Você está na página 1de 20

Clara Beijeluane Mabecua

Hilária Rita Samo

Clinica Pediátrica Medica


Doença da Pele

Docente: Arlindo Rosário Muhelo

Instituto de Ciência de Saúde Tenha Esperança


Beira
2016
Clara Beijeluane Mabecua
Hilária Rita Samo

Numero: 5
Turma 1t.m.g

Tema:

Doença da Pele

Cadeira:

Clinica Pediátrica Medica

Trabalho de pesquisa, com o tema: Doença da pele


entregue ao docente Arlindo Rosário Muhelo para
fim avaliativo.

Instituto de Ciência de Saúde Tenha Esperança


Beira

2016
Índice
Introdução.........................................................................................................................................4
Tuberculose......................................................................................................................................5
Epidemiologia da Tuberculose.................................................................................................................5
Historia Natural........................................................................................................................................8
Quadro Clinico.........................................................................................................................................9
Diagnostico............................................................................................................................................12
Tratamento.............................................................................................................................................18
Prevenção...............................................................................................................................................19
Conclusão...............................................................................................................................................21
Bibliografia............................................................................................................................................22

3
Introdução

Este presente trabalho visa enaltecer o enorme esforço empreendido por mim, e durante o
desenrolar do mesmo abordarei o tema doença da pele

4
1. Piodermite

Infecções primariam cutâneas causadas por bactérias piogénicas, com ou sem a formação de pus.
Pricipalmente causadas por S. aureus e S. pyogenes.

PELE (S. aureus e S. pyogenes):

– Impetigo.

– Ectima, erisipela, celulite.

ANEXOS (S. aureus ):

– Foliculites e furúnculo
– Periporite
– Hidrosadenite.

Fatores predisponentes
Escoriações; Fissuras; Queimaduras Higiene deficiente, Clima quente; Cirurgias; Drogas,
5
imunossupressoras.
Uso de cateteres, sondas; Doenças sistêmicas (diabete obesidade, alcoolismo, desnutrição, SIDA
etc.)

Impetigo não bolhoso


(mais freqüente)

Etiologia
Estreptocos Grupo A ,Staphylococcus aureus , ou ambos.

Quadro clinico
Mácula eritematosa, vesícula – pápula.
Bolhas superficiais efémeras, o conteúdo seroso desseca se resultando em crosta melicérica que é
característica do impetigo.
Tratamento
Limpeza e remoção com água morna com sabonetes com hexaclorofeno ou óleo mineral
aquecido.
Pomada de neomicina, gentamicina ou mupirocina (2 a 3 vezes ao dia).
Em lesões disseminadas antibióticos sistêmicos, penicilina, cefalosporina, ou eritromicina.
Impetigo Bolhoso
Etiologia
Estafilococo do Grupo II
Quadro clinico
Lesões vesiculosas flácidas, bolhas rotas, formando erosões circundadas por restos de bolhas na
periferia da lesão.
Tratamento
Cuidados locais semelhantes ao impetigo não bolhoso Oxacilina 50 mg/kg/dia de 6/6 hs.

2. Sarna
6
A escabiose ou sarna é uma dermatose infeciosa aindamuito frequente na população pediátrica
provocada pelo Sarcoptes scabiei var. hominis. A prevalência mundial foi estimada em 300 000
milhões de casos2. Apresenta uma distribuição mundial, com uma prevalência e incidência muito
variáveis3 sendo endémica nos países subdesenvolvidos.

Epidemiologia
Os surtos epidémicos realizam-se ciclicamente cada 15 -30 anos e dependem de factores
diversos como a imunidade individual, condições de vida, hábitos higiénicos, migrações e
aglomerados habitacionais. Esta parasitose ocorre em ambos os sexos, em todas as idades e raças
e em todos os níveis sócio económicos.

Etiologia
A Escabiose é muitas vezes associada a uma falta de higiene, mas o responsável por esta doença
de pele é o Sarcopt Scabiei, um parasita que mede entre 0,3 e 0,4mm de comprimento.
Durante um mês, o ácaro fêmea cava um túnel na espessura da pele para depositar os seus ovos.
Duas semanas depois, as ninfas eclodem e esperam pacientemente antes de se tornarem adultos e
subirem para a superfície da pele. A partir desse momento, os adultos acasalam e repetem o
mesmo ciclo na mesma pessoa ou noutra.
Tratamento

 Isolar o paciente nas primeiras 48 horas de tratamento,


 Lavar e desinfectar todas as roupas contaminadas,
 Aplicar no corpo inteiro loção, creme ou pulverizador com permetrina,
 Se a coceira persistir, podem ser prescritos fármacos específicos para essa situação.

Complicações
Infecções secundárias pela “coçadura”, que, quando causada pelo streptococo ß hemolítico, pode
levar à glomerulonefrite. Em pacientes imunocomprometidos, há risco de se estender como uma
dermatite generalizada, com intensa descamação. Essa forma também pode ocorrer em idosos,
nos quais o prurido é menor ou não existem. A forma intensamente generalizada é denominada
de sarna norueguesa.
7
Prevenção
Não existe vacina contra a Sarna, abster-se de qualquer contacto físico com pacientes infectados é
a única maneira segura de prevenção. Por outro lado, uma boa higiene pode ajudar a prevenir
complicações:

 Mudar regularmente roupas pessoais e da cama,


 O tratamento precoce evita a propagação da doença.

3. Tinha
A dermatofitose é uma infecção de pele causada por fungos.

As irritações na pele podem ter a aparência de um pequeno círculo e causam as erupções cutâneas
em formato redondo ou circular. Na dermatofitose, as erupções cutâneas aparecem em várias
regiões da pele, exceto no couro cabeludo, virilha, palma da mão e sola dos pés.
Epidemiologia

É endêmica em todo o mundo. Alguns, como o M.gypseum são geofílicos, ou seja existem no


solo e infectam por contacto continuado com o mesmo. Outros infectam principalmente animais,
como o M. canis, podendo contaminar também pessoas.

Etiologia

Os dermatófitos são fungos filamentosos, que formam hifas organizadas em micélios.


Alimentam-se da proteína humana queratina.

Infectam os tecidos superficiais constituídos por células mortas e queratinizadas, como as


da pele, pelos  (incluindo cabelo) e unhas, mas não afectam os tecidos vivos. Em cultura ou na
vida livre não parasitária, apresentam estruturas de reprodução sexual, e possuem outros nomes,
mas como parasitas reproduzem-se assexuadamente e mantem seu nome original. Podem ter vida
livre, viver em outros animais ou inclusive alguns podem ser transmitidos de humanos a humano
8
ou por objetos intermediários como toalhas e piscinas (fômites).

Há três géneros relacionados de dermatófitos:

1. Trichophyton: as espécies mais importantes são T. tonsurans, T. mentagrophytes, T.


rubrum e T. shoenleinii.
2. Microsporum: as espécies mais frequentes são M. audouinii, M. canis, M. gypseum.
3. Epidermophyton: E. floccosum.

Quadro Clinico
Caracteriza-se pela presença de lesões típicas que variam segundo a área corporal acometida
(pele dostroncos e membros, região inguinal, couro cabeludo, barba, face, pés, mãos ou unhas).
Tratamento

Respondem bem a antimicóticos tópicos. Nos casos rebeldes ou extensos, tratamento oral com
Griseofulvina na dose de 10 a 20 mg/kg de peso durante 30 dias. Outra opção é a Terbinafina na
dose de 250 mg/dia, se acima de 40 kg; 125 mg/dia se entre 20-40 kg; e 62,5 mg/dia se abaixo de
20 kg, por 15 dias.

Complicações

Essa infecção não é grave e raramente se disseminará para além da superfície da pele. No
entanto, pessoas com o sistema imunológico enfraquecido, como HIV ou AIDS, podem ter
problemas para eliminar a infecção.
Assim como ocorre com outros tipos de infecções e problemas de pele, uma pele irritada, com
coceira e rachada pode propiciar infecções bacterianas secundárias que podem requerer
tratamento com antibióticos.
9
Prevenção

Medicamentos tópicos de venda livre contra fungos geralmente são o suficiente para tratar a
infecção. O medicamento poderá ser fornecido na forma de pó, pomada ou creme e deve ser
aplicado directamente nas regiões afectadas da pele. Esses medicamentos incluem marcas de
venda livre como:
 clotrimazol (Lotrimin AF);
 miconazol (Micatin);
 terbinafina (lamisil);
 tolnaftato (tinactin).

O farmacêutico poderá ajudar a escolher o melhor medicamento para o paciente.


Se a dermatofitose for generalizada, grave ou não responder aos medicamentos citados acima, o
médico poderá prescrever medicamentos tópicos mais fortes ou um fungicida que o paciente
tomará por via oral. Griseofulvina é um tratamento administrado por via oral prescrito
frequentemente para infecções causadas por fungos (Departamento de Saúde e Serviços do
Estado de Nova York, 2011).

A dermatofitose pode ser prevenida evitando-se o contacto com pessoas infectadas. Isso inclui
contacto directo e indirecto com essa pessoa.

Algumas medidas preventivas devem ser adoptadas:


 Não dividir toalhas, chapéus, escovas de cabelo e roupas com uma pessoa infectada;
 Levar animais de estimação ao veterinário se houver suspeita de que estejam infectados;
 A pessoa infectada deve manter uma boa higiene pessoal quando estiver com outras
pessoas e evitar coçar as regiões afectadas da pele;
 Depois do banho, a pessoa deve secar muito bem a pele, especialmente entre os dedos e
em lugares nos quais a pele toca a pele como na virilha e axilas.

4. Eczema
10
Processo inflamatório da pele com características clínicas e histopatológicas bem
definidas. As dermatites eczematosas mais freqüentes são o eczema tópico e o eczema de contato.
Eczema Atópico
O eczema atópico é uma doença inflamatória da pele, crónica e recorrente, de incidência
crescente. Muitas vezes de control difícil, requer a estreita colaboração entre as diversas
especialidades com ela envolvidas.
Eczema de Contato

Reação inflamatória de pele desencadeada por agentes externos, decorrente de dois


mecanismos etiopatogênicos: por irritação primária ou por sensibilização. Caracteriza-se por
lesões eritêmato-vésico-exsudativas, crostosas ou liquenificadas,dependendo da fase evolutiva.
Não existem áreas preferenciais de acometimento, estando relacionadas com a presença do
irritante ou alérgeno. Nos casos de sensibilização, podem surgir lesões à distância da área de
contato.
Epidemiologia
O eczema atópico é uma doença, de distribuição universal, que afecta cerca de 20% das
crianças e 5-10% dos adultos em todo o mundo. A sua incidência tem aumentado claramente
desde os anos 40 do séc. XX, parecendo haver uma maior incidência em áreas urbanas de países
industrializados. Pode ocorrer em qualquer faixa etária mas cerca de 90% dos casos manifesta-se
antes dos 5 anos de idade.
Eczema de Contato é uma reação inflamatória da pele desencadeada por agentes externos.

Etiologia

As causas do eczema ainda não estão totalmente esclarecidas. O factor genético influi
bastante e outras situações ajudam a desencadear o processo. Substâncias irritantes como
conservantes e poeira de residências, tecidos feitos à base de lã e até mesmo sintéticos, estresse
emocional, frio muito intenso, ambientes secos e a transpiração, por exemplo, são alguns destes
gatilhos.

11
Pessoas predispostas dentro destas condições acabam sofrendo com a inflamação da pele
e com o surgimento das lesões. Certos casos são mais controláveis que outros. Muitas pessoas
necessitam aprender a conviver com as situações desencadeantes.  O devido tratamento pode
ajudar a espaçar as crises e a minimizar os efeitos destas.

 Quadro clinico

Tratamento
Eczema Atópico
Baseia-se fundamentalmente nos tópicos a seguir relacionados: 
 Orientação aos familiares sobre o caráter crônico e recorrente da doença, da necessidade
de afastar-se substâncias tais como sabões, sabonetes e detergentes e que a sudorese
constitui-se em fator irritante;
 Afastar alérgenos tais como a poeira domiciliar, vestuário de lã e tecidos sintéticos,
tapetes, colchões e travesseiros de pena, contatos com animais e brinquedos de pêlo;
 Usar roupa de algodão. Evitar lã e tecidos sintéticos em contato com a pele;
 Hidratação da pele com cremes e pomadas;
 As infecções secundárias podem ser tratadas com antibiótico tópico (mupirocina, ácido
fusídico, gentamicina) ou sistêmico (eritromicina, cefalosporinas).

Tópico
 Fase aguda: compressas com soro fisiológico; e cremes de corticosteróides quando
diminuir a exudação.
 Fase subaguda: corticosteróides em cremes, de preferência preparados menos
potentes: hidrocortisona, desonida.
 Fase crônica: corticosteróides sob a forma de pomada.

Sistêmico
Visa à redução do prurido, relaxamento do paciente e o controle da infecção cutânea. 

12  Anti-histamínicos: hidroxizina, na dose de 1 a 2 mg/kg/dia, para crianças e 25-50


mg, duas vezes ao dia para adultos ou dextroclorofeniramina na dose de 2 mg, três
vezes ao dia, ou 6 mg ao deitar, para adultos, e 1/2 a 5 mg, três vezes ao dia para
crianças de dois a seis anos e 1,0mg, três vezes ao dia, para cirnaças de 6 a 12 anos,
ou clemastina ou cipro-heptadina nas doses preconizadas, devido a ação sedante.
 Corticosteróides sistêmicos: nos casos extensos, por um período que não ultrapasse
10 dias.
 Tranquilizantes.
 Antibióticos.

Eczema de Contato
Afastar substâncias irritantes ou alergênicas. Na fase aguda usar compressas ou banhos com
substâncias antissépticas (permanganato de potássio na diluição de 1:40.000) e cremes de
corticóides. Na fase subaguda e crônica - uso de pomadas de corticóides. Usar antibiótico na
vigência de infecção secundária.
Complicações
Os pacientes com eczema são mais vulneráveis a infecções da pele, inclusive ao impetigo.
As infecções de pele são geralmente causadas pela bactéria staphylococcus e pelo vírus do herpes
simples, pois coçar a pele causa rupturas que os vírus e bactérias podem usar para penetrar no
organismo. É melhor estar ciente dos sinais, como vermelhidão, pus, feridas e bolhas de febre. Se
esses sintomas aparecerem, deve-se informar o médico ou pediatra imediatamente.
A neurodermatite é um distúrbio de pele causado pelo coçar frequente que deixa a pele
grossa, vermelha, ferida e com cor mais escura do que o restante da pele. Embora não seja
perigoso, esse problema pode resultar em descoloração e espessamento permanentes da pele,
mesmo quando o eczema não estiver ativo. O coçar constante também pode gerar cicatrizes.

Prevenção
As pessoas com dermatite atópica podem coçar a pele cerca de 500 a 1000 vezes por dia,
de acordo com a Academia Americana de Dermatologia (American Academy of Dermatologists).
13
Evitar se coçar, como por exemplo, com o uso de compressas frias ou um banho de banheira com
água morna, previne que a inflamação piore e protege a pele contra rachaduras que podem
resultar em infecção. Manter as unhas curtas também ajuda a evitar rachaduras e diminuir os
danos na pele se a pessoa não resistir à vontade de coçar.

As fibras nervosas que causam a coceira (e deixam a pessoa tentada a coçar) também
respondem de forma positiva à pressão. Ao invés de coçar e aumentar o risco de ruptura e
infecção na pele é melhor tentar esfregar as regiões com coceira. Isso pode fazer o corpo ter a
sensação de ter sido coçado, sem submeter a pele a possíveis danos.

5. Urticária
Urticária é uma reação alérgica comum que causa vergões vermelhos e salientes na superfície da
pele e geralmente provoca coceira.
Epidemiologia

Acomete de 15 a 20% da população em alguma época da vida. Sachesenet al. demonstraram que
em crianças 48,6% das urticárias são de etiologia infecciosa, seguida por medicamentos e
alimentos. Em adultos e adolescentes 52,9% são de etiologia física, sendo as urticárias
colinérgica, solar, ao frio e de pressão (dermografismo) as mais frequentes. Muitas vezeshá
grande dificuldade em se estabelecer a verdadeira etiologia da doença, sendo que 60 a 70% das
urticárias crónicas permanecem como urticárias idiopáticas.

Etiologia
Quando uma pessoa apresenta uma reacção alérgica, o corpo libera histamina e outras
substâncias químicas na corrente sanguínea, o que provoca coceira, inchaço e outros sintomas. A
urticária é uma reacção alérgica que pode ser desencadeada por diversos factores:

 Alimentos, como frutos do mar, peixe, amendoim, nozes, ovos e leite


14  Medicamento, como penicilina, ácido acetilsalicílico e remédios para controle da pressão
arterial
 Alérgenos comuns, como pólen, pelos de animais, látex e picadas de insetos
 Fatores ambientais, como calor, frio, luz do sol, água, pressão sobre a
pele, estresse emocional e exercícios físicos
 Outros problemas médicos, como imunidade baixa, lúpus e outras doenças autoimunes,
linfomas, distúrbios da tireoide, hepatite, mononucleose e HIV.

Quadro clinico

Tratamento
O tratamento pode não ser necessário se a urticária for leve, pois, nesses casos, ela pode
desaparecer sozinha.
No entanto, caso seja necessário, o médico prescreverá alguns medicamentos específicos
para tratar urticária. Entre eles estão anti-histamínicos, corticosteroides e outras drogas.
Se a sua reação for grave, principalmente se o inchaço estiver na garganta, talvez seja
preciso tomar uma injeção de emergência de epinefrina (adrenalina) ou corticoesteroides
injetáveis. Um angioedema na orofaringe (garganta) pode bloquear a via respiratória, dificultando
a respiração.

Complicações
Urticária não tratada pode evoluir para problemas de saúde mais sérios, como:
 Anafilaxia: uma reação alérgica que envolve todo o corpo, causa dificuldade na respiração
e pode colocar a vida em risco
 Inchaço na garganta: pode causar um bloqueio das vias respiratórias e, consequentemente,
risco de morte.

Prevenção
Para prevenir a urticária, é preciso seguir algumas medidas:
A principal delas é evitar desencadeadores de reacções alérgicas conhecidas
15
 Se você suspeitar que algum alimento esteja lhe causando sintomas similares aos de uma
reacção alérgica, fique atento e, se necessário, corte-o de sua dieta.

6. Herpes Simples

O Herpes Simples vírus é comumente associado a lesões de membranas mucosas e pele,


ao redor da cavidade oral (herpes orolabial) e da genitália (herpes anogenital). O vírus do Herpes
Simples determina quadros variáveis benignos ou graves. Há dois tipos de vírus: o tipo-1,
responsável por infecções na face e tronco, e o tipo-2, relacionadas às infecções na genitália e de
transmissão geralmente sexual. Entretanto, ambos os vírus podem infectar qualquer área da pele
ou das mucosas. As manifestações clínicas são distintas e relacionadas, ao estado imunológico do
hospedeiro. A lesão elementar é vesícula sobre base eritematosa, geralmente agrupadas em cacho.
A primo-infecção herpética  é, em geral, subclínica e passa despercebida; o indivíduo torna-se
portador do vírus sem apresentar sintomas. Em pequena percentagem de indivíduos, a infecção é
grave e prolongada, perdurando por algumas semanas. Após a infecção primária, o vírus pode
ficar em estado de latência em gânglios de nervos cranianos ou da medula. Quando reactivado
por várias causas, o vírus migra através de nervo periférico, retorna à pele ou mucosa e produz a
erupção do Herpes Simples recidivante.

Epidemiologia

A prevalência de infecção pelo HSV-1 é de 60% a 80% na população mundial, o que pode
significar que há um vasto reservatório viral. A tendência atual é a de esta prevalência de HSV-1
superar a de HSV-2. Ela é influenciada pelos seguintes fatores(1,6,9,11,12,19):
• idade: a prevalência de infecção pelo HSV-1 é de > 40% aos 15 anos de idade, e de 60 a 90%
em adultos. Em países desenvolvidos, ela é de 20% aos 5 anos de idade, e de 40 a 60% entre 20
e 40 anos. Em populações não expostas a factores de risco, esta prevalência tende a se elevar
linearmente com a idade, com picos durante a infância e a adolescência;
• etnia: prevalência de 35% em afro-americanos e de 18% em caucasianos americanos, aos 5 anos
de idade;
• localização geográfica: nos EUA, 90% da população são carreadores do vírus.

16 Etiologia
Herpes é uma infecção causada por dois vírus da família Her- pesviridae (herpes simples tipos 1
e 2), e pode afectar a região da boca, principalmente labial, órgãos genitais e áreas próximas. As
formas de manifestação divergem de indivíduo para indivíduo.
A família Herpesviridae abrange oito espécies passíveis de infectar seres humanos, que
compartilham as seguintes características:
• vírion apresentando um padrão arquitectural similar, composto de quatro partes: (a) núcleo
eletrodenso, (b) capsídeo icosapen- taédrico, (c) tegumento e (d) envelope;
• são capazes de produzir várias espécies de enzimas, capazes de agir sobre o metabolismo dos
ácidos nucleicos e proteínas da célula infectada (timidina quinase, DNA polimerase, helicase);
• são capazes de assumir estado de latência infecciosa, e de se reativar periodicamente;
• possuem genoma grande, com mais de 200 genes.
Quadro clinico

Os principais sinais e sintomas de herpes simples incluem:

 Pequenas bolhas, aftas ou úlceras geralmente na boca, nos lábios, nas gengivas ou nos
genitais
 Nódulos linfáticos aumentados no pescoço ou na virilha (geralmente somente no
momento inicial da infecção)
 Herpes de boca
 Febre, especialmente durante o primeiro episódio de infecção
 Lesões genitais ou mesmo orais podem começar com uma sensação de queimação ou
formigamento.

Tratamento
Alguns casos de herpes são leves e não precisam de tratamento a não ser tratamentos
tópicos. Mas pessoas que têm surtos graves ou prolongados (principalmente se for o primeiro
17
episódio de infecção), que têm problemas no sistema imunológico ou aquelas que têm recorrência
frequente talvez precisem fazer uso de medicamentos antivirais.

Pacientes com recorrências graves ou frequentes de herpes oral ou genital podem optar
por continuar com os medicamentos antivirais para reduzir a frequência e a gravidade dessas
recorrências.

Complicações
Apesar de não ser uma doença grave, a herpes simples não tratada pode levar a algumas
complicações de saúde, como:

 Erupção variceliforme (herpes espalhada pela pele)


 Encefalite
 Infecção do olho
 Infecção da traqueia
 Meningite
 Pneumonia
 Infecção prolongada grave em indivíduos imunossuprimidos

Prevenção

É difícil de prevenir a infecção da herpes simples, pois o vírus pode ser espalhado mesmo
por pessoas que não apresentam sintomas de um surto activo. Evitar contacto directo com uma
lesão aberta reduz o risco de infecção.
Pessoas com herpes simples na região genital devem evitar contacto sexual enquanto
houver lesões activas. A prática de sexo seguro também pode reduzir o risco de infecção - o que
inclui o uso do preservativo.
As pessoas com lesões da herpes activas devem evitar, ainda, contacto com recém-
nascidos, crianças com eczema ou pessoas com sistema imunológico suprimido, pois eles
compõem grupos de risco para doenças mais graves.
Para minimizar o risco de infectar recém-nascidos, é recomendada a cesariana para gestantes que

18 possuem uma infecção activa de herpes no momento do parto.

7. Herpes Zóster
Herpes zoster é uma infecção viral que provoca vesículas na pele e geralmente é acompanhada de
dor intensa. Ela pode acometer qualquer parte do seu corpo, mas é mais frequente no tronco e no
rosto, evidenciando-se como uma faixa de vesículas em apenas um dos lados do corpo.
É causado pelo vírus varicela-zoster – o mesmo agente da catapora – e acomete pessoas que
tiveram catapora em algum momento da vida e ficaram com vírus latente (adormecido) em
gânglios do corpo. Anos mais tarde, esse vírus pode reativar na forma de herpes zóster.
Embora não seja uma condição de risco de vida, o herpes zóster pode ser muito doloroso.
Vacinas podem diminuir as chances de se ter a doença, enquanto o tratamento precoce reduz a
chance de complicações.

Epidemiologia

Etiologia

Quadro clinico
Tratamento

Complicações

Prevenção

19
Bibliografia

20

Você também pode gostar