A dor que carrega em sua partida? Noites em claro preocupando-se com a manhã prometida por quem não faz, nunca fez e sente nada: Nada além do ódio Nada além do rancor Nada além do ópio em um enferrujado coração de lata. Se afogam num mar de mentiras encobertos por grandes ondas turvas de lama, vomitando invencionices tiradas de fábulas completamente nonsense, direto do triste circo Marinho. Se é pra ir, que vá Se é pra rir, que vá Se é pra sorrir, que vá Pois Os que aqui ficam sem ir Os que aqui ficam sem rir Os que aqui ficam sem sorrir Saberão se portar no deserto como o forte povo do Sertão árido, ávido de vida, forjado no calor e no desejo d’água. Sabemos que há de chover E quando chover – tinto vinho ou água – que nosso chão maltratado absorva cada gota nutrindo-se também com o que há de melhor Para que você, verde, renasça Sorrindo o amanhã de terras hoje castigadas. Pedro Henrique Leite [25/01/2019]