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07/05/2020 Ead.

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FILOSOFIA DO DIREITO E
DIREITOS HUMANOS
Me. Christiane Singh Bezerra Bou Khezam

INICIAR

i t d ã
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introdução
Introdução

Seja bem-vindo(a), caro(a) aluno(a). Nesta unidade será analisada a questão da


moralidade, justiça e do direito, a partir da perspectiva do pensamento jus losó co
moderno, para tanto, serão abordados esses conceitos na perspectiva de Kant, bem
como por meio da análise do normativismo jurídico, de Hans Kelsen e também as
concepções de Direito, Justiça e utilidade na perspectiva do positivismo jurídico
inglês.

Por meio das teorias históricas e evolutivas, será analisada a questão da


interpretação, passando pela concepção do realismo jurídico e também a partir da
teoria dos sistemas, de Luhmann.

Também será analisada, de forma breve, o problema da decidibilidade no direito,


sob a ótica do pluralismo jurídico e da desobediência civil.

Para nalizar, serão tratados os conceitos de Direitos do Homem, Direitos Humanos


e direitos fundamentais, bem como o seu fundamento na perspectiva jusnaturalista,
positivista e moralista e, ainda, a evolução da cidadania na perspectiva do
pensamento pós-moderno.

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O Pensamento Jus losó co


Moderno

Diferente do pensamento medieval, fundado em uma ideia teocêntrica, em que as


concepções de moral, justiça e direito estavam atreladas a aspectos dogmáticos, o
pensamento jus losó co moderno inaugura uma nova perspectiva em relação a
esses conceitos, pois, nesse momento, a defesa dos direitos do ser humano são
voltadas para a promoção da dignidade, fundada no preceito de igualdade e com
foco para tutela da liberdade e da solidariedade.

Nessa perspectiva, o conceito de direito vai ganhar diversas concepções, todas elas
de fundamental importância para a compreensão do surgimento dos direitos
fundamentais e da recepção dos fundamentos dos direitos humanos no
ordenamento jurídico interno.

Kant: Moralidade, Justiça e Direito


O conceito de justiça foi discutido por muitos lósofos, ao longo da história, e até os
dias de hoje, de nir justiça mostra-se uma tarefa árdua, pois existem vários fatores
que devem ser observados para estabelecer tal conceito, que é in uenciado,
diretamente, pelo conceito de direito.

Kant rompe com a ideia de justiça como virtude, ele analisa o tema a partir de dois
novos elementos, que são a liberdade e a igualdade, que aliás, serão, mais tarde,

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fundamentos para a Revolução Francesa e que vão nortear toda a criação do sistema
de proteção dos direitos humanos.

Assim, na perspectiva de Kant, a ideia de justiça está mais voltada para a organização
da sociedade, propondo que uma conduta, para ser considerada justa, deve estar
em consonância com as leis e injusta aquela que contraria as leis.

Desse modo, Kant estabelece que “é justa toda ação que, por si ou por sua máxima,
não constitui obstáculo à conformidade da liberdade do arbítrio de todos com a
liberdade de cada um segundo as leis universais” (KANT, 1993, p. 46).

Veja que a liberdade, fundada no direito natural, ca muito evidente na concepção


de justiça de Kant, o que nos demonstra que sua concepção de justiça não se
restringe ao que está positivado e, nesse aspecto, aproxima-se da ideia de justiça
dos que lhe antecederam, como Sócrates, por exemplo.

Fica claro, portanto, que para chegar ao conceito de justiça, Kant parte da ideia do
que é justo e o faz sobre três óticas, primeiro, a partir da liberdade de ação, como
um direito natural pertencente a todos. Em segundo lugar, compreende como justa
a ação por meio da qual seriam realizadas as liberdades externas e, nesse contexto,
a igualdade seria considerada um fator limitador e, por m, seria justa a ação criada,
a partir da racionalidade, pensada no contexto de uma ordem jurídica universal,
composta pela vontade de todos (SALGADO, 2012, p. 30).

Seguindo essa linha, é necessário compreender como Kant de ne moral e direito


para chegar à concepção de justiça. Pois bem, para Kant, “Direito e faculdade de
obrigar signi cam, portanto, uma coisa só.” (KANT, 2003, p. 409).

Observe que esse conceito é eivado de uma postura bastante positivista, o que não
signi ca, contudo, que Kant negue o direito natural, e isso ca muito claro, quando
expõe sua noção de justo, deixando evidente que o direito natural é o fundamento
do direito positivo.

O Normativismo Jurídico de Hans Kelsen


Compreender a norma jurídica, a partir de Kelsen, é essencial para qualquer
estudioso do direito, não é possível compreender a ideia de direito e de sistema
jurídico sem a compreensão da norma jurídica.

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Kelsen, sem dúvida, foi um dos mais polêmicos nomes do direito, duramente
criticado por reduzir o direito à norma e se esquecer do aspecto social, crítica essa
equivocada, pois o que pretendeu, em verdade, foi propor um estudo da norma
jurídica a partir de critérios rígidos.

Nesse sentido, Coelho (2001), ao buscar de nir o pensamento de Kelsen sobre a


norma jurídica, destaca:

A norma jurídica prescreve a sanção que se deve aplicar contra os agentes


de condutas ilícitas. A proposição jurídica, juízo hipotético, a rma que,
dada conduta descrita na lei, deve ser aplicada a sanção também
estipulada na lei. A forma de exteriorização do enunciado, entretanto, não
é essencial, o que importa, realmente, é o seu sentido. A norma jurídica,
editada pela autoridade, tem caráter prescritivo, enquanto que a
prescrição jurídica, emanada da doutrina, tem natureza descritiva. (...) A
proposição jurídica descreve uma norma jurídica. (COELHO, 2001, p. 8).

Assim, o normativismo de Kelsen fundamenta-se nessas bases, cando claro que a


norma jurídica, observada a partir do fundamento do direito, deve ser
compreendida a partir da abstração de “aspectos políticos, morais, econômicos e
históricos envolvidos no tema.” (KELSEN, 2001, p. 10).

Nesta esteira, Müller, ao analisar o conceito de norma jurídica para Kelsen, explica
que, na perspectiva Kelseniana,

normas jurídicas não são fatos, mas o sentido destes, a saber, o sentido de
atos de vontade direcionados para o comportamento humano. O fato do
direito ter sido positivado e a realidade são os únicos fatos que
condicionam a vigência do direito a sua positividade. (MÜLLER, 2009, p.
50).

Direito Justiça e Utilidade: o Positivismo


Jurídico Inglês
Os adeptos do positivismo, na Inglaterra, têm como seu maior expoente Betham e
Hart, que, a partir de suas concepções positivistas, zeram severas críticas ao
common Law, por meio da teoria utilitarista, Betham pretendeu demonstrar os

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problemas do direito natural, por ser ele fundado no princípio da “simpatia ou


antipatia”, já que seus adeptos “ditam sentimentos como leis” (BETHAM, 1979, p. 65).

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atividade
Atividade
Hart, além de ser considerado um dos seguidores de Kelsen, no que tange à separação do
direito da moral, é também considerado um dos responsáveis pela aproximação da
linguagem da loso a com a do direito por meio de seu conceito analítico de direito. Com
base nessa informação, assinale a alternativa que corresponde à tese desenvolvida por
Hart.

a) De acordo com a tese da neutralidade, o conceito de Direito deve ser de nido a


partir do seu conteúdo.
b) De acordo com a tese da lei, o conceito de Direito deve ser de nido a partir do
conceito de lei.
c) De acordo com a tese do legalismo, o conceito de Direito só se estabelece a partir
da lei.
d) De acordo com a tese objetivista, o critério que preconiza a aplicação do Direito é
objetivo.
e) De acordo com a tese da subsunção, a aplicação do Direito pode ser levada a
cabo em todos os casos a partir da livre valoração.

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O Pensamento Jus losó co


Pós-moderno

O pensamento jus losó co pós-moderno teve como característica a valorização do


homem e a discussão sobre as várias formas de se interpretar o direito, estando,
nesse cenário, o positivismo e o jusnaturalismo como correntes importantes para,
posteriormente, se compreender o fundamento dos direitos humanos.

Teorias Históricas Evolutivas do Direito: as


Escolas Jurídicas
Como podemos perceber, o conceito de direito não é plurívoco, sendo, para os
positivistas, fundado na lei e, para os jusnaturalistas, inerente à existência do ser
humano, a di culdade em conceituar o direito ca muito clara, quando analisamos
os argumentos de Hart, e essa di culdade caminha, ao longo do tempo, junto com a
evolução da própria sociedade, assim, ao longo da história, doutrinadores e
operadores do direito foram liando-se às escolas, conforme melhor se adequam
aos seus preceitos. (KOZICKI; PUGLIESE, 2017, online).

Todo esse movimento é relevante, para a compreensão da evolução histórica dos


direitos humanos e, também, para que se compreenda o conceito e o fundamento
de tais direitos.

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Ademais, as escolas jurídicas representam o pensamento dominante, em um


determinado período, e contribuíram, de forma bastante importante, para a
construção da teoria dos direitos humanos.

Escola da Exegese
A Escola da Exegese surgiu no século XIX, trata-se uma escola extremamente
tradicional e formalista, vinculada à lei e à supervalorização do modelo codi cado,
sua concepção legalista culminou na codi cação do direito civil francês,
materializado no Código de Napoleão.

Os adeptos desta escola compreendiam a lei como única fonte jurídica capaz de
solucionar os casos concretos, deixando o operador direito limitado ao texto da lei,
sem aceitar qualquer tipo de interferência externa (REALE, 2002).

Por toda sua rigidez e mínima margem para interpretação, é evidente que a Escola
da Exegese sofreu várias críticas, que, inclusive, foram materializadas por diversas
escolas interpretativas e por inúmeros movimentos, como o do direito livre, da
jurisprudência dos interesses e da jurisprudência sociológica dos Estados Unidos.
Dentre os críticos à Escola da Exegese, merecem destaque Jeremy Bentham, Rudolf
von Ihering, Oliver Wendell Holmes, François Geny e Eugen Ehrlich.

Escola Histórica
O mais expressivo representante da Escola Histórica foi Friedrich Karl von Savigny,
para quem a concepção da lei deveria representar o espírito do povo, os anseios da
sociedade. Portanto, seu signi cado é mutável e não deve car restrito a sua origem,
vejam que essa concepção de lei da Escola Clássica apresenta forte in uência do
pensamento Platônico.

A Escola Histórica desenvolve-se em um contexto de quebra de paradigmas,


decorrente da Revolução Francesa, que consagrou os princípios da Igualdade,
Liberdade e Fraternidade e, nesse cenário de transformações, veri ca-se o m dos
privilégios e das prerrogativas da nobreza e do clero, e a prevalência da vontade
geral, alicerçada na igualdade de todos perante a lei. Passa, então, a existir, nesse
contexto, “duas verdades paralelas: o direito é a lei, e uma outra: a ciência do direito
depende de interpretação da lei segundo processos lógicos adequados” (REALE,
2002, p. 280).

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Para os seguidores da Escola Histórica, existe uma necessidade de o Direito


acompanhar a evolução social. Consequentemente, demonstra-se que o modelo
codi cado, fechado e a interpretação meramente sistemática não garantem a efetiva
realização do Direito, constatação que se con rma na pós-modernidade por meio da
teoria de Luhmann.

Assim, para os adeptos da Escola Histórica, a lei deve atender aos anseios sociais,
que são variáveis e evoluem junto à natural evolução da sociedade. Sendo assim, em
relação à proposta da Escola Histórico-evolutiva, Nader (1999) expõe que:

o intérprete não deveria car distrito à vontade do legislador. A lei, uma vez
criada, perde a vinculação com seu autor. O cordão umbilical é cortado. A
lei deve ser autônoma, independente. Ao intérprete, cumpre fazer uma
interpretação atualizadora. Não signi ca alterar o espírito da lei, mas
transportar o pensamento da época para o presente. (NADER, 1999, p.
333).

Embora bem mais aprimorado do que a proposta anterior, o método proposto pela
Escola Histórica também tinha falhas, sendo a mais evidente o fato de não propor
soluções para as lacunas do direito, fazendo com que tais lacunas impedissem a
solução do caso concreto. Por essa razão, essa escola também teve opositores que,
mais tarde, tornaram-se representantes de uma escola ainda mais aberta e exível,
denominada Escola do Direito Livre.

Escola do Direito Livre


A Escola do Direito Livre representou uma evolução signi cativa do pensamento
jurídico e também uma expressiva quebra de paradigmas com conceitos tradicionais
que, desde a antiguidade, dominavam o campo do direito. Nesse sentido, seus
seguidores defendem que:

a) se o texto da lei é unívoco e se sua aplicação não fere os sentimentos da


comunidade;

b) se o texto legal não oferece solução pací ca ou se conduz a uma decisão injusta.
Nesse caso, o juiz deve proferir a sentença de acordo com suas convicções, mas
considerando o que o legislador pensaria naquele caso;

c) caso o juiz não possa formar uma convicção sobre como pensaria o legislador
acerca do caso concreto, deve se inspirar no direito livre, baseado no sentimento da

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coletividade;

d) se, ainda assim, não encontra solução, pode resolver discricionariamente (DINIZ,
2005).

Observa-se um distanciamento para com a concepção positivista, uma vez que seus
adeptos defendem uma maior exibilização na aplicação da lei para que, de fato, ela
atenda os anseios sociais, e, assim, prestigia-se o efetivo sentido da justiça.

Realismo Jurídico
Diferente do pensamento jurídico das Escolas Clássicas do Direito, que foram
in uenciadas pelo pensamento de Sócrates, Platão, Aristóteles, Tomás de Aquino e
outros, o realismo jurídico propõe a compreensão do direito a partir dos fatos
concretos e não a partir de conceitos clássicos de ética, moral, justiça e lei, como
pretenderam os jus lósofos da antiguidade e da Idade Média, a principal missão do
Realismo jurídico, a exemplo de todas as outras escolas do direito, é responder a
pergunta que justi ca todas as correntes do pensamento jurídico, “o que é o
direito”?

No afã de responder essa pergunta, o realismo jurídico promove uma revolução na


concepção de direito, colocando em xeque pensamentos dogmáticos sobre o tema,
nesse sentido, Lopes (2004) destaca que:

O realismo jurídico aproximava-se de outras versões do realismo com o


uso leigo do termo, mas implicava, do ponto de vista da técnica jurídica ou
do pensamento jurídico, uma reação a métodos de compreensão do direito
que não consideravam alguns aspectos de instabilidade do sistema,
especialmente aqueles ligados ao conceitualismo (contra o que reagia o
realismo escandinavo) e à não consideração da força criadora do juiz
(contra o que reagia o realismo americano). (LOPES, 2004, p. 298).

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atividade
Atividade
A Escola da Exegese surgiu no século XIX, trata-se uma escola extremamente tradicional e
formalista, vinculada à lei e à supervalorização do modelo  codi cado, sua concepção
legalista culminou na codi cação do direito civil francês, materializado no Código de
Napoleão.

Assinale a alternativa que representa o pensamento exegético acerca do direito.

a) A interpretação do direito se dá essencialmente da interpretação das regras.


b) A interpretação do direito na escola da exegese leva em conta o contexto social.
c) A interpretação do direito, para os exegetas, não se restringe à lei, pois a lei é
incompleta.
d) A escola da Exegese defende a exibilização na aplicação da lei para que, de fato,
ela atenda os anseios sociais.
e) A escola da Exegese propõe a compreensão do direito a partir de fatos concretos.

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O Pensamento Jus losó co


Pós-Moderno

O pensamento jus losó co pós-moderno rompeu com as concepções tradicionais,


tanto do positivismo como do jusnaturalismo, nesta perspectiva, alguns pensadores
buscaram desenvolver teses, para demonstrar que a complexidade social sofre a
in uência de uma série de fatores, e que conceitos como direito, justiça, moral e
ética não são su cientes para propor soluções para tais problemas, nesse sentido,
 destaca-se, por exemplo, a teoria sistêmica de Luhmann que, de acordo com
Kunzler (2004):

Enfatiza os sistemas autopoiéticos, ou seja, os sistemas vivos, psíquicos e


sociais, sobretudo este último, uma vez que o intuito do autor foi o de
elaborar uma teoria geral da sociedade. Esses três sistemas, além de
autopoiéticos, são também autorreferentes e operacionalmente fechados.
(KUNZLER, 2004, p. 127).

A partir dessa inferência, pensando no sistema social global, Luhmann compreende


que, o que o diferencia dos demais sistemas é a função que desempenha, sendo
que, em última análise, um sistema social tem como escopo reduzir a complexidade
do ambiente. Mas a nal, o que pretende Luhmann com sua teoria dos sistemas
sociais?

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Seu objetivo era demonstrar a complexidade da sociedade pós-moderna, em que


muitos fatores in uenciam, diretamente, nas relações sociais e, consequentemente,
na tutela dos direitos dos indivíduos.

Sendo o direito um sistema social, ele pode ser compreendido como um sistema que
resolve con itos e, ao mesmo tempo, cria con itos, com base em suas próprias
regras, sendo, desse modo, um sistema autopoiético, conforme explica Spinato
(2018):

O direito como sistema autopoiético transforma a realidade ao mesmo


tempo que transforma a si mesmo, no labor pré-determinado de suas
estruturas internas. Não há nenhuma determinação estrutural que
provenha de fora. Somente o direito pode dizer o que é direito. (SPINATO,
2018, p. 6).

Nesse sentido, observa-se que a teoria de Luhmann tem clara in uência do positivo
de Kelsen, reconhecendo que o sistema jurídico é um sistema que se auto alimenta,
não recebe in uências externas.

Dentro da perspectiva do direito como um sistema, surge, então, o problema da


decidibilidade, que Tércio Sampaio Ferraz Júnior destaca, pois, já que o direito não se
limita à perspectiva dogmática, ele deve ser percebido com um pensamento
tecnológico, capaz de abarcar tanto as questões dogmáticas como as zetéticas.
(FERRAZ JÚNIOR, 2016, p. 36).

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atividade
Atividade
Para Tércio Sampaio Ferraz Júnior, a decidibilidade é o problema central da ciência do
direito, sendo que, para o autor, essa ciência se manifesta como um pensamento:

a) Tecnológico
b) Zetético
c) Fenomenológico
d) Hermenêutico
e) Teleológico

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Direitos Humanos, Dignidade


da Pessoa Humana e
Cidadania

A compreensão dos direitos humanos passa, necessariamente, pela compreensão


dos conceitos correlatos, visto que só é possível falar-se de tutela efetiva dos direitos
humanos, se garantida a dignidade humana, ademais, tanto direitos humanos como
dignidade humana pressupõem a observância dos direitos do cidadão, daí a
relevância de compreender o signi cado de cidadania e sua evolução.

Conceitos: Direitos do Homem, Direitos


Humanos e Direitos Fundamentais
Muitas vezes, os termos direitos do homem, direitos humanos e direitos
fundamentais são usados como sinônimos, no entanto, não o são, existe entre eles
uma importante diferença, no que respeita aos direitos que buscam efetivar,
ademais, a concepção de direitos humanos ocidental sofreu in uência direta de
alguns acontecimentos históricos, que foram fundamentais para a consolidação
desse conceito e, também, dos mecanismos internacionais de proteção.

Nessa linha, podemos dizer que os direitos humanos contemplam os direitos


consagrados em tratados internacionais e referem-se, portanto, a um conjunto de
valores e de direitos que são legitimados por esses documentos (por exemplo, a

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Declaração Universal dos Direitos Humanos, adotada pela Organização das Nações
Unidas em 1948).

De outro lado, a expressão Direitos Fundamentais refere-se àqueles constantes das


Constituições Federais dos países. São, desse modo, aqueles direitos humanos
reconhecidos pelo Estado e, por isso, estão escritos em sua lei maior, que é a
Constituição Federal.

Para a consolidação desses conceitos, temos alguns documentos de grande


relevância, por exemplo, Bill of Rights, na Inglaterra, que foi uma Declaração de
Direitos, “que garantia a legalidade do Parlamento em controlar de diversas formas
os poderes do monarca” (CASADO FILHO, 2012, p. 30).

Essa Declaração foi considerada a primeira Declaração moderna a limitar os poderes


de um soberano, o que representa uma importante conquista no caminho de
efetivação de direitos humanos elementares, relacionados à liberdade.

Outro documento relevante, em termos de direitos fundamentais, é “a Declaração


de Independência Americana e a Constituição Americana, embora ambos não
tenham assegurado uma igualdade efetiva a todos os americanos” (CASADO FILHO,
2012, p. 31), são importantes, na medida em que consagram direitos fundamentais,
fundados nos direitos humanos declarados em instrumentos internacionais.

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É importante destacar que muitas outras terminologias são adotadas para de nir
esses direitos, como por exemplo, direitos do homem, direitos naturais ou direitos
individuais. O fato é que, independente da terminologia, todos eles têm como
objetivo tutelar aquele núcleo essencial de direitos, necessários a uma existência
com dignidade.

Uma vez compreendida essa questão terminológica, nos parece relevante falar das
características dos direitos humanos. Comecemos pela universalidade: são
universais, na medida em que são atribuídos a todos os indivíduos indistintamente,
independente de qualquer característica pessoal. São, também, considerados
históricos, pois se desenvolvem junto com a sociedade e correspondem,
exatamente, aos anseios sociais de uma determinada época, se constroem
paulatinamente e, por essa razão, a todo tempo, é possível consagrar novos direitos.

Outra característica muito importante é a indisponibilidade, pois seus titulares não


podem abrir mão deles, não são passíveis de renúncia. São imprescritíveis, podendo
ser exigidos a qualquer tempo. Essa característica complementa a anterior, pois, se
eu não posso abrir mão dos direitos humanos, é essencial que eu não tenha prazo
para exigi-lo.

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Por m, caracterizam-se por serem indivisíveis e interdependentes. A nal, liberdade


e igualdade, por exemplo, são direitos que se complementam e não são passíveis de
divisão, pois o menor cerceamento a esses valores já caracteriza uma lesão aos
direitos humanos.

Desse modo, com base nas características dos direitos humanos, é possível traçar
um conceito, e, de forma bem simples, podemos dizer que Direitos Humanos é
aquele conjunto de direitos atribuído a todos os habitantes da terra, indistintamente,
são, portanto, direitos universais. Mas, para compreender essa evolução do conceito
de direitos humanos, é fundamental compreender a sua concepção nas diversas
teorias que pretendem explicá-lo.

Fundamentos dos Direitos Humanos:


Teorias Jusnaturalistas, Positivistas e
Moralistas
De acordo com a concepção jusnaturalista, a ideia de direitos humanos decorre do
direito natural e, portanto, sempre existiu na história da humanidade, sendo inatos,
inerentes à pessoa humana (SIQUEIRA, 2009). As antigas civilizações possuíam
regras, que tinham como objetivo garantir o convívio harmônico entre as pessoas,
um exemplo de legislação, nesse sentido, é o Código de Hammurabi. A concepção
jusnaturalista de direitos humanos está fundada no fato de que esses são direitos
inerentes ao homem e, por essa razão, são universais e imutáveis, não dependem de
fatores, como raça, cor, religião etc. Ainda sobre a concepção jusnaturalista, vale
destacar que seus defensores apontam três características que consideram
fundamentais. São elas:

1. Os direitos humanos têm origem em uma ordem jurídica superior,


chamada direito natural;
2. Os direitos naturais expressam a natureza humana que existe em todas
as pessoas;
3. A existência do direito natural não depende do reconhecimento do
direito positivo.

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Concluindo, essas são as características que justi cam a origem dos direitos
humanos no direito natural.

Já na perspectiva positivista, observa-se uma clara impossibilidade de fundamentar


os direitos humanos, quando propõe que o fundamento desses estaria preconizado
nas disposições contidas nas Constituições dos países, pois bem, referidas leis
trazem, em verdade, direitos fundamentais, emanados dos direitos humanos, assim,
a norma positivada não é su ciente para resguardar direitos humanos, que são
inerentes à pessoa e que estão em constante construção.

A Primeira e a Segunda Guerra Mundial trouxeram à tona a relevância dos valores


éticos e morais na tutela dos direitos humanos, neste sentido, Habermas (1997, p.
140-141) destaca a existência de uma importante e necessária relação entre os
princípios morais e os direitos humanos, na medida em que “uma ordem jurídica só
pode ser legítima, quando não contrariar princípios morais”.

Quando se está diante de direitos que são inerentes à própria existência humana,
como são os direitos humanos, atribuir sua tutela, puramente, à norma positivada,
despida de juízos éticos e morais é retroceder na proteção de tais direitos, que são,
por excelência, informados por valores subjetivos, nesta esteira, Habermas pontua
que:

[...] as questões morais e jurídicas referem-se aos mesmos problemas:


como é possível ordenar legitimamente relações interpessoais e coordenar
entre si ações servindo-se de normas justi cadas? Como é possível
solucionar consensualmente con itos de ação com base em regras e
princípios normativos reconhecidos intersubjetivamente? (HABERMAS,
1997, p. 140-141).

Neste sentido, ca mais evidente que o fundamento dos direitos humanos encontra
maior signi cado no campo das teorias jusnaturalista e moralista, sem, contudo,
desprezar as teorias positivistas, que têm como virtude promover o fundamento dos
direitos humanos nas Constituições dos Estados e, assim, trilhar um caminho à sua
efetivação.

A Cidadania e sua Evolução

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O termo cidadania já acompanha a humanidade, desde a Grécia Antiga, onde, no


Séc. VIII a.C, já havia uma organização nas Polis gregas, que garantia direitos aos
homens, fundados na liberdade e na igualdade.

Na Idade Média, a cidadania encontrou uma série de obstáculos, especialmente em


função do feudalismo, que garantia uma perspectiva de direitos apenas àqueles que
eram detentores de propriedade.

Com o m da Idade Média e com a ascensão do Renascimento, a ideia de cidadania


ressurge, mas ainda sem abranger a todos, os direitos de cidadania eram garantidos
apenas à elite, só com o surgimento dos direitos humanos, com a consagração dos
princípios da igualdade e da liberdade, a cidadania passa a ser um direito de todos.

Na atualidade, o termo cidadania representa o resultado de um processo de lutas e


de conquistas, que garantiram a todos direitos e deveres.

Observa-se que, a exemplo dos direitos humanos, o conceito de cidadania evoluiu,


ao longo do tempo, sendo que, na pós-modernidade, a cidadania não se restringe
mais apenas ao simples direito ao voto ou de ser votado, cidadania implica o acesso
e a garantia de direitos básicos, inerentes à condição humana, como acesso à
educação, saúde, moradia, ao trabalho etc.

Nessa perspectiva, a discussão que envolve a cidadania, na pós-modernidade, está


intimamente relacionada à discussão acerca da tutela dos direitos fundamentais, ou
seja, trata-se de discutir sua efetivação, na medida em que a consagração já
aconteceu, o momento atual requer a efetivação, ou a criação de mecanismos que
promovam tal efetivação.

Tal fato demonstra que a perspectiva jusnaturalista é bem mais efetiva nesse
processo, visto que o viés positivista já foi alcançado, na medida em que os
ordenamentos jurídicos, ao redor do mundo, contam com sistemas legais e com
previsão expressa de tais direitos.

No ordenamento jurídico brasileiro, o valor cidadania encontra-se consagrado no


texto constitucional e consubstancia-se em um dos fundamentos da República
Federativa do Brasil no seguintes termos:

Art. 1º - A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel


dos Estados e Municípios e do Distrito federal, constituiu-se em estado
democrático de Direito e tem como fundamentos:

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I- A soberania;
II- A cidadania;
III- A dignidade da pessoa humana;
IV- Os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa;
V- O pluralismo político;

Parágrafo único-Todo poder emana do povo, que o exerce por meio de


representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição. (BRASIL,
1988, online).

Ao longo da Constituição Federal de 1988, são vários os artigos que tratam da


cidadania, demonstrando sua importância, no sentido de fazer valer o rol de direitos
fundamentais, previstos em seu texto.

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atividade
Atividade
As expressões direitos humanos e direitos fundamentais são comumente tratadas como
sinônimos, contudo, embora tenham o mesmo fundamento, existe diferença  entre as
 duas expressões. Assim, com relação ao conceito de direitos humanos, é correto a rmar
que:

a) Os direitos fundamentais, ao menos de forma geral, podem ser considerados


concretizações das exigências do princípio da dignidade da pessoa humana.
b) Os direitos fundamentais são direitos universalmente aceitos na ordem
internacional, que tem por objetivo consagrar a dignidade humana.
c) Os direitos fundamentais são valores e direitos universalmente aceitos na ordem
internacional e previstos em tratados.
d) Os direitos fundamentais são matéria central, por ser imprescindível para que o
ordenamento jurídico garanta a dignidade humana no contexto internacional.
e) Os direitos fundamentais são positivados por meio de tratados internacionais e
obrigam os signatários no contexto do direito internacional.

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indicações
Material
Complementar

LIVRO

Direito de cidadania: um lugar ao sol


1996

Editora: Scipione

ISBN: 8526228811

Comentário: O livro traz uma perspectiva ampla dos


principais conceitos que envolvem direitos humanos,
passando pelo aspecto jurídico, político e social, permitindo
ao estudante consolidar os conceitos trabalhados na
unidade e relacionar os conceitos do livro com o conceito de
direito do realismo jurídico, bem como compreender o
conceito de direitos humanos, pela ótica do pensamento de
Kant, e também que os estudantes relacionem o conteúdo
do livro com o conceito de moralidade, justiça e direito, na
perspectiva positivista de Kelsen. Trata-se de uma leitura
muito enriquecedora, contemporânea e que completa os
temas abordados por um viés prático.

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FILME

O Fim do Recreio
Ano: 2012

Comentário: O lme traz um exemplo muito interesse de


cidadania e do espaço para debates sobre os direitos
fundamentais. Trata-se da importância desses debates.

O lme conta a estória de um garoto, que está assistindo um


telejornal e se depara com a notícia de um projeto de lei,
apresentado por um senador, para acabar com o recreio
escolar. Ele chega na escola e comenta com seus colegas sua
indignação. Durante uma brincadeira, no recreio, encontra
uma câmera e começa a lmar o recreio e mostrar a
importância daquele momento, grava também o
depoimento dos colegas sobre o projeto de lei. Ele acaba
sendo levado à diretora, e o nal do lme é surpreendente e
retrata um contexto muito atual.

TRAILER

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conclusão
Conclusão

Ao longo desta unidade, foi analisada a questão da moralidade, justiça e direito sob
a perspectiva Kantiana, que representa uma ruptura com o pensamento vigente até
a Idade Média e, assim, a recepção dos fatos sociais como elementos relevantes para
traçar o conceito de justiça e de direito, sendo a justiça representada pelos
imperativos categóricos de Kant. Quanto à questão do normativismo jurídico,
segundo Kelsen, veri caram-se as críticas recebidas por essa teoria, uma vez que ela
reduz a ciência do direito à norma e ignora a relevância dos fatos sociais.

Ainda na perspectiva do positivismo jurídico, analisou-se o conceito de direito, justiça


e utilidade na perspectiva de Hart e Bentham.

Seguindo essa esteira, com o escopo de compreender o fundamento dos direitos


humanos, analisou-se a contribuição das Escolas Jurídicas e do Realismo Jurídico,
passando pela teoria dos sistemas, de Luhmann, e também pela questão da
decidibilidade e desobediência civil. Por m, acerca do conceito de direitos do
homem, direitos humanos e direitos fundamentais, tratamos da distinção entre
estes termos e do seu fundamento, à luz das teorias jusnaturalista, positivista e
moralista, e concluímos com a análise do conceito e evolução da cidadania.

referências
Referências
Bibliográ cas

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