléctrico, a caixa de transmissão de velocidade e o rotor, isso, no topo de
uma torre. Nas turbinas de pequenas potências, o rotor e a nacelle são orientados para a
direcção do vento através de um leme. Em grandes turbinas, essa orientação é feita
electronicamente, via sinal recebido de um anemómetro também instalado na parte superior
da nacelle”.

O nome da turbina depende do número total de pás a ser utilizadas, turbinas com três pás
são mais usadas para a geração de energia eléctrica e para [CITATION ANT05 \p 14 \l 2070 ] , no
ano de 2000 atingiu-se uma potência de 4.500 kW. E para o bombeamento de água, estas
podendo chegar a vinte ou mais pás.

Para [CITATION SIL06 \p 166 \l 2070 ] “A Quantidade de pás utilizada é inversamente


proporcional à velocidade no eixo do rotor e directamente relacionada ao torque promovido
no mesmo”, de forma que, elevando-se o torque teremos uma partida automática para
bombeamento de água quando a velocidade do vento se eleva e em turbinas eólicas com duas
ou três pás que apresentam uma alta relação de velocidade, com um baixo torque inicial,
podendo necessitar de um auxílio na partida, pode-se fazer uso de um número reduzido de
engrenagens, tornando-a mais leve, para que se possa alcançar a frequência exigida no eixo
do gerador eléctrico evitando, dessa forma, um auxílio na partida.

Figura 04- Turbinas de Eixo Horizontal


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Fonte:[CITATION SIL06 \p 167 \l 2070 ]

As turbinas eólicas de eixo horizontal (TEEH) são as mais difundidas no mercado, e


têm como característica principal a necessidade de um sistema de controle para posicionar o
rotor na direcção predominante de vento. Além disso, são equipamentos apropriados para
geração de energia eléctrica e, no caso de micro-turbinas, para carregamento de baterias.
Moinhos de vento, apesar de não serem empregados para geração de energia, também se
enquadram na categoria de turbinas de eixo horizontal.

Na perspetiva de [ CITATION PIN14 \l 2070 ], argumenta que “As turbinas eólicas de


eixo horizontal são baseadas nos conceitos de operação dos moinhos de vento. Elas
constituem-se por turbinas contendo normalmente entre uma a três pás, porém também
existem algumas multipás (com mais de três), as quais possuem perfil aerodinâmico”.

Portanto, o que se tem com maior frequência são os rotores de três pás, e isso se deve
ao fato de que apresentam uma boa relação entre coeficiente de potência, custo de instalação e
velocidade de rotação, e pode-se citar também uma melhor aparência em relação aos de duas
pás. A vantagem das turbinas com duas pás é que apresentam maior eficiência, porém
possuem maior instabilidade e tem maior propensão a apresentar turbulências, o que carrega
um maior risco à sua estrutura.
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Para tal, os de três pás tem maior estabilidade, o que diminui o custo de instalação e
torna possível construir turbinas eólicas de mais de 100 m de altura, e capacidade para gerar
até 5 mega watts (MW). Eles atingem seus maiores valores de geração energética com ventos
fortes, e podem apresentar eficiência acima de 45%.

No entanto, os rotores multipás apresentam melhor utilização para bombear água de


poços artesianos, porém nada impossibilita seu uso para produzir energia eléctrica. Esse tipo
de rotor tem uma maior eficiência quando movimentados por ventos fracos, alcançando até
30% de eficiência, e são impulsionados tanto por força de arrasto quando força de
sustentação.

As turbinas eólicas de eixo horizontal são mais amplamente usadas do que as de eixo
vertical, pois elas apresentam maior rendimento aerodinâmico e ficam menos vulneráveis aos
esforços mecânicos, o que compensa pelo seu custo mais elevado. Os aerogeradores de eixo
horizontal podem ser divididos em duas categorias:
 Frontais (“upwind”): o vento sopra pela parte frontal. As pás são rígidas e o rotor é
orientado segundo a direcção do vento através de um dispositivo motor, como ilustra afigura
05.

Figura 05 - Esquema e um aerogerador de eixo horizontal “upwind”


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Fonte:[CITATION Mul15 \p 12 \l 2070 ]

 Retaguarda (“downwind”): o vento sopra pela retaguarda das pás. O rotor é flexível e
auto-orientável.

Figura 06 - Esquema de um aerogerador de eixo horizontal “downwind”

Fonte: [CITATION Mul15 \p 12 \l 2070 ]


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A maneira mais usada é pondo-se a turbina no topo do aerogerador, por apresentar


resultados melhores para potências altas e ser a maneira mais simples, além de trazer uma
estabilidade melhor e necessitar de esforços de manobra menores. As pás do rotor precisam
sempre estar orientadas de acordo com a direcção do vento.

2.5. Componentes de uma Turbina Eólica de Eixo Horizontal

Um sistema eólico é constituído por vários componentes que devem trabalhar em


harmonia de forma a propiciar um maior rendimento final. Para efeito de estudo global da
conversão eólica devem ser considerados os seguintes componentes da figura 07.

Figura 07-Componentes de um aerogerador de eixo horizontal padrão:

Fonte: [CITATION Mul15 \p 15 \l 2070 ]

Descrição dos componentes mais relevantes de um aerogerador:


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 Pás do Rotor: Recebem a energia do vento e a transformam em energia rotacional no


eixo conectado ao rotor;
 Eixo: Realiza a transferência da energia rotacional para o gerador eléctrico;
 Nacelle: Estrutura onde os componentes ficam abrigados;
 Multiplicador de Velocidade: Aumenta a velocidade de rotação do eixo entre o hub do
rotor e o gerador eléctrico;
 Freio: Interrompe a rotação do eixo em caso de sobrecarga de energia ou de falha no
sistema;
 Gerador eléctrico: Gera electricidade por meio de electromagnetismo utilizando a
energia de rotação;
 Torre de Sustentação: Responsável por manter o conjunto rotor e nacelle na altura
determinada pelo projecto, além de sustentar seu peso.

Os conversores de energia eólica que possuem seu eixo de rotação na posição horizontal são
compreendidos quase que exclusivamente sob as bases do conceito das hélices. Esse design,
que inclui os moinhos de vento europeus e as eólicas modernas, é o principio dominante na
tecnologia eólica actual. A superioridade desse modelo até hoje é baseada amplamente nas
seguintes características:
 A velocidade do rotor e a saída de potencia podem ser controladas pelo controle do
ângulo das pás. Além disso, tal controle é a protecção mais eficiente contra o excesso
de velocidade (especialmente nas grandes turbinas eólicas);
 O formato das pás do retor pode ser otimizado aerodinamicamente, e foi provado que
ele alcança sua eficiência máxima quando a sustentação aerodinâmica é levada ao
nível máximo; e
 Não menos importante é a liderança tecnológica no desenvolvimento em projectos de
hélices.

2.6. Vantagens de uma turbina eólica de eixo horizontal

Na visão de [CITATION PIN14 \p 86 \l 2070 ], suscita que, “São vantagens de uma turbina com
eixo horizontal:
 Acesso a ventos de maiores velocidades por causa da altura da torre;
 Melhor controle devido ao ajuste do ângulo de passo;
 Alta eficiência, uma vez que as pás encaram perpendicularmente o vento”.
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2.7. Desvantagens de uma turbina eólica de eixo horizontal

São desvantagens de uma turbina com eixo horizontal:


 Dificuldade na instalação de uma alta torre;
 Dificuldade no transporte dos equipamentos;
 Exigência de um sistema de controle para girar as pás em direcção ao vento; e
 Construção complexa da torre para apoiar o peso das pás e do cubo [CITATION PIN14 \p
86 \l 2070 ]

2.8. Número de Pás

Para [CITATION SIL06 \p 169 \l 2070 ], a definição de números de pás empregado em


uma turbina baseá-se na abordagem técnica e económica: Turbinas de uma pá minimizam as
perdas de energia provenientes da força de arrasto e turbinas de duas ou três pás são as
melhores por promover estabilidade, desempenho aerodinâmico e menores custos. A
desvantagem em termos de energia vinculada a uma turbina de uma pá, quando comparada a
turbinas de três pás está em torno de 10%. Quando a comparação é feita entre turbinas de
três e duas pás este valor atinge aproximadamente 4%.

Como As Turbinas de três pás são mais simples em termos dinâmicos e com um pouco
mais de eficiência aerodinâmica, neste projecto priorizamos turbinas de quatro pás a fim de
aproximarmos-nós as características das turbinas de três pás.

Ao se projectar uma turbina considerando o uso de uma, duas ou três pás, para uma
mesma relação de velocidades, se verifica que a turbina que faz uso de três pás sofrerá um
maior tensionamento e, por consequência, envolve-ria elevados custos na produção das pás.
Logo o balanço (energia produzida / capital investido) só pode ser feita a partir de uma
avaliação que considere a completa estrutura de produção e uso de uma determinada turbina
(SHIKHA, 2003 apud SILVA, 2006;170).

Para alternativas de uso de três ou duas pás a estrutura dinâmica difere no momento de
inércia destas. Sendo vantajosa o uso de três pás em que o momento de inércia é de fácil
equacionamento e mais fácil de controlar que o momento de inércia de turbinas com duas pás.
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Para [ CITATION SIL06 \l 2070 ], “Rotor com três pás apresenta simetria em seu
movimento polar, o que não ocorre no movimento do rotor que utiliza duas pás, além disso, é
atribuído às turbinas de três pás um melhor impacto visual e menor nível de ruído”. Tendo em
conta que na Europa está concentrada a grande indústria eólico-eléctrico, e tendem a adotar
pelas turbinas de três pás e dominam totalmente o mercado para aproveitamento eólico-
eléctrico conectado a rede eléctrica, busca-se nessas conclusões aproximações para este
projecto.

2.9. Ilustração de um protótipo de energia eólico de eixo horizontal


De acordo com a nossa pesquisa constatamos para fazer um protótipo caseiro é necessários as
seguintes matérias:
1. Um motor elétrico – que nos permite a converter energia mecânica em energia
elétrica;
2. Uma hélice é um termo que designa um conjunto de pás com um mesmo centro, que ao
ser girado segundo o seu eixo causa propulsão e cada pá descreve no espaço uma
trajetória que é, de facto, uma hélice geométrica com ajuda do vento ela vai criar um
movimento fazendo com que haja energia mecânica que será transformada em energia
elétrico;
3. Um barrote em forma de uma Torre de Sustentação: Responsável por manter o
conjunto rotor e nacelle na altura determinada pelo projecto, além de sustentar seu
peso.
4. Leeds para demostrar a funcionalidade da nossa pesquisa;
5. Capacitor que armazém pequena quantidade de carga elétrica;
6. Interprotor que é a chave que vai permitir a passagem de cargas elétrica para alimentar
os leeds.

A figura 08 a baixo mostra um protótipo caseiro feito pelo grupo


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Fonte: 2º grupo

Montagem do protótipo:
 Primeiro arranjamos a torre de sustentação que foi barrote e a sua basse de modo que
permita estar equilibrado e isolamos a torre;
 Fixamos o motor no topo da torre;
 Prendemos a hélice no eixo do gerador;
 Ligamos os condutores na ddp do gerador;
 Ligamos os leeds;

Depois da Montagem do nosso protótipo constatamos que houve a geração de energia


mecânica em energia elétrica em poucas quantidades de cargas onde só conseguiu acender os
leeds que tinha uma voltagem a baixo de 5v isso deve-se através do tamanho da helice e o
local onde nos situávamos.
3. Conclusão
Ao fim do trabalho é de salientar que, a energia eólica é a forma de eletricidade que pode
satisfazer todas as várias necessidades energéticas de uma economia moderna. Abundante,
inesgotável e barato, o vento prenuncia tornar-se a base da nova economia energética. A
19

implantação do uso de energia eólica depende unicamente do crescimento tecnológico da


humanidade com o objetivo de diminuir os custos relativos à manutenção, diminuir o efeito
sonoro e aumentar o rendimento das turbinas eólicas.
Portanto, os custos relativos à implantação de fontes de energia eólica estão em um
declínio gradativo, visto que um em curto espaço de tempo podem ser implantadas em todas
as populações de pequeno porte, suprindo as necessidades de condomínios e pequenos
lugarejos onde a demanda de energia não seja muito acessível.
Ao longo da vida do aerogerador ele terá que passar por revisões rotineiras, pois apesar
dos cálculos, podem estar presentes falhas nos materiais, assim necessitando de alguma
manutenção. Poderão ser utilizados também equipamentos de monitoramento, tais como
anemômetros (velocidade do vento) e strain gages (stress nos matriais

4. Referências bibliográficas
ALER, A. L. (2017). ENERGIAS RENOVAVEIS EM MOCAMBIQUE. Maputo: RECP.
ANTUNES, M. (2005). TECNOLOGIA EÓLICA PARA PRODUÇÃO DE ENERGIA
ELÉCTRICA (1 ed., Vol. 1). PORTUGAL: Universidade do Minho, Acrobat PDFMaker.
Muller, M. d. (2015). Projeto de uma Turbina Eólica de Eixo Horizontal (1 ed., Vol. 1).
Brasil.
NAMBURETE, S. (2013). ALTAS DAS ENERGIAS RENOVAVEIS DE MOCAMBIQUE:
Recursos e Projetos para Producao de Eletricidade (2 ed., Vol. 1). Maputo-Mocambique:
Ministerio de Energias.
PINTO, M. d. (1014). Fundamentos de Energia Eolica (1 ed., Vol. 2). Rio de Janeiro: GEN
LTC.
SILVA, N. F. (2006). FONTES DE ENERGIA RENOVÁVEIS COMPLEMENTARES NA
EXPANSÃO DO SETOR ELÉTRICO BRASILEIRO: O CASO DA ENERGIA, Eólica (1 ed.,
Vol. 1). Rio de Janeiro.
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